Paraíso Virtuoso - Capítulo 05 (06/12/2024)

 


 PARAÍSO VIRTUOSO - CAPÍTULO 05
WEB-NOVELA DE SINCERIDADE 

no capítulo anterior… (instrumental “Sede de Vingança - Eduardo Queiroz“ toca)

ROBERTO (desconfiado): Ué, que diabos é aquilo?

Ele desacelera o caminhão. Quando chega mais perto, percebe que é uma pessoa deitada na beira da estrada.

ROBERTO (preocupado): Nossa Senhora, é uma pessoa morta ali!

Ele rapidamente encosta o caminhão, desliga o rádio e desce apressado. Corre até a figura desmaiada no chão. Quando se aproxima, vê que é uma mulher, é Doralice. Ela está toda machucada e seu vestido está com manchas de sangue.

ROBERTO (ajoelhando ao lado dela, aflito):
Moça? Ei, moça! Tá me ouvindo? Eita, será que tá morta mesmo?

Ele pega uma garrafa de água dentro do caminhão, molha um pouco as mãos e passa no rosto dela.

ROBERTO (tentando reanimá-la): Vai, menina…, acorda!

Doralice dá um leve suspiro, começando a se mexer. Ela abre os olhos lentamente, ainda desorientada.

DORALICE (fraca, tentando falar): O quê... onde... eu tô? 

ROBERTO (aliviado, mas ainda preocupado): Graças a Deus! Você tá na beira da estrada. O que aconteceu? Você tá bastante machucada, quem fez isso com você?

Doralice tenta se levantar, mas está fraca demais. Ele a ajuda a se sentar com cuidado.

DORALICE (confusa): Eu... não lembro... tava andando... e caí… foi ele… foi Vicente.

ROBERTO: Vicente? Quem é Vicente?

(instrumental “Sede de Vingança - Eduardo Queiroz“ encerra)

fique agora com o capítulo de hoje:

CENA 01: ESTRADA/DIA

O instrumental “Sad Gamba - Alexandre de Faria” entra em cena.

DORALICE (ainda confusa): Aquele desgraçado… (ela começa a chorar) ele acabou com a minha vida. Minha família… minha mãe, meu pai, meus irmãos. Ele matou… ele matou todo mundo. (chora desesperadamente).

Ao olhar para suas pernas, Doralice vê que seu vestido está cheio de sangue na região das partes íntimas e se desespera ao perceber que foi abusada. Ela chora desesperadamente e Roberto lhe dá um abraço, confortando-a. Roberto dá mais água para a mocinha, que se acalma, mas sua feição ainda é de sofrimento.

ROBERTO: Calma. Calma e me explica tudo desde o início. Primeiramente me fala o seu nome. 

DORALICE: Meu nome é Doralice. Quem é ocê?

ROBERTO: Meu nome é Roberto, eu sou caminhoneiro. Vim do Rio de Janeiro até aqui pra fazer uma entrega e quando passei por essa estrada, acabei te encontrando. 

DORALICE: Tira eu daqui. Me leva pra cidade, me leva pra Santa Aurora.

ROBERTO: Santa Aurora? Você é de lá? A gente tá bem longe de Santa Aurora.

DORALICE: Como assim?

ROBERTO: A gente tá no município de Lagoa da Onça, muito distante de Santa Aurora…

DORALICE: Não…

ROBERTO: Mas agora me fala, menina, o que aconteceu com você?

DORALICE: Meu pai… meu pai era dono de umas terra lá em Santa Aurora. Um dia, uma família chegou lá, do nada, e pegou uma casa pra morar, sem nem pedir permissão. Meu pai, que era um homem bom demais, cedeu a moradia pra eles. O tempo foi passando e a gente ficou amigo dessa família. Sempre tinha festas, churrascos… e eu acabei me apaixonando pelo Álvaro, o filho mais velho. Foi uma paixão tão grande, um amor que eu não sei explicar.
Só que, quando a gente contou para nossas famílias, Vicente, o pai dele, não aceitou o nosso namoro de jeito nenhum. Isso porque ele é obcecado por mim, vivia me assediando, me fazendo uns elogios estranhos… E ele tinha inveja da minha família também. Ele sempre quis as terra que eram do meu pai. Aí ele endoidou, colocou fogo na minha casa, matou toda a minha família, e tentou me matar também. Ele me estuprou, me feriu, me largou nessa estrada como se eu fosse um lixo. E agora tô aqui, toda ensanguentada, violentada por esse psicopata. Não morri por um milagre. O Vicente é um monstro, e o Jerônimo também, o filho dele. Os dois matou a coisa mais preciosa que eu tinha. Minha família.

