18 de out. de 2024

Traída - Capítulo Duplo (Últimos Capítulos)

 



Traída, a Vingança da Doutora Ásia – Capítulos 39 e 40

Novela criada por Lucas Gustavo e escrita por Sujiro Kimimame

Faixa das 21h

 

[🔴NÃO RECOMENDADO PARA MENORES DE 16 ANOS🔴]

 

Cena 1 – Casa de Ásia/ Sala/ Noite.

Vietnã anda de um lado para o outro na sala, claramente nervoso. Ásia, sentada na poltrona, observa o filho com uma mistura de preocupação e impaciência. Ela sabe que algo grave está prestes a ser dito, mas a demora a incomoda.

ÁSIA (tentando controlar a voz): Vietnã, você está me deixando mais ansiosa do que eu já estou. Diga logo o que aconteceu.

Vietnã para de andar e olha diretamente para a mãe. Ele respira fundo antes de falar.

VIETNÃ (hesitante): Mãe... Eu descobri algo que você precisa saber. Algo que vai mudar tudo.

Ásia, sempre controlada, sente o coração acelerar. A gravidade nas palavras do filho a atinge como um soco no estômago.

ÁSIA: Fala logo, filho, eu odeio rodeios.

Vietnã se aproxima, a voz tremendo enquanto fala.

VIETNÃ: Eu ouvi... da Sigilo Perigoso Girl... que o seu filho, o seu filho de sangue... está entre os assaltantes.

O silêncio que se segue é sufocante. O rosto de Ásia perde a cor instantaneamente.

VIETNÃ: Ela disse que você sabe quem são. E que saberia o que fazer com essa informação.

Ela encara o filho, incrédula, como se aquilo fosse impossível de assimilar.

ÁSIA (com a voz falhando): O que você está dizendo?

VIETNÃ: Eu não sei todos os detalhes, mas é o que ouvi. Um deles... é o seu filho.

Ásia se levanta lentamente, passando a mão pelo cabelo, tentando encontrar uma maneira de digerir aquilo.

ÁSIA (determinada): Não. Eu vou acabar com essa dúvida. Vou fazer um exame de DNA. Preciso saber a verdade. Não vou permitir que isso continue assim, sem respostas.

Vietnã observa a mãe com uma mistura de alívio e preocupação, sem saber o que mais dizer.

Cena 2 – Cativeiro de Célia/ Quintal/ Dia.

Na manhã seguinte, o quintal de Célia está decorado de maneira improvisada, com flores colhidas do mato e algumas cadeiras de plástico dispostas ao redor. O ar é tenso, mesmo com o leve canto dos pássaros. As galinhas ciscam pelo terreno, aparentemente indiferentes à cerimônia que está prestes a acontecer.

Oceânia está de pé ao lado de África Siriracha, seus olhos ansiosos. Ele veste um terno antigo, claramente apertado, enquanto África parece radiante em um vestido simples, mas ajustado perfeitamente ao seu belo corpo.

Célia, que assumiu o papel de celebrante, está de pé diante dos noivos com um sorriso carregado de sarcasmo. Ela segura o livro das alianças, de onde as galinhas, treinadas para isso, pegam os anéis e caminham em direção aos noivos.

CÉLIA (em tom debochado): Bom, está feito. Vocês estão oficialmente casados... doutor Oceânia e doutora África, unidos em matrimônio. Mas me diga, doutor Oceânia, será que vai dar conta dessa mulher na noite de núpcias? Ou vai precisar de ajuda... talvez das galinhas?

África contém o riso. Oceânia desconfortável.

OCEÂNIA (incomodado): Eu só não te respondo porque tô desarmado.

Célia arqueia uma sobrancelha. Oceânia segura a mão de África, tentando se manter firme, mas é evidente o nervosismo que sente.

Cena 3 – Cativeiro de Célia/ Quarto África e Oceânia/ Noite.

Dentro do pequeno quarto onde Oceânia e África estão hospedados, o silêncio é cortado apenas pelo som de uma velha lâmpada que pisca no teto. Oceânia, deitado na cama, olha para África com uma mistura de desejo e insegurança. Ele sabe que a noite de núpcias é um teste de sua masculinidade, e a pressão pesa sobre seus ombros.

África, por outro lado, está impaciente. Ela se move na cama, ajustando a lingerie de maneira provocante, mas seus olhos revelam o tédio e a falta de expectativa.

OCEÂNIA (nervoso): Eu... eu sei que não sou mais o melhor, mas vou fazer você se sentir especial.

África abre suas pernas e Oceânia começa a lamber sua vagina.

ÁFRICA SIRIRACHA: Que língua áspera.

