PARAÍSO VIRTUOSO - CAPÍTULO 18
WEB-NOVELA DE SINCERIDADE
CENA 01: ESTRADA/NOITE
Após o acidente, o carro de Natália estaciona na estrada em que André dirigia, acima da ribanceira. Ela desde do carro, junto com Sidney e, juntos, eles se aproximam, vendo o carro pegar fogo de cima. O instrumental “Levadinha - João Paulo Mendonça” entra em cena e segue até o fim da cena 3.
SIDNEY (se desespera): Meu Deus do céu! O carro tá pegando fogo, dona Natália. Olha lá! Meu Deus, que tragédia.
NATÁLIA (com sarcasmo): Olha só o que você fez Sidney… Você matou o André, você acabou com a vida dele.
SIDNEY: Monstro! Seu monstro, eu não matei ninguém! Foi ocê quem mandou eu fazer o serviço e cortar os freios do carro do André. A culpa é toda sua!
NATÁLIA: Para de draminha que agora é tarde. Se sabia que o acidente ia ser fatal, aceitou por que?
SIDNEY: Eu nunca imaginei que ocê fosse uma pessoa ruim como eu tô vendo agora. O que que a gente vai fazer agora, hein? Se alguém ver a gente aqui…
NATÁLIA: Eu vou ligar pro socorro e pra polícia. Assim que eu terminar a ligação, a gente sai daqui.
Natália faz a ligação e, logo depois, eles entram no carro e saem do local. Minutos depois, a equipe de paramédicos chega no local. André é retirado do veículo desacordado e é colocado numa maca e levado para o hospital de Santa Aurora.
CENA 02: CASA DOS GONZALEZ/INT./NOITE
ÁLVARO: Acidente?
NATÁLIA (fingindo desespero): É… amor, eu tenho certeza que era o carro do André. Eu vi com os meus próprios olhos o carro dele caindo da ribanceira e explodindo. Eu imediatamente já liguei pro socorro e vim aqui correndo te avisar. A Laís precisa saber o que tá acontecendo.
ÁLVARO: Eu vou até lá. Vou avisar ela.
Álvaro sai do quarto apressado, deixando Natália.
NATÁLIA (falando sozinha diante do espelho): Natália, Natália… você tá muito experiente em fingir. Com quem aprendeu tanta coisa? Não importa. O que importa agora é que o André tá no hospital e eu espero muito que ele não escape dessa.
CENA 03: MANSÃO/INT./NOITE
Doralice está vestindo uma roupa de dormir e se preparando para deitar. Seu rosto expressa preocupação com a demora de André. Ela penteia seus cabelos diante do espelho em seu quarto.
DORALICE: André… será onde você se meteu?
Nesse instante, a companhia toca.
DORALICE: Deve ser ele.
Ela sai do quarto. Chegando no andar de baixo, Doralice abre a porta e se depara com Álvaro, que está sério.
DORALICE: Álvaro? Você de novo aqui? Aconteceu alguma coisa?
ÁLVARO: Doralice… nem sei como te falar isso, mas…
DORALICE: O que foi, Álvaro? O que tá acontecendo? É alguma coisa com o André? Fala logo!
ÁLVARO: A Natália foi até a cidade comprar umas coisas e quando ela tava voltando, ela viu o carro do André cair de uma ribanceira.
Doralice arregala os olhos e se preocupa.
DORALICE: Ribanceira? Você tá falando sério, Álvaro?
ÁLVARO: Ela me disse que depois do carro cair, ele explodiu.
DORALICE (se desespera): Não, não… não pode ser. Onde ele tá? Eu quero ver ele, eu preciso saber se sobreviveu. E se eu perdi o André?
ÁLVARO: Calma, a Natália ligou pra equipe de paramédicos e ele já foi encaminhado pro hospital de Santa Aurora.
DORALICE (chorando): Me leva até lá, por favor. Eu não tô em condições de dirigir.
ÁLVARO: Claro.
DORALICE: Eu só vou subir, trocar essa roupa e a gente vai.
CENA 04: CASA DOS GONZALEZ/INT/NOITE
Rita está no banheiro, fazendo o teste de gravidez. Carmem espera a empregada na porta.
CARMEM: E aí, Ritinha, fez o teste?
