Capítulo 05:
Cena 1 – Chegada na fazenda, pôr do sol dramático
Claudio, Rafael, Isadora, Eduardo, e Augusto chegam à imponente fazenda italiana. O clima é tenso, cada um carregando suas próprias dúvidas.
Isadora (olhando ao redor, nervosa):
“Esse lugar... guarda mais do que a paisagem pode esconder. Vocês não fazem ideia do que está enterrado aqui.”
Rafael (desconfiado):
“Isadora, você não me contou tudo. Por que agora?”
Augusto (com voz grave):
“A verdade sempre encontra um jeito de vir à tona. Seja bem-vinda à minha verdade.”
Cena 2 – Casa principal da fazenda, sala de estar
Dona Ema, Carolina e Gustavo discutem os riscos da viagem.
Dona Ema:
“Levar essa turma para a fazenda é um tiro no escuro. Muitos fantasmas antigos por aqui.”
Gustavo (irritado):
“Fantasma ou não, é hora de esclarecer o que está enterrado nessa terra.”
Carolina:
“Cada segredo que se revela é um tijolo que pode derrubar tudo ou construir algo novo.”
Cena 3 – Estábulo, encontro entre Lucas e Eduardo
Lucas e Eduardo conversam em voz baixa, desconfiados.
Lucas:
“Eduardo, não confio nessas alianças. Rafael está perdido, e você, melhor que ninguém, sabe o que está por trás disso.”
Eduardo (sorrindo falsamente):
“Às vezes, Lucas, o jogo é mais complexo do que parece. Não é preto no branco.”
Cena 4 – Cozinha da fazenda, Isadora confronta Sônia
Isadora encara Sônia, que sorri com malícia.
Isadora:
“Você sempre foi um enigma, Sônia. Mas até que ponto sua loucura esconde sua verdadeira face?”
Sônia (desafiadora):
“Louca? Prefiro chamar isso de instinto de sobrevivência.”
Cena 5 – Biblioteca antiga, Isabel revela um segredo para Claudio
Isabel segura um envelope envelhecido.
Isabel:
“Claudio, o que você vai ler aqui vai mudar tudo o que você acredita sobre sua família. Você está pronto?”
Claudio (com os olhos arregalados):
“Não sei se quero saber, mas não posso continuar vivendo na ignorância.”
Cena 6 – Jardim da fazenda, Rosa e Rafael discutem estratégias
Rosa cruza os braços, encarando Rafael.
Rosa:
“Eu disse que te alcançaria, Rafael. Essa fazenda é só o começo do seu fim.”
Rafael (desafiador):
“Pode vir com tudo, Rosa. Eu não caio fácil.”
Cena 7 – Quarto da fazenda, Padre Miguel e Gustavo têm uma conversa profunda
Padre Miguel observa Gustavo inquieto.
Padre Miguel:
“Às vezes, o maior desafio está dentro da gente, não fora.”
Gustavo (quase em desespero):
“Não sei se consigo carregar a culpa da minha família.”
Cena 8 – Varanda da fazenda, Carolina e Nelson discutem investigações
Carolina:
“Nelson, você acha que os documentos que Isabel tem podem ser a chave para resolver isso?”
Nelson:
“Se forem verdadeiros, eles não só resolvem, mas detonam uma bomba que vai abalar todo mundo.”
Cena 9 – Sala de jantar, confronto entre Augusto e Dona Ema
Augusto e Dona Ema trocam olhares pesados.
Dona Ema:
“Quantas mentiras você acha que consegue esconder?”
Augusto (com voz firme):
“Mentira? Chama isso do que quiser, mas protejo o que resta.”
Cena 10 – Campo aberto, Rafael e Claudio se enfrentam
Rafael:
“Você sempre foi o filho favorito, Claudio. Mas agora o que sobra? Uma batalha pela verdade ou pelo poder?”
Claudio:
“Rafael, não é questão de ser favorito, é sobre ser verdadeiro, algo que você nunca entendeu.”
Cena 11 – Escritório da fazenda, Isadora desabafa para Lívia
Isadora:
“Meu coração está partido entre lealdades que me puxam em direções opostas.”
Lívia (com empatia):
“Você não está sozinha. Todos nós carregamos isso.”
Cena 12 – Quintal, Rosa e Sônia tramam juntas
Rosa:
“Precisamos de um movimento rápido para tirar Rafael do jogo.”
Sônia (com sorriso cruel):
“Considere feito. Loucura tem seu preço, e ele vai pagar.”
Cena 13 – Sala de estar, Isabel confronta Carolina
Isabel:
“Você acha que sabe tudo, Carolina, mas a verdade tem muitas faces.”
Carolina (com firmeza):
“Eu não temo a verdade, Isabel. Só espero que você também não tema.”
Cena 14 – Estábulo, Nelson e Eduardo discutem
Nelson:
“Eduardo, sua lealdade é um enigma. De que lado você está realmente?”
Eduardo (com um sorriso cínico):
“Do lado que me garante a sobrevivência.”
Cena 15 – Noite, Padre Miguel sozinho, refletindo no campo
Padre Miguel (falando baixinho para o céu estrelado):
“Senhor, entre tantas verdades e mentiras, guia-me para que eu não me perca no caminho dos homens.”
