18/06/2025

Let's Dance! - Capítulo 08

 

 LET'S DANCE! - CAPÍTULO 08

criada e escrita por Sinceridade

CENA 01: MANSÃO FIGUEIRA/INT./MANHà

INSTRUMENTAL: INEVITÁVEL - EDUARDO QUEIROZ, GUILHERME RIOS 

 Isabel e Cecília se encaram com olhares carregados de tensão.

LEILA: Bom, essa é Nina, minha sobrinha que veio pra morar aqui com a gente. Nina, essa é Cecília, a filha do Tércio que comentei com você.

NINA (se levanta, sorridente e estendendo a mão): Seja bem-vinda, Cecília! Muito prazer.

CECÍLIA (retribuindo o aperto de mão): O prazer é todo meu.

LEILA: E essa é a Isabel… bom, vocês já se conhecem.

ISABEL (seca, olhando diretamente nos olhos de Cecília): Infelizmente.

LEILA: Isabel… por favor.

CECÍLIA: Deixa ela, dona Leila. Isabel não gosta de mim, e eu respeito totalmente a opinião dela.

ISABEL: Você não tem vergonha mesmo, né, Cecília? Depois de fazer uma lavagem cerebral no meu pai, chega aqui se achando a dona da casa e se achando no direito de me provocar. 

CECÍLIA: Eu não provoquei ninguém. Pelo contrário, eu apenas disse que respeito a sua opinião. Ninguém é obrigado a gostar de ninguém. 

ISABEL (irônica): Ela é tão do bem… ela é tão galera… tá achando o que? Que virou protagonista de novela das seis?

CECÍLIA: Tô vendo que vai ser osso ter que conviver com você aqui nessa casa.

ISABEL: Eu avisei, não avisei? Agora você aguenta! 

CECÍLIA: Se você acha que eu vou baixar a guarda pra você, Isabel, tá muito enganada! Se você quiser me provocar, me ofender, me humilhar… fica à vontade. Mas eu não sou de aceitar calada!

ISABEL (cruzando os braços): A verdade é que você é apenas uma oportunista que só chegou pra se aproveitar da grana do meu pai.

CECÍLIA: Do seu pai? Acho que você tá se esquecendo que o seu Tércio também é o meu pai.

ISABEL: Isso é o que você diz! Apareceu do nada, se enfiou nessa casa feito um vírus... E agora quer mais o quê? Qual será o seu próximo passo? Descobrir a senha do cofre?

CECÍLIA (nervosa): Eu não sou desonesta igual a você, que tenha comprar os outros pra conseguir o que quer, assim como fez comigo.

ISABEL: Cala a sua boca!

CECÍLIA: Conta pra sua mãe, Isabel. Conta pra ela que você foi atrás de mim, pedindo que eu aceitasse uma boa grana pra sumir da vida do seu Tércio. Conta! 

LEILA: Que história é essa?

Tércio aparece ao fundo, sem que ninguém o veja de imediato. Ele escuta em silêncio, surpreso.

TÉRCIO (aproximando): Isso é verdade? 

Isabel se vira, pálida, ao ver o pai olhando diretamente pra ela. Nina, em silêncio, observa.

ISABEL (gaguejando): Pai… não é bem assim… é que…

TÉRCIO: Você ofereceu dinheiro pra Cecília sumir? 

Silêncio. 

TÉRCIO: Você tinha me dito que procurou a Cecília pedindo que ela não viesse morar aqui, mas não me disse nada que ofereceu grana pra ela.

ISABEL: Eu só achei que seria o melhor pra todo mundo…

TÉRCIO: Melhor pra todo mundo ou melhor pra você? Cecília é minha filha. Tem o mesmo direito que você de estar aqui, Isabel.

CECÍLIA: Seu Tércio, não precisa ficar bravo com ela…

ISABEL (interrompendo): CALA A SUA BOCA! Eu não preciso que me defenda!

TÉRCIO: Que decepção, Isabel. Nunca pensei que a minha filha fosse capaz dessas mesquinharias.

ISABEL (chorando de raiva): Claro, agora eu sou a vilã da história, né? E ela é a coitada, a injustiçada… A queridinha do papai! 

Com raiva, Isabel se vira e sobe às escadas apressadamente. Leila vai atrás.

CECÍLIA: Me desculpa por isso, seu Tércio… já cheguei da pior forma possível. Nem deveria ter vindo…

TÉRCIO: Fica tranquila. Estou muito feliz de ter vindo! Vou pedir para a empregada levar suas malas até o quarto em que você vai ficar.