Ele fica nervoso, mas continua. África finge uns gemidos enquanto revira os olhos de tédio. Na falta de um dildo, Oceânia pega o revólver que estava na mesa de cabeceira e, com uma expressão de desespero, começa a enfiar o cano da arma na vagina de África na tentativa de fazê-la sentir prazer com penetração.  África levanta a cabeça e observa a cena com total desinteresse, o olhar vazio, como se sua mente estivesse em outro lugar.

ÁFRICA SIRIRACHA (fria, sem emoção): É só isso? Isso é o máximo que você tem?

Oceânia para, surpreso pela frieza dela. O silêncio que segue é constrangedor, e ele percebe que falhou. África se levanta, vestindo rapidamente sua roupa, enquanto Oceânia a observa em um misto de confusão e derrota.

OCEÂNIA: Aonde você vai?

ÁFRICA SIRIRACHA: Vou dar uma volta. Fique aí.

Sem esperar por uma resposta, África sai pela porta, deixando Oceânia sozinho na escuridão do quarto. O som dos passos dela se afastando ecoa no silêncio pesado da noite.

Cena 4 – Estrada/ Noite.

África sai do cativeiro e caminha rapidamente pela rua deserta, o ar frio da noite batendo em seu rosto. Ela sente uma mistura de raiva e frustração. Enquanto anda pela escuridão, ela avista uma silhueta próxima a um carro. O brilho fraco de um cigarro sendo aceso revela o rosto de Noruega.

NORUEGA (com um sorriso sarcástico): Anda perdida?

África se aproxima dele, sentindo o cheiro de tabaco misturado ao perfume forte que ele usa. Seu olhar, antes de tédio, agora é de desejo, principalmente ao ver o corpo másculo do rapaz e o pau marcado na calça.

ÁFRICA SIRIRACHA (com um sorriso desafiador): Estou perdida sim. E eu adoraria ser encontrada.

Noruega apaga o cigarro no chão, aproximando-se dela. Os dois estão tão próximos que África pode sentir a respiração quente dele contra sua pele.

NORUEGA (sedutor): Eu posso te dar mais do que isso. Muito mais.

Sem hesitar, África o puxa para o capô do carro. Os dois se entregam ao desejo ali mesmo, com movimentos apressados e intensos. Ela abaixa a calça dele e sem perder tempo enfia o pau dentro dela. O metal do carro está frio contra o corpo de África, mas o calor do momento a faz ignorar qualquer desconforto.

Enquanto isso, escondida entre as árvores, Gretchen observa tudo em silêncio, segurando sua câmera com firmeza. O som suave do clique é abafado pela distância, mas suas mãos tremem levemente enquanto tira as fotos que irá entregar a Ásia.

Cena 5 – Cativeiro de Célia/ Quarto África e Oceânia/ Noite.

Horas mais tarde, Oceânia desperta com um súbito frio. Ele passa a mão pela cama e percebe que o lado de África continua vazio. Seu coração acelera. O silêncio do quarto agora parece ameaçador, como se algo estivesse errado.

Ele se levanta rapidamente, vestindo qualquer roupa que encontra pelo chão. O pensamento de que África o deixou para se encontrar com outro o atormenta. Ele sente uma onda de insegurança, misturada com raiva.

Ele abre a porta do quarto e começa a caminhar pela casa, seus passos são apressados e barulhentos no piso de madeira. O ar noturno é frio, mas Oceânia mal nota, sua mente está focada em uma única coisa: encontrar África.

Quando Oceânia chega à porta da frente, pronto para sair, ele é surpreendido por África, que surge da escuridão com um sorriso enigmático. Ela cruza os braços e o encara com uma expressão calculada.

ÁFRICA SIRIRACHA (com frieza): Aonde você pensa que vai, Oceânia? Saindo sem mim?

Oceânia congela por um momento. A presença repentina de África o pega de surpresa, e ele sente o peso da insegurança o dominando.

OCEÂNIA (tentando se justificar): Eu... Eu estava preocupado com você. Acordei e você não estava lá. Pensei que... tivesse ido embora por causa da nossa noite de núpcias.

África arqueia uma sobrancelha e caminha em direção a ele lentamente, seus olhos penetrantes. Ela se posiciona na frente de Oceânia, o desafiando.

ÁFRICA SIRIRACHA (manipuladora): E o que você achou? Que eu tinha saído pra me encontrar com outro homem? Que mulher aceitaria um homem como você, Oceânia? Pobre e sem rola? Só eu! Ninguém mais te quer desse jeito. Você deveria estar me agradecendo por ficar ao seu lado.

Oceânia se sente esmagado pelas palavras de África. Ele abaixa os olhos, envergonhado, enquanto ela o observa, como uma predadora que acaba de capturar sua presa. A culpa o consome.

