Linha Tênue - Captiulo 05 (08/11/2024)

 LINHA TÊNUE - CAPÍTULO 05




Webnovela de Tony Castello


PARTE 1: EXT. CALÇADA / RUA / MANHÃ

William para o carro suavemente e desce com um sorriso no rosto. Ele abre a porta para Gabriela, que retribui com um olhar carinhoso. A essa altura, ela já estava acostumada com a gentileza do rapaz. Os dois saem do carro, se beijam e andam juntos, abraçados. De longe, em um carro parado do outro lado da rua, Celso observa os dois com uma expressão indecifrável.

William: E aí, tudo certo pra sábado? Não quero desfeita, hein?

Gabriela: Sim, pode ficar tranquilo.

William: Então tá ótimo, tô ansioso para te apresentar pros meus amigos.

Gabriela: E eu tô ansiosa para ver você surfando. Quero ver se você é bom mesmo como diz.

William: Pois você vai ver, mocinha. Prepare-se para ficar de queixo caído. Na verdade, eu quero viajar pra pegar as maiores ondas do mundo. Já viu as ondas gigantes de Nazaré? Imagina só você lá comigo, me vendo descer aquele paredão de água?

Gabriela perde o sorriso nos lábios e fica séria, seus olhos desviando para o chão. William franze a testa, claramente confuso com a mudança repentina de humor de Gabriela.

William: Que foi, eu disse alguma coisa errada?

Gabriela: Nada, é só que... Você já está fazendo planos pro futuro.

William: E tem algum problema?

Gabriela: Não... Na verdade, eu que tô sendo uma idiota. Deveria estar aproveitando você, mas às vezes fico com essa cautela exagerada sobre nós.

William puxa Gabriela para mais perto, abraçando-a com firmeza. Ele a olha nos olhos, tentando transmitir segurança. Enquanto isso, Celso pega seu celular discretamente e aponta em direção ao casal, tirando algumas fotos.

William (falando suavemente): Eu entendo você e saiba que não vou te pressionar com minha impulsividade. Vou tentar controlar minha expectativa em relação a nós. É só que eu fico muito empolgado pensando em você e nas coisas que a gente pode fazer juntos. Me perdoa.

Gabriela: Não, não diz isso, não tem o que perdoar. Não pense que eu estou te recriminando por nada. Olha, só pra você saber, nesses próximos dias eu acho que vou falar com a minha mãe sobre você. Sabe, para parar com isso de a gente ficar se vendo como dois adolescentes. Eu tenho certeza de que a minha mãe vai amar você.

William: Vai, é? Pois espero que sim, mas se ela não gostar, não tem problema a gente namorar escondido. Na verdade, fica até mais emocionante.

Gabriela(rindo): Tenho certeza de que seria muito bom namorar com você escondidinho, seu safado. Mas falando sério, independente da opinião da minha mãe, sou eu que mando na minha vida. Eu só respeito muito ela e quero ter cuidado. Sabe, eu acho que nunca gostei de nenhum garoto como estou gostando de você. É algo diferente pra mim, e também vai ser diferente pra minha mãe. Acho que nunca cheguei a apresentar nenhum namorado pra ela.

William: Ah, é mesmo? E quantas vezes você já namorou, mocinha?

Gabriela: Algumas, mas tenho certeza de que não chego aos seus pés nesse aspecto, não é mesmo, senhor William?

William: Calma aí, não é bem assim.

Os dois riem e se beijam enquanto Celso continua a observar de longe. William se despede de Gabriela, e ela entra no prédio da faculdade.

PARTE 2: ESCRITÓRIO DA EMPRESA / INT. SALA DE JÚLIO / MANHÃ

Júlio está em sua sala, cercado por pilhas de papéis, avaliando alguns documentos. A luz do sol entra pela janela, iluminando a mesa desorganizada. De repente, seu telefone começa a tocar. Ele atende rapidamente, com um leve suspiro.

Júlio: Alô? Bom dia!

Saulo: Bom dia, Doutor. Como vai?

Júlio: Muito bem, Saulo. Mas por que está me ligando tão cedo? Algum problema na marina?

