Natal sem Graça na Terra do Sertão - Episódio 01 (Estréia)
Web Série
Autor: Lucas Gustavo
Supervisão de Texto: Lucas Gustavo
[CENA 1: EXTERIOR - CASA DE MARIA, 1 DA TARDE, MAS FILTRO MAL FEITO PARA PARECER 6 DA TARDE]
(O filtro é tão ruim que ainda dá pra ver o sol a pino no céu. MARIA sai de casa com passos tão exagerados que parece estar dançando sapateado.)
MARIA: (gritando com eco adicionado na pós-produção) Saróóóói! Onde você está, minha flor do matagal?
(Ela avista SARÓI PAI, que está sentado em uma cadeira de plástico que afunda no chão enquanto ele fala.)
SARÓI PAI: (com voz robotizada por erro no microfone) Tááá com Túúúnííííssiaaa...
(MARIA vira lentamente como se estivesse em um clipe de música romântica, e a câmera dá um zoom desconexo no horizonte. SARÓI e TUNÍSIA aparecem, mas o CHROMA KEY é tão mal feito que o cabelo deles fica transparente, revelando o fundo pixelado da "paisagem".)
MARIA: (colocando as mãos no quadril) Sarói, minha filha, já pra dentro! Tá tarde demais, já ééé....
(MARIA olha pro relógio de pulso, que claramente mostra 13:05, mas ela continua.)
MARIA: ...tarde da noite!
(SARÓI e TUNÍSIA começam a andar em direção à casa, mas tropeçam no CHROMA KEY, desaparecendo com um efeito de transição PowerPoint em espiral. Apenas suas vozes ecoam dramaticamente no ar.)
SARÓI: (gritando de dentro do vazio) Já voooou, mããããe!
(Do nada, o céu escurece como se alguém tivesse apertado um botão, e uma RENA GIGANTE EM CGI com olhos brilhando em vermelho cai do céu com um barulho de panela caindo no chão. A rena se mexe desengonçada, como se tivesse sido animada por alguém que desistiu no meio do processo.)
RENA: (em um sotaque inexplicável) HO HO HO!
(A rena rola pela montanha como um bloco de gelatina, desencadeando uma avalanche de areia mal renderizada. Bonecos 2D dos "habitantes" começam a voar para o céu, gritando frases genéricas como "ai, minha nossa senhora" e "não era meu dia de morrer.")
MARIA: (soltando um berro tão alto que estoura os alto-falantes) MEU DEUS, QUE DESGRAÇAAAAAA!
(Ela cai de joelhos, mas o chão do cenário falso treme e derruba MARIA fora de quadro. A câmera vira de lado, mostrando a equipe de gravação por acidente. Um dos assistentes berra:)
ASSISTENTE: Continua filmando, é natal, caramba!
(A tela corta abruptamente para preto, com um som de campainha tocando.)
[CENA 2: INTERIOR - CASA DE MARIA, DECORAÇÕES DE NATAL MAL COLOCADAS]
(A campainha toca com um som exageradamente alto, seguido por uma trilha dramática que claramente não combina com a cena. MARIA, que estava limpando uma estátua de Papai Noel em proporções distorcidas, corre até a porta com passos CÔMICOS acelerados e escorrega numa poça de suco artificialmente pintado de verde.)
MARIA: (gritando) Quem ééé que incomoda uma mulher tão ocupadaaaa?!
(Ela abre a porta. Os POLICIAIS aparecem no CHROMA KEY MAL FEITO, mas, por erro de recorte, suas pernas não aparecem, e eles parecem flutuar.)
POLICIAL 1: (com eco adicionado sem motivo) Boa tarde, senhora. Podemos entrar?
MARIA: (olhando para as pernas invisíveis deles) Ué, o que aconteceu com vocês? Perderam as pernas no caso da rena?
(O POLICIAL 2 ri forçadamente, mas por falha de sincronia o som sai atrasado. BANDIDO aparece correndo do fundo da casa, segurando um prato de feijoada e um chicote por motivos desconhecidos.)
BANDIDO: (gritando como se estivesse no teatro) Que polícia é essa que não sabe fazer nadaaaa?!
(Antes de qualquer resposta, BANDIDO solta um peido DEVASTADOR, com um efeito sonoro do YouTube tão alto que a câmera treme. O peido é seguido por um efeito de fumaça verde CGI RIDÍCULO que começa a se espalhar pela sala. MARIA arregala os olhos e coloca as mãos no nariz.)
MARIA: (desesperada) BANDIDO, ISSO É UMA ARMA BIOLÓGICA!
(Os POLICIAIS começam a tossir e balançar os braços exageradamente. POLICIAL 1 vomita um líquido em CGI AMARELO direto na cara de MARIA, mas o líquido atravessa o rosto dela e desaparece no fundo, devido ao erro no CGI.)
POLICIAL 1: (sem emoção) Mil desculpas, senhora.
MARIA: (agitando os braços como se espantasse moscas) Tá tranquilo, já passei por piores!
(Os POLICIAIS entram na casa. Um deles senta no sofá, que quebra instantaneamente, mas ele continua sentado no ar como se nada tivesse acontecido.)
POLICIAL 2: Estamos aqui para investigar a tragédia causada pela rena gigante. A senhora está envolvida?
(MARIA faz uma pausa dramática e depois começa a rir histericamente, mas sua risada é claramente dublada por outra pessoa.)
MARIA: Eu? Envolvida? Claro que não, meu querido! Eu só estava chamando minha filha... SARÓI! VEM AQUI, SUA DESGRAÇA!