OCEÂNIA (com a voz fraca): Eu... eu sinto muito. Você está certa. Eu sou um idiota.

África, ainda com o olhar superior, se aproxima mais um pouco, agora com a voz suave, mas carregada de ironia.

ÁFRICA SIRIRACHA (fingindo sensibilidade): Ainda bem que você sabe que é um idiota. Eu sou a única que te entende, que te aceita assim. E o que você faz? Duvida de mim. Olha, sinceramente, essa atitude sua me magoou muito.

Oceânia se ajoelha diante dela, desesperado para se redimir. Ele segura as mãos de África com força, o olhar cheio de arrependimento.

OCEÂNIA: Me perdoa, África. Eu só... tenho medo de te perder. Eu te amo mais do que qualquer coisa.

África olha para ele com uma expressão de desprezo disfarçado de tristeza. Ela se afasta, dando-lhe as costas.

ÁFRICA SIRIRACHA: Eu vou dormir. Tente não me incomodar mais essa noite.

Oceânia permanece ajoelhado, destruído por dentro, enquanto África segue em direção ao quarto. Ele sabe que, mais uma vez, falhou em agradá-la.

Cena 6 – Casa de Ásia/ Escritório/ Noite.

Gretchen senta-se diante de Ásia, com um sorriso malicioso nos lábios. Ásia, curiosa, vê as imagens que Gretchen registrou em seu tablet.

As fotos capturam África e Noruega no momento íntimo, flagrados no capô do carro. Ásia observa as imagens por alguns segundos, sua expressão impassível, antes de um sorriso frio se formar em seus lábios.

ÁSIA (com satisfação): Excelente trabalho, Gretchen.

Gretchen cruza os braços, satisfeita com a reação de Ásia. Noruega surge na porta.

NORUEGA: Com licença.

ÁSIA: Gretchen...

GRETCHEN: Se precisar de algo mais, me chame, Ásia.

Ela se levanta e, com um gesto rápido, sai da sala, deixando Ásia a sós com Noruega.

Noruega se aproxima lentamente de Ásia. Seus olhos encontram os dela com uma expressão sugestiva.

NORUEGA (com um sorriso sedutor): Parece que fiz bem o meu trabalho... quer que eu continue com outro tipo de serviço?

Ásia sorri, levantando-se da cadeira, aproximando-se de Noruega. Ela coloca a mão no peito dele, puxando-o para mais perto.

ÁSIA (em tom provocador): Vamos ver do que você é capaz, Noruega.

Eles se beijam intensamente, e em seguida, Noruega a pega no colo, levando-a para o quarto, onde ele já chega arrancando o vestido dela. Ela tira sua camisa e começa a passar a língua por todo seu corpo. Ele joga Ásia na cama e os dois se entregam ao desejo.

Cena 7 – Casa de Ásia/ Sala/ Dia.

O dia amanhece calmo, mas na mente de Ásia, uma tempestade se forma. Ela já planejou cada detalhe da conversa que terá com Pass e Ivo. O encontro é marcado para o meio da manhã. A sala da casa de Ásia está impecável. A mesa está posta com xícaras de café, torradas e geleia de frutas, e o aroma do café fresco se espalha pelo ambiente.

Pass e Ivo chegam juntos, trocando olhares curiosos e um tanto desconfiados. Ao entrarem, Ásia os recebe com um sorriso, disfarçando a tensão que borbulha dentro dela.

ÁSIA (sorridente): Sentem-se, meninos. Precisamos conversar sobre alguns assuntos importantes.

Os dois se acomodam, olhando de relance para a mesa farta. Ela se serve de café e oferece a eles.

PASS (cauteloso): Sobre o que quer conversar, tia?

Ásia finge um ar despreocupado, enquanto serve café para eles.

ÁSIA (com um tom leve): Apenas queria saber como andam as coisas lá no cativeiro... e, claro, se vocês têm feito algum roubo recentemente. Sabe como as coisas andam perigosas, não quero vocês se metendo em confusão à toa.

Ivo pega uma torrada e começa a comer lentamente, enquanto olha para Pass, que parece mais atento à conversa. Pass toma um gole do café, antes de responder.

PASS (com indiferença): Tudo tranquilo por enquanto, tia. O negócio anda meio parado. Tia Célia não pediu nada recentemente.

IVO (acrescentando): Ela só tem contado o dinheiro que já tem. Mas isso pode mudar a qualquer momento, sabe como é né?

Ásia finge estar satisfeita com a resposta, mas a verdade é que sua mente está focada no verdadeiro propósito do encontro. Ela pega um guardanapo e limpa os lábios com delicadeza, observando Pass e Ivo com discrição.