CECÍLIA: Não precisa… eu mesma levo.

TÉRCIO: Cecília, eu só te peço que não dê ouvidos a Isabel. A minha filha sempre teve tudo o que quis, nunca aceitou que eu e Leila tivéssemos outro filho. Enfim… acho que mimei ela demais.

CECÍLIA: Tá tudo bem, seu Tércio… com o tempo, vamos acabar nos dando bem.

Enquanto isso, Nina continua na mesa, apenas observando tudo. 

CENA 02: MANSÃO FIGUEIRA/QUARTO/MANHà

Isabel chega em seu quarto completamente irritada, acompanhada por Leila, que tranca a porta com calma.

LEILA: É verdade o que a Cecília disse? Você foi até ela pra tentar suborná-la? Isabel… com quem você tá aprendendo esse tipo de coisa?

ISABEL (irritada): Eu só queria proteger a nossa família daquela golpista. Só isso! (pausa) Você viu, né? Você viu como aquela desgraçada tá fazendo a cabeça do meu pai contra mim, não viu? 

LEILA (sentando-se, tranquila): Isabel… sente-se.

ISABEL: Sentar? O que eu mais quero agora é quebrar todos os objetos que existem nesta casa. 

LEILA: Não vai resolver. Surtar só dá ainda mais poder pra quem você não gosta.

Isabel, sem saber o que fazer, senta-se na beira da cama, ainda tremendo de raiva. Leila se aproxima e segura suas mãos com firmeza.

LEILA (olhos nos olhos): Escuta o que eu vou te dizer com atenção. A melhor forma de vencer um inimigo, não é brigando, humilhando, gritando, nada disso. A melhor forma de vencer um inimigo, Isabel, é se juntando a ele.

ISABEL (arqueando a sobrancelha): O quê? Eu jamais vou me juntar com aquela mosca morta! 

LEILA: Eu não tô falando no sentido literal, minha filha. (pausa) Quero que você seja inteligente. Estratégica. Não se ganha uma guerra no grito.

ISABEL (desconfiada): Você quer que eu finja que gosto dela? Isso jamais vai acontecer! 

LEILA: Bom, só estou te dando um conselho. Se não quiser ouvir, tá tudo bem. (T) Isabel, eu preciso conversar com você sobre a Nina.

ISABEL: Sobre a Nina? O que tem ela? 

LEILA: Isabel… a Nina pode parecer um doce, uma pessoa legal, tranquila… mas não se deixe enganar, por favor.

ISABEL: Não tô entendendo onde a senhora tá querendo chegar.

LEILA: Abre os olhos com ela, Isabel. Nina voltou pro Rio de Janeiro apenas para tirar toda a grana que eu construí esses anos todos ao lado do seu pai.

ISABEL: Continuo sem entender, mamãe. 

LEILA: A sua prima é uma golpista! Quando eu vim de Ribeirão Preto, deixei minha irmã, sua avó e a Nina lá. Eu até chamei elas pra virem comigo, mas não quiseram… enfim, agora que a Nina tá sozinha no mundo, ela resolveu voltar e arrancar toda a minha grana!

ISABEL: E porque ela faria isso?

LEILA (se enrola): Por vingança! Eu vim pro Rio de Janeiro em busca de uma vida melhor, e a mãe dela, a Dulce, morria de inveja de mim. Isabel, qualquer coisa que essa doida te fale, por favor, não dê ouvidos.

ISABEL (desconfiada): Claro… pode ficar tranquila. 

LEILA: É bom tomarmos bastante cuidado com essa cobra.

ISABEL: Tudo bem, pode deixar.

Leila se retira do quarto, enquanto Isabel fica sentada na beira da cama, pensativa.

CENA 03: MANSÃO FIGUEIRA/INT./MANHà

Cecília e Tércio abrem a porta do quarto onde a mocinha irá dormir a partir de agora. Ela entra e se encanta com tamanho luxo e glamour. 

CECÍLIA (olhando em volta): Meu Deus… parece um daqueles quartos de novela… Nunca imaginei que um dia fosse dormir num lugar assim.

Ela dá alguns passos, admirando cada detalhe. 

CECÍLIA: Tudo isso é pra mim? 

TÉRCIO: Pois é, Cecília. Agora que vai morar aqui, acho que merece um quarto à altura. 