*INSTRUMENTAL ON*
(SARÓI e SARÓI PAI entram na sala, mas os dois deslizam como se estivessem em um GIF mal recortado. Eles se sentam no sofá, que magicamente está inteiro de novo, enquanto uma trilha sonora de suspense toca do nada.)
POLICIAL 1: (encarando SARÓI) Você viu algo estranho?
SARÓI: (com voz exagerada) A gente tava só beijando na frente de todo mundo. Normal, sabe?
*INSTRUMENTAL OFF*
(De repente, BANDIDO solta outro peido, mas dessa vez a fumaça verde se transforma em um mini-tornado CGI RIDÍCULO que começa a girar pela sala, levando as decorações de Natal. Todo mundo começa a gritar e correr em círculos.)
MARIA: (berrando) BANDIDO, VOCÊ É UM VERDADEIRO APOCALIPSE!
[CENA 03: INTERIOR, CASA DE SARÓI, LADO DE FORA, FIM DE TARDE]
(Os POLICIAIS tentam correr para fora da casa, mas caem de cara no chão, o que claramente são PNGs de pessoas desabando. MARIA e SARÓI correm atrás deles, mas seus movimentos estão acelerados como em um vídeo de comédia antiga.)
(Os POLICIAIS chegam ao topo do monte e, em um salto RIDÍCULO, caem de barriga para baixo em PNGS de pedras rolando. Enquanto caem, um DRAGÃO DA CHINA em CGI MAL RENDERIZADO, com cores neon que piscam como uma árvore de Natal, aparece do nada e começa a comê-los.)
MARIA: (soltando um grito estourado) AI MEU DEEEEUS, OS POLICIAIS VIRARAM JANTA!
(Enquanto isso, ao fundo, BANDIDO solta um último peido que faz a tela tremer e corta para PRETO abruptamente. A trilha final é um som de galinhas cacarejando por algum motivo.)
[CENA 04: QUINTAL DA CASA DE MARIA - MEIO-DIA MAL SIMULADO EM CHROMA KEY]
(MARIA e SARÓI estão sentadas em bancos de plástico tortos, que deslizam para frente e para trás por uma falha na edição. As galinhas em CGI, que parecem feitas no Paint 3D, estão ciscando e flutuando ligeiramente acima do chão, enquanto o fundo do monte pisca entre uma paisagem de sertão e uma floresta tropical.)
SARÓI: (chorando como se estivesse em um filme de terror de baixo orçamento) MÃÃÃÃE, EU NÃO AGUENTO MAIS ISSO! Esse monte tá nos amaldiçoando! As galinhas já tão aprendendo a voar!
(Uma galinha voa RIDICULAMENTE ao fundo, batendo em uma placa "Cuidado: CGI Fraco". Ela explode em confetes coloridos por razões desconhecidas.)
MARIA: (dramática, segurando o braço da filha) Minha filha, calma... Nós temos... O milho!
(MARIA pega um MILHO de plástico obviamente falso e o ergue como se fosse o Cálice Sagrado. O milho começa a emitir um brilho neon em CGI MAL FEITO, mas a luz ilumina apenas um canto da tela.)
(BANDIDO aparece DO NADA caindo do telhado, girando no ar como se fosse um dublê. Quando ele aterrissa, um som de saxofone toca inexplicavelmente.)
BANDIDO: (berrando como se estivesse em um show de rock) QUAL É O DRAMA, HEM? SARÓI, TU TÁ CHORANDO POR CAUSA DO CALOR? RIDÍCULA!
(SARÓI JÚNIOR surge em um carrinho de mão empurrado por um PNG de um trabalhador aleatório. Por alguma razão, ele segura uma vassoura com um laço rosa.)
SARÓI JÚNIOR: (com eco por falha no microfone) Cala a boca, moleque! Essa família já é uma desgraça sem a tua gritaria!
(Ele desce do carrinho de mão, mas a edição erra, e ele reaparece no mesmo lugar várias vezes como se fosse um GIF.)
SARÓI JÚNIOR: (se aproximando de MARIA e SARÓI) O que tá acontecendo aqui?
MARIA: (GRITANDO como se estivesse no último capítulo de uma novela) FILHO... TU TÁ CINZA!
(Um filtro cinza MAL APLICADO aparece no rosto de SARÓI JÚNIOR, mas pisca para verde e vermelho por falha no efeito. O rosto dele começa a "derreter" por um bug, mas ninguém comenta nada.)
SARÓI JÚNIOR: (berrando) VOCÊS DUAS TÃO MALUCAS!
*TRILHA SONORA ON*
(Sem nenhuma explicação, SARÓI JÚNIOR começa a dançar um xote misturado com balé. Uma música eletrônica com gritos de galinhas remixadas toca ao fundo. De repente, as galinhas começam a dançar também, mas uma delas quebra o chroma key e desaparece do cenário.)
(BANDIDO puxa uma corneta gigante e toca um som AGUDO, enquanto um MILHO GIGANTE em CGI cai do céu e acerta MARIA.)
MARIA: (rolando no chão dramaticamente enquanto segura o milho) SOCORRO, EU TÔ SENDO ATACADA PELO MILHO!
(SARÓI começa a berrar e tenta puxar o milho, mas ele gruda na mão dela como um imã. BANDIDO ri histericamente, mas solta um PEIDO MEGA ALTO que parece um trovão. Um vento forte em CGI começa a girar ao redor do quintal, levando MARIA, SARÓI, e BANDIDO para o CHROMA KEY.)
SARÓI JÚNIOR: (dançando e gritando) ISSO É UMA FESTA!
(O vento se transforma em um TORNADO de MILHO e PEIDOS, que joga todos para o topo do monte. Quando a cena corta, eles aparecem FLUTUANDO no espaço por erro de edição.)
