Traída, a Vingança da Doutora
Ásia – Capítulo 41
Novela criada por Lucas
Gustavo e escrita por Sujiro Kimimame
Faixa das 21h
[🔴NÃO RECOMENDADO PARA
MENORES DE 16 ANOS🔴]
Cena 1 – Casa de Ásia/
Escritório/ Dia.
Ásia está no escritório, o
olhar fixo em Oceânia.
ÁSIA: Me
diga tudo com detalhes, Oceânia. Eu quero saber tudo o que aquela vadia tá tramando
contra meus filhos.
OCEÂNIA:
Ásia... ela vai agir no casamento de Austrália. Quer atingir você onde dói
mais: na nossa... digo... na sua família. A ideia dela é atacar justamente no
dia mais feliz da vida da nossa filha.
Ásia leva as mãos à cabeça,
tentando processar a revelação. Seus olhos ficam marejados, mas ela mantém a
postura firme.
ÁSIA: Ela
vai se arrepender. Eu vou acabar com aquela cachorra antes que ela toque em um
fio de cabelo dos meus filhos!
Cena 2 – Casa de Ásia / Sala /
Dia.
Ásia está sentada no sofá,
enquanto Austrália, China e Vietnã estão ao redor dela.
ÁSIA: Eu
chamei vocês aqui porque precisam saber de tudo o que anda acontecendo. Pra
começar, a África fugiu da cadeia e está se aliando a gente perigosa. Eu a
coloquei na cadeia e agora ela quer se vingar. Ela pretende atacar no seu
casamento, filha.
Austrália coloca a mão no
peito, visivelmente chocada.
AUSTRÁLIA: No
meu casamento?
CHINA: Mãe,
como você sabe de tudo isso?
ÁSIA: Eu fiz
um acordo com seu pai no dia da nossa separação. Ele está vigiando os passos da
África. Tem mais... África trocou meu filho pelo Vietnã na maternidade.
AUSTRÁLIA: O
quê?
Ásia se levanta, nervosa.
ÁSIA: E
agora um dos meus filhos biológicos faz parte dessa facção. Ele foi criado pela
chefe da facção, ela foi responsável por trocar os bebês, e agora ela ajudou a
África a fugir da cadeia.
AUSTRÁLIA: Espera...
Então você já conhece o seu filho.
ÁSIA: Conheço.
Eu mandei fazer um exame de DNA pra comprovar a verdade. Ele não sabe de toda
verdade ainda, mas ele está do nosso lado, do lado da nossa família.
Austrália segura a mão de
Ásia.
AUSTRÁLIA: Mãe... nós precisamos sair do país. A África é perigosa e se ela quer destruir nossa família, então não podemos ficar aqui. Fora que a senhora precisa avisar a polícia sobre ela.
Ásia concorda lentamente.
ÁSIA: Eu vou providenciar isso. Mas nesse caso vocês é que vão embora.
AUSTRÁLIA: Como
assim? Não. E você?
ÁSIA: Eu vou
ficar. E ter o último encontro com ela. É nele que irei acabar com essa puta de
uma vez por todas.
Cena 3 – Dias depois/ Casa de
Ásia/ Escritório/ Dia.
No escritório de Ásia, Pass e
Ivo estão de pé em frente à mesa dela. O clima é tenso, com uma mistura de
expectativa e medo.
PASS: A
senhora mandou chamar, tia?
ÁSIA: Mandei.
Preciso contar pra vocês uma coisa.
IVO: O quê?
ÁSIA: Tem pouco
tempo que eu fiquei sabendo que a África mandou trocar meu filho na maternidade
quando ele nasceu. O meu filho, Vietnã, na verdade, nasceu de outra mulher. E o
meu verdadeiro filho foi criado por ela. Até o dia que ela morreu assassinada e...
enfim, ele acabou sequestrado pela mulher que os trocou na maternidade. Eu
descobri que um de vocês é meu filho de sangue.
Os dois ficam chocados.
PASS: Um de
nós? Seu filho?
IVO: Isso quer
dizer que... a tia Célia...
ÁSIA: Sim.
Que a Célia trocou um de vocês pelo Vietnã. Mas... Eu mandei fazer o exame de
DNA. Coletei as amostras na última vez que vocês estiveram aqui. E o resultado do
exame saiu.
Ela pega o envelope e entrega
para os dois, que abrem. Eles leem o documento e em seguida, Ivo olha para Ásia.
Seus olhos enchem de lágrimas, e ele mal consegue falar.
IVO:
Eu... Eu sou seu filho?
Ásia se aproxima dele,
emocionada, e coloca a mão em seu ombro.
ÁSIA: Sim,
você é meu filho.
Os dois se abraçam,
emocionados.
ÁSIA: (chora)
Meu filho... quanto tempo esperei por esse momento.
IVO: Meu
sonho sempre foi ter uma mãe de verdade e agora... eu finalmente tenho você,
tia... digo... mãe.
ÁSIA: E tem
mais. Eu quero que você saia dessa vida de quadrilha, de assalto. Não tem mais
porque continuar nisso.
IVO: Eu
não quero mais essa vida. Quero mudar, quero fazer o que é certo.
Pass, ao lado, também se
emociona.
PASS: Se
ele vai sair, eu também quero.
Ásia sorri para Pass, sentindo
o peso da responsabilidade e carinho por ele.
ÁSIA: Eu
vou adotar você, Pass. Vocês dois são meus filhos agora. Vamos começar do zero.
Cena 4 – Quarto de China/ Dia.
China está sentada na cama,
olhando para Cabelinho com um ar melancólico. Ele está de pé, sem entender o
que está acontecendo.
