Rios da Razão (Reprise) Cap. 13 - 20/11/2024

 

 RIOS DA RAZÃO CAP. 013



Cena 01 (Restaurante/Noite)


Luana - Tem lugar pra mais uma?


Letícia - O que você está fazendo aqui?


Luana - Passear ué. É um local público, de muito bom gosto. Olha, o missanguinho escolheu um bom prato. Realmente excelente.


Letícia - Eu só não mando você ir embora daqui por ser um local público. Porém, eu posso ir embora. Garçom, a conta!


Luana - Ei, eu não vim aqui pra mandar ninguém embora não.


Letícia - Pois nem precisa, sua presença já espanta qualquer um próximo de você. Garçom, aqui o valor.


Téo - Depois você me manda o valor repartido,que te faço a transferência…


Letícia - Nem precisa, vamos.


Luana - Ei, vocês vão me deixar aqui sozinha?


Letícia - Não, não ficará. Ei moço, você está precisando de companhia? Ela também, pode vir.


Luana - Ei, você não vai fazer isso comigo. Volte aqui!


Moço - Iai gatinha?


Luana - Te manca, infeliz. 




Abertura/ Voltamos a apresentar 




Cena 02 (Praia/Noite) - Letícia e Téo caminham pela praia


Letícia - Desculpa minha irmã ter atrapalhado nosso jantar.


Téo - Que isso, eu já estou acostumado (risada)


Letícia - É chato isso. Fica parecendo que sou criança.


Téo - Mas você queria me dizer alguma coisa. 


Letícia - Você ainda quer ouvir 


Téo - Mas é claro, estou a todo ouvidos.


Letícia - Bem, então lá vai. Téo, eu sei que tentaram me interromper sabe, e te conheço a pouco tempo. Mas quando sabemos o que queremos, não corremos. Téo, você quer namorar comigo?!


Téo - namorar?! 


Letícia - O que? Me precipitei?


Téo - Não, não. É que até eu fiquei surpreso com isso (risada com nervosismo)


Letícia - Mas você não me disse a sua resposta. Você, você aceita?


Téo - Claro! Claro que aceito




Eles se beijam ao som de Eternal Flame, da banda The Bangles




Cena 04 (Apartamento do Detetive/ Manhã)


Téo - Então você descobriu algo?


Detetive - E como! Eu fui ao galpão, onde estão os barcos do Fabrício. Quando eu fui lá, encontrei um homem que é responsável por vigiar aquele galpão. Porém, ele tinha me dito que havia entrado um homem que cuidava da manutenção dos barcos. Mas, o pior de tudo, é que ele foi demitido na semana seguinte. Isso não é estranho?


Téo - Completamente. Porém, você sabe quem contratou?


Detetive - O próprio Jardel. Eu realmente não entendi o que ele tem a ver com aquele galpão, mas o próprio responsável lá disse que ele quem contratou. 


Téo - Então está óbvio, foi ele quem fez tudo isso.


Detetive - Infelizmente não dá. Tenho que ter provas, encontrar o homem que foi contratado e ver o que ele tem a dizer em relação a isso.


Téo - E você sabe o nome dele? Endereço? Telefone?


Detetive - Não, ele não me disse nada sobre. 


Téo - Então é outra coisa que temos que investigar..


Detetive - E você descobriu alguma coisa?


Téo - Quase, mas não tem nada a ver com o caso do acidente, e sim com outra coisa. Inclusive,estou indo lá agora. Vou passar primeiro na casa do Fabrício que tenho uma notícia pra dar.


Detetive - Pelo amor de Deus, não conte pra ele sobre as descobertas. Não tem nada comprovado ainda.


Téo - Fique tranquilo que não é sobre isso. Eu estou namorando a filha dele


Detetive - Namorando? Mas você não conheceu ela outro dia?


Téo - É porque o amor nos faz pular certas formalidades. Deixa eu ir aqui.






Estamos apresentando/ Voltamos a apresentar






Cena 05 (Casa de Fabricio/ Manhã)


Fabrício - Namorando? 


Letícia - Sim pai, eu pedi o Téo em namoro.


Ernesto - A mulher pediu o homem em namoro? Esse mundo está de cabeça pra baixo mesmo.


Fabrício - Que bom minha filha, que vocês sejam muito felizes.


Luana - O que eu perdi?


Fabrício - Sua irmã, está namorando!


Luana - Namorando? Mas você é louca? Com aquela infeliz?


Letícia - Aquele infeliz tem nome.


Luana - Eu tô dizendo, você vai acabar estragando a sua vida.


Téo - Olha Luana, se você não gosta de mim eu até entendo, mas dizer que sou capaz de estragar a vida de alguém aí você está indo longe demais. E outra, não quero brigar… seu Fabrício, queria falar com com o Senhor, lá no escritório.