NARRADOR (em uma voz robótica): O FIM ESTÁ PRÓXIMO, MAS A FAMÍLIA AINDA NÃO SABE!
(A cena termina abruptamente com um PNG de um foguete explodindo no canto da tela, enquanto uma música natalina toca ao fundo.)
*TRILHA SONORA OFF*
[CENA 05, ESQUETE: AS CHORIFUFUS NA RUA - TARDE COM CHROMA KEY TERRÍVEL, PARECE NOITE POR FILTRO MAL FEITO]
*INSTRUMENTAL ON*
(LAYSE e MIKAELA estão paradas em uma esquina feita de papelão. Ao fundo, pessoas em PNG andam de um lado para o outro de forma repetitiva. Há uma árvore de Natal MAL DESENHADA pintada na parede, com uma estrela que pisca descompassadamente.)
LAYSE: (ajeitando um chapéu de Papai Noel ridiculamente grande) Mikaela, se a gente não arrumar marido até meia-noite, a nossa reputação como as "Chorifufus mais desejadas do bairro" vai por água abaixo!
MIKAELA: (segurando uma bolsa que é claramente uma sacola de supermercado) Ai, Layse, mas quem vai querer casar com a gente? Tá vendo o nosso cenário? Nem o fundo consegue se acertar!
*INSTRUMENTAL OFF*
(O chroma key pisca e, por um momento, elas aparecem flutuando em um cenário de praia. Elas ignoram completamente.)
LAYSE: (com uma pose dramática) Não importa! Eu tenho um plano infalível! Quando os homens passarem, a gente joga charme, entende?
MIKAELA: (confusa) Charme? Aquele negócio que passa no cabelo?
LAYSE: (irritada) Não, Mikaela! É tipo... (faz uma pose ridícula e joga o cabelo para trás, mas o cabelo é um aplique que cai no chão) … isso!
(Um HOMEM ALEATÓRIO em PNG passa pela rua. LAYSE corre até ele, mas acaba tropeçando em uma pedra claramente desenhada em papel e cai em cima dele. Um som de “BOING” toca absurdamente alto.)
HOMEM ALEATÓRIO: (com voz robótica e mal sincronizada) Ei, cuidado, moça! Eu não tô à venda!
LAYSE: (se levantando e tentando ajeitar o cabelo) À venda? Eu quero é casar, bonitão!
(O homem sai correndo RIDICULAMENTE, e Mikaela começa a rir descontroladamente. Enquanto isso, Layse tenta pegar o aplique do chão, mas o vento CGI leva ele embora.)
MIKAELA: (chorando de rir) Layse, se o plano é esse, a gente vai acabar solteira até o próximo Natal!
LAYSE: (com as mãos na cintura) Olha quem fala! Então faz melhor, ô Miss Sacola de Mercado!
(MIKAELA faz uma pose toda exagerada, mas DO NADA, um HOMEM MUSCULOSO aparece. O músculo dele é claramente um efeito de Photoshop MAL FEITO que mexe sozinho enquanto ele fala.)
HOMEM MUSCULOSO: (com voz de galã de novela) Olá, moças... estão perdidas ou apenas... encantadas com minha presença?
MIKAELA: (engasgando com as palavras) ENCANTADA! QUER DIZER... NÃO! QUER DIZER... QUER CASAR COMIGO?!
HOMEM MUSCULOSO: (rindo) Casar? Agora? Nem conheço vocês!
LAYSE: (intervindo) Então conhece! Meu nome é Layse, e eu faço um arroz com passas incrível. Isso é o suficiente, né?
(O homem faz uma cara de nojo quando ouve “arroz com passas”. Um som de “WOMP WOMP” toca.)
HOMEM MUSCULOSO: (com voz mais firme) ARROZ COM PASSAS? Tô fora!
(Ele sai correndo CÔMICAMENTE, mas tropeça e cai em um buraco que surge do nada no chroma key. A câmera foca em Mikaela e Layse, que olham desesperadas.)
MIKAELA: (gritando) Layse, você matou o homem! Agora nunca mais vamos casar!
LAYSE: (dramaticamente) Mikaela, se desesperar não vai adiantar! Vamos fazer o que fazemos de melhor!
MIKAELA: (confusa) O quê?
LAYSE: (puxando Mikaela pela mão) CORRER!
*(As duas saem correndo RIDICULAMENTE enquanto a câmera treme exageradamente. No fundo, o buraco em CGI começa a emitir luzes natalinas sem explicação. A cena termina com elas gritando:)
LAYSE E MIKAELA: “SOCORRO, PAPAI NOEL, SALVA A GENTE!”
*INSTRUMENTAL ON*
(CORTA PARA PRETO, mas ainda dá para ouvir um som de galinha cacarejando sem motivo.)
Cena 06: O Caos Cósmico no Sertão
O fundo da cena é um espaço totalmente preto e vazio, com luzes piscando esquisitamente, como se o cenário fosse um erro de edição. Sarói, Sarói Júnior, Bandido e Maria aparecem, todos com olhares confusos, como se tivessem acabado de acordar de um pesadelo (embora ninguém saiba o que está acontecendo).
Maria (desorientada, olhando em volta):
– Onde estamos? Isso parece o fundo do meu bolso...
Sarói (pensando profundamente, como se tivesse uma revelação transcendental):
– A gente deve estar em outra dimensão... Ou em um pesadelo coletivo, sei lá.
Bandido (olha em volta e, de repente, arregala os olhos):
– Acho que a gente tá no futuro… ou no passado? Eu não sei, é tudo tão confuso!
Sarói Júnior (gritando de repente, apontando para um vidro que aparece do nada no meio do nada):
– AHHHHHH! O que é isso?! (O vidro mostra Doutora Ásia e Gretchen dançando um forró de forma estranha e ridícula, com CGI MAL FEITO).
