11/07/2025

Entre a Cruz e a Espada - Capítulo 13 (11/07/2025)

ENTRE A CRUZ E A ESPADA - CAPÍTULO 13




CENA 01 - (MOTEL/EXT./TARDE):
    

FELIPE: Como é que você pretende isso? Não é tão fácil assim não.

JOYCE: Claro que é, meu amorzinho. Tudo comigo é fácil. Eu vou anunciar uma festa lá na minha casa, festa essa, na qual você vai armar uma cilada pro seu primo, vai armar um flagrante pra que ele se deite com outra mulher. E então? Está disposto a isso?

FELIPE: Porque você me ajudaria nisso, Joyce? Não me diga que foi porque gostou do mim.

JOYCE: Simples, você é o homem ideal pra minha filha. 

FELIPE (sarcástico): Tá bom então. Se a madame quer assim. 

JOYCE: Perfeito, agora eu preciso ir embora. Meu marido deve está preocupado comigo.

FELIPE: Quando é que a gente vai se ver de novo?

JOYCE: Na festa da Mansão Venturini, eu te ligo depois. 


Corta para:

CENA 02 - (APT. MÔNICA/EXT./NOITE):

Mônica acorda a noite ao ouvir a campainha da casa.

MÔNICA: Camilla? O que você tá fazendo aqui?

CAMILLA: Eu não posso voltar pra casa hoje!

MÔNICA: Mas porque? O que houve?

CAMILLA: Você sabia que o Alex é um Venturini?

MÔNICA: Sim, e daí?

CAMILLA: E dai que eu sou a filha da empregada da casa deles. Eu trabalho lá também!

MÔNICA: Ah meu pai... Eu não sabia, você nunca me contou que trabalhava pros Venturini.

CAMILLA: E nem tem o que contar, família estranha. O Alex não pode saber.

MÔNICA: Amiga, você tem que contar, até quando você acha que vai dar pra prolongar isso?

CAMILLA: Eu vou contar, só que depois. Eu tô gostando dele, e não quero perder ele. Imagina se ele sabe que eu sou empregada da casa dele? 

MÔNICA: Olha... Eu não apoio isso, e acho melhor você contar. Mas já que você não se sente bem em contar isso agora, eu vou respeitar.

CAMILLA: Me deixa dormir aqui hoje, por favor!

MÔNICA: Claro, sua boba! Eu vou pegar o colchão pra você.


CENA 03 - (HOTEL/INT./MANHÃ):

Felipe chega no hotel, ao entrar na suíte ele encontra Giovanna sentada na poltrona.

FELIPE: Mas que susto, Giovanna. Achei que você tava dormindo.

GIOVANNA: Pelo visto a noite foi boa, hein?

FELIPE (debochando): Sexo, drogas e rock and roll. Mas que velha fogosa, você não imagina.

GIOVANNA: Vocês passaram a noite inteira juntos?

FELIPE: Não, por volta das uma da manhã ela vazou, eu tava mó cansado e fiquei por lá mesmo.

GIOVANNA: E conseguiu domar a velha?

FELIPE: Nem precisou. Você acredita que aquela criatura me propôs a acabar com o noivado da Simone e do André?

GIOVANNA: Como é que é? Não é possível isso, Felipe. E porque isso?

FELIPE: Porra, Giovanna. Por um motivo óbvio, ela é gamada no André.

GIOVANNA (rindo): Ai não gente, mas que mãe é essa? 

FELIPE: É meu amor, velha quando não entra na menopausa se torna um perigo. 

GIOVANNA: Tá, mas me conta, me conta os detalhes dessa tal proposta.

FELIPE: Ela não deu muitos detalhes... Mas.... Você vai ter que entrar em ação.

GIOVANNA: Pronto, tava demorando pra começar. Qual é a palhaçada dessa vez?

FELIPE: A Joyce me disse que pretende armar um flagrante pro André. Pra Simone flagrar ele com outra mulher... E essa mulher, adivinha quem é?

GIOVANNA: Felipe, isso é muita loucura!

FELIPE: Nossa vida é uma loucura. E a gente já fez coisas muito piores.

GIOVANNA (respirando fundo): E como é que eu vou fazer isso?

