Rios da Razão (Reprise) Cap. 019 - 28/11/2024

 

 RIOS DA RAZÃO CAP. 019 - Penúltimo Capitulo 



Cena 01 (Perseguição de carros/manhã)


“Roberto e Téo seguem o carro de César, ao som de uma trilha tensa, porém, logo Roberto perde o controle do carro e uma trilha cômica começa a tocar”


Téo - Vem cá, aquilo ali não é uma placa de pare?


Roberto - Era 


Téo - Roberto, nós estamos perdendo o controle


Roberto - Está tudo sob controle


Téo - Afinal, onde você aprendeu a dirigir?


Roberto - Ah, naqueles jogos de vídeo game, muito bom né?


Roberto - Ah meu Deus




“Após passar por cima de tudo e todos, Roberto consegue chegar no local do esconderijo”




César - Vamos! Onde está o dinheiro?


Luana - Você é idiota é? Quem anda com essa fortuna toda no bolso em pleno 2024


Elisa grita - AAAAAAAAA!


César - Calada!


Luana - E você fique quieta, esse macarrão não vai fazer nada com a gente


César - Macarrão? Tenha mais respeito!


Luana - Como é que eu vou respeitar alguém que nem sabe fazer um sequestro direito? Estamos soltas dentro de uma casa caindo aos pedaços, qualquer chute e derrubamos esse bagulho


Elisa - Realmente, ela tem um ponto


Cesar - Pois eu tenho uma arma e não tenho medo de usá-la


Luana - Olhe, abaixe essa arma. Não vejo necessidade disso tudo, acho que podemos conversar civilizadamente. 


César - Eu sei uma forma bem civilizada. Você me transfere o dinheiro e eu jogo vocês aí na rua


Luana - Mas é claro que não. Você acha mesmo que temos medo de você, César Furtado? Estudamos juntos do Ribeiro Souto, você era a maior Maria mole que conhecemos. Ainda mais que, eu sei que você não sabe usar uma arma, mas tenho medo que você aprenda.




“ Do outro lado da parede”




Roberto - César roubado, esse é o nome dele


Téo - Como é que é?


Roberto - César roubado


Téo - Não seria Furtado?


Roberto - Roubo e Furto não é a mesma coisa?


Téo - E você já pensou no que vai fazer?


Roberto - Mas é claro, todos os meus planos são friamente calculados. Vamos subir nesse telhado e descer por lá


Téo - Eu não confiaria muito em subir nesse telhado não.


Roberto - Mas é claro que é confiável. Quem está comigo, está com Deus


Téo - Realmente, morrer não está entre as minhas opções


Roberto - Mas temos que fazer alguma coisa, discreta


Téo - Confessa que você gosta da Elisa


Roberto - Dá pra notar é?


Téo - Impossível não notar


Roberto - Meu Deus… é pq ela é muito carismática


Téo - E bonita


Roberto - Muito respeitosa


Téo - E bonita


Roberto - Muito atraente


Téo - E bonita


Roberto - Principalmente bonita… eu nunca tinha me apaixonado por alguém na minha vida


Téo - Eu sei como é… bom por onde começamos?


Roberto - Pelo começo


Téo - Me refiro como vamos subir


Roberto - Ah, olha tem uma árvore ali. Subimos por ali


Téo - Você está muito confiante né? Porque uma árvore caindo aos pedaços como essa suporte o peso de dois homens grandes


Roberto - Rapaz, se ela cair logo com a gente então só pode ser praga. Por que seria logo com a gente?


Téo - Porque tenho certeza que as outras pessoas tinham muito senso










Cena 02 (Casa de Fabrício/Manhã)


Fabrício - Jussara, você sabe onde estão aqueles meus sapatos? Porque você está assim?


Jussara - Assim como?


Fabrício - Não me diga que ainda está com raiva daquilo?


Jussara - E como queria que eu estivesse? Me escondeu por mais de 25 anos que tinha uma arma 


Fabrício - Fazia tanto tempo, nem casado com você eu era


Jussara - Isso não é desculpas. Eu nunca escondi absolutamente nada de você, e agora você me vem com uma dessas


Fabrício - Meu Deus do céu


Jussara - Os sapatos você não lembra onde estão, mas a arma sabia


Fabrício - Não me diga que acha que fui eu quem matei o Jardel?