Sarói Júnior (chora dramaticamente como se tivesse assistido à maior tragédia da história, mas a voz dele é tão estridente que parece um pinto gritando):
– NÃO! DUAS MULHERES DANÇANDO FORRÓ? NUNCA! (A edição faz com que o som se distorça, ficando agudo e insuportável).
Maria (completamente irritada com o choro do filho, pega um facão que surge magicamente da parte de trás dela, sem explicação nenhuma):
– TÁ INSUPORTÁVEL, JÚNIOR! (Ela tenta cortar o ar com o facão, mas a edição de CGI é tão ruim que ele "corta" a imagem, gerando um efeito de explosão de pixels no ar).
Sarói Júnior (cai no chão, fazendo um grande drama como se tivesse sido mortalmente ferido, mas em vez de sangue, sai purpurina de CGI MAL FEITO):
– AAAAAAAHHH! Estou… morrendo… de purpurina!!
Maria (em choque, começa a chorar, mas as lágrimas dela são substituídas por ketchup de tão mal feito que o efeito é):
– MEU DEUS, O QUE EU FIZ?!!
De repente, um trenó GIGANTE (também em CGI) cai do céu, mas em vez de neve, ele espalha papel picado para todo lado, criando um efeito de caos absoluto. O filtro de céu escuro está tão mal feito que parece mais um borrão preto sobre a tela.
Papai Noel (em CGI terrível, parece um boneco de plástico, com uma voz que parece mais um robô):
– Ho, ho, ho! O Natal está chegando, meus queridos! Vamos celebrar no Sertão Paraibense! (Ele tenta dar um salto acrobático, mas a animação é tão ruim que ele cai em câmera lenta, parecendo um boneco que se quebra ao cair).
Maria (em pânico absoluto, grita de forma exagerada, mas a gravação fica tão distorcida que o som parece um berro de pato):
– AH, NÃO! EU NÃO AGUENTO MAIS ESSE NATAL!
Papai Noel (agora em modo de perseguição, mas tropeçando o tempo todo e pisando nos fios dos bastidores):
– Venha cá, Maria! Eu vou te dar um presente de Natal… mas antes, vou pegar uma perninha do frango! (Ele tropeça, cai de cara no chão, mas sua animação ainda é tão ruim que ele se transforma em uma bola de neve de pixels).
Maria (correndo desesperada, enquanto um turbilhão de papel picado e efeitos de CGI MAL FEITO invadem o cenário):
– NÃO! EU NÃO VOU DEIXAR O NATAL ME PEGAR! (Ela começa a tirar a roupa de forma ridícula, mas a edição de CGI faz com que a roupa dela desapareça como se estivesse sendo "comida" pelo nada).
Bandido (em seu grande momento de “grandeza”, solta outro peido que, de tão forte, forma uma ventania que espalha o papel picado ainda mais, criando um tornado de peidos fedorentos):
– VAI, MARIA! CORRE! NÃO DEIXA ESSE NATAL ACABAR COM A GENTE! (Os efeitos sonoros de peidos são tão altos que fazem o áudio da cena distorcer, criando uma cacofonia de sons absurdos).
Enquanto isso, Sarói e Bandido começam a correr atrás de Maria, mas a animação de corrida deles é tão desengonçada que parece que estão patinando no gelo. O cenário atrás deles começa a se "desfazer" com efeitos de CGI tão ruins que é como se tudo estivesse se dissolvendo em pedaços.
Cena 07, Esquete da SuperAda – "O Vampiro do Sertão"
*INSTRUMENTAL ON*
NARRADOR: ESTAS SÃO, AS INTRÉPIDAS AVENTURAS DA INTRÉPIDA SUPER HEROÍNA... A INTRÉPIDA SUPER ADA
*INSTRUMENTAL OFF*
Interior da casa de Novelex. Ele está olhando pela janela, nervoso. Passos começam a se aproximar da porta. De repente, Kaique, o vampiro, surge.
KAIQUE (DRAMÁTICO): Eu sou o Kaique, o vampiro mais temido do sertão! E venho cobrar a dívida do seu pai, Prefeita! Se ele não pagar, vou acabar com ele!
Novelex começa a suar frio, tropeça no tapete e cai no chão.
NOVELEX (DESESPERADO): N-não! Não posso deixar isso acontecer!
Kaique cruza os braços, rindo malignamente.
KAIQUE (SARCÁSTICO): Uma hora, Novelex. Apenas uma hora, ou... adeus, papai!
Novelex começa a correr pela casa como um maluco, derrubando móveis e batendo nas paredes.
NOVELEX (GRITANDO): e agora, quem poderá me defendeeee??
Novelex pega um telefone velho e disca desesperadamente. A câmera foca na janela. SuperAda entra, mas tropeça e cai de cara no chão.
SUPERADA (ANIMADA, MAS DESASTRADA): EU! SuperAda ao resgate!
Novelex ajuda ela a se levantar. Ela olha para ele, confusa.
SUPERADA (CURIOSA): O que tá pegando aqui, Novelex?
NOVELEX (NERVOUSO): O Kaique! Ele quer matar meu pai por uma dívida!
SuperAda coloca as mãos na cintura, confiante.
SUPERADA (BRAVA): O quê?! Um vampiro no sertão? Isso é problema pra SuperAda!
Kaique, ainda na sala, solta uma gargalhada exagerada.
KAIQUE (SARCÁSTICO): E quem é você pra me enfrentar? Uma heroína que mal consegue entrar pela janela?
SuperAda pega uma espada de brinquedo que estava caída no chão.