CECÍLIA: Não precisava de tanto, seu Tércio. Eu dormi a minha vida toda num quartinho simples com parede descascando, janela emperrada… E mesmo assim eu dormia bem, porque tinha minha mãe por perto.

Ela respira fundo e olha mais uma vez ao redor.

CECÍLIA: Eu sei que tudo isso é bonito, impressionante… mas confesso que assusta um pouco também. É tudo novo demais. Chique demais.

TÉRCIO: Você vai se acostumar, eu tenho certeza. O conforto assusta no começo, mas depois… a gente entende que não é pecado viver bem. (pausa) E já que estamos falando de recomeços, eu queria te fazer uma proposta.

CECÍLIA (surpresa): Proposta?

TÉRCIO: Você comentou que estava procurando um emprego, não foi?

CECÍLIA: Sim… estou. 

TÉRCIO: Então vem trabalhar comigo, na Idearium.

CECÍLIA: Na sua empresa?

TÉRCIO: Sim. Claro que, não vou te colocar num cargo alto logo de cara, mas uma função como assistente já seria o suficiente, não acha?

CECÍLIA (surpresa, emocionada): Nossa… é claro que sim. Eu nem sei o que dizer, seu Tércio. Mas… (baixa o olhar, pensativa) Talvez não seja uma boa ideia eu aceitar.

TÉRCIO: E por que não?

CECÍLIA: A sua filha… a Isabel. Acho que ela não iria gostar nem um pouco.

TÉRCIO: Isabel? Que bobagem! Ela nunca se interessou pelos negócios da empresa. E, francamente, não vejo isso mudando agora.

CECÍLIA: Posso pensar?

TÉRCIO: Claro! Me promete que vai pensar com carinho?

CECÍLIA: Prometo.

TÉRCIO: Bom, vou voltar para a Idearium. Fique à vontade. Se quiser, pode ir até a cozinha comer alguma coisa, dar um mergulho na piscina, tomar sol... A casa é sua!

Cecília balança a cabeça levemente como um sinal positivo. Em seguida, Tércio se despede dela com um beijo na testa e sai, fechando a porta. A câmera foca no rosto de Cecília, que fica sentada na beira da cama, admirando seu novo quarto, pensativa.

CENA 04: RUA/TARDE

Na rua onde fica a Idearium, carros passam em movimento e pedestres caminham pela calçada. No meio deles, está Ivani, carregando sacolas nas mãos. De repente, leva a mão à barriga, sentindo um forte mal-estar por causa da gravidez. Ela para, respira fundo e se apoia em um poste, tentando se equilibrar e deixa as sacolas caírem. Tércio, que volta para Idearium após sua hora de almoço, percebe a situação e se aproxima, preocupado.

TÉRCIO: Moça? Tá passando mal?

IVANI (levando a mão à barriga, ofegante): É só um enjoo… Jajá passa…

TÉRCIO (segurando o braço dela): Você tá toda pálida. Desse jeito vai acabar desmaiando na rua. (T) Tá vendo esse prédio? Eu sou o dono dessa empresa. Lá dentro tem água, um lugar pra sentar… Vem, pelo menos até esse mal-estar passar num lugar decente. 

Ele se abaixa e pega as sacolas dela.

IVANI: Imagina… eu não quero incomodar o senhor.

TÉRCIO: Pois eu insisto! 

Corta para o interior da Idearium, onde Ivani já está na sala de Tércio, sentada em uma cadeira e segurando um copo d'água. Tércio observa, preocupado, de pé, encostado na mesa. 

TÉRCIO: E aí, tá melhor?

IVANI: Sim… foi só um mal-estar mesmo… coisa de gravidez, sabe?

TÉRCIO (surpreso): Gravidez? Ah, então é isso… Mas olha, você não pode ficar se arriscando desse jeito por aí, não. Tem que se cuidar, moça.

IVANI: Pois, é, eu quero muito fazer um acompanhamento com um médico, mas mal tenho grana… ultimamente tá tudo tão difícil, e comigo não tá sendo diferente.

TÉRCIO: E o pai dessa criança? Tá pelo menos fazendo sua obrigação?

IVANI: Se eu te contar… Acredita que o desgraçado não quer assumir? Ele não acredita que o filho que estou esperando é dele. Mas eu não tô nem aí, ele que se dane! 

TÉRCIO: Perdão, mas eu nem perguntei o seu nome… 

IVANI: É Ivani. E o seu?

