Paraíso Virtuoso - Capítulo 29 (11/01/2025)


 PARAÍSO VIRTUOSO - CAPÍTULO 29 (ÚLTIMOS CAPÍTULOS)
WEB-NOVELA DE SINCERIDADE 

CENA 01: MANSÃO/INT./NOITE

Os personagens Doralice, Álvaro, Marluce e Silvinha já entraram no interior da mansão. 

DORALICE: Dá pra serem diretas? Eu realmente tô com pressa, preciso resolver uma coisa séria em Santa Aurora.

MARLUCE (respira fundo): Doralice… o assunto que a gente tem pra tratar com ocê, é uma coisa seríssima. Por favor, tenha paciência com a gente.

DORALICE: Sua filha te contou o que ela fez comigo, dona Marluce?

SILVINHA: Contei sim, Doralice. Mas eu não vim aqui pra brigar. Muito pelo contrário, a gente veio até aqui pra contar uma coisa importantíssima pra ocê, que pode mudar o rumo das nossas vidas para sempre.

MARLUCE: Doralice… eu vim falar do seu pai.

O instrumental ‘Non Chiaro - Guilherme Rios” entra em cena.

DORALICE: Do meu pai? Como assim, que história é essa?

SILVINHA: É melhor tu sentar, que a história é longa.

MARLUCE: Doralice… na minha juventude, eu tive uma paixão intensa com um homem muito lindo aqui da região. Ele era charmoso, cheiroso… consigo me lembrar até hoje daquele perfume. A gente foi se envolvendo mais e mais, até que ele sumiu, evaporou da minha vida. 

DORALICE: Tá, e o que isso tem a ver com o meu pai?

MARLUCE: Doralice, essa pessoa de quem eu estou falando, era justamente o seu pai, o Martinho.

DORALICE: Pera aí, a senhora tá me dizendo que teve um caso com o meu pai no passado, é? E como é que a senhora sabe que eu sou filha do Martinho?

MARLUCE: Passou na televisão todo aquele barraco que teve aqui na fazenda. E eu vi quando ocê disse que se chamava Doralice, e que seus pais haviam morrido num incêndio aqui há quinze anos. Doralice… depois que o seu pai me abandonou, eu fiquei muito triste com a vida, já que ele foi o primeiro e único homem que tive em toda a minha vida. Passou umas semanas, eu senti um enjôo e constatei que tava grávida. Eu até tentei ir atrás do seu pai, mas ele sumiu sem deixar rastros. Suponho que ele já tava junto com sua mãe.

DORALICE: Calma. A senhora tá me dizendo que engravidou do meu pai, é isso? Quer dizer que…

SILVINHA: É isso aí, ricaça. Eu sou tua irmã. 

DORALICE (se emociona): Não… não pode ser… eu aqui, esse tempo todo achando que tava sozinha nesse mundo, sem nenhum parente de sangue do meu lado…

MARLUCE: Olha, Doralice, eu quero que ocê faça o teste de DNA pra comprovar que a Silvinha é tua irmã. Eu não quero que ocê ache que a gente quer o seu dinheiro, pois não é isso. 

DORALICE: Claro. Claro, a gente faz sim.

SILVINHA: Eu nunca imaginei ter uma irmã, acredita? Sempre fui sozinha na vida, sempre tive que me virar sozinha. Olha, Doralice, eu quero que ocê me perdoe por ter ajudado a bandida da Natália a separar ocê do Álvaro. Cês me perdoam?

ÁLVARO: Claro que sim, Silvinha. 

SILVINHA: Vem cá, me dá um abraço. Agora somos irmãs, florzinha. 

Silvinha e Doralice se abraçam, emocionadas. Focamos em Marluce, que deixa as lágrimas escorrerem pelo seu rosto ao ver a cena na sua frente. 

SILVINHA: Doralice, eu preciso te contar outra coisa agora, uma coisa mais séria ainda.

DORALICE: O que? 

SILVINHA: Eu sei muito bem o que aconteceu com o teu marido na noite daquele acidente.

DORALICE: Como assim, Silvinha? 

ÁLVARO: É alguma coisa importante, Silvinha? Fala.

SILVINHA: Prepara o coração que lá vem bomba. (Pausa) Aquilo não foi um acidente, Doralice. O teu marido foi assassinado! 

DORALICE: Assassinado? Como assim? Você tá me deixando assustada com essa história.

SILVINHA: Foi a Natália que matou o André! Foi ela quem mandou cortar os freios do carro dele.

DORALICE (lacrimejando): E como você soube disso? 

SILVINHA: A pessoa que fez o serviço me contou. Foi por isso que eu ajudei a Natália a tentar separar ocê do Álvaro, pois eu queria grana em troca do silêncio e ela me propôs esse plano sujo, ainda bem que deu errado. Mas ela tá lá achando que venceu, eu odeio aquela mulherzinha com todas as minhas forças.

DORALICE: Meu Deus… não pode ser… durante esse tempo todo? 

ÁLVARO: Nunca imaginei que a Natália seria capaz de tanta monstruosidade. Silvinha, quem é a tal pessoa que fez esse serviço? Fala pra gente.

SILVINHA: Foi o Sidney. Mas ele fez tudo o que fez porque não teve saída. Ele tava precisando muito de uma grana e aceitou essa barbaridade.

DORALICE (perplexa): Meu Deus! O Sidney? Eu preciso tirar essa história a limpo o quanto antes. A gente precisa colocar a Natália e o Vicente atrás das grades o mais rápido possível. 

