Traída, a Vingança da Doutora
Ásia – Capítulo 36
Novela criada por Lucas
Gustavo e escrita por Sujiro Kimimame
Faixa das 21h
[🔴NÃO RECOMENDADO PARA
MENORES DE 16 ANOS🔴]
Cena 1 – (Presídio/Dia)
O sol escaldante batia no
pátio do presídio enquanto gritos ecoavam de todos os lados. As detentas se
enfrentavam, empurrando e se atacando em meio ao caos. África Siriracha, com um
olhar desafiador, assistia a confusão que tomava proporções maiores. De
repente, o som de hélices cortando o ar chamou a atenção de todas. Um
helicóptero surgiu no horizonte, descendo rapidamente, enquanto uma corda
balançava no ar.
CARCEREIRA 1
(gritando para as outras): Rápido, ela tá fugindo!
Sem perder tempo, África corre
em direção à corda e a agarra com firmeza. Suas mãos deslizam pelo material
enquanto ela sobe com agilidade. Quando estava a poucos metros de escapar,
África olhou para as carcereiras lá embaixo e começou a rir.
ÁFRICA SIRIRACHA
(debochada, gritando): SUAS PUTINHAS DE UNIFORME. ATÉ NUNCA MAIS, REBANHO
DE VACAS.
CARCEREIRA 2
(sacando a arma): Cala a boca!
ÁFRICA SIRIRACHA:
SUA PUTA ENFIA ESSA ARMA NESSE RABO SUJO.
A carcereira dispara e um dos
tiros acerta a corda, que se rompe com um estalo violento. África cai lá de
cima como uma jaca podre, batendo no chão. Ela se levanta, cambaleante, fugindo,
enquanto risadas ecoavam do helicóptero.
CÉLIA (gargalhando):
Pareceu um saco de bosta caindo no chão. (para o piloto) Mete o pé, parceiro.
África correu em disparada, mas
sua determinação permanecia intacta.
Cena 2 – (Cativeiro de Célia/Dia)
O cativeiro era uma casa
abandonada na periferia, com janelas quebradas e paredes sujas. Os jovens Pass
e Ivo estavam sentados à mesa, conversando em voz baixa. Quando África entrou,
ainda ofegante da fuga, eles a cumprimentaram com acenos breves. Célia, sentada
num canto com uma faca na mão, olhou para África com um sorriso malicioso.
CÉLIA
(calma): E aí, como foi a queda? Alguma dorzinha?
ÁFRICA SIRIRACHA
(revirando os olhos): Só me poupa dos seus comentários, Célia. Estou inteira e
pronta para o que vier.
Célia soltou uma risada baixa,
enquanto levantava e caminhava até a mesa, batendo a faca contra a madeira.
CÉLIA: Hoje
à noite nós vamos agir.
ÁFRICA SIRIRACHA: Mas
já?
CÉLIA: Ué,
não disse que estava pronta e inteira? Mudou de ideia?
ÁFRICA SIRIRACHA: Não
imaginei que fosse tão rápido.
CÉLIA: Eu
não tenho tempo a perder. E a nossa missão é simples.
Pass assentiu, enquanto Ivo
mexia em uma pistola, testando o peso da arma.
PASS (sem
emoção): Sem problemas. Já temos o plano todo esquematizado.
IVO (com
um sorriso frio): Eu até gosto de serviço assim, direto e fatal.
CÉLIA: Dessa
vez vocês dois estão fora.
PASS: O quê?
Porquê?
CÉLIA: Esse
vai ser o teste da África. Quero ver se ela é fodona o suficiente pra se juntar
a nós.
África, encostada na parede,
cruzou os braços.
ÁFRICA SIRIRACHA: Você
não me conhece tão bem assim. Mas ainda hoje vai saber do que eu sou capaz!
Cena 3 – (Casa de Ásia/Dia)
Ásia estava sentada na sala de
estar, um copo de vinho à sua frente, quando seu telefone vibrou sobre a mesa.
Ao olhar a tela, seu rosto congelou. Era Europa. Ela atendeu com certa
hesitação.
ÁSIA
(preocupada): Europa, o que aconteceu?
EUROPA (do
outro lado da linha, com urgência): África Siriracha... Ela fugiu do presídio.
O copo escorregou das mãos de
Ásia, caindo e se espatifando no chão.
ÁSIA (em
choque): Como... Como isso foi possível?!
EUROPA: Não
sei, mas tem um helicóptero envolvido. As coisas estão saindo do controle. Você
precisa agir rápido.
ÁSIA
(respirando fundo, tentando manter a calma): Essa vadia... Ela não perde por
esperar. Vou tomar as rédeas dessa situação.