Cena 16 – Varanda da fazenda, amanhecer
Claudio está sentado ao piano antigo trazido da Itália. Lívia aproxima-se em silêncio, observando-o tocar uma melodia triste.
Claudio (tocando e falando baixinho):
“Há notas que contam histórias que as palavras não conseguem alcançar.”
Lívia (encostando-se ao batente):
“E essa canção… fala de esperança ou de dor?”
Claudio (parando, olhando-a):
“Ambas. Porque todo coração carrega feridas que lembram onde ficou marcado.”
(Silêncio confortável, a melodia preenche o ar.)
Cena 17 – Sala de estar da casa principal, manhã
Rafael cruza o salão, ouvindo o toque distante do piano. Eduardo o segue, com um ar introspectivo.
Eduardo:
“Você sente isso? Até a música aqui fala de algo maior do que esta briga.”
Rafael (com dureza):
“Música não paga contas, Eduardo. Mas… talvez ela mostre o que estamos perdendo.”
Cena 18 – Nos campos da fazenda, pôr do sol
Isabela e Isabel caminham entre lavandas, conversando em tom confidencial.
Lívia:
“Eu amo o Claudio, mas parte de mim sente algo… inexplicável por Rafael.”
Isabel (sorri enigmaticamente):
“O coração às vezes escolhe caminhos que a mente não entende. Ceda à canção que escuta por dentro.”
Cena 19 – Estábulo iluminado por tochas, noite
Lucas e Sônia trocam olhares carregados de tensão.
Lucas:
“Você está brincando com fogo, Sônia. Não tem como sobreviver nisso sem se queimar.”
Sônia (aproximando-se):
“Fogo purifica, Lucas. E eu gosto da ideia de renascer das cinzas.”
Cena 20 – Sala de jantar da fazenda, jantar à luz de velas
Todos se reúnem: Claudio, Lívia, Rafael, Isadora, Eduardo, Carolina, Nelson, Gustavo, Augusto, Dona Ema, Padre Miguel, Rosa, Lucas, Sônia, Isabel. A tensão é palpável quando chega um violonista convidado.
Carolina (erguendo o copo):
“A esta noite em que até as paredes ouvem nossos corações.”
(Brilham olhares cruzados; o violonista começa a tocar um tema romântico.)
Cena 21 – Corredor da casa, após o jantar
Rafael puxa Lívia de lado, seus rostos iluminados por uma lamparina.
Rafael (baixinho):
“Você não pertence a essa guerra. Pertence à melodia da sua própria alma.”
Lívia (assustada, mas tocada):
“Cale o guerreiro por um instante e ouça o homem por trás da armadura.”
Cena 22 – Biblioteca, madrugada
Isabel entrega a Isadora um antigo songbook da família.
Isabel:
“Nessas partituras, há canções que falam de amor proibido… e de redenção.”
Isadora:
“Se esses acordes me levarem de volta ao passado, estarei pronta?”
Cena 23 – Pátio externo, raiar do dia
Padre Miguel e Augusto conversam ao lado de uma fonte.
Padre Miguel:
“O perdão é a nota mais alta de todas, Augusto.”
Augusto (olhando a água):
“E quem me garante que ainda posso alcançá-la?”
Cena 24 – Sala de estar, tarde seguinte
Claudio ensaia uma nova canção; Gustavo entra, cansado, mas curioso.
Gustavo:
“Você compõe para esquecer ou para lembrar?”
Claudio:
“Para lembrar o que ainda vale a pena lutar.”
Cena 25 – Terraço, pôr do sol
Rosa encontra Nelson, ambos contemplando a paisagem.
Rosa:
“A música une, mas também pode expor segredos.”
Nelson:
“Segredos que não são mais capazes de ficar escondidos, nem sob a melodia mais suave.”
Cena 26 – Casa de hóspedes, noite estrelada
Eduardo consola Sônia, que está transtornada.
Sônia (ofegante):
“Eu pensei que amar o Rafael fosse redenção… mas é prisão.”
Eduardo:
“Às vezes, a música mais bela sai do maior sofrimento.”
Cena 27 – Jardim iluminado por lanternas, noite
Carolina dirige-se a Claudio e Rafael, colocando-os frente a frente.
Carolina:
“Vocês dois são duetos de uma mesma canção. Só falta decidir se cantam juntos… ou se um silencia o outro.”
Cena 28 – Sala de música, tarde clara
Lívia e Isadora afinam dois violinos de família.
Lívia:
“Já vi piores canções que essa gente aqui, Isadora. Mas ainda acho que podemos escrever um final feliz.”
Isadora:
“Só se nossos corações encontrarem a mesma partitura.”
Cena 29 – Corredor, manhã
Lucas cruza com Dona Ema, que segura uma partitura em mãos.
Dona Ema:
“Até a mais simples canção tem poder de cura. Eu aprendi isso tarde demais.”
Lucas (com respeito):
“Então podemos todos aprender a tocar essa melodia novamente.”
Cena 30 – Grande salão da fazenda, concerto ao entardecer
Todos os personagens assistem ao concerto final de Claudio, que dedica uma canção à Lívia. As emoções estão à flor da pele.
Claudio (ao microfone):
“Às vezes, a música é o coração falando quando a voz falha.”
(Lívia enxuga uma lágrima, Rafael desvia o olhar, Isabel sorri com satisfação, e todos sentem que alguma coisa mudou para sempre.)
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