ROBERTO: Meu Deus, menina, que história... (pensa bem antes de falar) Olha, sobre sua família eu fiquei sabendo mesmo pelo rádio que uma família faleceu essa noite num incêndio aqui no estado. Essa história tá repercutindo o Brasil inteiro, mas até então a suspeita é vazamento de gás. Esse monstro tem que pagar caro por tudo isso que ele fez. Por que não vai até a delegacia? 

Doralice chora desesperadamente.

DORALICE: Não. Eu num tenho prova o suficiente, e ninguém ia acreditar em mim. Agora ele deve tá pensando que eu morri, e quer saber? Melhor ele acreditar nisso mesmo. Porque um dia eu vou voltar, e quando eu voltar, eu vou fazer um inferno na vida desse homem. Ele e o Jerônimo que me aguardem.

ROBERTO: Quantos anos você tem, menina?

DORALICE: Dezessete. 

ROBERTA: Olha, eu e minha esposa sempre sonhamos em ter um filho, mas foi impossível, já que eu sou estéril. Como ajuda, eu e ela poderíamos te adotar, te dar uma nova casa. Jamais iríamos substituir a sua família, mas te daríamos amor, amor de pais mesmo. Se você quiser vir comigo, eu vou ficar feliz. 

DORALICE (desconfia): E quem me garante que ocê tá falando a verdade? E se for um homem igual Vicente? E se quiser só abusar de mim?

ROBERTO: Vira essa boca pra lá, menina! Eu sou homem de bem. Trabalho duro desde os anos oitenta como caminhoneiro pois é algo que eu gosto de fazer. Minha esposa sempre me pediu para aposentar, mas eu não consigo ficar sem fazer nada. Jamais te faria mal algum, menina. Confia em mim, eu vou te ajudar. Minha esposa vai adorar te conhecer.

DORALICE: Eu vou então. Eu preciso sair daqui antes que Vicente fique sabendo que eu tô viva. Muito obrigada seu Roberto, foi Deus que te colocou aqui. 

ROBERTO: Bom, então vamos. Chegando lá vou te levar direto pro hospital, viu? 

Roberto ajuda Doralice a se levantar do chão e a coloca dentro do caminhão. Ele entra no veículo e dá partida, seguindo estrada reto.

CENA 02: DELEGACIA/INT./DIA

O Delegado Celso (Dalton Vigh) está sentado à sua mesa, analisando alguns documentos. De repente a porta de sua sala se abre de repente e entra Vicente. “Atentado - Eduardo Queiroz” dá som a cena e segue até o fim da cena 3.

VICENTE (forçando um sorriso): Delegado... Tô atrapalhando?

CELSO: Vicente? O que que cê tá fazendo aqui? 

VICENTE (se senta): É que… Eu ouvi uns zum-zum-zum por aí que o senhor tá querendo mexer demais na investigação do incêndio da família Dourado. E, sinceramente, delegado, achei que seria bom a gente trocar uma ideia sobre isso.

CELSO: Trocar ideia sobre o incêndio? Num tô entendendo.

VICENTE: Ó, delegado... O povo já entendeu o que aconteceu. Foi uma tragédia, acidente mesmo, tá praticamente provado que foi aquele gás de cozinha que provocou tudo isso. Num precisa ficar cavando mais fundo. Essas coisas acabam é criando confusão pra gente.

CELSO: Cê veio até aqui me pedir pra parar de investigar?

VICENTE: Seu delegado, ocê sabe que tem caminho que, se insistir demais, pode dar errado. Eu só quero evitar que a coisa fique feia pra todo mundo. Nós dois pode sair no lucro.

