RIOS DA RAZÃO CAP. 013
Cena 01 (Restaurante/Noite)
Luana - Tem lugar pra mais uma?
Letícia - O que você está fazendo aqui?
Luana - Passear ué. É um local público, de muito bom gosto. Olha, o missanguinho escolheu um bom prato. Realmente excelente.
Letícia - Eu só não mando você ir embora daqui por ser um local público. Porém, eu posso ir embora. Garçom, a conta!
Luana - Ei, eu não vim aqui pra mandar ninguém embora não.
Letícia - Pois nem precisa, sua presença já espanta qualquer um próximo de você. Garçom, aqui o valor.
Téo - Depois você me manda o valor repartido,que te faço a transferência…
Letícia - Nem precisa, vamos.
Luana - Ei, vocês vão me deixar aqui sozinha?
Letícia - Não, não ficará. Ei moço, você está precisando de companhia? Ela também, pode vir.
Luana - Ei, você não vai fazer isso comigo. Volte aqui!
Moço - Iai gatinha?
Luana - Te manca, infeliz.
Abertura/ Voltamos a apresentar
Cena 02 (Praia/Noite) - Letícia e Téo caminham pela praia
Letícia - Desculpa minha irmã ter atrapalhado nosso jantar.
Téo - Que isso, eu já estou acostumado (risada)
Letícia - É chato isso. Fica parecendo que sou criança.
Téo - Mas você queria me dizer alguma coisa.
Letícia - Você ainda quer ouvir
Téo - Mas é claro, estou a todo ouvidos.
Letícia - Bem, então lá vai. Téo, eu sei que tentaram me interromper sabe, e te conheço a pouco tempo. Mas quando sabemos o que queremos, não corremos. Téo, você quer namorar comigo?!
Téo - namorar?!
Letícia - O que? Me precipitei?
Téo - Não, não. É que até eu fiquei surpreso com isso (risada com nervosismo)
Letícia - Mas você não me disse a sua resposta. Você, você aceita?
Téo - Claro! Claro que aceito
Eles se beijam ao som de Eternal Flame, da banda The Bangles
Cena 04 (Apartamento do Detetive/ Manhã)
Téo - Então você descobriu algo?
Detetive - E como! Eu fui ao galpão, onde estão os barcos do Fabrício. Quando eu fui lá, encontrei um homem que é responsável por vigiar aquele galpão. Porém, ele tinha me dito que havia entrado um homem que cuidava da manutenção dos barcos. Mas, o pior de tudo, é que ele foi demitido na semana seguinte. Isso não é estranho?
Téo - Completamente. Porém, você sabe quem contratou?
Detetive - O próprio Jardel. Eu realmente não entendi o que ele tem a ver com aquele galpão, mas o próprio responsável lá disse que ele quem contratou.
Téo - Então está óbvio, foi ele quem fez tudo isso.
Detetive - Infelizmente não dá. Tenho que ter provas, encontrar o homem que foi contratado e ver o que ele tem a dizer em relação a isso.
Téo - E você sabe o nome dele? Endereço? Telefone?
Detetive - Não, ele não me disse nada sobre.
Téo - Então é outra coisa que temos que investigar..
Detetive - E você descobriu alguma coisa?
Téo - Quase, mas não tem nada a ver com o caso do acidente, e sim com outra coisa. Inclusive,estou indo lá agora. Vou passar primeiro na casa do Fabrício que tenho uma notícia pra dar.
Detetive - Pelo amor de Deus, não conte pra ele sobre as descobertas. Não tem nada comprovado ainda.
Téo - Fique tranquilo que não é sobre isso. Eu estou namorando a filha dele
Detetive - Namorando? Mas você não conheceu ela outro dia?
Téo - É porque o amor nos faz pular certas formalidades. Deixa eu ir aqui.
Estamos apresentando/ Voltamos a apresentar
Cena 05 (Casa de Fabricio/ Manhã)
Fabrício - Namorando?
Letícia - Sim pai, eu pedi o Téo em namoro.
Ernesto - A mulher pediu o homem em namoro? Esse mundo está de cabeça pra baixo mesmo.
Fabrício - Que bom minha filha, que vocês sejam muito felizes.
Luana - O que eu perdi?
Fabrício - Sua irmã, está namorando!
Luana - Namorando? Mas você é louca? Com aquela infeliz?
Letícia - Aquele infeliz tem nome.
Luana - Eu tô dizendo, você vai acabar estragando a sua vida.
Téo - Olha Luana, se você não gosta de mim eu até entendo, mas dizer que sou capaz de estragar a vida de alguém aí você está indo longe demais. E outra, não quero brigar… seu Fabrício, queria falar com com o Senhor, lá no escritório.
Cena 06 (Escritório/Manhã)
Fabricio - Pois diga, o que houve?