CHINA:
Cabelinho, eu vou deixar o país. Não tenho escolha. É o melhor para mim, para
meus irmãos... e para o meu filho.
Ele parece perdido, um nó se
forma em sua garganta.
MC CABELINHO: Você
vai embora? E o bacuri?
China segura a mão dele e a
coloca sobre sua barriga. Ele sente o bebê se mexer, e isso o comove.
CHINA: Vou
criá-lo sozinha, com a ajuda da minha mãe e dos meus irmãos.
Cabelinho abaixa a cabeça,
incapaz de segurar as lágrimas.
MC CABELINHO: Eu
queria tanto estar ao seu lado, mas... sei que estraguei tudo.
China fica sem saber o que
falar, pois sente que tudo já foi dito. Cabelinho se levanta.
MC CABELINHO: Eu vou
me mandar. A gente ainda se vê?
CHINA: Não
sei... Acho que não.
Ele dá um último sorriso fraco
antes de sair. No corredor, ele se surpreende ao ver Gretchen que ouvia parte
da conversa.
MC CABELINHO: Cofoi
coroa, ouvindo conversa atrás da porta?
GRETCHEN: Cofoi
digo eu, meu filho. Você tava com a faca e o queijo na mão pra conquistar essa
menina e jogou a oportunidade fora.
MC CABELINHO: Porra
coroa, estraguei tudo, ta ligada? A China quer saber de mim mais não.
GRETCHEN: Cabelinho,
se você não tomar jeito, ela nunca vai enxergar você de outra forma. Mostre que
mudou, que pode ser o pai que ela e o bebê precisam.
Ele fica pensativo.
Cena 5 – Estrada/ Dia.
Se aproveitando da ausência de
Oceânia, África, disfarçada, sai furtivamente da casa e encontra Noruega no
carro. Ele a espera com um sorriso provocante.
NORUEGA: Eu
estava esperando por você.
Os dois trocam olhares
carregados de desejo. Noruega dirige até um local mais afastado da estrada, onde
o clima esquenta rapidamente.
Corta para eles transando
horrores no banco de trás do carro, Ásia deitada de frango assado com as pernas
pra cima, o pé tocando o teto do carro e Noruega por cima dela com o corpo brilhando
de suor.
ÁFRICA SIRIRACHA: OHHH,
GOSTOSOOOOO. ISSO, VAI. ME MATA. ME MATAAAAAA. VOCÊ VAI FAZER TUDO O QUE EU
MANDAR. VAI
NORUEGA:
(metendo) MANDA.
ÁFRICA SIRIRACHA: VAI.
NORUEGA: (metendo)
MANDA.
ÁFRICA SIRIRACHA: VAI.
NORUEGA: (metendo)
MANDA.
ÁFRICA SIRIRACHA: VAI.
Cena 6 – Cativeiro de Célia/
Tarde.
Enquanto isso, Ivo entra
furioso, com Pass logo atrás. Célia está sentada em uma cadeira, mexendo em
alguns papéis, até que percebe a presença dos dois.
CÉLIA: O que
vocês querem?
IVO: Eu
já sei de tudo, Célia! Sei que você me trocou na maternidade, a mando de
África.
CÉLIA: (se
levanta em choque) Peraí, como é que você...
IVO: Chega
de mentir, tia Célia. Além de uma bandida criminosa, você não passa de uma
mentirosa.
Célia se levanta lentamente,
seus olhos se estreitando em fúria.
CÉLIA: Quem
foi que te contou essa história? Foi a África? Não... ela não seria burra de
fazer uma coisa dessas... (olha pra ele, sacando tudo) Espera aí... Você
conhece a Ásia, não é? Claro... Daquele assalto forjado na clínica... Você anda
se encontrando com ela?
Ivo não responde.
CÉLIA: Claro...
Você está do lado de Ásia, não é? Seu traidor!
Célia pega uma arma e aponta
para Ivo, a tensão no ar cresce.
CÉLIA: Eu
devia acabar com você agora! Aliás... Devia não. Eu vou acabar com você agora.
Antes que ela possa atirar,
Pass pega um vaso pesado e acerta Célia na cabeça. Ela cai no chão,
inconsciente.
PASS:
Vamos embora daqui, rápido!
Eles saem correndo do
cativeiro. Célia levanta com a mão na cabeça. Enfurecida ela sai correndo atrás
deles. Eles correm até o carro e entram. Dão a partida, no momento em que Célia
aparece e começa a atirar na direção do veículo. O vidro de trás do carro
estoura com a bala. Célia pega seu carro e sai. Pass liga para Ásia enquanto Ivo
dirige. Ásia atende. Ela está na clínica Scaterapia.
ÁSIA: Pass?
PASS: O Ivo contou
tudo pra Célia, tia. Ela já sabe que nós sabemos da verdade. Ela ameaçou ele
com uma arma. O que a gente faz agora?
ÁSIA: Vão
os dois pra minha casa. Agora. Eu estou indo pra lá encontrar vocês.
Cena 7 – Clínica Scaterapia/
Frente/ Dia.
Ásia está saindo da clínica
Scaterapia. Ela vai atravessar a rua. Seu carro está estacionado do outro lado.
No momento em que atravessa a pista, um carro aparece em alta velocidade. Ela
mal tem tempo de reagir.
Célia, dirigindo furiosa,
acelera ainda mais. O impacto é brutal, jogando Ásia para o chão.
No chão, Ásia tenta respirar,
sentindo a dor intensa no corpo enquanto Célia some ao longe, sem olhar para
trás. Câmera congela em Ásia.
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