Saulo: Não, senhor. Está tudo perfeitamente bem. Estamos cuidando de tudo para o senhor. Mas eu liguei porque o senhor me pediu para avisar caso seu filho viesse ao iate.

Júlio muda de expressão, seu rosto se tornando sério e preocupado. Ele aperta o telefone com mais força.

Júlio: Sim, pedi. O que você tem para me informar?

Saulo: Então, senhor, seu filho... ele veio aqui e trouxe uma moça com ele.

Júlio: Moça? E como era essa moça?

Saulo: Uma menina bem nova, muito bonita. Se chama Gabriela.

Júlio: Gabriela? Você sabe mais alguma coisa sobre ela?

Saulo: Não sei muito, senhor. Isso é tudo o que pude apurar. Seu filho parecia muito animado com a garota. Com todo o respeito, não é a primeira vez que ele traz mulheres aqui, mas sinto que essa é diferente das outras.

Júlio: Humm... Tudo bem, Saulo. Obrigado por me informar. Me ligue caso William volte com essa moça.

Saulo: Com certeza, senhor. Qualquer coisa, informarei imediatamente. Tenha uma ótima manhã. Tchau.

Júlio: Tchau.

A ligação é encerrada e Júlio deixa o celular em cima da mesa, apoiando o queixo entre as mãos. Ele olha para uma foto de família na mesa, seu olhar incisivo e pensativo, refletindo sobre a nova informação. Nesse momento, Celso entra na sala sem bater, surpreendendo Júlio.

Júlio: Celso? Vai entrar assim na minha sala sem se anunciar?

Celso: Ah, tio, precisa mesmo? Sou eu. Além disso, eu trago informações valiosas pro senhor.

Júlio suspira e se recosta na cadeira.

Júlio: Bom, espero que essa sua entrada brusca na minha sala se faça valer. O que você tem para mim?

Celso ri e puxa o celular do bolso. Ele mexe no aparelho para encontrar as fotos que tirou de William e Gabriela. Ao encontrá-las, entrega o celular para Júlio com um sorriso maldoso nos lábios.

Celso: Toma, não era isso que o senhor queria saber?

Júlio fica sério ao examinar as fotos, passando uma a uma.

Júlio (franzindo a testa e falando baixo): Então é ela...

Celso: É sim, a garota que o William tá pegando

Júlio levanta o olhar, com um tom de advertência.

Celso (levantando as mãos em sinal de rendição): Foi mal, mas olha, tio, vou lhe dizer que eu nunca vi o William tão apaixonadinho por uma garota assim antes. Se eu não conhecesse seu filho, diria que vai dar casamento.

Júlio: E me responde uma coisa: você conhece essa garota? De onde ela surgiu?

Celso: O rosto dela não me é estranho, senhor, a verdade é que eu não sei nada sobre ela. Mas...(Pensativo) Lembro de já ter visto ela na sua casa; suponho que tenha ido se encontrar com ele.

Júlio: Muito estranho...

Celso: Mas, senhor, por que todo esse interesse em saber com quem seu filho anda se envolvendo?

Júlio (com um olhar severo): Isso não te interessa. Só faça o que eu pedir e fique de boca fechada. Nada de sair por aí fofocando sobre o que pedi para você fazer, ouviu bem? Não quero que o William saiba que estou xeretando a vida dele.

Celso (fazendo gesto de zíper na boca): Quanto a isso, não precisa se preocupar. Minha boca é um túmulo.

Júlio: Muito bem, Celso, gostei de ver. Agora eu quero que você me faça outro servicinho.

Celso: Outra coisa?

Júlio: Investigue a vida dessa garota. Descubra onde mora, o que faz da vida, quem são os pais. Resumindo, faça um relatório completo da vida dela.

Celso: Bom, pelo menos uma informação a gente já tem. A garota estuda no prédio de saúde, deve fazer algum curso da área.

Júlio: Só faça o que mandei e me revire a vida dessa garota.

