RIOS DA RAZÃO CAP. 019
Cena 01 (Estrada/manhã) - Jardel e Elisa estão dentro do carro indo em direção a casa de Elisa, e Téo os segue de táxi, ao som de uma trilha agitada de ação. Após algum tempo de perseguição, Jardel para, e Téo os observa de longe.
Elisa - Quem era aquele homem?
Jardel - Não importa. É um colega de trabalho, que vive me pirraçando. Um beijo
Téo - Seu cerco está se fechando, Jardel. Seu cerco está se fechando…
Motorista - Ei moço, e o meu dinheiro
Téo - Ah sim, você tem pix
Motorista - Só quero em dinheiro
Téo - Como assim? Quem usa dinheiro em espécie em 2024.
Motorista - Dinheiro na mão ou se não eu chamo a polícia.
Téo - Está bem, me leve até um caixa eletrônico.
Motorista - Eu vou cobrar mais, viu?
Téo - Não importa, me leva logo. Oh arrependimento.
Cena 02 (Caixa eletrônico/Manhã)
Téo - Está aqui seu dinheiro
Motorista - Obrigado
Téo - Obrigado uma ova, me cobrou praticamente um rim. Mas, depois dessa descoberta, até vale o dinheiro. Vou ligar para o detetive.
Alô?
Detetive - Alô, quem fala?
Téo - Como quem fala? É o Téo.
Detetive - Téo? Não conheço nenhum Téo
Téo - Ora pelo amor de Deus, vamos adiantar essa conversa, tenho uma informação quentinha pra você
Detetive - Ótimo! Então manda!
Téo - Prefiro contar pessoalmente
Detetive - Ué, então para que ligou?
Téo - Pra quando eu chegar aí, eu te encontrar. Vou ter que perder um dia de trabalho, mas vai valer a pena. Estou indo pra aí agora! Dessa vez de ônibus
Abertura/ Voltamos apresentar
Cena 03 (Apartamento do Detetive/Manhã)
Detetive - Uma mulher? Caramba, que belo cafajeste esse viu
Téo - O cerco dele está se fechando. Você sabe que depois de descobrir sobre as tramóias dele, da pra somar uns bons anos na cadeia.
Detetive - O Fabrício já achou o número daquele homem?
Téo - Bom, ele disse que iria me mandar, só que eu não abri o celular ainda. Foi tanta correria hoje… olha, está aqui.
Detetive - Ótimo! Então vamos ligar
Téo - Calma, calma. Temos que pensar em uma boa forma de ligar.
Detetive - E tem outra? Ligando ué. O resto vamos vendo ao longo da chamada
Téo - Mas será que ele não conhece você?
Detetive - Claro que não. Imagina, nem sei a cara do sujeito. Vamos, me dê esse número.
O detetive disca o número de telefone e liga
Téo - Lembrando que não se identifique como o detetive, porque tenho certeza que o Jardel já deve ter alertado sobre
Detetive - Não se preocupe, eu sei o que faço! Assim que esse César atender, eu me arranjo. Atendeu!
César - Alô?
Detetive - Funerária São Bento, sua morte nosso sustento! Quem fala?
César - Que? Que piada é essa?
Detetive - Calado! É a polícia!
César - Ah! (Grito) eu sou inocente!
Detetive - Inocente de que? Você nem sabe do que estou falando?
César - É verdade! Diga o que houve?
Detetive - Você está preso em nome da lei!
César - Preso? Mas pelo que?
Detetive - Eu não sei porque estou te prendendo, mas você sabe!
César - Vem cá, é algum trote?
Detetive - Porque seria um trote?
César - Porque nenhum policial dá voz de prisão pelo telefone
Téo - Ele realmente tem razão
Detetive - Eh… te ligo depois
César - Está bem!
Téo - Realmente, isso parecia uma piada. A polícia dando voz de prisão pelo telefone, que coisa mal arranjada viu
Detetive - Calma, agora é a melhor parte. Eu irei na casa dele vestido de policial, eu tenho roupas da polícia, eu posso agir que nem um
Téo - Vem cá, isso não é falsidade ideológica?
Detetive - Que… nunca viu filmes de detetives não? Eles não se fantasiam? Porque eu não posso também?
Téo - Deve ser porque é um filme né?
Detetive - Você vai ver, dará certo.
Cena 04 (Casa de César/Tarde) - Batidas na porta
César - Ja vai… Poxa, preciso de alguém pra me ajudar a trocar esse fio, oh meu Deus, que poderá me ajudar?
(O detetive chuta a porta)
Detetive - Eu!
César - O Chapolin… a polícia?
Detetive - Isso mesmo! E você está convocado a depor!
Cena 05 (Casa de Elisa/Tarde) - Elisa está pegando a correspondência e Téo aparece
Téo - Boa tarde!
Podemos conversar?
Encerramento ao som de É com esse que eu vou, Elis Regina
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