ÁSIA (com um toque de preocupação na voz): Ótimo. Só quero que, se Célia pedir para roubarem dinheiro ou joias, vocês venham falar comigo primeiro. Não quero vocês se envolvendo em coisas mais perigosas sem necessidade. Eu entrego dinheiro e dou joias, assim vocês dois entregam pra ela e se mantém em segurança.

Os dois aceitam, tomando mais um gole de café.

Ásia observa o momento com olhos afiados. Quando os dois terminam o café, ela se aproxima sutilmente e coleta os copos, fingindo estar apenas sendo educada. Mas, no fundo, sabe que acabou de conseguir o que precisava: o DNA dos dois. Ela coloca as xícaras em uma bandeja.

Minutos depois, Pass e Ivo se despedem, ainda trocando olhares de leve entre si, sem imaginar o verdadeiro motivo por trás da hospitalidade de Ásia.

PASS (antes de sair): Qualquer novidade, a gente avisa.

ÁSIA (sorri): Cuidem-se, meninos. Até breve.

Assim que a porta se fecha, Ásia respira fundo, finalmente relaxando. Ela olha para a bandeja com as xícaras e as colocam cuidadosamente num saco plástico.

ÁSIA (determinada): Agora vamos ver a verdade.

Cena 8 – Casa de Ásia/ Quarto de Austrália/ Dia.

Austrália está sentada em sua cama, folheando revistas de vestidos de noiva, enquanto China e Vietnã estão sentados ao redor, cada um com uma expressão diferente.

AUSTRÁLIA (animada): Acho que encontrei o vestido perfeito! Vou me casar com Reino Unido em breve, e esse aqui é o que eu sempre sonhei.

Ela mostra a revista para os irmãos, que olham com interesse. China dá um sorriso.

VIETNÃ: E o nosso pai? Você pretende convidá-lo para o casamento?

O sorriso de Austrália se desfaz por um momento, enquanto ela considera a pergunta de Vietnã.

AUSTRÁLIA: Eu ainda não sei. Parte de mim quer que ele esteja lá. Mas as coisas com ele não estão fáceis.

CHINA: Se depender de mim, ele não existe mais. Não depois de tudo que ele fez. Por que você consideraria sequer convidá-lo?

AUSTRÁLIA (suspirando): Eu sei que ele cometeu muitos erros, China. Mas ele ainda é nosso pai. Talvez... só talvez, ele possa ter mudado, melhorado, sei lá... Arrependido...

VIETNÃ: Acho que, no fim, é uma decisão sua, Austrália. Só espero que você faça o que for melhor para você, sem esperar muito de quem já nos decepcionou tantas vezes.

China, ainda amargurada, se levanta da cama e caminha até a porta.

CHINA: Ele não merece estar lá, Austrália. Só não se esqueça disso.

Com essas palavras, ela sai do quarto, deixando Austrália pensativa e Vietnã em silêncio.

Cena 9 – Cativeiro de Célia/ Quintal/ Dia.

No quintal de Célia, África e Célia estão sentadas sob a sombra de uma árvore.

ÁFRICA SIRIRACHA (com raiva): Eu vou destruir Ásia. Ela pensa que está segura, que é intocável, mas ela não faz ideia do que está por vir. Ela tirou meu filho, aquela desgraçada, e agora com o Oceânia castrado nunca mais vou poder ter outro filho dele. Vou acabar com ela, Célia, pode escrever. E pra ser mais específica, eu vou começar pelos filhos dela, um por um, até que ela não tenha mais nada.

Célia dá uma risada baixa, gostando do que ouve. Ela se inclina para frente, os olhos brilhando de malícia.

CÉLIA (sorrindo): E como pretende fazer isso? Qual será seu primeiro alvo?

África cruza os braços, determinada. Seu rosto está contorcido com a raiva que sentiu por anos.

ÁFRICA SIRIRACHA (decidida): A sonsa da Austrália. Ela será a primeira a cair. Eu vou acabar com os sonhos dela de casamento, de felicidade. Vou destruir a vida dela. E o casamento dela será um dia perfeito pra gente provocar uma tragédia.

Oceânia, que estava próximo o suficiente para ouvir a conversa, fica imóvel. Ele pega o celular no bolso e começa a discar o número de Ásia.

Do outro lado da linha, o telefone toca uma, duas vezes, até que Ásia atende.

ÁSIA (do outro lado, curiosa): Oceânia? O que foi?

Oceânia respira fundo, olhando para África e Célia, ainda sem ser visto.

OCEÂNIA (sussurrando, nervoso): Você me pediu pra ficar de olho... Você precisa saber de uma coisa. África... ela está planejando destruir nossos filhos, começando por Austrália.

Ásia fica um tanto apreensiva. Câmera congela nela.

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