PARTE 3: MANSÃO FERREIRA ALBUQUERQUE / INT. SALÃO DE JOGOS / NOITE

O som das bolas de sinuca se chocando ecoa pelo ambiente. Celso e Oliver estão concentrados na mesa de sinuca, trocando olhares competitivos enquanto jogam. Liliana está sentada próxima, tomando uma cerveja. Longe dali, Fred está sentado em um canto, alheio à diversão, imerso em seu celular. Liliana desvia o olhar do jogo e passa a observar Fred, inclinando a cabeça curiosamente, tentando decifrar o que tanto prende a atenção dele. Enquanto isso, Laura está sentada em outro canto, com uma expressão de descontentamento. Ela e Celso trocam olhares por um instante; seus olhos repletos de raiva, enquanto ele responde com um sorriso debochado. Liliana levanta e vai até Fred tocando na perna dele a fim de chamar a atenção do rapaz.

Liliana: Oi.

Fred: levanta o olhar, meio desnorteado.

Fred: Ah, oi.

Liliana: Tô te atrapalhando?

Fred: Não, é que... eu fiquei de entregar um relatório de estágio e tô até agora preso nisso.

Liliana: Entendo, mas você não acha que... seria melhor relaxar um pouco?

Fred: Eu até queria, você não imagina o quanto. Mas estou atolado de coisas. Só vim hoje porque meu irmão me arrastou, senão não teria saído de casa.

Liliana: Ah...

Fred: Quer dizer... me desculpa, não tive a intenção de...

Liliana: Não, tudo bem. Eu te entendo, todos nós passamos por isso. Eu admiro você por ser tão esforçado. Só acho que talvez você devesse desacelerar um pouco. Sinto que você pode estar se sobrecarregando muito.

Fred: Agradeço sua preocupação, mas infelizmente não tenho outra opção.

Liliana faz uma expressão de lamentação e encosta a mão no braço de Fred, acariciando-o suavemente. Oliver, que estava concentrado na partida de sinuca, desvia o olhar para os dois. De repente, William aparece na grande entrada do salão de jogos, segurando um casaco na mão esquerda. Ele caminha com passos firmes, seu olhar percorrendo o ambiente. Celso o avista de longe e sorri.

Celso: Olha ele aí

William se aproxima da mesa de sinuca, cumprimenta Celso com um aperto de mão firme, segue até Oliver e o abraça calorosamente.

William: Que isso? Não sabia que estava tendo festinha na minha própria casa.

Laura, ao vê-lo, abre um enorme sorriso e se levanta rapidamente, correndo até ele e abraçando-o com tanta força que quase o derruba no chão.

Celso: Calma Laurinha, desse jeito vai arrancar pedaço do homem.

Laura: Eu tava te esperando, Willy

William: Boa noite pra você também, Laura

Oliver: Pensamos em te avisar, mas você anda tão ocupado que a Lily não quis te incomodar.

Celso: Verdade, parece que o senhor anda muito ocupadinho pro meu gosto, não tem mais tempo pros amigos. Quem é essa mulher que anda roubando o meu amigo?

Laura faz uma expressão de desgosto enquanto Celso direciona seu olhar para ela sorrindo maliciosamente.

William: Deixa de ser curioso

Liliana se aproxima e se encosta no ombro de Oliver.

Liliana: Olha o sumido, já ia chamar a polícia pra ir resgatar o seu corpo.

William: Que isso, gente, eu ando tão sumido assim? Pois saibam que eu tenho a minha vida pra cuidar.

Celso: Sabemos bem que vida é essa. Mas chega de enrolação, William, quando você vai apresentar a nova senhora Ferreira Albuquerque pro grupo?

William: Meu amigo, Celso, admiro a sua atenção, mas talvez você devesse procurar o que fazer e largar do meu pé.

Celso: Oxe.

Laura, que observava a conversa, se afasta e entra por um corredor próximo. Celso observa e também se afasta do grupo, andando devagar e segurando o taco de sinuca nas mãos.

Ao entrar pelo corredor escuro, ele observa Laura encostada num canto longe, aparentemente chorando. Celso coloca o taco encostado na parede e anda devagar até ela, com as duas mãos nos bolsos.

Celso: Até quando você vai continuar com esse showzinho patético?

Laura ergue os olhos úmidos pelas lágrimas.