Jussara - Eu não falei nada


Fabrício - Mas insinuou, e eu não suporto esse tipo de provocação


Letícia - Ei gente, mas o que está acontecendo? Depois de tudo o que aconteceu vocês ainda estão brigando? Pelo amor de Deus. Tudo bem que o papai escondeu esse fato, mas não é necessário que isso se torne uma discussão entre os dois 


Jussara - É porque você não sabe o que é ser casado por 25 anos com alguém, e só descobrir algo do tipo hoje! Agora.


Letícia - E isso muda o que entre vocês? Não deveria. Realmente, o papai errou, mas foi querendo proteger nós duas. Na verdade, nós três, cadê a Luana?


Fabricio - Verdade, cadê a Luana?


Jussara - Ela tava com a Elisa, liga pra ela


Fabrício - Pra Luana?


Jussara - Não, para a minha avó


Fabricio - Infelizmente ainda não tenho contato com os mortos


Jussara - Olha o respeito!


Letícia - Gente, vamos parar com isso. Eu ligo, está bem.




“O telefone de Luana toca”




César - Mas o que é isso? 


Luana - É a Letícia me ligando


César - Desliga! Desliga!


Luana - Cala boca o ridículo


César - Estou com uma arma e não tenho medo de usar


Luana - Tá bom, sem covardia né.




“Na casa de Fabrício”




Letícia - Gente, ela não atende


Fabricio - O que será que deve ter acontecido, vou ligar para a polícia


Letícia - Acalma, eles só registram a ocorrência um tempo depois do desaparecimento…


Fabrício - Mas minha filha está sumida e eu não posso fazer nada?


Jussara - Pode sim, calar a boca e esperar! Não tem necessidades para escândalos.




Cena 03 (Casa abandonada/Manhã)


“Téo e Roberto estão em cima da árvore”


Téo - Acho que isso não vai dar certo


Roberto - Mas é claro que dá, confia.


Téo - Você tem noção que se cairmos daqui vamos morrer né


Roberto - Fica calmo, tem um hospital a dois quarteirões


Téo - Você é terrível. Mas que barulho é esse?


Roberto - Não fui eu


Téo - Não, parece que é o telhado.


Roberto - Meu Deus do céu, eu não quero morrer


Téo - Agora você pensa nisso né




“O telhado se abre e eles caem em cima de César”




Luana - Vocês aqui!


César - Sai de cima de mim


Téo - Peguei a arma, você está preso César! Se você não soltar elas eu atiro


César - Peraí


Téo - Um


César - Calma!


Téo - Dois…


César - Esperaaaa


Téo - Três! 


‘A arma está sem balas”


Téo - Sem balas, mas você só pode ser um miserável mesmo


César - É porque eu não sabia usar


Luana - Eu não falei 


Detetive - Você está preso seu César Furado


Luana, Elisa e Téo - Furtado!


Detetive - É parecido…


Elisa - Muito obrigado Cara que não sei o nome (ela beija ele e o Detetive desmaia, e o Cesar foge)


César - Até mais, infelizes!!


(César sai pela porta e um galho cai da árvore, acerta a cabeça dele, e ele morre)


Téo - Gente, ele morreu?


Elisa - Outra morte?


Luana - Morreu da morte mais vergonhosa possível, eu mesmo não levantava mais












Cena 04 Casa de Fabrício/Tarde)


Fabrício - Meu Deus, cadê ela que não chega…


Luana - Chegamos!


Fabrício - Minha filha! Mas onde você estava?


Téo - O César, lembra dele? Sequestrou elas duas. Graças a Deus que eu e o Roberto vimos, aí fomos atrás.


Fabrício - Mas cadê aquele pilantra que dou um jeito nele


Luana - Ele já foi de base


Fabrício - Como assim?


Elisa - Ele morreu


Fabricio - Como????


Roberto - É porque um tronco caiu na cabeça dele, mas aí é outra história…


Fabricio - Calma aí que estão me ligando .. é da delegacia. Alô? Como? 


Roberto - O que houve?


Fabrício - Chegou um homem dizendo que foi ele quem matou o Jardel.. vamos para lá..




Cena 05 ( Delegacia/Tarde)


Delegado - Vocês chegaram


Fabrício - Então Delegado, o que descobriram


Delegado - Descobrimos não, ele mesmo se entregou


Fabricio - Mas quem?


Delegado - Pode vim!




“Um homem chega e todos encaram para ele. O capítulo encerra ao som de Sei Lá, Tom Jobim”

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