TÉRCIO: Tércio. Tércio Figueira. Como já disse, sou o dono dessa empresa, aqui é uma agência de publicidades. 

IVANI (olhando em volta): É tudo muito bonito aqui… parabéns. Eu já vi você e a sua família nos jornais, e que família linda!

TÉRCIO: Obrigado. E você, trabalha? 

Ivani baixa o olhar, constrangida, e fica em silêncio por alguns segundos. Respira fundo antes de responder.

IVANI: A sociedade não acha que isso seja um trabalho, mas sim… eu me viro fazendo programas.

TÉRCIO: E não tem outra opção?

IVANI: Não… eu até fiz uns bicos aí, mas não deu nada certo. Mas sabe que eu já me acostumei? 

TÉRCIO: Você é tão jovem, bonita… não tem por que ficar nessa vida. Olha… se quiser, eu posso arrumar um emprego pra você.

IVANI (assustada, desconfiada): O senhor enlouqueceu? Mal me conhece, nem sabe quem sou eu.

TÉRCIO: Ivani, uma coisa que eu aprendi e levo pra vida até hoje é sempre fazer o bem às pessoas. Meu pai sempre ajudou quem precisava, e eu aprendi isso com ele.

IVANI (cruza os braços, desconfiada): Desculpa, mas eu não preciso de caridade.

TÉRCIO: Não é caridade. É trabalho. Se quiser, posso te levar para trabalhar na minha casa como doméstica. 

IVANI (arregala os olhos, surpresa): Na sua casa?

TÉRCIO: É um trabalho simples… cuidar da casa, ajudar a outra doméstica no dia a dia. Mas te garanto que vai ter todos os seus direitos e vai ter carteira assinada. Tudo dentro da lei, como tem que ser. Ah, e você pode morar lá se quiser.

Ivani fica em silêncio por uns segundos, pensativa.

IVANI (respira fundo): Tá… Tá… se é assim, eu… eu aceito. 

Tércio sorri, satisfeito.

TÉRCIO (gentil): Te prometo que não vai se arrepender. Depois você me passa seu endereço pra gente não perder o contato. 

IVANI: Eu agradeço muito…. de coração. nem sei como agradecer…

TÉRCIO: Você começa o mais rápido possível! 

ANOITECE

Ao som de “Everybody Dance - CHIC”, mostramos imagens do Rio de Janeiro. Cortamos para o exterior de uma discoteca, onde o brilho da fachada dá o destaque ao nome “Let's Dance!”. 

CENA 05: DISCOTECA LET'S DANCE!/INT./NOITE

Entramos no interior do local, no qual avistamos uma grande festa e pessoas dançando sem parar na pista, enquanto outras conversam e se divertem. A música citada acima continua a tocar dentro do ambiente. Lurdinha, em seu primeiro dia de trabalho, observa tudo com admiração e brilho nos olhos.

LURDINHA (olhando em volta): Isso aqui é o paraíso! 

Nesse momento, Cássio (Marcelo Faria), o dono do estabelecimento, surge sorridente atrás dela, de braços cruzados, observando a reação dela. 

CÁSSIO (sorrindo): E por que não tá lá no meio, dançando também, hein?

Lurdinha se vira, assustada, levando até a mão no peito, ofegante.

LURDINHA (rindo): Nossa! Que susto, homem! Quase me fez ter um treco aqui (respira fundo, ainda rindo) Mas… não posso dançar né? Hoje é o meu primeiro dia trabalhando aqui.

CÁSSIO: E daí? Vai ficar aí, plantada, chupando dedo, enquanto todo mundo se esbalda?

LURDINHA: Bem que eu queria, viu… mas é melhor não. Não quero ser demitida no primeiro dia de trabalho. 

CÁSSIO (confiante): Isso eu te garanto que não vai acontecer.

LURDINHA (curiosa): Ah, não? E como sabe? 

Cássio dá um passo a frente, faz um gesto com a mão, como quem se apresenta.

CÁSSIO: Porque eu sou o seu patrão. Meu nome é Cássio. Prazer!l!

LURDINHA (boquiaberta): Meu Deus! (leva a mão na boca, depois ri) Eu não fazia ideia!

CÁSSIO (gentil, apontando para a pista): Vai, menina… vai lá! Aproveita! Depois você volta pra recepção.