A porta se abre.
RITA: Deu negativo, dona Carmem. Graças a Deus as suspeitas, eram só suspeitas mesmo.
CARMEM: Tem certeza? Cadê o teste, Ritinha? Eu quero ver.
Rita se enrola.
RITA: Eu joguei no vaso. Foi embora. Mas pode confiar em mim, dona Carmem. Eu não tô grávida coisa nenhuma.
CARMEM: Eu acredito em você, Ritinha. Bom, vou dormir que já tá tarde. Até amanhã.
RITA: Até.
Carmem se retira e vai para o quarto. Rita verifica se ela foi mesmo e logo depois, tira o teste de seu bolso e o olha. A câmera foca no teste, que apresenta dois riscos. Ou seja, Rita está grávida sim. No próximo take, Rita está em seu quarto e junta suas roupas, colocando-as dentro de uma mala. Ela fecha a mala e sai do quarto, passando pela sala e sem fazer nenhum barulho. Ela abre a porta e sai para o lado de fora da casa, indo em direção ao pasto.
CENA 05: CASA DE MARLUCE/INT./NOITE
Marluce está na sala, sentada no sofá e impaciente. Ela limpa suas lágrimas e olha para as fotos de Silvinha no ponto de prostituição. Minutos depois, a porta faz um barulho e Marluce se levanta. A porta se abre e é Silvinha. O instrumental “Sad Gamba - Alexandre de Faria” entra em cena.
SILVINHA (sorrindo): Mãe? A senhora acordada essa hora? Por isso tá vindo chuva aí. Que cara é essa? Parece que viu um fantasma.
Silvinha se aproxima da mãe e Marluce lhe dá um tapa na cara. Silvinha segura o rosto com a mão e fica sem entender nada.
MARLUCE (alterada): O que eu vi? O que eu vi, Silvinha? EU VI ISSO AQUI Ó, ISSO AQUI QUE EU VI! (mostrando as fotos para ela)
Silvinha pega as fotos e se apavora.
SILVINHA: O que é isso, mãe? Onde a senhora pegou essas fotos? Isso é montagem... Só pode ser coisa de computador.
MARLUCE: PARA, PARA DE FINGIR! Para de esconder a vagabunda que ocê é!
Focamos em Silvinha, intercalando com Marluce.
CENA 06: HOSPITAL/INT./NOITE
A cena mostra Doralice e Álvaro chegando até o hospital. Apressada, Doralice vai até a recepção.
DORALICE: Oi. Um moço acabou de dar entrada no hospital, provavelmente ainda não foi identificado. Ele sofreu um acidente de carro grave numa estrada de terra. O carro caiu na ribanceira e explodiu. O nome dele é André Ribeiro, eu sou a esposa. Preciso saber como ele tá.
MOÇA DA RECEPÇÃO: Eu vou falar com o médico e jajá te daremos um retorno. É só aguardar.
Doralice anda de um lado para o outro. Segundos depois, o médico chega até o ambiente e Doralice é chamada.
MÉDICO: Então você é a esposa do André Ribeiro, que sofreu um grave acidente de carro uns minutos atrás?
DORALICE (chorando): Como ele tá, doutor? Ele tá bem? Eu quero ver o meu marido, eu preciso saber como ele tá.
MÉDICO: Olha, com o impacto do acidente, ele sofreu politraumatismo e, uma lesão gravíssima na cabeça.
DORALICE: E como ele tá? Doutor, por favor, me fala que ele não vai correr risco de vida.
MÉDICO: A gente fez de tudo e…
DORALICE (interrompendo/chorando): E conseguiu, né? Fala que vocês conseguiram salvar o meu marido.
MÉDICO: André sofreu duas paradas cardiorrespiratórias e infelizmente não resistiu.
O instrumental “Irene Incendiária - Reno Duarte, Pedro Guedes” entra em cena.
DORALICE: O que?
Focamos no médico, intercalando com Doralice, que deixa as lágrimas caírem pelo seu rosto, enquanto olha para o doutor, em choque.
CONGELAMENTO EM DORALICE.
A novela encerra seu 18° capítulo ao som do instrumental “Irene Incendiária - Reno Duarte, Pedro Guedes”.
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