Cena 06 (Escritório/Manhã)


Fabricio - Pois diga, o que houve?


Téo - Olha, leia isso aqui. Fiz hoje pela manhã um pequeno balanço sobre as entradas e saídas. Leia e observe. Olhe também essas promissórias aqui. 


Fabrício - Irei ler com calma, porém em casa.


Téo - Olha, eu preferia que fosse aqui. Leia é demorado mas leia, é importante.




Uma hora se passa




Fabrício - Mas não é possível. Olha os valores das promissórias e o quanto sai dos cofres… 


Téo - Pois


Fabrício - Mas isso aqui está irreguar.


Téo - Sempre 20% em cima de cada promissória. Sabe o que isso significa? Caixa 2. Tem alguém roubando o senhor nessa empresa, ou pelo menos na dessa região

Fabrício - Não creio, mas quem faria isso?


Téo - O papel está assinado no nome de quem?


Fabrício - De Jardel


Téo - Então, acredito que não seja mais necessário dizer nada


Fabrício - Mas… o Jardel faria isso?


Téo - Mas está mais que claro Fabrício, eu sabia que ele não era flor que se cheirasse. Eu sabia


Fabrício - Uma pessoa que confiei, eu confiei nele!


Téo - Confiou, confiou tanto que deu no que deu. Fabrício, essa sua confiança exagerada nas pessoas as vezes te fazem passar a perna. Nessa vida, não se dá tanta esmola assim não.


Fabrício - Mas, precisamos denunciar ele. Precisamos fazer alguma coisa!


Téo - Vamos chamar o detetive, ele deve saber a melhor forma de proceder isso. Também, não dá pra ir na delegacia com uma denúncia sem tantas provas


Fabrício - Poucas provas? Mas e essas assinaturas aqui?


Téo - Porém não temos testemunhas, depoimentos, nada. Ele tinha algum assistente?


Fabrício - Eu acho que tinha, o César. 


Téo - Pronto, vamos tentar tirar alguma coisa dele, certeza que o depoimento dele será decisivo.


Fabrício - A questão é, que o César sempre foi muito fechado. Não sei se ele dirá algo que vai comprometer tanto ao Jardel quanto ao César.


Téo - Vou falar com o detetive, creio que ele saiba o que fazer.




Estamos Apresentando/Voltamos a apresentar




Cena 07 (Apartamento do Detetive/Manhã)


Detetive - Não sei o que fazer. Mas a descoberta foi boa


Téo - Como não sabe o que fazer? Praticamente te entregamos a faca e o queijo na mão.


Detetive - Onde que não estou vendo, ah eu amo queijo


Téo - Quero te dizer que as provas estão nas suas mãos


Detetive - Ah sim, deixa eu analisar 


Téo - De novo? Já é a segunda vez..


Detetive - Nós detetives necessitamos analisar as provas com calma. Vai que consigo algo além das provas.


Téo - Pois análise duas, três, quatro, cinco se quiser. Eu só quero colocar aquele infeliz na cadeia! Bom, agora eu preciso voltar ao trabalho. A noite eu apareço aqui.


Detetive - Certo!




Cena 08 (Ônibus/Manhã) - Téo anda de ônibus, e enquanto admira a paisagem, identifica Jardel com uma mulher mais velha.


Téo - Motorista, eu vou parar ali!




•O motorista freia e ele desce correndo em direção a Jardel




Téo - Olha olha, quem está aqui. Acho que você já pode começar a se explicar




Estamos apresentando/Voltamos a apresentar


Jardel - O que é oh infeliz? Não te devo explicações nenhuma


Elisa - Quem é ele amor?


Téo - Amor? Realmente você tem muito o que explicar né? Explícito assim na rua? Tudo bem que estamos em outro bairro, mas… seu cerco está se fechando, colega.


Jardel - E você? Vai de terno assim pra onde?


Téo - Não sabe ainda? Para o escritório de seu patrão, quer dizer, meu sogro e meu patrão.


Jardel - Sogro? Patrão? O que eu perdi?


Téo - Ah, não está sabendo? Eu sei que você está de férias mas, eu agora trabalho junto com você. Na área financeira




•Jardel engole seco e responde




Jardel - Financeira? Mas que palhaçada é essa?


Téo - Ah, não vou dizer nada, afinal, não te devo explicações. Bom, preciso ir para o meu trabalho, afinal alguém aqui precisa trabalhar né…




•Téo sai e olha por trás de uma lanchonete




Jardel - Amor, vou te levar pra casa.


Elisa - Não se preocupe, eu vou de ônibus


Jardel - Que isso, te levo de carro…




•Jardel e Elisa entram no carro e saem, e Téo corre atrás de um taxista.




Téo - Eu pago o que você quiser, agora siga aquele carro! Eu sempre quis dizer isso




•O motorista sai atrás do  carro de Jardel




Encerramento ao som da trilha sonora de ação

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