SUPERADA (DECIDIDA): Eu sou a SuperAda, a heroína mais atrapalhada do sertão! E vou te mostrar como se resolve isso!
Ela tenta atacar Kaique com a espada, mas ela quebra ao meio, e um pedaço atinge sua própria testa.
SUPERADA (CONFUSA): Ah, era de plástico...
Novelex tenta ajudar, mas acaba tropeçando nela e derrubando ambos no chão.
NOVELEX (GRITANDO): Ai, meu Deus! Ele vai nos pegar!
Kaique tenta usar um feitiço, mas acidentalmente cria uma chuva de papel picado que cai em cima dele.
KAIQUE (IRRITADO): O que está acontecendo aqui?! Isso era pra ser assustador!
Novelex e SuperAda se olham, surpresos.
SUPERADA (RINDO): Olha só, ele tá preso no papel picado! Acho que o vampiro se enrolou!
Kaique tenta se soltar do papel picado, mas quanto mais ele se mexe, mais preso fica. Ele começa a girar desesperadamente e acaba tropeçando em uma cadeira.
KAIQUE (IRRITADO): O que está acontecendo aqui?! Isso era pra ser assustador!
SuperAda aproveita o momento para improvisar um ataque heroico. Ela pega um espanador que estava na mesa e aponta para Kaique dramaticamente.
SUPERADA (TRIUNFANTE): Kaique, seu reinado de terror acaba aqui! Prepare-se para o espanador da justiça!
SuperAda avança em direção a Kaique, mas tropeça no papel picado e cai em cima dele. Ambos ficam presos em uma pilha de móveis e bagunça.
KAIQUE (SUFOCADO): Sai de cima de mim, sua atrapalhada!
SUPERADA (CONFUSA): Espera, quem tá em cima de quem?
Novelex, desesperado, tenta ajudar, mas pisa numa poça d'água e escorrega, caindo em cima dos dois.
NOVELEX (GRITANDO): Ai, meu Deus! Agora eu também tô preso!
Kaique finalmente consegue se levantar, mas sua capa está rasgada e metade do papel picado está grudado nele.
KAIQUE (FURIOSO): Chega disso! Vocês são o grupo mais ridículo que eu já enfrentei!
SuperAda pega uma almofada do sofá e joga em Kaique, mas erra o alvo e acerta Novelex.
NOVELEX (IRRITADO): SuperAda, é o Kaique, não eu!
SUPERADA (SEM GRAÇA): Ops, erro de cálculo...
Kaique tenta lançar outro feitiço, mas o feitiço volta contra ele e o transforma em um morcego minúsculo.
KAIQUE (VOZ FINA): O quê?! Isso é impossível!
SuperAda pega um pote de vidro e captura o morcego.
SUPERADA (RINDO): E agora, senhor vampiro, você é só um morceguinho inofensivo!
NOVELEX (ALIVIADO): SuperAda, você conseguiu!
SUPERADA (ORGULHOSA): Claro, eu sempre consigo... mesmo quando parece que não!
*INSTRUMENTAL ON*
Os dois começam a rir enquanto olham para o pequeno morcego Kaique no pote, que tenta fugir sem sucesso. Cena encerra com SuperAda tentando fazer uma pose heroica, mas escorregando no papel picado e derrubando o pote. Novelex segura o pote no último segundo, e ambos caem de costas, rindo histericamente.
NARRADOR: A SUPER ADA FICA POR AQUI, NOS VEMOS BREVEMENTE!
*INSTRUMENTAL OFF*
Cena 08
câmera mostra Maria, Sarói e Bandido andando confusos ainda com o fundo preto.
SARÓI (INTRIGADA): Esse lugar é estranho...
De repente, ela desaparece RIDICULAMENTE, e uma trilha sonora de CIRCO DESAFINADA toca na cena. Maria e Bandido ficam desesperados.
MARIA (DESESPERADA): Sarói! Minha filha, onde você tá?!
BANDIDO (ATUANDO MAL, CONFUSO): Cadê ela, mãe? Ela sumiu, mó doideira isso aqui!
Os dois começam a andar em cÃrculos, procurando Sarói, mas suas ações são extremamente exageradas e ridÃculas. Bandido tropeça e cai RIDICULAMENTE, enquanto Maria grita de forma estourada.
De repente, um quadrado de chroma key roxo de papelão colorido se abre no meio do nada. Sarói aparece rebolando dentro do quadrado e mostrando o dedo do meio para Maria e Bandido.
SARÓI (PROVOCATIVA): Olha eu aqui, otários!
Ela começa a dançar uma música super vulgar, rebolando exageradamente. Do nada, o humorista Chespirito aparece ao lado dela.
CHESPIRITO (ANIMADO): Ora, ora, o que temos aqui?
Chespirito beija Sarói, mas logo começa a peidar (efeitos sonoros de peido pegos do YouTube) na cara dela RIDICULAMENTE. Sarói começa a ficar desconfortável.
SARÓI (DESCONFORTÃVEL, GRITANDO): Ai, que nojo! Para com isso!
O incômodo cresce e, de forma completamente absurda, o cu de Sarói vira do avesso e explode em CGI MAL FEITO. Maria vê a cena e entra em pânico.
MARIA (BERRANDO ESTOURADAMENTE):
Saróoooooooooooi! Minha filha, nãooooo!
Bandido tenta acalmar a mãe, mas não consegue.
BANDIDO (DESPREOCUPADO): Relaxa, mãe, tá de boa... acho.
Maria começa a chorar exageradamente, com lágrimas em CGI mal feito caindo em abundância. A cena fica cada vez mais RIDÃCULA, parecendo uma novela infantil de baixo orçamento, com textos mal escritos e desorganizados.