Laura: O que você quer? Me deixa em paz.

Celso: Oh, Laurinha, você não sabe como me corta o coração ver você nesse estado.

Laura: Por que você não me esquece? Já não basta todas as humilhações e coisas horríveis que me disse? Pra você, eu não sou só uma piranha? Não sou uma biscateira parasita? Então, me deixa e para de debochar de mim. Eu sei que você só quer se divertir às minhas custas.

Celso se aproxima de Laura, encostando seu rosto próximo ao dela e estendendo os dois braços na parede.

Celso: Oh, Laurinha, eu só fico triste porque você não se dá o devido valor. Você acha que eu gosto de ver você se arrastando por aí por alguém que não te dá a mínima? Ou quando vejo você saindo com esses velhos asquerosos que não sabem valorizar uma mulher bonita como você?

Celso: Acho que você só está transtornada, não está aceitando o fato de que o William não te quer mais.

Laura: E quem é você para me dizer isso? Você não sabe de nada e não pode definir nada. Eu e o William temos uma história; a gente cresceu juntos, eu sei que ele ainda gosta de mim.

Celso: Laurinha, pelo amor de Deus, para com esse papelão.

Laura: Para de me perseguir; aceita de uma vez por todas que eu não quero nada com você.

Celso: Bom, eu só posso dizer que tentei colocar juízo na sua cabeça, mas, infelizmente, acho que você vai ter que continuar quebrando a cara até aprender. Sabe, correm os boatos por aí de que o seu William está apaixonado por essa moça que ele conheceu; talvez até dê em casamento.

Laura: Deixa de ser ridículo, ele nem conhece essa garota direito, é só mais uma coitada dessas que ele arranja por aí e que logo vai descartar. Nenhuma delas tem um passado com ele; todas não passam de uma diversão passageira, essa aí é só mais uma. Mas eu sei esperar, sei esperar que ele se divirta e, quando acabar, ele volta pra mim, pois eu sei que sou eu quem ele ama.

Celso: Ah, garota, faça-me o favor, você tá se ouvindo agora? Eu tô começando a ficar com medo pela sua sanidade. Vê se põe essa cabeça no lugar; não fica bem pra uma mulher da sua idade ficar tendo fantasias de garotinha. Sabe o que eu acho? Que você cresceu, mas sua mente ficou presa num conto de fadas da infância. Você criou na sua mente essa historinha de que você se casaria com o príncipe herdeiro e os dois seriam felizes para sempre. Cai na real, seu príncipe herdeiro não existe. Ou melhor, existe, mas não te quer. Só vou te dizer uma última coisa: acorda, acorda enquanto ainda é tempo. Se não, vai começar a ficar perceptível para todo mundo a sua loucura, e aí você vai desejar ter me ouvido.

Celso saiu apressado, pegou o taco e voltou para o salão de jogos.

Laura: Dane-se, eu sei muito bem o que fazer!

Celso retorna ao salão de jogos e se aproxima de William, que conversava com Oliver.

Celso: E aí, o que você vai fazer amanhã? Quero te convidar para uma festinha.

William: Ih, amanhã não dá, vou estar ocupado o dia inteiro.

Celso: Ah é? Com o quê?

William: Isso é coisa minha.

Celso: Tudo bem… já entendi o recado.

William: Mas a gente pode marcar outro dia.

Celso: É, a gente pode…

Celso pegou o copo de cerveja que havia deixado sobre a mesa de sinuca e deu um gole, com o olhar fixo e perdido

William: Não, pera aí.

William abraça Celso e segura seu queixo.

William: Não fica assim. Eu sei que estou em falta com vocês esses dias, mas prometo que logo a gente marca algo.

Celso: Pode deixar, Willy. Já estou acostumado a ser trocado por mulher.

William: Ah não, que isso, não fala assim. Olha...

William puxa Celso para um canto e fala próximo ao ouvido do amigo.

William: Esse sábado eu vou levar ela na praia. Se você quiser ir também... Queria esperar um pouco para apresentar ela para todo mundo, sabe? Ela é meio tímida, então tenho que ter cuidado. Você sabe como são as coisas.

