Traída,
a Vingança da Doutora Ásia – Capítulo 42
Novela
criada por Lucas Gustavo e escrita por Sujiro Kimimame
Faixa
das 21h
[🔴NÃO RECOMENDADO PARA MENORES DE 16 ANOS🔴]
Cena 1 – Clínica Scaterapia / Frente /
Dia
A rua está tomada por curiosos, alguns
filmando com seus celulares enquanto os veículos da imprensa se alinham na
calçada. O som das sirenes ecoa ao fundo. Uma repórter, de frente para a
câmera, narra o ocorrido, as câmeras focam no corpo de Ásia sendo atendida
pelos paramédicos.
REPÓRTER PEITUDA: Dra. Ásia, conhecida por sua clínica
que já foi alvo de mais de trezentos atentados, acaba de ser atropelada na
frente de seu estabelecimento. Ainda não temos informações sobre seu estado de
saúde, mas os paramédicos estão a caminho do hospital com ela neste momento.
Os paramédicos colocam Ásia na maca e a
acomodam na ambulância com rapidez. Alguns curiosos murmuram, outros gritam,
espantados com o que acabaram de testemunhar. A ambulância parte com a sirene
ligada.
Cena 2 – Carro de Noruega / Dia
Noruega e África Siriracha, ainda suados
e se vestindo, recuperam o fôlego após treparem.
ÁFRICA SIRIRACHA: (rindo) Fazia tempo que eu não
me sentia assim…
NORUEGA: (com um sorriso malicioso) Ah,
você é uma delícia. Podemos repetir esse momento hoje à noite, que tal?
África sorri, ajeitando a blusa, quando
seu celular começa a tocar. Ela olha o visor e sua expressão muda ao ver o nome
de Célia.
ÁFRICA SIRIRACHA: (ao telefone) O que é, Célia?
CÉLIA (voz do outro lado): Onde você tá? Preciso de você no
cativeiro. Temos coisas para resolver.
ÁFRICA SIRIRACHA: (suspiro) Tá. Estou indo.
Ela desliga o telefone e olha para
Noruega.
ÁFRICA SIRIRACHA: (determinada) Tenho que ir. Já
sabe como é… coisas de trabalho.
NORUEGA: (puxando-a para perto, provocativo)
Vamos ver se nos encontramos de novo mais tarde…
ÁFRICA SIRIRACHA: (se desvencilhando) Depende de
como meu dia vai terminar. Tchau. Gostoso.
África abre a porta do carro e sai.
Cena 3 – Casa de Ásia / Sala / Dia
Austrália, China e Vietnã estão sentados
no sofá, chocados, assistindo à reportagem sobre o atropelamento de Ásia.
Gretchen e Oceânia observam a reação deles em pé, ao fundo.
AUSTRÁLIA: (desesperada) Isso não pode
estar acontecendo... A mamãe atropelada! Aposto como isso não é coisa da
desgraçada da África!
VIETNÃ: (nervoso) E se ela morrer? O que vamos fazer?
CHINA: (com raiva) Tudo isso é culpa sua, pai! Se você
não tivesse se envolvido com aquela mulher, nada disso teria acontecido!
OCEÂNIA: (tentando acalmar) Por favor,
escutem. Eu não tenho culpa em nada disso, pelo contrário, eu tô do lado de
vocês, da sua mãe.
AUSTRÁLIA: (furiosa) Está agora, né? Porque
antes você só queria saber da África, não é à toa que só estava casado com a
mamãe por causa do dinheiro dela. Você nos expôs a essa desgraça toda!
Nesse momento, a campainha toca. Gretchen
vai abrir, e Pass e Ivo entram na sala.
OCEÂNIA: O que vocês dois estão fazendo aqui?
VIETNÃ: Quem são esses?
IVO: Você deve ser o Vietnã, né?
Eles se cumprimentam.
VIETNÃ: Perai, então vocês são...
IVO: Isso mesmo.
OCEÂNIA: Alguém pode me explicar o que está
acontecendo aqui?