CENA 09: NA CASA DE MARIA
Sarói Pai anda pela casa com os braços levantados dramaticamente como se estivesse invocando uma entidade. Ele tropeça em uma vassoura, mas continua agindo como se fosse parte do roteiro.
SARÓI PAI (GRITANDO COMO SE ESTIVESSE NUM PALCO DE TEATRO): Ai, meu Deus! Onde estão Maria e os meninos? O que será que aconteceu com eles? Será que foram abduzidos? Ou pior... esqueceram de mim?
Ele abre a porta que leva à varanda. Nacaranda está sentada em uma cadeira de balanço claramente feita de papelão, mastigando pipoca de forma ABSURDAMENTE BARULHENTA. Ao fundo, um chroma key RIDÍCULO mostra um céu com nuvens que se movem em círculos como se fossem animadas por crianças no Paint.
SARÓI PAI (DRAMÁTICO E APONTANDO PARA O CÉU): Nacaranda! Minha neta predileta e única! Você viu sua mãe e seus irmãos?
NACARANDA (COM A BOCA CHEIA, FALANDO TOTALMENTE ININTELIGÍVEL): Hã? Prrra prrrapá!
SARÓI PAI (INÚTIL): Que foi que você disse, criatura? Fale direito, ou vou morrer aqui sem respostas!
Nacaranda engole a pipoca e olha diretamente para a câmera com uma expressão entediada.
NACARANDA (COM DESDÉM): Sei lá, vô. Vai ver eles tão brincando de esconde-esconde com o destino.
Sarói Pai começa a girar pela varanda como se estivesse em um comercial de ventiladores, enquanto grita "MEU CORAÇÃO TÁ DESMORONANDO!" de forma EXAGERADAMENTE IRRITANTE.
De repente, Nacasia, irmã de Maria, surge do lado da varanda com um balde de água colorida que vaza por todos os lados.
NACASIA (COM VOZ ARTIFICIALMENTE ROUCA): O que foi dessa vez, Sarói Pai? Perdeu mais uma peça de dominó?
SARÓI PAI (APONTANDO PRA ELA COM O DEDO TREMBENDO): NÃO! É MUITO PIOR! Maria e os meninos... SUMIRAM! Eles evaporaram como quando você cozinha aquele arroz duro!
NACASIA (SARCÁSTICA): E você acha que eu sou a Mãe Dináh pra saber onde eles tão? Meu arroz pode ser duro, mas meu juízo é firme!
Nacaranda, totalmente alheia à situação, começa a usar o chroma key da varanda como espelho, enquanto faz caretas.
NACARANDA (ALTO): Gente, essa novela tá me dando dor de barriga. Quem escreveu isso?
A câmera corta para Sarói Pai que começa a simular um ataque cardíaco, jogando os braços dramaticamente enquanto sua camisa rasga, revelando um pijama com estampa de unicórnios.
SARÓI PAI (BERROS DESESPERADOS): Ai, meu coração! Eu não vou aguentar! Se algo acontecer com Maria, eu vou... eu vou...
De repente, ele cai no chão, mas a queda é claramente feita com um dublê que aparece segurando um cartaz com a palavra "IMPACTO".
NACASIA (IRRITADA, JOGANDO O BALDE): Levanta daí, Sarói Pai, a gente não tem orçamento pra mais drama! Vamos logo procurar Maria antes que o público pare de ler!
NACARANDA (COM A MÃO NO OUVIDO): E eu com isso? Vou buscar mais pipoca.
*INSTRUMENTAL ON*
A cena termina com uma TRANSIÇÃO MAL FEITA, onde os rostos dos personagens aparecem multiplicados por toda a tela, enquanto uma trilha sonora de carnaval toca completamente fora de contexto. A música corta abruptamente, e um aviso aparece: "CONTINUA NO PRÓXIMO CAPÍTULO (OU NÃO)".
ESQUETE: "NA CAFETERIA"
CENA 10: UMA CAFETERIA SIMPLES, MAS CHEIA DE DETALHES EXAGERADAMENTE BREGAS
*INSTRUMENTAL ON*
A câmera mostra o Doutor Chapadin entrando na cafeteria. Ele veste um jaleco sujo e anda com a postura de alguém que nunca frequentou um lugar decente. O ambiente está lotado de pessoas conversando em um tom de voz que parece uma torcida de futebol.
*INSTRUMENTAL OFF*
DOUTOR CHAPADIN (EXAGERADAMENTE ANIMADO): Bom dia, cidadãos normais! Preparem-se, pois hoje vou ensinar como tomar café com elegância científica!
Ele caminha até o balcão e tropeça RIDICULAMENTE em um tapete que claramente foi colocado de propósito. Ele derruba um senhor que estava tomando chá, espalhando açúcar para todos os lados.
SENHOR (IRRITADO): Mas o que é isso? Olhe por onde anda, seu doido!
DOUTOR CHAPADIN (COM UM SORRISO CONSTRANGIDO): Ah, desculpe! É que eu estava analisando a gravidade... e a sua cara confirma que ela existe em excesso!
O senhor levanta, resmungando. Doutor Chapadin se aproxima do caixa, onde uma funcionária entediada atende.
FUNCIONÁRIA (SEM PACIÊNCIA): Vai querer o quê?
DOUTOR CHAPADIN (CONFUSO): Hmmm... Café, claro! Mas sem açúcar, sem leite e sem... café.
FUNCIONÁRIA (IRRITADA): Então você quer o quê, exatamente?
DOUTOR CHAPADIN (COM VOZ DRAMÁTICA): Quero algo que não me lembre minha ex! Forte e amargo, por favor.