Lurdinha ainda hesita, olha pra ele, depois pra pista. Mas incentivada, toma coragem e sai da recepção, caminhando pra pista de dança. Quando chega,se solta, começa a dançar, gira, e logo é contagiada pela animação do pessoal ao redor. A câmera acompanha Lurdinha se divertindo em câmera lenta.

CENA 06: MANSÃO FIGUEIRA/INT./NOITE

Todos estão reunidos à mesa: Tércio, Leila, Nina, Isabel, Leandro e Cecília. O clima aparentemente está tranquilo. Todos jantam enquanto conversam.

ISABEL (pegando na mão de Leandro, sorrindo): Nem acredito que você veio jantar comigo, meu amor! Nem me lembro mais da última vez que isso aconteceu em um dia normal.

LEANDRO: Pois é… meu pai resolveu facilitar pro meu lado hoje. Me liberou mais cedo.

Tércio limpa a boca com o guardanapo, respira fundo, e toma coragem para falar, olhando para Isabel com certa culpa.

TÉRCIO (sério): Isabel, minha filha… não sei se é o momento mais apropriado… mas… eu quero te pedir desculpas pelo o que aconteceu hoje mais cedo. (Pausa) Me perdoa, se, de alguma forma, te fiz se sentir mal.

ISABEL: Tá tudo bem… tá tudo certo…

LEANDRO (curioso): Ué, aconteceu alguma coisa?

Isabel olha de relance para Cecília, que também cruza o olhar com ela. Há tensão no ar.

ISABEL (sorrindo falsamente): Ah, não foi nada… apenas uma rusga boba entre mim e a Cecília. (olhando para a mocinha) Mas já tá tudo resolvido, não é?

CECÍLIA (forçando um sorriso, olhando diretamente para Isabel): Claro… tudo resolvido.

LEANDRO: E aí, Cecília… o que tá achando de morar aqui na mansão? Tá gostando?

CECÍLIA (encarando Isabel, debochada, sorrindo)

 Tô adorando! Aqui é tudo muito bonito… aconchegante… acolhedor, sabe? Bem mais do que eu imaginava.

NINA (direta): Cecília… eu queria ter uma palavrinha com você a sós. Podemos?

Leila, que até então estava apenas ouvindo, imediatamente se ajeita na cadeira, fica alerta e observa a sobrinha, desconfiada.

CECÍLIA: Claro. Podemos sim.

Nina se levanta. Cecília a acompanha. As duas caminham em direção ao jardim. Leila está pronta pra ir atrás das duas, mas antes que consiga, Leandro, inocentemente, puxa conversa com ela, segurando-a na mesa.

LEANDRO: Dona Leila… tava pensando… vocês podiam investir em uma reforma naquela área da piscina, né? Dá pra fazer um espaço incrível ali! Tá tudo muito velho, muito largado. Não acha?

Leila, forçada a se manter na mesa, respira fundo, disfarça e responde, mesmo desconfiada.

LEILA (inquieta, olhando para os lados): É… pode ser… é uma boa ideia sim, Leandro. A gente pode conversar sobre isso depois.

 CENA 07: MANSÃO FIGUEIRA/JARDIM/NOITE

Nina e Cecília chegam até um canto reservado do jardim. 

CECÍLIA: O que foi, Nina? Aconteceu alguma coisa?

NINA: Cecília… você precisa abrir os olhos. Se você pensa que a Leila é essa mulher receptiva, honesta e boa, você se engana.

CECÍLIA: Desculpa, mas eu não tô entendendo onde você tá querendo chegar.

NINA: Eu sei exatamente o que é cair nas garras dela. Sei o quanto é dissimulada… perigosa (pausa) E eu não vou deixar que ela te faça mal algum, assim como fez comigo… e com a minha mãe.

CECÍLIA (confusa): Com… com a sua mãe?

NINA: Um dia você vai saber de tudo. Mas por enquanto, fica esperta. Leila não é essa mulher que sorri na sua frente e finge que te aceita aqui.

Cecília respira fundo e encara Nina com preocupação. 

NINA: Vem, vamos voltar, antes que escutem o que estamos conversando.

CECÍLIA: Pode ir… eu vou ficar aqui tomando um ar. Muito obrigada por me alertar, Nina. 

Nina volta par

a dentro, enquanto Cecília fica pensativa no jardim.

CONGELAMENTO EM CECÍLIA.

A novela encerra seu 8° capítulo ao som de “Koop Island Blues - Koop” (tema do vilão misterioso).


Quem será o grande vilão? Façam suas apostas nos comentários! Amanhã tem a revelação.


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