Cena 4 – (Presídio/Visita de
Ásia e seu advogado/Dia)
Ásia entrava com firmeza, o
advogado ao seu lado. Oceânia, com o semblante abatido, já os esperava sentado
atrás de uma mesa. Assim que Ásia se aproximou, ele ergueu o olhar,
desconfiado.
OCEÂNIA (com
a voz amarga): O que você quer, Ásia?
ÁSIA
(direta): Vim aqui para te propor um acordo. Quero o divórcio.
Oceânia bateu a mão na mesa, revoltado.
OCEÂNIA: Eu
não vou assinar nada.
ÁSIA
(fria): Você vai assinar, Oceânia. E sabe por quê? Porque se você fizer isso,
eu posso te tirar daqui.
Oceânia a olhou com descrença.
OCEÂNIA: Tirar?
Como?
ÁSIA (com
um sorriso sarcástico): Aos olhos da lei, você é mais vítima do que culpado.
Com o advogado certo e o acordo certo, você estará fora desse inferno em pouco
tempo. Mas, claro, só se assinar os papéis do divórcio.
Oceânia hesitou por um
momento, analisando a situação, até que, com um suspiro pesado, pegou a caneta
e assinou.
OCEÂNIA
(resignado): Espero que saiba o que está fazendo.
ÁSIA: Eu
sempre sei!
Cena 5 – (Casa da família
América/Quarto de América Latina/Noite)
A noite caiu sobre a casa dos
América. América Latina estava deitada em sua cama, fitando o teto, quando
América entrou pela janela sorrateiramente. Ele caminhou até ela, com uma
expressão cheia de desejo.
AMÉRICA
(sussurrando): Eu não conseguia ficar longe de você.
AMÉRICA LATINA
(sorrindo, puxando-o para mais perto): Eu também não.
Enquanto eles se beijavam,
Berta observava de longe, dentro do carro, com os olhos fixos na janela
entreaberta. Sua expressão de ciúmes transformava-se em pura fúria.
Cena 6 – (Casa dos
América/Noite)
América do Norte estava em seu
escritório quando ouviu passos vindos da entrada. Ele saiu rapidamente e ficou
surpreso ao ver Berta entrar apressada pela porta e seguir diretamente para o
quarto da filha.
AMÉRICA DO NORTE
(gritando): Mas o que é isso? Como você entrou aqui?
BERTA: O seu
filho abriu a porta para mim.
Berta continuou andando até chegar
no quarto. América do Norte olha para Brasil, que assiste televisão. Logo, eles
ouvem gritos. América do Sul, que estava na cozinha, vem correndo.
AMÉRICA DO SUL: Que gritaria
é essa?
América do Norte decide ir até
o quarto de América Latina.
AMÉRICA DO SUL: Brasil,
fica aqui na sala.
Quando eles chegaram ao quarto
de América Latina, o choque tomou conta de seus rostos. Latina e América
estavam na cama, envolvidos em uma cena de amor intenso.
AMÉRICA DO SUL
(gritando): O que é isso? O que está acontecendo aqui?
Latina e América se separaram
bruscamente, puxando os lençóis para se cobrirem, enquanto Berta, com um
sorriso vitorioso, se aproximava deles.
BERTA (com
desdém): Eu disse que você ia me pagar, Latina. E agora todos sabem quem você
realmente é.
Latina ficou pálida.
AMÉRICA DO NORTE (com
raiva): O que você está dizendo, menina?
BERTA
(cruel): Ela é uma prostituta. Uma quenga que se vendeu pro meu macho.
AMÉRICA DO SUL (em
choque): Isso é verdade, filha? Diga que ela está mentindo!
Latina, desesperada, tentou se
explicar.
LATINA (chorando):
Não é bem assim... Eu... A Suzy...
AMÉRICA DO NORTE
(furioso): SUZY? Eu sabia. Sabia que tinha dedo daquela lá nessa história.
Então é esse o trabalho que vocês faziam todos os dias?
LATINA: Eu...
AMÉRICA DO NORTE: Chega!
Eu não admito ter uma filha prostituta dentro da minha casa! Eu quero que você
arrume suas coisas e vá embora da minha casa agora!
LATINA (incrédula):
Pai, você não pode estar falando sério...
AMÉRICA DO NORTE
(frio): Estou. Pegue suas coisas e vá embora. Vá viver com a Suzy, ou com esse
mauricinho de quinta que tá aí com você. Mas nessa casa você não pisa mais. É o
cúmulo, filha minha ser prostituta.