Enquanto a funcionária prepara o pedido, Doutor Chapadin observa um cliente mexendo no celular. Curioso, ele chega perto demais, praticamente encostando o nariz na tela do rapaz.
CLIENTE (ASSUSTADO): Dá pra sair daí, cara?
DOUTOR CHAPADIN (DISFARÇANDO): Ah, eu só estava testando a sua capacidade de lidar com invasões de privacidade. Nota dez!
Ele se senta em uma mesa. Assim que a funcionária traz o café, ele pega a xícara e dá um gole exagerado.
DOUTOR CHAPADIN (GRITANDO COMO SE FOSSE ATOR DE TEATRO): AI! ISSO TÁ QUENTE!
Ele derruba a xícara no chão, causando uma confusão. Todos olham para ele.
FUNCIONÁRIA (CRUZANDO OS BRAÇOS): E você esperava o quê? Café gelado?
DOUTOR CHAPADIN (INOCENTE): Na verdade, eu esperava respeito e um biscoitinho grátis.
De repente, ele nota um ventilador de teto girando rapidamente. Ele sobe na mesa mais próxima e começa a gesticular freneticamente.
DOUTOR CHAPADIN (GRITANDO): Atenção! Esse ventilador está girando em uma velocidade perigosa! Eu preciso desacelerar isso antes que ele vire uma hélice de helicóptero!
Ele pega uma colher de uma mesa e arremessa no ventilador. A colher bate nas hélices e ricocheteia, acertando um bolo que estava na mão de um garçom. O bolo voa pelo ar e atinge uma mulher sentada na outra ponta da cafeteria.
MULHER (FURIOSA): O que é isso? Uma guerra de sobremesas?
DOUTOR CHAPADIN (APONTANDO PARA O GARÇOM): Ele começou! Eu só queria salvar todo mundo!
O caos se instaura. As pessoas começam a discutir, e Doutor Chapadin aproveita a oportunidade para escapar. Antes de sair, ele vira para a câmera e faz uma pose dramática.
DOUTOR CHAPADIN (COM UM SORRISO SAFADO): Missão cumprida! Até a próxima confusão científica!
*INSTRUMENTAL ON*
A esquete termina com Doutor Chapadin tropeçando novamente na porta de saída, derrubando um vaso de flores. Uma música alegre toca enquanto os créditos aparecem com a palavra "FIM?" piscando de forma ridícula.
*INSTRUMENTAL OFF*
Cena 11, NOVELA "Lucas", Cap. 01.
(Escola/Corredor/Tarde)
*INSTRUMENTAL ON*
(Lucas, um menino de 12 anos passa com uma trouxa velha de roupas no corredor e dá de cara com Gisele. A faxineira da escola.)
LUCAS (ANIMADO): Giselee
GISELE (SORRINDO): Oi meu amor, boa tarde.
(Os dois se abraçam)
GISELE: Como você tá?
*INSTRUMENTAL OFF*
LUCAS (INOCENTE): Estou bem, bom, estava passando por aqui no intervalo, para.. Bem... Vender essas roupas velhas! Mas já que me esbarrei com você, vamos conversar um pouco!
(Eles se sentam num degrau do corredor e conversam)
GISELE: Como você anda? Tá tudo bem com você... Seus irmãos?
LUCAS: Ah, a gente tá indo como vai... Uns ajudando os outros, só o Lucio, que é pequeno... Mas o Luan cuida dele! Eu amo eles. Os dois são minha família.
GISELE: Que bom meu amor! E o Luan deve estar bem orgulhoso de você. Desse tamanho mas já ajuda vendendo essas roupas.
LUCAS: É... Quase ninguém compra mas, eu continuo na esperança de que alguém compre, todos os dias! *ri*. Mas e as novidades da escola?
GISELE: Só tenho duas. Uma que uma aluna nova de uma família riquissima vai estudar aqui! Apartir de amanhã.
LUCAS: O que? Aluna rica em escola pública? Como assim?
GISELE: Pois é, até eu fiquei me perguntando isso! Ela é dos Narvaes! O irmão dessa menina é bem rico, a casa dele é um casarão. Os pais morreram e deixaram uma herança milionária a ele!
LUCAS: Ah, quem dera se eu fosse milionário!
GISELE: E a outra, é que com a volta as aulas, na quarta, a escola organizará um evento especial para a família! Vai ter bolo, salgados, doces!
(Lucas lambe os beiços)
GISELE: Meu amor, você pode levar sua mãe, seus irmãos pra a festa! Eles vão amar!
(Lucas ao ouvir Gisele se entristece, e baixa a cabeça.)
GISELE: O que houve, porque você ficou tão cabisbaixo meu amor? Aconteceu algo?
(Lucas levanta a cabeça e olha para ela com os olhos marejados)
LUCAS: É que... Eu não tenho mãe... Nem pai... Meu pai morreu num acidente pouco antes de eu nascer, e minha mãe morreu no parto do Lúcio...
*INSTRUMENTAL ON*
(Gisele percebe que acabou magoando Lucas)
GISELE: Meu Deus, desculpa meu amor... Não sabia disso, eu havia me esquecido...
(Lucas chora)
LUCAS: Eu sempre choro quando me lembro disso... Eu vi, ela morrer na minha frente...
(Gisele o abraça, confortando-o ainda mais.
*INSTRUMENTAL OFF*
GISELE: Meu amor, o importante é que.. Pode parecer dificil, mas ela está num lugar melhor, e... Tenho certeza, que se ela te visse nessa situação, ela não gostaria que ficasse assim... Meu amor, o importante é que você tem seus irmãos, e um deles tem apenas 6 anos, eles são sua família apartir de agora. Família é uma escolha de cada um. E os dois, te amam.
