Criado
e Escrito por LUCAS GARCIA
CAPÍTULO 13
Cena 01: Escritório de Donato. Sala. Interior. Tarde.
DONATO
tem uma crise de riso, abre a gaveta, pega o cheque e se levanta, aproxima-se
de HERCULANO.
DONATO:
(rindo) – Me lembro dos termos de
aceite ou não, você é mais esperto do que eu imaginava, pois tome, pegue o
cheque! – estendendo o documento –
faça bom uso.
HERCULANO
prontamente pega o título de crédito e se vira em direção a porta, mas num
gesto rápido, DONATO retira do
paletó dois outros cheques e diz:
DONATO:
(sorridente) – Mas, tenho uma
contraproposta – chacoalhando os
documentos – se aceitares trabalhar comigo, receberás o dobro do valor
concedido!
HERCULANO
ao ouvir aquelas palavras, fecha os olhos, respira fundo, move-se para olhar DONATO, os dois se encaram no mais
completo silêncio, de repente, a janela do escritório se abre com o impacto da
ventania que ocorria do lado de fora, os dois se assustam, um abutre se põe na
janela encarando os dois.
DONATO:
(rindo) – Olha, temos convidados!
DONATO pega
seu paletó e tenta atingir o abutre, o animal se espanta com a movimentação do
homem e logo se dispersa, o contador fecha a janela, volta a sua cadeira.
DONATO:
(sarcástico) –És um sinal, um grande
sinal!
HERCULANO:
(amedrontado) – Não há sinal
algum... só gostaria de agradecer pelo cheque!
DONATO
pega os cheques e chacoalha novamente.
DONATO:
(sarcástico) – Um trato pelo fio do
bigode, creio que não se arrependerá!
HERCULANO:
(amedrontado) – Acredito que já
deixei muito claro que não tenho interesse de firmar qualquer negócio com vossa
pessoa.
HERCULANO se
retira da sala apressadamente, DONATO
termina de tragar novamente seu charuto.
CENAS EXTERNAS
Cenas
de algumas casas, pessoas caminhando pelo anoitecer, a lua iluminava os
arredores de Vale das Rosas, ao som de “What
A Difference A Day Made” – Jamie
Cullum, as imagens fixam na frente da mansão de Hans, que haviam convidados
chegando.
Cena 02: Mansão de Hans.
Sala de Estar. Interior. Manhã.
A
orquestra tacava um jazz muito animado, estilo muito difundido nos Estados
Unidos da América, vários convidados interagiam entre si, tocavam alguns
drinks, havia muitos ramos de flores e vasos de cristais espalhados pela casa,
especialmente na sala de estar, onde estava concentrado os convidados.
Adentrava
a mansão PADRE ELVIS e os coroinhas,
inclusive LUÍS MIGUEL.
PADRE ELVIS:
(alegre) – Vejam pequeninos, és uma
reputação como a minha que precisam se espelhar, olhem o que conquistei para
nossa igreja, vejam!
PADRE ELVIS
aponta com o dedo os ramos de flores aos rapazes.
Do
outro lado da sala, estava GARDÊNIA
que observava aflita LUÍS MIGUEL.
GARDÊNIA:
(sussurrando) – Era o que faltava, esse rapaz novamente!
MARICOTA
aproxima-se pelas costas de GARDÊNIA,
cochichando.
MARICOTA:
(irônica) – Está com medo de
desmaiar novamente Dona Gardênia?
GARDÊNIA:
(ríspida) – Saia daqui, volte para a
cozinha, precisa instruir a equipe do buffet, ande!
CORTA PARA:
JÚLIO
estava à porta da mansão, recebendo cordialmente os convidados da festa,
JÚLIO:
- Sejam muito bem-vindos!
Nesse
instante, ABNER aparece, tira o
chapéu, os dois se encaram sérios, ambos esboçam uma expressão apática,
pareciam que nem se conheciam.
ABNER:
- Boa noite Hans, como pedires, aqui estou!
JÚLIO
respira fundo, ajusta a gravata.
JÚLIO:
- Que bom, fico contente que aceitou meu convite, preciso que me acompanhe até
meu escritório, teremos uma conversa em particular!
JÚLIO
apressa-se em direção ao seu escritório, ABNER
o segue, alguns convidados notam o semblante estranho de ambos.
Encerramento


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