12 de nov. de 2024

Paixões & Legados (Última semana) - Capítulo 28 (12/11/2024)

     


Escrita por Fafá

Faixa das 18h


MERCEDES: Isso me pegou de surpresa… Você quer trabalhar aqui? Sabe que não será a mesma coisa de antes, né? Ao invés de ficar o dia todo sem fazer nada por aí e só passear pelo seu jardinzinho, você vai me servir, a hora que eu quiser. 

ANABEL: Entendo perfeitamente o que é uma empregada doméstica.


MERCEDES: Eu não sei ao certo o que pretende com essa história, mas saiba que estarei bem atenta a cada passo que você der.


ANABEL: Nem começamos nossa nova relação de patroa e empregada, e a senhora vem com quatro pedras na mão desconfiando de mim…


MERCEDES: Eu te conheço muito bem, Anabel. Sei que está tramando algo, mas vamos continuar com esse joguinho, para ver até onde iremos com essa história. Pegue seu uniforme com a cozinheira. E o seu quarto será o qual me pertencia quando era uma simples governanta. Agora vá! Pois tem muito trabalho pela frente.


Anabel se retira e Mercedes observa ela com desconfiança.


MERCEDES: A mim você não engana, garota!



O quarto de Jonas está uma completa bagunça com roupas atiradas por todo o chão. Na cama estão ele e Elias, deitados e abraçados, enquanto um lençol esconde seus corpos.


JONAS: Essa foi a melhor noite de toda minha vida.


ELIAS: Eu esperei tanto por esse momento… Eu sentia algo desde que te conheci, e esse sentimento só aumentou com o tempo.


JONAS: Será que nós seremos realmente felizes?


ELIAS: Por que está perguntando isso? Não acha que o que tivemos foi um momento de extrema felicidade?


JONAS: Sim, acho, mas… nunca seremos aceitos aos olhos dos outros. Para onde formos, sempre terá os olhares de julgamento contra nós. 


ELIAS: Entendo sua preocupação, mas, para mim, pouco me importa tais fatos. Tendo você, eu já sou uma pessoa muito feliz.


Ele olha no fundo dos olhos de seu amado e o beija.


JONAS: Vamos ir embora daqui? Fugir para um lugar bem longe de tudo, onde ninguém nos conheça, e vivermos juntos, apenas eu e você?


ELIAS: Eu não sei… Eu te amo, mas não acha que essa é uma decisão muito radical?


JONAS: Acho que deveríamos ser felizes, do jeito que conseguimos. Não temos nada a perder ao ir embora daqui. Sei que tem sua família, mas não sei como eles vão reagir se você contar a verdade.


ELIAS: Vamos esperar só mais um tempinho. Ainda há essa história do sumiço de Leonel, e Débora tomando a empresa. Não posso largar tudo pro alto assim, de repente. Vamos esperar as coisas voltar ao normal. Depois disso, vamos em busca da nossa felicidade.


Jonas sorri e os dois se beijam novamente.



Na Mansão Ferreira, Anabel aparece na sala de jantar, vestida com um avental. Mercedes a olha da cabeça aos pés.


MERCEDES (Sorrindo): Muito bem! Ficou ótimo em você, combina muito! Sabe, há tanto tempo que não polimos a nossa prataria… Talvez seja a hora de alguém fazer esse trabalho. Até o fim do dia quero ver tudo brilhando naquela cozinha.


ANABEL: Como quiser!


Valentim aparece no local.


VALENTIM: Mãe, a senhora sabe onde…


Ele repara em Anabel ali, vestida de empregada.


MERCEDES: Querido, que bom que levantou! Veja só, esta é a nossa mais nova empregada!


VALENTIM: Anabel?


MERCEDES: Sim! Fique bem atento ao que ela faz. Ela quis trabalhar aqui e deve ter algum motivo por trás.


VALENTIM: Claro, como quiser!


Valentim olha para a moça com outro olhar. Ela percebe que ele está encarando-a.