CELSO: Ocê tá me oferecendo o que, Vicente? Suborno? Porque só quem tem rabo preso tenta comprar o silêncio dos outros.

Vicente engole seco, percebendo que Celso está encurralando-o. Ele respira fundo.

VICENTE: Ah, delegado... Ocê sabe, não é toda hora que a gente enfrenta um trem desse, né? O povo da cidade ainda tá baqueado com tudo isso…

CELSO: Mas cê tá parecendo mais preocupado do devia, Vicente. Cê tá com medo de alguma coisa?

VICENTE: Medo? Eu? Não, não....Eu só acho que tem hora que é melhor deixar certas coisa no passado. O incêndio... aconteceu. Num vai adiantar ficar voltano nesse assunto. Num vai mudar nada.

CELSO: Deixar pra trás? A investigação mal começou, Vicente. Nós nem sabe direito o que realmente aconteceu. Pode até ser que foi o gás de cozinha, mas cadê a prova? Cê tá é preocupado demais…

VICENTE: Eu... eu só tô pensando no bem da cidade, uai. O povo já tá sofrendo... Ficar cutucando nessa história não vai trazer ninguém de volta. Cê não acha melhor encerrar essa história pro povo ficar em paz?

CELSO: Engraçado... Cê nunca se importou tanto com dos outros. E agora, de repente, aparece aqui querendo que eu pare de investigar só pra poupar o sofrimento da população? Cê tá escondendo coisa, Vicente.

VICENTE (tenso): Não é isso... Eu só acho que tem trem que num precisa ser mexido tanto assim, só isso. O que foi feito, foi feito... 

CELSO: Sabe o que eu acho? Que ocê tá com a mão suja nesse negócio até o talo. E agora tá desesperado pra me fazer parar com as investigações. Mas ó, eu não sou tão fácil de dobrar, não, Vicente.

Vicente gela. Ele hesita por um segundo, mas sabe que precisa agir rápido.

VICENTE (direto) Quanto cê quer, Celso? Me fala logo o preço e nós resolvemos isso agora.

CELSO: Então cê tá confessando que tem parte nesse incêndio?

VICENTE: Fala logo o quanto cê quer e eu saio da sua frente.

CELSO: Ocê quer comprar meu silêncio, mas pra isso, eu preciso saber o que que cê tá escondendo. Se quer que eu pare de investigar, vai ter que ser honesto comigo. Vai, me conta detalhes.

VICENTE: Eu fiz o que tinha que ser feito. Sempre quis ter as terras que era de Martinho, mas ele nunca ia vender. E na verdade, eu também num tinha dinheiro pra comprar. Ai, com a ajuda de Jerônimo, meu filho, a gente botou fogo na casa dos Dourado. Eu planejei tudo direitinho pra não deixar rastro.

CELSO: Então foi você... E agora que cê admitiu, tá nas minhas mãos, Vicente. Esse preço num vai ser barato. Porque eu também tenho meus limites.

VICENTE: Eu pago o que for preciso. Só peço que cê pare com essa investigação. 

CELSO: Pagando bem, que mal tem? Mas ó, se tentar me passar a perna, já sabe né? Vai vê o sol nascer quadrado.

VICENTE: Tô ciente disso, delegado. Mas fique tranquilo. Em um mês, o dinheiro vai tá nas suas mão.

Vicente se retira. O delegado fica pensativo.

CENA 03: CASA DOS GONZALEZ/DIA

O instrumental continua a tocar. Vicente chega em casa. Álvaro o espera na sala, com seriedade no olhar.

VICENTE: Ô meu filho! Tava na cidade, fui resolver umas coisa aí. Uai, que cara é essa? Aconteceu alguma coisa?

ÁLVARO (sério/direto): Foi ocê, num foi? Foi ocê que matou a Doralice e a família dela! Responde, pai, foi ou não foi ocê?

VICENTE: Da onde ocê tirou isso, rapaz? Endoidou, foi?

ÁLVARO: O senhor nunca concordou com o meu namoro com a Doralice , pai. E ocê sempre quis as terra de Martinho que eu sei.

