14 de out. de 2024

Traída - Capítulo 36 (Últimos Capítulos)

 


Traída, a Vingança da Doutora Ásia – Capítulo 36

Novela criada por Lucas Gustavo e escrita por Sujiro Kimimame

Faixa das 21h

 

[🔴NÃO RECOMENDADO PARA MENORES DE 16 ANOS🔴]

 

Cena 1 – (Presídio/Dia)

O sol escaldante batia no pátio do presídio enquanto gritos ecoavam de todos os lados. As detentas se enfrentavam, empurrando e se atacando em meio ao caos. África Siriracha, com um olhar desafiador, assistia a confusão que tomava proporções maiores. De repente, o som de hélices cortando o ar chamou a atenção de todas. Um helicóptero surgiu no horizonte, descendo rapidamente, enquanto uma corda balançava no ar.

CARCEREIRA 1 (gritando para as outras): Rápido, ela tá fugindo!

Sem perder tempo, África corre em direção à corda e a agarra com firmeza. Suas mãos deslizam pelo material enquanto ela sobe com agilidade. Quando estava a poucos metros de escapar, África olhou para as carcereiras lá embaixo e começou a rir.

ÁFRICA SIRIRACHA (debochada, gritando): SUAS PUTINHAS DE UNIFORME. ATÉ NUNCA MAIS, REBANHO DE VACAS.

CARCEREIRA 2 (sacando a arma): Cala a boca!

ÁFRICA SIRIRACHA: SUA PUTA ENFIA ESSA ARMA NESSE RABO SUJO.

A carcereira dispara e um dos tiros acerta a corda, que se rompe com um estalo violento. África cai lá de cima como uma jaca podre, batendo no chão. Ela se levanta, cambaleante, fugindo, enquanto risadas ecoavam do helicóptero.

CÉLIA (gargalhando): Pareceu um saco de bosta caindo no chão. (para o piloto) Mete o pé, parceiro.

África correu em disparada, mas sua determinação permanecia intacta.

Cena 2 – (Cativeiro de Célia/Dia)

O cativeiro era uma casa abandonada na periferia, com janelas quebradas e paredes sujas. Os jovens Pass e Ivo estavam sentados à mesa, conversando em voz baixa. Quando África entrou, ainda ofegante da fuga, eles a cumprimentaram com acenos breves. Célia, sentada num canto com uma faca na mão, olhou para África com um sorriso malicioso.

CÉLIA (calma): E aí, como foi a queda? Alguma dorzinha?

ÁFRICA SIRIRACHA (revirando os olhos): Só me poupa dos seus comentários, Célia. Estou inteira e pronta para o que vier.

Célia soltou uma risada baixa, enquanto levantava e caminhava até a mesa, batendo a faca contra a madeira.

CÉLIA: Hoje à noite nós vamos agir.

ÁFRICA SIRIRACHA: Mas já?

CÉLIA: Ué, não disse que estava pronta e inteira? Mudou de ideia?

ÁFRICA SIRIRACHA: Não imaginei que fosse tão rápido.

CÉLIA: Eu não tenho tempo a perder. E a nossa missão é simples.

Pass assentiu, enquanto Ivo mexia em uma pistola, testando o peso da arma.

PASS (sem emoção): Sem problemas. Já temos o plano todo esquematizado.

IVO (com um sorriso frio): Eu até gosto de serviço assim, direto e fatal.

CÉLIA: Dessa vez vocês dois estão fora.

PASS: O quê? Porquê?

CÉLIA: Esse vai ser o teste da África. Quero ver se ela é fodona o suficiente pra se juntar a nós.

África, encostada na parede, cruzou os braços.

ÁFRICA SIRIRACHA: Você não me conhece tão bem assim. Mas ainda hoje vai saber do que eu sou capaz!

Cena 3 – (Casa de Ásia/Dia)

Ásia estava sentada na sala de estar, um copo de vinho à sua frente, quando seu telefone vibrou sobre a mesa. Ao olhar a tela, seu rosto congelou. Era Europa. Ela atendeu com certa hesitação.

ÁSIA (preocupada): Europa, o que aconteceu?

EUROPA (do outro lado da linha, com urgência): África Siriracha... Ela fugiu do presídio.

O copo escorregou das mãos de Ásia, caindo e se espatifando no chão.

ÁSIA (em choque): Como... Como isso foi possível?!

EUROPA: Não sei, mas tem um helicóptero envolvido. As coisas estão saindo do controle. Você precisa agir rápido.