MERCEDES: Pronto, queridinha! Agora vá fazer o que mandei!


Anabel se retira.



Lino olha pela janela, apreensivo.


LINO: Anabel está demorando para voltar…


TOMÉ: Acalme-se meu filho, tenho certeza de que ela está bem. Vai ver, o plano dela deu certo e já está em execução. Alguma hora ela aparece por aqui.


LINO: Assim espero.



Anabel faz o que Mercedes pediu, e pule toda a prataria presente nos armários. Valentim chega de mansinho por trás da moça.


VALENTIM: Quer ajuda? 


ANABEL: O que está fazendo aqui? Depois de tudo o que me fez ainda quer conversar comigo?


VALENTIM: Eu entendo estar você zangada comigo, mas eu… estou arrependido do que eu fiz.


ANABEL: Não acredito em uma palavra sua!


VALENTIM: Eu sei que é difícil de acreditar em mim. Mas eu estou disposto a ajudá-la.


ANABEL: O quê?


VALENTIM: Anabel, eu não concordo com o que minha mãe fez com você. Eu… eu estou apaixonado por você, de verdade…


Anabel fica extremamente surpresa com o que o rapaz fala.


ANABEL: Chega! Isso só pode ser mais uma mentira sua. Eu não vou cair no seu papo novamente!


VALENTIM: Como eu posso te provar que estou falando a verdade? Como eu posso dar a prova de amor que você quer?


ANABEL: Quer mesmo me ajudar? Então me ajude a encontrar alguma prova que incrimine sua mãe! Afinal, você é filho dela, deve saber de várias coisas.


VALENTIM: Quer que ajude a botar minha mãe na cadeia?


ANABEL: Exato! Esse é o único jeito de eu acreditar em você. E então, vai aceitar o desafio?



Gustavo e o Coronel tomam café da manhã.


GUSTAVO: Elza sempre sai tão cedo assim?


GUILHERMINO: Sim, sempre com pressa de cuidar daquelas crianças remelentas. Que mal lhe pergunte, quanto tempo o Doutor pretende ficar por aqui?


GUSTAVO: Ainda não sei ao certo. Talvez mais alguns dias, ainda preciso resolver algumas coisas aqui pela cidade. Não estou atrapalhando, estou? Se estiver, pode deixar que eu arrumo outro lugar para ficar.


GUILHERMINO: Não, fique tranquilo! Perguntei por pura curiosidade… O Doutor é casado? Tem esposa?


GUSTAVO: Não… Sou um homem muito reservado, até hoje não consegui abrir meu coração. 


GUILHERMINO: Não, mesmo? Para nenhuma moça?


GUSTAVO: Quer dizer… Eu já tive alguns casinhos, mas nenhum foi algo muito sincero para se levar adiante.


GUILHERMINO: Nem mesmo capaz de fazê-lo viajar para ir atrás da moça?


GUSTAVO: Não entendo sua pergunta, Coronel.


GUILHERMINO: Deixe para lá! Com licença, tenho alguns assuntos a resolver.


O Coronel se levanta e se retira. Gustavo estranha o comportamento do homem.



Já é noite. Anabel retorna à pensão. Onde é recebida por Lino, com abraços e beijos.


LINO: Por que demorou tanto? Eu estava morrendo de preocupação aqui.


ANABEL: Acalme-se! Tudo correu muito bem, eu sou a nova empregada da mansão. Preciso ser rápida, pois se Mercedes der por minha falta…


LINO: Conseguiu achar alguma coisa que nos ajudasse?


ANABEL: Mal tive tempo de me preocupar com isso. Mercedes fez questão de me deixar totalmente atarefada. Apenas segui as ordens por enquanto. E teve mais uma coisa que me deixou com uma pulga atrás da orelha…


LINO: O quê?


ANABEL: Valentim veio conversar comigo. Disse que estava arrependido, e que estava disposto a me ajudar.