Celso: Nossa, então é verdade mesmo. Existe uma nova senhora Ferreira Albuquerque.

William balança a cabeça, assentindo.

Celso: Pelo visto essa garota tem algo de especial. Nunca vi você esconder mulher por tanto tempo assim, nem fazer cerimônia para a gente conhecer suas namoradas. Fala pra mim, Willy, o que essa garota tem de diferente?

William: Nada, ela é especial sim, mas no momento a gente está se conhecendo. E eu não tô escondendo ninguém, a gente se conheceu esses dias. Ela é uma garota de família, sabe? Tem até receio de me apresentar pra mãe. E eu sinto algo diferente quando tô com ela.

Celso: Meu Deus, não posso acreditar no que tô vendo.

William: O que foi?

Celso(alisando o rosto de William): Você, cara, todo apaixonadinho.

William: Não, não vem com essa. Já disse que a gente tá se conhecendo.

Celso: Tudo bem, cara. O importante é que eu te vejo muito mais sorridente esses dias, muito mais do que você já é. E se essa garota está te fazendo feliz, então eu tô feliz também. Olha só, sábado eu não vou poder ir porque tenho um rolê e sabe-se lá em que estado vou acordar. Mas você devia marcar um jantarzinho só com o pessoal e chamar essa tua menina. Sem papai nem mamãe, só a galera. Prometo que ela vai ser bem recebida pela turma.

William: Ótimo, gosto de ver você falando assim. Espero que todos vocês sejam muito amigáveis com ela. Isso é muito importante para mim.

Celso: Pode deixar, irmãozinho. O que for do meu alcance, eu farei para deixar a sua garota à vontade.

PARTE 4: EXT. ENTRADA DO CONDOMÍNIO / NOITE

Celso estaciona o carro próximo à entrada de seu condomínio. Ele sorri para Fred no banco do carona, a expressão um pouco letárgica.

Celso: Pronto, tá entregue, irmãozinho! Diz pra dona Mônica que eu não volto pra casa hoje.

Fred: (confuso) Como assim, Celso? Pra onde você vai desse jeito? Acho que você bebeu um pouco demais, nem era pra estar dirigindo.

Celso: Calma, eu tô bem. Só vou dormir em outro lugar, não precisa se preocupar comigo, maninho. A função de irmão protetor é minha.

Fred: Eu realmente acho que você deveria subir e ficar em casa hoje.

Celso: Desculpa, mas não posso. Tenho um compromisso inadiável com uma donzela. Seu irmão precisa se distrair. Aliás, você deveria estar fazendo o mesmo.

Fred: (suspirando) Tudo bem então. Só me promete que não vai fazer nenhuma bobagem.

Celso: Ué, e eu sou de fazer alguma bobagem?

Fred franze a testa e arqueia as sobrancelhas, deixando clara sua incredulidade na fala do irmão.

PARTE 5: QUARTO DE HOTEL / NOITE

Paula entra no quarto segurando uma taça, enquanto Celso está deitado esparramado na cama. Ao vê-la, ele abre um sorriso e se espreguiça. Paula se aproxima dele, erguendo a taça no ar e jogando um pouco da bebida na barriga de Celso. Ele fecha os olhos e joga a cabeça para trás enquanto ela se abaixa e lambe a bebida da barriga dele.

Celso: Que tal lamber outra coisa, Paulinha?

Paula: Ah, olha só, aprendeu o meu nome, seu cretino?

Celso: Aprendi, aprendi sim. Com você fazendo essas brincadeiras gostosas com a língua, eu vou gritar o seu nome a noite toda, sua putinha.

Ela se joga sobre Celso, dando um tapinha no rosto dele.

Paula: Olha só, sem essa de me chamar de Paulinha, que eu não sou dessas fedelhas que você sai pra agradar a mamaezinha.

Ela pega os cabelos dele pela nuca e puxa a cabeça dele para trás. Eles se beijam, com Celso erguendo Paula sobre si. Os dois se entrelaçam sobre a cama. Enquanto isso, o telefone de Celso toca, mas ele ignora.

FIM DO CAPÍTULO 

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