VICENTE (manipulando): É verdade, eu sempre fui contra esse namoro do cês, e eu tinha interesse nas terra sim. Mas eu não faria uma coisa dessa, jamais. Martinho era meu amigo, meu irmão de longa data. Eu te entendo filho, sei bem o que ocê tá sentindo. Mas sabe o que é isso? É o luto. O luto ele ferra qualquer um sujeito. Mas vai passar. Fica assim não.

Vicente abraça Álvaro, que chora desesperadamente. 

VICENTE: Eu te peço desculpa, meu filho, por ter feito tudo aquilo com ocê e com a Doralice. Perdoa eu, meu filho. Eu me arrependo todo santo dia de ter feito o que fiz.

ÁLVARO: Te perdoo, meu pai. Acho bom que reconheça seus erros.

Segundos depois, Jerônimo se aproxima.

JERÔNIMO: Pai? Preciso conversar com o senhor. 

CENA 04: CASA DOS GONZÁLEZ/QUARTO DE JERÔNIMO/DIA

VICENTE: Quer conversar o que comigo? Num me diga que vai se virar contra mim também? Já não basta o imbecil do teu irmão.

JERÔNIMO: Eu cansei. Cansei de ficar carregando essa culpa. Eu te ajudei a cometer um crime, pai. Um crime. O senhor sabe a proporção disso? Eu cansei. Decidi que vô na delegacia confessar tudo o nós fez.

VICENTE (começa a rir): Pois ocê se atrasou. Acabei de ir na delegacia. Eu contei tudo.

JERÔNIMO: Como assim?

VICENTE: Uai, eu contei tudo pro delegado. Mas fica tranquilo que num vai acontecer nada com a gente, não.

JERÔNIMO: Como assim não vai? A gente cometeu um crime. Se paga crimes na cadeia.

VICENTE: Ofereci uma boa quantia de dinheiro pro delegado e ele aceitou. 

JERÔNIMO: O que? Ocê teve essa audácia de ir até o delegado e subornar ele? Puta que pariu. Até quando ocê vai ficar cometendo crimes por aí, pai? E se o delegado muda de ideia e decide te prender? Cada dia que passa o senhor tá mais perverso. Ou será que sempre foi assim e eu não percebi?

Nesse instante, Vicente desfere um soco contra o rosto de Jerônimo.

VICENTE: Ocê pensa muito bem antes de falar merda pra mim rapaz! Eu tive meus motivo.

JERÔNIMO: Motivo? Que motivo? Ah, a sua obsessão pela Doralice era o motivo? A inveja que o senhor tinha do Martinho era o motivo? Pra mim chega, eu vou terminar o ensino médio e vou vazar dessa cidade. Eu vou pra capital, lá vai ser bem melhor do que ficar aqui nesse fim de mundo convivendo com você. Cê me faz mal. Ocê é o próprio mal.

Enfurecido, Jerônimo se retira, deixando Vicente com ódio no olhar.

CENA 05

Rio de Janeiro

São mostradas imagens da cidade maravilhosa ao som do instrumental “O Lago - Alexandre de Faria”, que segue até o fim da cena 5. A cena corta para o exterior de uma casa elegante, de dois andares. O caminhão de Roberto estaciona na garagem e ele e Doralice descem.

DORALICE (maravilhada): Essa casa é sua? Que lindeza!

ROBERTO: Sim, e é aqui que você vai morar. Vem, me acompanhe. 

CENA 06: (CASA DE ROBERTO/INT./TARDE)

Sandra Regina (Valdineia Soriano) está na sala, sentada no sofá folheando uma revista. A porta faz barulho e ela olha pra trás. Roberto entra. Sandra Regina se levanta e vai até ele.

SANDRA REGINA: Amor! Já tava preocupada com você, por que demorou tanto?

ROBERTO: Sandrinha, é… eu trouxe uma pessoa comigo.

SANDRA REGINA: Como assim?

Acanhada, Doralice entra de cabeça baixa.

SANDRA REGINA: Quem é essa? Que palhaçada é essa, Roberto? 

