CAPÍTULO XIII
I – BIONDA RECEBE UMA VISITA ESPECIAL
(Sem escapatória, Bionda se obriga a descer do seu quarto, o
qual está hospedada sob o nome de Helena, para receber a visita especial)
BIONDA: (tensa) Imaginei que poderia ser você, mas o quer a essa
altura do jogo? Não vê que eu já perdi... Estou nessa espelunca usando um nome falso,
estou sendo procurada pela polícia... eu já perdi, só peço que me deixe em paz.
(a cena não mostra o rosto ou qualquer característica do personagem
que Bionda se comunica, o rosto dela está tenso e um instrumental de suspense toca,
ela bebe um pouco da bebida que a visita misteriosa a oferece no barzinho do hotel)
(a tela escurece, quando as luzes se acendem, em outro ambiente,
Bionda está amarrada e com a boca amordaçada)
II – O DEPOIMENTO DE VIVIAN À POLÍCIA
(A cena acontece no interior de uma sala de interrogatório,
é um ambiente frio, com luz baixa. O delegado, de expressão séria, folheia o
dossiê com as informações que possuem sobre ela, enquanto um gravador capta
cada palavra do depoimento.)
DELEGADO: (olhando firme para Vivian) Então, você quer
confessar sua participação nos negócios ilegais da Bionda?
VIVIAN: (calma, com voz firme) Sim. Mas vou além disso. Vou
expor tudo.
(O delegado faz uma pausa, ajeita os papéis à sua frente,
interessado.)
VIVIAN: Bionda e eu montamos uma rede de “agenciamento de
modelos”, que na verdade era uma fachada. O que fazíamos era selecionar jovens
atraentes, muitas delas novas no país, sem família ou suporte, para aliciá-las
a encontros com homens poderosos. Empresários, políticos, juízes... todos da
alta sociedade.
DELEGADO: E qual era o verdadeiro objetivo disso? Apenas
lucro?
VIVIAN: (balançando a cabeça) Não era só sobre dinheiro. Era sobre poder. A
Bionda sempre foi mais ambiciosa do que qualquer pessoa percebeu. As jovens
eram transformadas em marionetes... elas não tinham escolha. Traumatizávamos
essas garotas, quebrávamos suas vontades. E uma vez que estivessem sob nosso
controle, usávamos isso para controlar também os homens com quem elas se
envolviam.
DELEGADO: (se inclinando para frente) Como funcionava
essa... manipulação?
VIVIAN: Esses
encontros não eram casuais. Gravávamos tudo. Tudo o que acontecia de errado.
Chantagem, intimidação... assim mantínhamos a classe alta nas nossas mãos. Mas
havia algo mais sombrio, delegado. Algo que ninguém fora do círculo interno
entende.
ENCERRAMENTO
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