LUCAS (SE ANIMANDO): Sim! Verdade! Eu... Posso.. Convidar eles... E.. Nós vamos comer muito na festa... E dançar muito... E se diverti e brincar muitíssissimo!
(Ele se levanta e dá pulos de alegria.)
LUCAS: Tchau Gisele! Foi um prazer conversar com você! Te amo, mãe do coração!
(Os dois se abraçam)
GISELE: Vai continuar vendendo as roupas?
LUCAS: Sim!! Sim! Irei vender e de noite eu conto a meus irmãos sobre isso!!
*INSTRUMENTAL ON*
(Ao som de uma trilha animada ele sai animado no intervalo e continua vendendo roupas.)
ESQUETE: "CYRANO DE BERGERAC"
CENA 12: A PRAÇA CENTRAL DE UMA CIDADEZINHA, COM UM PALCO IMPROVISADO NO MEIO
A câmera abre mostrando Lucas vestido como Cyrano de Bergerac, usando um enorme nariz falso que quase cai do rosto a cada movimento. Ele está recitando uma poesia exageradamente dramática para uma multidão de figurantes que, em vez de aplaudir, dormem ou bocejam.
LUCAS (DRAMATICAMENTE):
Oh, Roxana, tua beleza é uma estrela brilhante,
Mas meu nariz, ah, este monte gigante,
Esconde o amor que em meu peito arde,
E me condena a amar à distância, covarde!
De repente, um tomate voa na direção de Lucas e atinge seu nariz, que cai no chão. Ele tenta recolocar o nariz enquanto a plateia ri.
LUCAS (DESCONCERTADO):
Quem ousa interromper minha arte com... vegetais?
A câmera mostra CaféLisa vestido como um soldado desajeitado. Ele segura mais tomates.
CAFÉLISA (ZOMBANDO):
Arte? Isso aí é pior que minha dívida no aluguel!
A multidão ri, e Lucas fica ofendido.
LUCAS (IRRITADO):
Ah, então desafia o Cyrano de Bergerac? Prepare-se para um duelo de espadas!
Ele pega uma espada de madeira que se quebra ao meio assim que ele a ergue. Ele tenta fingir que foi intencional.
LUCAS (DESAFIADOR):
Ou, quem sabe, um duelo... de palavras!
CAFÉLISA (RINDO):
Palavras? Com esse nariz, você deve precisar de três dicionários pra caber tudo que fala!
Lucas tenta responder, mas a plateia cai na gargalhada. Ele se recompõe e muda de estratégia.
LUCAS (DRAMATICAMENTE):
Ah, mas esse nariz que tanto criticas,
É o que inspira as palavras mais ricas!
Ele tenta ser poético, mas a fala é interrompida por Fafá, que surge vestido como Roxana, com uma peruca exageradamente grande e um vestido rosa chamativo.
FAFÁ (COM VOZ FININHA):
Oh, Cyrano! Meu amado!
Lucas se ajoelha dramaticamente.
LUCAS (APAIXONADO):
Roxana! Finalmente, ouço tua voz angelical!
CAFÉLISA (DEBOCHADO):
Essa aí parece mais o Quico com uma peruca emprestada!
Fafá joga a peruca no chão, irritado.
FAFÁ (BRAVO):
Cale-se! Quem tem um nariz desse tamanho não deveria falar nada!
A multidão ri novamente, mas Lucas ignora e continua seu monólogo.
LUCAS (TRAGICAMENTE):
Mesmo com este nariz que me condena,
Minha paixão por ti é tão pura quanto uma cena...
Ele esquece o final do verso e começa a improvisar.
LUCAS (GAGUEJANDO):
...uma cena... de novela? Ou talvez... um panela?
Fafá e Cafélisa se olham, confusos.
FAFÁ (DEBOCHADO):
Eu sabia que ele ia errar!
De repente, Fred entra correndo no palco, vestido como Cupido, com asas feitas de papel e segurando uma flecha de plástico.
FRED (GRITANDO):
Eu vou resolver isso!
Ele arremessa a flecha, mas ela bate no nariz de Lucas e cai no chão.
LUCAS (DRAMATICAMENTE):
Oh! Cupido, até tu zombas de mim?
Fred tenta se justificar.
FRED (INOCENTE):
É que eu estava com fome, e meu sanduíche parecia mais importante...
A plateia começa a se dispersar, entediada. Lucas percebe e tenta recapturar a atenção.
LUCAS (GRITANDO):
Esperem! Ainda tenho mais poesias para recitar!
A multidão some, e apenas Fred, Fafá e CaféLisa ficam para trás, discutindo sobre quem vai levar a espada quebrada. Lucas se ajoelha dramaticamente, sozinho no palco, e encara a câmera.
LUCAS (TRÁGICO):
Ah, Cyrano de Bergerac! Condenado a amar e jamais ser amado...
De repente, o nariz dele cai novamente.
LUCAS (RESIGNADO):
Ah, esquece. Fim da peça!
*INSTRUMENTAL ON*
A esquete termina com uma música alegre enquanto Lucas tenta colar o nariz de volta com fita adesiva, mas falha repetidamente.
---
Larice aparece num cenário de papelão bem vestida para comunicar algo aos leitores.
LARICE: Ei! Você mesmo, você que leu essa palhaçada até o fim, se gostou, não esqueça de ler o episódio de amanhã, amanhã, á meia noite. Terá outras esquetes divertidíssimas e o desenrolar da saga de Maria! Será que Sarói Pai, Nacasia e Nacaranda encontrarão ela? Só iremos descobrir amanhã! Adeuzinho!
(Ela vai saindo e a câmera escurece)
Nenhum comentário:
Postar um comentário