Paraíso Virtuoso - Capítulo 33 (16/01/2025)


PARAÍSO VIRTUOSO - CAPÍTULO 33 (PENÚLTIMO CAPÍTULO)
WEB-NOVELA DE SINCERIDADE 

CENA 01: CASA ABANDONADA/EXT./DIA

A câmera mostra o carro de Natália chegando a uma casa velha e isolada em uma fazenda abandonada. Natália sai do carro, caminha até a porta da casa e a abre. Em seguida, volta até o veículo, abre o porta-malas e, com brutalidade, pega Doralice no colo. Sem pressa, ela a leva para o interior da casa. No próximo take, Doralice acorda, com os pés e mãos amarrados. Ela olha ao redor, assustada, e entra em pânico ao ver Natália, que a observa com um olhar ameaçador e maligno. O instrumental “O Pesadelo de Ana J - Iuri Cunha” entra em cena.

DORALICE: O QUE É ISSO? ME SOLTA, SUA VAGABUNDA! QUE PALHAÇADA É ESSA? 

NATÁLIA (ajoelha lentamente diante da mocinha, completamente fora de si): Acabou, Doralice. Sua historinha de princesa da Disney tá chegando ao fim. Preparada pra virar pó? 

DORALICE (desesperada): ME SOLTA, SUA VACA! ME SOLTA AGORA!

NATÁLIA: Pode gritar, pode espernear a vontade. Ninguém vai te ouvir, Doralice. 

DORALICE: Por que você tá fazendo tudo isso? Que ódio é esse que você tem de mim?

NATÁLIA: Você ainda pergunta? (Pausa) Doralice, eu era uma mulher tão feliz antes de você chegar nessa fazenda… o meu casamento era lindo, cheio de brilho. Depois que você chegou, tudo isso foi pro ralo. Você acabou com o meu casamento e com a minha vida, sua cachorra!

DORALICE: Natália, por favor… eu não acabei com o casamento de ninguém. Se o Álvaro quis se separar de você, foi por conta própria. 

NATÁLIA: Ah, conta outra! Você não vale nada! Voltou pra cá só pra fazer essa vingancinha de merda e agora tá aí, amarrada e prestes a se despedir desse mundo!

DORALICE: Pelo menos eu nunca matei ninguém! Já você… o seu tempo tá acabando, Natália. Jajá você vai tá vendo o sol nascer quadrado.

 NATÁLIA (gritando): CHEGA! CHEGA DESSA PALESTRINHA! (Pausa) Já deu, eu não tenho ouvidos pra ficar ouvindo essa sua voz insuportável o tempo todo. Acabou, Doralice. Você vai morrer!

O instrumental “Irene Incendiária - Reno Duarte, Pedro Guedes” começa a tocar. Natália caminha até um galão de gasolina encostado em um canto escuro da sala e o pega com firmeza. Sem hesitar, ela começa a espalhar o líquido pelo chão e pelas paredes da casa. Doralice, amarrada, observa a cena com os olhos arregalados, e o pânico tomando conta de seu rosto. Ela tenta se debater, mas as cordas apertadas a impedem de qualquer movimento eficaz.

DORALICE: VOCÊ É LOUCA VADIA! OLHA SÓ O QUE VOCÊ VAI FAZER. MEU DEUS! PARA COM ESSA MALUQUICE, NATÁLIA! VAI SER FELIZ! 

NATÁLIA (sorrindo): Preparada pra virar churrasquinho, querida?

DORALICE (chorando, desesperada): SOCORRO! SOCORRO, ALGUÉM ME AJUDA!!!

Nesse momento, a câmera corta para o exterior, mostrando o carro de Álvaro se aproximando rapidamente da casa isolada. Ele freia bruscamente em frente ao local e desce do veículo com pressa. Sem perder tempo, Álvaro corre em direção à entrada da casa, desesperado. Dentro da casa, Natália segura o isqueiro aceso enquanto observa Doralice com um sorriso cruel. A mocinha, amarrada e vulnerável, chora desesperadamente, implorando silenciosamente por uma saída daquele pesadelo. Com um olhar de satisfação, Natália lança o isqueiro no chão encharcado de gasolina. Em um instante, as chamas se espalham lentamente. O calor e a fumaça começam a dominar o espaço, enquanto Doralice, em pânico, tenta inutilmente se soltar das amarras. Imediatamente, Álvaro surge no local, arrombando a porta e se deparando com Natália no meio das chamas. A vilã o encara com um sorriso debochado, enquanto as labaredas começam a ganhar força ao redor.

NATÁLIA (com sarcasmo): Olha só quem chegou! Agora sim, o churrasco tá completo.

ÁLVARO (gritando, desesperado): SAI DA MINHA FRENTE AGORA, SUA DOIDA! OLHA SÓ O QUE VOCÊ TÁ FAZENDO!

Álvaro, ignorando o perigo das chamas que já começam a se espalhar, empurra Natália para o lado com força e corre em direção a Doralice, que está amarrada e apavorada. Ele se ajoelha ao lado dela e tenta desfazer os nós que prendem sua amada, mas percebe que as cordas estão muito apertadas. Álvaro olha ao redor freneticamente até encontrar uma faca de cozinha caída em uma mesa próxima. Ele rapidamente a pega e volta para Doralice.

ÁLVARO: Fica calma, meu amor. Eu vou tirar a gente daqui, fica calma.

Enquanto Álvaro corta as cordas de Doralice com pressa, o fogo começa a se espalhar ainda mais rápido, alcançando uma pilha de móveis velhos no canto do cômodo. O calor intenso se torna insuportável, e a fumaça começa a preencher o espaço, dificultando a respiração. De repente, a câmera foca em um botijão de gás de cozinha parcialmente escondido embaixo de uma bancada, com as chamas perigosamente próximas dele. O som do fogo estalando é interrompido por um leve chiado vindo do botijão. Álvaro percebe o perigo e corta as últimas cordas de Doralice. Sem perder tempo, ele olha ao redor, buscando a saída mais próxima enquanto o chiado do gás fica cada vez mais evidente. Com esforço, ele levanta Doralice e eles correm em direção à janela. Os mocinhos conseguem sair para fora da casa momentos antes do pior acontecer. Assim que chegam a uma distância segura, Álvaro desaba no chão com Doralice, ambos tossindo e tentando recuperar o fôlego.

DORALICE (ofegante, preocupada): A NATÁLIA! A NATÁLIA TÁ LÁ DENTRO!

Dentro da casa, Natália, completamente fora de si, permanece imóvel no meio do local. As chamas se aproximam, e o chiado do botijão de gás se intensifica. Natália sorri, como se estivesse aceitando seu destino. 

NATÁLIA: Até no fogo eu brilho!

 De repente, acontece uma explosão devastadora, destruindo completamente o interior da casa. Uma bola de fogo atravessa as janelas e o telhado, enquanto destroços voam em todas as direções. A cena escurece.

A novela encerra seu penúltimo capítulo ao som de “Nuvem de Lágrimas - César Menotti & Fabiano” (tema de abertura).









Nenhum comentário:

Postar um comentário