Austrália comenta baixo, com China.
AUSTRÁLIA: Acho que eram deles que a mamãe havia
falado pra gente.
PASS: A gente já tá sabendo do que aconteceu com a tia. A gente
falou com ela antes dela ser atropelada. Estamos aqui a mando dela.
IVO: (olhando diretamente para Oceânia) Temos que
conversar. A verdade precisa ser dita.
Oceânia olha confuso para os dois.
OCEÂNIA: Mas que verdade?
IVO: Eu sou seu filho verdadeiro, Oceânia. Eu e o Vietnã fomos
trocados na maternidade... fui trocado pela Célia. A mando da África.
Oceânia fica pálido, processando a
informação.
Cena 4 – Cativeiro de Célia / Sala /
Tarde
Célia e África Siriracha estão frente a
frente.
CÉLIA: Aqueles dois traidores estão mancomunados com Ásia. Eles
já sabem tudo sobre a troca na maternidade. E para piorar, aquela puta tá viva,
no hospital, mas eu juro que dessa vez eu não vou falhar, eu vou acabar com a
vida dela.
ÁFRICA SIRIRACHA: (chocada) Como assim? Você
tentou matar a Ásia?
CÉLIA: (com ódio) E vou tentar de novo! E você vai me
ajudar, você vai lá pro hospital comigo e me dar cobertura.
ÁFRICA SIRIRACHA: Eu não vou coisíssima nenhuma, tá
louca?
CÉLIA: Eu não perguntei se você tá com vontade de ir, eu estou afirmando
que você vai!
ÁFRICA SIRIRACHA: Eu não vou nem arrastada, tá ouvindo?
CÉLIA: Se você não me ajudar eu vou te entregar
pra polícia e você volta pra cadeia. É isso o que você quer?
África Siriracha fica em silêncio.
ÁFRICA SIRIRACHA: Eu vou. Mas eu só vou porque eu quero
ver aquela vadia morta. Mas fique você sabendo que se você um dia ousar me entregar
pra polícia eu conto tudo sobre a chacina daquela família. Eu vou pro inferno,
mas te arrasto comigo, sua vaca!
Cena 5 – Hospital Geral / Frente / Tarde
Célia para o carro em frente ao hospital
e olha para África Siriracha, que está nervosa no banco do passageiro.
CÉLIA: Espera aqui que eu já volto. Se a polícia aparecer você me
dá um sinal.
ÁFRICA SIRIRACHA: (tensa) Vê se não demora que eu
não quero ser pega.
CÉLIA: (rindo) Sua cagona, deve tá toda cagada né?
Medrosa do caralho.
Célia sai do carro, deixando África
Siriracha aflita. De repente, o celular de África toca, é Oceânia.
ÁFRICA SIRIRACHA: Agora mais essa. Que inferno. (atendendo,
irritada) O que você quer?
OCEÂNIA (voz do outro lado): Eu já sei de tudo, África.
ÁFRICA SIRIRACHA: Sabe de quê, porra?
OCEÂNIA: Pass e Ivo me contaram tudo sobre a
troca dos bebês. Como você pôde fazer isso, sua cachorra?
África se sente encurralada.
Cena 6 – Hospital Geral / Quarto de Ásia
/ Tarde
Ásia está desacordada, os olhos
fechados, respirando calmamente sob o efeito dos medicamentos. Célia entra no
quarto, disfarçada de enfermeira, com um travesseiro nas mãos. Ela se aproxima
lentamente da cama, o olhar frio e decidido.
CÉLIA: (sussurrando) Não adianta lutar pra viver, Ásia. A
sua hora chegou!
Célia se inclina sobre Ásia,
pressionando o travesseiro contra o rosto dela.
A câmera foca nos olhos demoníacos de
Célia enquanto ela começa a asfixiar Ásia.
CÉLIA: Até nunca mais, queridinha!
A cena congela no olhar demoníaco de
Célia que pressiona o travesseiro firmemente contra Ásia.
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