Téo - Olha, leia isso aqui. Fiz hoje pela manhã um pequeno balanço sobre as entradas e saídas. Leia e observe. Olhe também essas promissórias aqui.
Fabrício - Irei ler com calma, porém em casa.
Téo - Olha, eu preferia que fosse aqui. Leia é demorado mas leia, é importante.
Uma hora se passa
Fabrício - Mas não é possível. Olha os valores das promissórias e o quanto sai dos cofres…
Téo - Pois
Fabrício - Mas isso aqui está irreguar.
Téo - Sempre 20% em cima de cada promissória. Sabe o que isso significa? Caixa 2. Tem alguém roubando o senhor nessa empresa, ou pelo menos na dessa região
Fabrício - Não creio, mas quem faria isso?
Téo - O papel está assinado no nome de quem?
Fabrício - De Jardel
Téo - Então, acredito que não seja mais necessário dizer nada
Fabrício - Mas… o Jardel faria isso?
Téo - Mas está mais que claro Fabrício, eu sabia que ele não era flor que se cheirasse. Eu sabia
Fabrício - Uma pessoa que confiei, eu confiei nele!
Téo - Confiou, confiou tanto que deu no que deu. Fabrício, essa sua confiança exagerada nas pessoas as vezes te fazem passar a perna. Nessa vida, não se dá tanta esmola assim não.
Fabrício - Mas, precisamos denunciar ele. Precisamos fazer alguma coisa!
Téo - Vamos chamar o detetive, ele deve saber a melhor forma de proceder isso. Também, não dá pra ir na delegacia com uma denúncia sem tantas provas
Fabrício - Poucas provas? Mas e essas assinaturas aqui?
Téo - Porém não temos testemunhas, depoimentos, nada. Ele tinha algum assistente?
Fabrício - Eu acho que tinha, o César.
Téo - Pronto, vamos tentar tirar alguma coisa dele, certeza que o depoimento dele será decisivo.
Fabrício - A questão é, que o César sempre foi muito fechado. Não sei se ele dirá algo que vai comprometer tanto ao Jardel quanto ao César.
Téo - Vou falar com o detetive, creio que ele saiba o que fazer.
Estamos Apresentando/Voltamos a apresentar
Cena 07 (Apartamento do Detetive/Manhã)
Detetive - Não sei o que fazer. Mas a descoberta foi boa
Téo - Como não sabe o que fazer? Praticamente te entregamos a faca e o queijo na mão.
Detetive - Onde que não estou vendo, ah eu amo queijo
Téo - Quero te dizer que as provas estão nas suas mãos
Detetive - Ah sim, deixa eu analisar
Téo - De novo? Já é a segunda vez..
Detetive - Nós detetives necessitamos analisar as provas com calma. Vai que consigo algo além das provas.
Téo - Pois análise duas, três, quatro, cinco se quiser. Eu só quero colocar aquele infeliz na cadeia! Bom, agora eu preciso voltar ao trabalho. A noite eu apareço aqui.
Detetive - Certo!
Cena 08 (Ônibus/Manhã) - Téo anda de ônibus, e enquanto admira a paisagem, identifica Jardel com uma mulher mais velha.
Téo - Motorista, eu vou parar ali!
•O motorista freia e ele desce correndo em direção a Jardel
Téo - Olha olha, quem está aqui. Acho que você já pode começar a se explicar
Estamos apresentando/Voltamos a apresentar
Jardel - O que é oh infeliz? Não te devo explicações nenhuma
Elisa - Quem é ele amor?
Téo - Amor? Realmente você tem muito o que explicar né? Explícito assim na rua? Tudo bem que estamos em outro bairro, mas… seu cerco está se fechando, colega.
Jardel - E você? Vai de terno assim pra onde?
Téo - Não sabe ainda? Para o escritório de seu patrão, quer dizer, meu sogro e meu patrão.
Jardel - Sogro? Patrão? O que eu perdi?
Téo - Ah, não está sabendo? Eu sei que você está de férias mas, eu agora trabalho junto com você. Na área financeira
•Jardel engole seco e responde
Jardel - Financeira? Mas que palhaçada é essa?
Téo - Ah, não vou dizer nada, afinal, não te devo explicações. Bom, preciso ir para o meu trabalho, afinal alguém aqui precisa trabalhar né…
•Téo sai e olha por trás de uma lanchonete
Jardel - Amor, vou te levar pra casa.
Elisa - Não se preocupe, eu vou de ônibus
Jardel - Que isso, te levo de carro…
•Jardel e Elisa entram no carro e saem, e Téo corre atrás de um taxista.
Téo - Eu pago o que você quiser, agora siga aquele carro! Eu sempre quis dizer isso
•O motorista sai atrás do carro de Jardel
Encerramento ao som da trilha sonora de ação
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