ÁSIA (respirando fundo, tentando manter a calma): Essa vadia... Ela não perde por esperar. Vou tomar as rédeas dessa situação.

Cena 4 – (Presídio/Visita de Ásia e seu advogado/Dia)

Ásia entrava com firmeza, o advogado ao seu lado. Oceânia, com o semblante abatido, já os esperava sentado atrás de uma mesa. Assim que Ásia se aproximou, ele ergueu o olhar, desconfiado.

OCEÂNIA (com a voz amarga): O que você quer, Ásia?

ÁSIA (direta): Vim aqui para te propor um acordo. Quero o divórcio.

Oceânia bateu a mão na mesa, revoltado.

OCEÂNIA: Eu não vou assinar nada.

ÁSIA (fria): Você vai assinar, Oceânia. E sabe por quê? Porque se você fizer isso, eu posso te tirar daqui.

Oceânia a olhou com descrença.

OCEÂNIA: Tirar? Como?

ÁSIA (com um sorriso sarcástico): Aos olhos da lei, você é mais vítima do que culpado. Com o advogado certo e o acordo certo, você estará fora desse inferno em pouco tempo. Mas, claro, só se assinar os papéis do divórcio.

Oceânia hesitou por um momento, analisando a situação, até que, com um suspiro pesado, pegou a caneta e assinou.

OCEÂNIA (resignado): Espero que saiba o que está fazendo.

ÁSIA: Eu sempre sei!

Cena 5 – (Casa da família América/Quarto de América Latina/Noite)

A noite caiu sobre a casa dos América. América Latina estava deitada em sua cama, fitando o teto, quando América entrou pela janela sorrateiramente. Ele caminhou até ela, com uma expressão cheia de desejo.

AMÉRICA (sussurrando): Eu não conseguia ficar longe de você.

AMÉRICA LATINA (sorrindo, puxando-o para mais perto): Eu também não.

Enquanto eles se beijavam, Berta observava de longe, dentro do carro, com os olhos fixos na janela entreaberta. Sua expressão de ciúmes transformava-se em pura fúria.

Cena 6 – (Casa dos América/Noite)

América do Norte estava em seu escritório quando ouviu passos vindos da entrada. Ele saiu rapidamente e ficou surpreso ao ver Berta entrar apressada pela porta e seguir diretamente para o quarto da filha.

AMÉRICA DO NORTE (gritando): Mas o que é isso? Como você entrou aqui?

BERTA: O seu filho abriu a porta para mim.

Berta continuou andando até chegar no quarto. América do Norte olha para Brasil, que assiste televisão. Logo, eles ouvem gritos. América do Sul, que estava na cozinha, vem correndo.

AMÉRICA DO SUL: Que gritaria é essa?

América do Norte decide ir até o quarto de América Latina.

AMÉRICA DO SUL: Brasil, fica aqui na sala.

Quando eles chegaram ao quarto de América Latina, o choque tomou conta de seus rostos. Latina e América estavam na cama, envolvidos em uma cena de amor intenso.

AMÉRICA DO SUL (gritando): O que é isso? O que está acontecendo aqui?

Latina e América se separaram bruscamente, puxando os lençóis para se cobrirem, enquanto Berta, com um sorriso vitorioso, se aproximava deles.

BERTA (com desdém): Eu disse que você ia me pagar, Latina. E agora todos sabem quem você realmente é.

Latina ficou pálida.

AMÉRICA DO NORTE (com raiva): O que você está dizendo, menina?

BERTA (cruel): Ela é uma prostituta. Uma quenga que se vendeu pro meu macho.

AMÉRICA DO SUL (em choque): Isso é verdade, filha? Diga que ela está mentindo!

Latina, desesperada, tentou se explicar.

LATINA (chorando): Não é bem assim... Eu... A Suzy...

AMÉRICA DO NORTE (furioso): SUZY? Eu sabia. Sabia que tinha dedo daquela lá nessa história. Então é esse o trabalho que vocês faziam todos os dias?

LATINA: Eu...

AMÉRICA DO NORTE: Chega! Eu não admito ter uma filha prostituta dentro da minha casa! Eu quero que você arrume suas coisas e vá embora da minha casa agora!

LATINA (incrédula): Pai, você não pode estar falando sério...

AMÉRICA DO NORTE (frio): Estou. Pegue suas coisas e vá embora. Vá viver com a Suzy, ou com esse mauricinho de quinta que tá aí com você. Mas nessa casa você não pisa mais. É o cúmulo, filha minha ser prostituta.