LINO: Você não acreditou, não é? Isso é certamente mais um golpe dele.


ANABEL: É que dessa vez ele estava diferente… Não sei explicar, mas disse que, se quisesse a minha confiança, ele me ajudasse a achar alguma prova contra Mercedes.  Ele ficou com um pé atrás, mas não disse que não.


LINO: Tome cuidado com ele, esse rapaz é traiçoeiro!


ANABEL: Eu sei disso, meu amor! Mas pode deixar, que está tudo sob controle.


Lino abraça ela.


LINO: Sabe que eu me preocupo com você.


ANABEL: Claro que sei! Agora eu preciso ir. Mercedes não pode descobrir que eu saí.


Ela lasca um beijo na boca do rapaz e vai em direção à porta.



No outro dia de manhã, Anabel arruma a mesa para o café. Valentim aparece na sala de jantar.


VALENTIM: Que mesa bonita!


ANABEL: Sua mãe não acordou ainda?


VALENTIM: Não! 


Valentim olha para os lados, certificando-se de que não há ninguém por perto.


VALENTIM: Venha para mais perto de mim!


Anabel se aproxima, ficando de frente para ele.


VALENTIM (Sussurrando): Eu lembrei de uma coisa que minha mãe me contou há um tempo atrás. Parece que há um fundo falso no guarda-roupas do quarto em que ela dormia quando era governanta. Talvez ela tenha deixado alguma coisa lá…


ANABEL (Sussurrando): Tem certeza disso?


VALENTIM (Sussurrando): Quase certo! Mas é melhor que nada, não custa dar uma procurada.


Mercedes surge na sala de jantar e os dois se assustam.


MERCEDES: Bom dia! O que está havendo aqui?


VALENTIM: Nada, mãe! Anabel estava apenas sendo inconveniente e devolvendo o nosso anel que era de noivado.


MERCEDES: Você nunca vai superar isso, né menina? Meu filho é um rapaz charmoso, bonito, um ótimo partido! Mas não ouse ficar correndo atrás dele, estamos entendidas?


Anabel balança a cabeça, concordando.


MERCEDES: Ótimo! Hoje quero que você encere todo o chão da casa! Sala, cozinha, banheiros e corredores, os quartos também, menos o meu! Não quero você fuçando nas minhas coisas. Agora vá! Quero tudo pronto até o fim do dia.



Gustavo vai até a pequena escola, atrás de Elza.


ELZA: O que está fazendo aqui? Vai ficar atrás de mim até no meu local de trabalho?


GUSTAVO: Quero apenas ver o seu trabalho. Lembra-se de quando eu buscava você na escola de Riacho das Rosas? Ficava pelo menos uns 10 minutos vendo você ensinando as crianças.


ELZA (Sorrindo): Lembro, todo dia eu olhava para a porta e você estava lá, me esperando.


Ela percebe que está deixando se levar pelo assunto.


ELZA: Mas isso é passado! Agora temos que pensar no presente.


GUSTAVO: Por que deixou de sorrir? Fica tão bonita quando está alegre dessa forma.


ELZA: Deixe-me em paz, pelo amor de Deus!


Ela dá as costas e vai ajudar Flor com as crianças. Ele fica olhando-a com admiração, e os dois trocam olhares diversas vezes. Ao fundo, no meio das árvores, percebe-se Guilhermino, escondido e observando os dois de longe.


GUILHERMINO: Vamos ver até onde isso vai…



É noite novamente. Anabel, exausta com o longo dia de trabalho, volta para o seu quartinho de empregada. Ela se lembra do que Valentim falou sobre o guarda-roupas. A moça abre o armário e afasta todas as suas roupas para os lados. Logo após, ela mexe na parede do móvel e a história se confirma: há mesmo um fundo falso. Mas o local está totalmente vazio e não há nada do que procurava ali.