MARLUCE: Bom, ocês que se resolvam aí. Eu tô indo embora.

DORALICE: De jeito nenhum, dona Marluce. Eu quero que vocês morem aqui comigo, a partir de hoje.

Um dia depois…

CENA 02: CASA DOS GONZÁLEZ/INT./DIA

Natália está sentada no sofá, enquanto mexe em seu celular. Minutos depois, alguém bate incessantemente na porta e ela vai atender. O instrumental “Gara - Eduardo Queiroz” entra em cena  Ao abrir, ela se depara com Doralice, que logo parte pra cima da vilã e a enche de tapas. 

DORALICE: SUA VAGABUNDA! EU TE ODEIO, NATÁLIA! SUA ASSASSINA! EU TE ODEIO! 

NATÁLIA (segura o rosto com a mão, assustada): Mas o que é isso? 

DORALICE: Sua assassina! Eu sempre soube que você não prestava, mas não sabia que você teria a coragem de matar alguém, sua nojenta! 

NATÁLIA: Eu não sei do que você tá falando… 

DORALICE (parte pra cima novamente e enforca a rival, furiosa): PARA DE SE FAZER DE SONSA! (lhe dá outro tapa na cara) EU SEI MUITO BEM QUE FOI VOCÊ QUEM MATOU O MEU MARIDO! EU SEI MUITO BEM QUE FOI OCÊ QUEM MATOU O ANDRÉ!

NATÁLIA (se fazendo de vítima): Eu? Olha o que você tá falando, Doralice! Eu jamais teria essa coragem. De onde você tirou isso? 

DORALICE: Falsa… dissimulada! Olha só como você é fria, sem sentimentos! Como pode uma pessoa ser tão ruim assim? Olha aqui, Natália, você que fique esperta que a tua batata tá assando. Mais cedo ou mais tarde, cê vai parar atrás das grades.

Nesse instante, Vicente chega até o interior da casa e estranha a movimentação estranha.

VICENTE: Doralice? Tá fazendo o que aqui, sua vagabunda? 

DORALICE: Olha lá o outro assassino! O que que você fez com a Marcela, Vicente? 

VICENTE: Marcela? Quem é essa?

DORALICE: Não se faz de cínico. Me responde, o que você fez com ela? 

VICENTE: Você sempre querendo me atingir, né, Doralice? Eu já disse que não sei quem é essa maldita Marcela! 

DORALICE: Você e a Natália não valem nada. Se merecem!

Furiosa, ela deixa a casa e sai pela porta da sala. Desnorteada, Natália solta um grito e joga um vaso de flor contra a parede da cozinha.

CENA 03: DELEGACIA/INT./DIA

Apressada, Doralice entra no local e vai direto para a sala do delegado, que se surpreende com sua presença.

DELEGADO: Ocê por aqui de novo? Conseguiu alguma prova contra o Vicente?

DORALICE: Não. Eu vou fazer o que o senhor me disse, delegado. Eu quero armar uma emboscada pra ele. Ele continua jurando de pé junto que não fez nada, mas eu tenho certeza que se tiver só eu e ele a sós, ele vai confessar tudo. 

DELEGADO: Tá. Então ocê vai ligar pra ele agora, e vai combinar um jantar na sua casa, falando que quer colocar um ponto final de uma vez por todas nessa história, ok? 

DORALICE: Será que ele vai aceitar?

DELEGADO: É só você ser uma ótima atriz, que sim, ele vai acreditar. 

DORALICE: Será que isso vai dar certo, delegado?

DELEGADO: Claro que vai. Nós estaremos lá, escondidos e escutando tudo o que vocês disserem. Só não esquece de colocar um gravador junto com ocê, e um ponto, pra gente se comunicar.

DORALICE: Certo.

Doralice pega seu celular e liga para Vicente.

ANOITECE.

CENA 04: MANSÃO/INT./NOITE 

Doralice está na expectativa de que Vicente chegue até a sua casa, andando de um lado para o outro. Álvaro, o delegado, e alguns policiais, se encontram escondidos e espalhados pela mansão. O instrumental ‘Levadinha - João Paulo Mendonça” entra em cena. Minutos depois, alguém toca a campainha e Doralice vai atender. Ela abre a porta e se depara com o vilão.

DORALICE (fingindo simpatia): Vicente! Que bom que veio, achei que iria correr de mim.

VICENTE: E eu lá sou homem de correr, ainda mais de uma mulher como ocê? Fala logo o que ocê quer, que eu não tenho a noite inteira.

DORALICE: Eu acho que já passou da hora da gente acertar as contas e colocar um ponto final de uma vez por todas nessa história, não acha? Como um acordo de paz, eu preparei esse bolo pra gente, antes do jantar.

VICENTE: Acordo de paz?

DORALICE: Vicente, assume logo que você matou a minha família. Só tá a gente aqui, e você sabe muito bem que eu me lembro de tudo, de todos os detalhes. Bom, mas antes, eu vou cortar um pedaço desse bolo, pra mostrar que eu não quero mais briga.

VICENTE: E esse bolo, é de que sabor?

DORALICE (enquanto parte o bolo): Ah, é um sabor especialíssimo… Você vai adorar.

Doralice parte o pedaço de bolo e ergue para que Vicente pegue. Focamos no vilão, intercalando com a mocinha, que se olham.

CONGELAMENTO EM VICENTE.

A novela encerra seu 29° capítulo ao som do instrumental “Levadinha - João Paulo Mendonça”. 



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