Latina soluçava enquanto América tentava consolá-la, mas o caos estava apenas começando. Quando eles se preparavam para sair do quarto, o som de tiros ecoou pela casa. América do Sul e América do Norte correram para a sala, mas o que encontraram lá os deixou em choque. A porta da casa estava arrombada, e Brasil estava caído no chão, deitado de bruços. América do Sul correu até ele.

AMÉRICA DO SUL (desesperada): Meu Deus, meu filho...

Ela virou o filho, e Brasil começou a cuspir sangue, ele tentava falar, mas seu corpo tremia violentamente. Começou a esvair sangue dele e uma poça se formava ao seu redor.

AMÉRICA DO SUL (em prantos, desesperada): Meu filho... meu filho...

Antes que ela pudesse ajudá-lo, uma rajada de tiros atravessou o ar. América do Sul foi atingida várias vezes pelas costas e caiu morta ao lado do filho. África Siriracha, com uma metralhadora nas mãos, sorriu ao ver o estrago.

ÁFRICA SIRIRACHA (rindo): Nunca gostei dessa vaca.

América do Norte estava paralisado de horror.

AMÉRICA DO NORTE (chocado): África... você?

Antes que ele pudesse reagir, Célia apareceu ao lado de África, segurando um fuzil. Sem dizer uma palavra, Célia disparou várias vezes, acertando América do Norte no peito. O impacto dos tiros fez seu corpo voar até a parede, onde ele caiu sentado, deixando a parede ensanguentada. Célia se aproximou dele e atirou mais vezes com o seu fuzil, pondo fim em sua vida.

Berta, que estava voltando do quarto, estava no corredor paralisada. Ela viu América do Norte morto no chão e estava horrorizada sem conseguir se mexer do lugar. Célia virou-se e entrou pelo corredor. Berta ao vê-la, começa a correr, mas Célia atira sem piedade, acertando-a nas costas e na cabeça. Seu corpo cai sem vida no chão.

AFRICA SIRIRACHA: Tem mais alguém nessa casa?

As duas ouvem um barulho de algo quebrando e vão atrás. No quarto, Latina e América ouviram os tiros e se entreolharam aterrorizados. Latina olhou para o abajur quebrado no chão. Nesse momento, América foi rapidamente até a porta para tentar bloqueá-la, mas antes que pudesse fazer qualquer coisa, a porta foi aberta violentamente por África e Célia. Elas entraram com armas nas mãos, seus olhares sombrios.

ÁFRICA SIRIRACHA (sorrindo cruelmente): Acham mesmo que vão sair dessa vivos?

Latina e América tremiam de medo, incapazes de falar. África e Célia trocaram um olhar de cumplicidade e, sem hesitar, abriram fogo. Os corpos de Latina e América caíram no chão, enquanto o sangue se espalhava pelo quarto.

CÉLIA (fria, guardando a arma): Agora sim, o serviço está completo.

ÁFRICA SIRIRACHA (rindo): Vamos acabar com essa casa de uma vez.

Elas começaram a espalhar gasolina por toda a casa, cobrindo cada cômodo, cada parede. Quando terminaram, Célia riscou um fósforo e o atirou no chão encharcado. O fogo se espalhou rapidamente, consumindo tudo em seu caminho. Elas saíram da casa enquanto as chamas devoravam o que restava da família América.

Cena 7 – (Fora da casa/Noite)

As duas saíram da casa incendiada, respirando o ar fresco da noite. Quando estavam a poucos metros, de repente, América Central apareceu, chegando de carro. Ele parou e saiu do veículo, olhando horrorizado para a casa em chamas.

AMÉRICA CENTRAL (chocado): O que... O que aconteceu aqui?

África Siriracha deu um sorriso diabólico, apertando a arma em sua mão.

ÁFRICA SIRIRACHA (desdenhando): Você demorou, querido. Eu estava ansiosa para te dar um fim pessoalmente.

AMÉRICA CENTRAL (tentando se aproximar): Por favor, não faça isso...

Em um movimento rápido, ela disparou um tiro certeiro no peito de América Central. Ele caiu no chão, ofegando, enquanto o sangue manchava sua camisa.

ÁFRICA SIRIRACHA (fria): Isso é pela Ásia. Que vai chorar muito a sua morte.

Célia olhou para África com um sorriso satisfeito, e as duas se afastaram, deixando a destruição e o caos para trás. Elas desapareceram na escuridão da noite, enquanto as chamas da casa dos América iluminavam o céu.

(Câmera dá um close no olhar de América Central, que está no chão agonizando e congela)

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