ANABEL: Está vazio, mas Valentim me falou a verdade, há mesmo um fundo falso nesse guarda-roupas…



Um novo dia nasce. Vitório se aventura pelos vastos campos da fazenda, procurando por algum lugar que Leonel possa estar.


VITÓRIO: Diacho de chão que nunca acaba!


Ele para pra descansar um pouco e logo é visto Jarbas se aproximando dele.


JARBAS: Por que você tanto anda por aqui? Está procurando alguma coisa?


VITÓRIO: Está me seguindo novamente?


JARBAS: Sabe, um local isolado como esse… Perfeito para dar cabo de alguém sem que ninguém saiba.


VITÓRIO: Também seria um ótimo lugar para manter alguém preso sem que ninguém saiba.


JARBAS: É verdade! Mas se está procurando Leonel por aqui, só está perdendo seu tempo. Enquanto isso, seu trabalho lhe espera lá no campo, ou quer tomar bronca do Coronel?


Vitório solta um suspiro e começa a andar de volta para a fazenda. Jarbas sorri, debochando do homem.



Anabel encera o chão do corredor do andar de cima. Ela para em frente ao atual quarto de Mercedes. Ela tenta abrir a porta, mas está trancada.


ANABEL: Por que não quer que eu entre aqui? O que tanto esconde nesse quarto? Acho que é o caso de eu descobrir…


Ela ouve passos vindo das escadas e continua encerando o chão como se nada tivesse acontecido. Mercedes para na frente dela.


MERCEDES: Com licença, querida! Necessito entrar em meu quarto, se não se incomodar…


ANABEL: Claro que não me importo! 


Anabel dá licença a ela. A moça repara bem nos detalhes, e vê que Mercedes carrega a chave consigo no pescoço. A megera entra no quarto e tranca a porta novamente.


ANABEL: Eu preciso pegar aquela chave!



O dia amanhece mais uma vez. Anabel serve Mercedes no café da manhã.


MERCEDES: Quanta perfeição no seu jeito de agir e me servir! Sabe, eu ensinei a você esses modos, mas nunca esperei que usasse como uma doméstica.


ANABEL: Como não? Sempre quis me deixar pobre.


MERCEDES: Pobre? Não! Meu plano original era matar você após o casamento, mas descobriu tudo antes e… enfim.


Anabel vai servir uma xícara de café para ela e, propositalmente, derruba em sua roupa..


MERCEDES: Ai meu Deus! Pegue um pano para mim, rápido!


ANABEL: Acalme-se, Dona Mercedes.


Anabel se aproxima dela e, enquanto a mulher se desespera, a moça arranca o colar com a chave de seu pescoço. Anabel tenta secá-la com o pano.


ANABEL: Acho melhor tomar um banho. 


MERCEDES: Vou mesmo, sua desastrada! Espero que isso nunca mais aconteça.


A mulher se levanta e sobe as escadas. Anabel esconde a chave no seu avental.



À noite, Elza lê um livro antes de dormir. Gustavo entra em seu quarto, silenciosamente.


ELZA: O que está fazendo aqui? Se Guilhermino nos pegar…


GUSTAVO: “Nos pegar”? Vejo que já está se envolvendo junto comigo.


ELZA: Deixa de graça! O que quer aqui, já não basta me atormentar todos os dias?


GUSTAVO: Vim te dar um beijinho de boa noite! Eu serei um amante? Serei, mas serei um amante carinhoso.


ELZA: Amante?


Gustavo a beija de surpresa. A mulher tenta lutar contra, mas acaba cedendo. Eles continuam, até que ela se separa dele e lhe dá um tapa na cara.


ELZA: Abusado! Não acredito que fez isso.


GUSTAVO: Vai dizer que não gostou?


ELZA: Eu amei…


Ela puxa o médico para perto de si e os dois voltam a se beijar apaixonadamente.



No outro dia, pela manhã, Valentim é o primeiro a acordar na mansão novamente. Ele se dirige até a sala de jantar, onde está Anabel.