ROBERTO: Bom, essa é Doralice. Eu tava passando por uma estrada deserta até que a vi, desmaiada no chão, toda machucada. Doralice sofreu muito, teve os pais mortos num incêndio provocado pelo pai do homem que ela ama. Demorei por que levei ela até o hospital. Doralice foi estrupada por esse homem.

SANDRA REGINA: Meu Deus… vem aqui menina, sente-se no sofá que vou pegar uma água pra você.

DORALICE: Não, não… eu tô bem. Se não fosse pelo seu Roberto eu não sei o que seria de mim. (Começa a chorar) Perdi tudo. Minha mãe, meu pai, meus irmãos, o amor da minha vida, minha casa, tudo o que era mais precioso pra mim.

SANDRA REGINA: E por que fizeram isso com você? 

DORALICE: O pai do meu namorado nunca aceitou o nosso relacionamento. Isso porque ele é obcecado por mim, sempre me assediou, me olhou com outros olhos. Ele também tinha bastante inveja do meu pai, que era dono das terra que a gente morava. A inveja fez com que Vicente matasse todo mundo da minha família, sem dó nem piedade. Depois me sequestrou, abusou de mim desacordada, e me largou ali, no meio da estrada deserta, pra morrer mesmo. Nesse momento ele deve tá achando que eu já parti dessa pra melhor, mas ele que se engana. Eu vou voltar. Eu vou acabar com a raça dele e do Jerônimo. Pode demorar cinco, dez, quinze, vinte, cinquenta anos, mas eu vou voltar. (Chora)

ROBERTO: Sandra… eu falei pra Doralice que o nosso sonho sempre foi ter um filho, mas não podemos por causa do meu problema. Eu disse a ela que como forma de ajuda, pra não deixar ela desamparada, a gente podia adotar a Doralice, já que ela ainda é de menor.

SANDRA REGINA: Seria uma honra te ajudar, Doralice! Essa sua história me tocou muito, você foi uma guerreira, uma mulher forte. Bom, se depender de mim, eu quero sim você como minha filha. Mas não depende só da gente. Você quer vir morar aqui?

DORALICE (chora): Se eu num tiver incomodando, eu aceito. Claro, vocês não vão substituir a minha família, mas eu vou saber com quem contar. Vocês tão sendo dois anjos na minha vida. Foi Deus que colocou ocês no meu caminho. 

SANDRA REGINA: Nao chora, meu amor. Vai ficar tudo bem. Vai passar, viu?

Sandra Regina abraca Doralice, que chora. Roberto se aproxima e se junta ao abraço também. A câmera se afasta.

um mês depois…

CENA 07: (CASA DOS GONZALEZ/INT./DIA)

A companhia toca, Carmem vai atender. É o advogado de Vicente. O instrumental “Gara - Eduardo Queiroz” começa a tocar.

ADVOGADO: Ôh dona Carmem, tudo bem? O Vicente tá por ai?

CARMEM: Tá sim, vou chamar.

Carmem chama Vicente, que se aproxima.

VICENTE: E aí, meu amigo. Tem novidades?

ADVOGADO: Claro, o senhor vai adorar saber. Saiu a liberação das terras que eram de Martinho. Agora são suas. Meus parabéns, o senhor agora é dono de tudo isso aqui.

Focamos no rosto de Vicente, que paralisa. A câmera vai se aproximando do rosto dele e “Ain’t No Sunshine - Bill Withers” entra em cena.

CONGELAMENTO EM VICENTE.

A  novela encerra seu 5° capítulo ao som de “Ain’t No Sunshine - Bill Withers” (Tema de Vicente).

PERDEU O CAPÍTULO ANTERIOR? LEIA AQUI

LEIA O CAPÍTULO SEGUINTE AQUI 

Movido pela inveja e pela obsessão, Vicente cometeu um crime brutal para ficar com as terras de Martinho. Com a ajuda de Jerônimo, ele não mediu esforços em acabar com os Dourado. E Doralice, que ele acredita que morreu, está mais viva do que nunca e decidida a se vingar do vilão. 

Segunda, 9h da noite, começa uma nova fase em Paraíso Virtuoso. Novos personagens, novas histórias, um novo recomeço. Você não pode perder!


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