Latina soluçava enquanto
América tentava consolá-la, mas o caos estava apenas começando. Quando eles se
preparavam para sair do quarto, o som de tiros ecoou pela casa. América do Sul
e América do Norte correram para a sala, mas o que encontraram lá os deixou em
choque. A porta da casa estava arrombada, e Brasil estava caído no chão,
deitado de bruços. América do Sul correu até ele.
AMÉRICA DO SUL
(desesperada): Meu Deus, meu filho...
Ela virou o filho, e Brasil começou
a cuspir sangue, ele tentava falar, mas seu corpo tremia violentamente. Começou
a esvair sangue dele e uma poça se formava ao seu redor.
AMÉRICA DO SUL (em
prantos, desesperada): Meu filho... meu filho...
Antes que ela pudesse
ajudá-lo, uma rajada de tiros atravessou o ar. América do Sul foi atingida
várias vezes pelas costas e caiu morta ao lado do filho. África Siriracha, com
uma metralhadora nas mãos, sorriu ao ver o estrago.
ÁFRICA SIRIRACHA
(rindo): Nunca gostei dessa vaca.
América do Norte estava
paralisado de horror.
AMÉRICA DO NORTE
(chocado): África... você?
Antes que ele pudesse reagir,
Célia apareceu ao lado de África, segurando um fuzil. Sem dizer uma palavra,
Célia disparou várias vezes, acertando América do Norte no peito. O impacto dos
tiros fez seu corpo voar até a parede, onde ele caiu sentado, deixando a parede
ensanguentada. Célia se aproximou dele e atirou mais vezes com o seu fuzil, pondo fim em sua vida.
Berta, que estava voltando do
quarto, estava no corredor paralisada. Ela viu América do Norte morto no chão e
estava horrorizada sem conseguir se mexer do lugar. Célia virou-se e entrou
pelo corredor. Berta ao vê-la, começa a correr, mas Célia atira sem piedade,
acertando-a nas costas e na cabeça. Seu corpo cai sem vida no chão.
AFRICA SIRIRACHA: Tem
mais alguém nessa casa?
As duas ouvem um barulho de
algo quebrando e vão atrás. No quarto, Latina e América ouviram os tiros e se
entreolharam aterrorizados. Latina olhou para o abajur quebrado no chão. Nesse
momento, América foi rapidamente até a porta para tentar bloqueá-la, mas antes
que pudesse fazer qualquer coisa, a porta foi aberta violentamente por África e
Célia. Elas entraram com armas nas mãos, seus olhares sombrios.
ÁFRICA SIRIRACHA
(sorrindo cruelmente): Acham mesmo que vão sair dessa vivos?
Latina e América tremiam de
medo, incapazes de falar. África e Célia trocaram um olhar de cumplicidade e,
sem hesitar, abriram fogo. Os corpos de Latina e América caíram no chão,
enquanto o sangue se espalhava pelo quarto.
CÉLIA
(fria, guardando a arma): Agora sim, o serviço está completo.
ÁFRICA SIRIRACHA
(rindo): Vamos acabar com essa casa de uma vez.
Elas começaram a espalhar
gasolina por toda a casa, cobrindo cada cômodo, cada parede. Quando terminaram,
Célia riscou um fósforo e o atirou no chão encharcado. O fogo se espalhou
rapidamente, consumindo tudo em seu caminho. Elas saíram da casa enquanto as
chamas devoravam o que restava da família América.
Cena 7 – (Fora da casa/Noite)
As duas saíram da casa
incendiada, respirando o ar fresco da noite. Quando estavam a poucos metros, de
repente, América Central apareceu, chegando de carro. Ele parou e saiu do
veículo, olhando horrorizado para a casa em chamas.
AMÉRICA CENTRAL
(chocado): O que... O que aconteceu aqui?
África Siriracha deu um
sorriso diabólico, apertando a arma em sua mão.
ÁFRICA SIRIRACHA
(desdenhando): Você demorou, querido. Eu estava ansiosa para te dar um fim
pessoalmente.
AMÉRICA CENTRAL
(tentando se aproximar): Por favor, não faça isso...
Em um movimento rápido, ela
disparou um tiro certeiro no peito de América Central. Ele caiu no chão,
ofegando, enquanto o sangue manchava sua camisa.
ÁFRICA SIRIRACHA
(fria): Isso é pela Ásia. Que vai chorar muito a sua morte.
Célia olhou para África com um
sorriso satisfeito, e as duas se afastaram, deixando a destruição e o caos para
trás. Elas desapareceram na escuridão da noite, enquanto as chamas da casa dos
América iluminavam o céu.
(Câmera dá um close no olhar
de América Central, que está no chão agonizando e congela)
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