VALENTIM: Tenho uma ótima notícia para você! Minha mãe sairá de casa hoje pela tarde e irá demorar. É a chance perfeita para nós procurarmos melhor pela casa.


ANABEL: Você tem certeza? 


VALENTIM: Tenho! Assim que ela sair, nós procuramos por cada canto dessa casa.



Elza acorda e vê Gustavo ao seu lado, dormindo. Ela sorri e alisa o cabelo dele, lembrando-se do passado que tiveram. Ele acorda e se vira de frente para ela.


GUSTAVO (Sorrindo): Me acordando com carinho? Não está com medo do seu marido entrar por aquela porta a qualquer momento?


ELZA: Nem diga uma coisa dessas! Guilhermino deve estar resolvendo os negócios dele, como sempre. Nem deve ter notado minha falta ainda.


GUSTAVO: Afinal de contas, esse homem te ama de verdade?


ELZA: Você não sabe das loucuras que ele faz…


Elza se lembra de Leonel e seu semblante feliz vira tristeza.


GUSTAVO: Como o quê?


ELZA: Ele… sequestrou meu ex-noivo…


GUSTAVO (Confuso): O quê? Aquele que fugiu com Lúcia? Lembro vagamente dessa história…


ELZA: Eu preciso desabafar com alguém… Me prometa que tudo o que eu disser agora não sairá daqui!


GUSTAVO: Meu Deus, o que aconteceu?



Mercedes sai de casa, Anabel anda até a sala, onde encontra Valentim.


ANABEL: E então, ela já foi?


VALENTIM: Já! Por onde você quer começar?


ANABEL: Procure pelo escritório, eu vou para o antigo quarto dela, ver com mais calma.


Valentim vai até o escritório, assim como Anabel pediu. Já ela, sobe as escadas e, ao invés de ir para o quarto antigo de Mercedes, vai até o atual. Ela tira a chave de seu avental e entra no quarto. A moça vai até o guarda-roupas da megera e procura por alguma coisa escondida. Ela acha uma pequena caixa, e a abre, revelando uma pilha de cartas dentro.


ANABEL: Cartas… Algumas para o V. S. … Isso já é uma ótima prova, melhor eu guardar para garantir pelo menos essa.


Anabel vai até o seu quarto de empregada e guarda a caixa no fundo falso do guarda-roupas. Ela fica com uma das cartas em mãos. A moça desce as escadas, indo na direção da porta. Quando está prestes a sair, Valentim aparece.


VALENTIM: Não achei nada! E você? Espera… Para onde está indo e o que é isso em sua mão?


ANABEL: Eu achei uma prova contra Mercedes. Estou indo até a pensão para pedir a ajuda de Lino.


Valentim arranca a carta das mãos dela. Lendo as principais informações.


ANABEL: Valentim, o que está fazendo?


VALENTIM: Isso é uma prova valiosíssima! Uma pena que…


Ele rasga o pedaço de papel em diversos pedaços. Anabel se desespera.


ANABEL: O QUE ESTÁ FAZENDO? Era tudo mentira sua, não era?


VALENTIM: Claro que sim! Imagine se eu ia gostar de você… Eu não tive uma mãe presente por sua causa! Toda a educação que ela não dedicou a mim, ela dedicou a você. O tanto de tempo que ela ficava longe de mim, apenas para criar você. Tudo, tudo o que eu não tive, foi por sua causa.


ANABEL: Eu não tenho culpa se sua mãe é uma desnaturada.


VALENTIM: Pouco importa! Mas eu não vou deixar você destruir o que ela demorou tanto tempo para conseguir.


Valentim pega Anabel pelo braço, que grita. Ele arrasta a moça até uma porta e a abre, revelando uma escadaria até uma espécie de porão. Ele joga ela escada abaixo e tranca a porta logo depois. Anabel permanece lá embaixo, desacordada.


FIM DO CAPÍTULO

Nenhum comentário:

Postar um comentário