FELIPE: Ela disse vai ter uma festa lá na mansão. Festa essa que você vai aproveitar pra ficar sozinha com André, começa a conversar com ele normalmente, só que você vai fazer ele beber bastante, beber até um ponto de ficar inconsciente. E aí, você leva ele pra cama, quando você finalmente levar ele pra cama, eu vou estar lá observando e esperando o momento certo pra contar pra Simone.

GIOVANNA: E eu vou sair como a vagabunda da história?

FELIPE: Por enquanto, pense que ainda você uma Venturini ao meu lado.

GIOVANNA: E quando é essa festa?

FELIPE: Não sei ainda, a coroa disse que vai me ligar. 


CENA 04 - (MANSÃO DOS VENTURINI/INT./MANHÃ):

Joyce e Otávio estão sentados a mesa, tomando um café da manhã.


OTÁVIO (pondo café na xícara): Chegou tarde ontem, Joyce. Posso saber o motivo.

JOYCE: Ai querido, você nem imagina. A Eugênia passou mal e tivemos que ajudá-la, você não sabe o estresse que foi.

OTÁVIO: Eu imagino. Poxa, bem que ter um docinho agora, um bolo então. Só que a Isabelle cortou tudo isso aqui de casa.

JOYCE: G Não seja por isso, meu bem. Como eu sei que você não vive sem um docinho... Olha o que guardei só pra você: uma geleia de morango!

* Um instrumental tenso começa e a câmera foca em Joyce.

OTÁVIO: Ah! Mas que maravilha! Isso com uma torradinha é perfeito.

JOYCE: Eu sabia que você ia adorar. Olha, pensei em fazer uma pequena festinha aqui na mansão, pra celebrar a união da nossa família...

OTÁVIO: O que está acontecendo com você, Joyce? Logo você que sempre fria em relação a família.

JOYCE: Eu quero acabar com essas brigas, essas desavenças... Isso não faz bem pra ninguém. 

OTÁVIO: Tá bom então, e quando é essa festa?

JOYCE: Pode ser no próximo sábado. Hmm, agora eu vou na jardim, preciso dar uma olhadinha na Zélia. Se eu não auxiliar aquilo virá uma bagunça.



ABERTURA



Uma semana se passa, vemos o movimento da cidade representando a passagem de tempo. O dia da festa finalmente chegou.

CENA 05 - (MANSÃO DOS VENTURINI/INT./NOITE):


Joyce e Otávio estão se arrumando, os dois estão na frente do espelho, Otávio ajeitando a gravata e Joyce arrumando o cabelo.

OTÁVIO: Eu me sinto até constrangido em festa dessas, Joyce.

JOYCE (ajeitando o cabelo): Imagina, meu bem. Jamais que uma festa minha seria um constrangimento, aquela festa com a Isabelle foi um erro pra nunca mais. 

OTÁVIO: Ah, você sabia da nova rica do pedaço? Ganhou na loteria.

JOYCE: É meu querido, infelizmente o dinheiro está indo parar nas mãos das pessoas erradas. Mas não deixa de ser uma realidade, daqui um dia estaremos rodeados de jecas que gasta todo o dinheiro em viagens a Búzios e jantam nos botecos mais deprimente possíveis. Gentezinha do português analfabeto metidos a intelectuais... Mas enfim, estou pronta. 

OTÁVIO: Então vamos logo descer porque acho que já estão todos lá em baixo. 


corta para:

No quintal da casa, Felipe e Giovanna estão juntos.

FELIPE: Já sabe tudo o que tem que fazer, né?

GIOVANNA: Eu sei, eu ofereço uisque pro André, e fingo que tô bebendo também.

FELIPE: Exatamente, eu vou distrair a Simone, enquanto você entra em cena.

 
Felipe vai até Simone e puxa um assunto os dois começam a conversar, enquanto isso Giovanna chega em André.

GIOVANNA: Andre, querido! O Felipe me contou que você tá se dando bem lá na sua empresa de carros, ele me disse que você é perfeito nesse ramo. 

ANDRÉ: Ah que isso, meu primo exagera. Eu me dou bem sim, mas não a esse nível.

GIOVANNA: Vamos ficar um pouco lá dentro? Eu tô sentindo um pouco de frio aqui fora. 

ANDRÉ: Ah sim, vamos. 

Giovanna põe em prática o primeiro passo, e oferece um uisque pra ele. 

GIOVANNA: Toma aqui, com gelo. 

ANDRÉ: Valeu!


A cena foca em Giovanna jogando discretamente o uisque na planta ao lado, fazendo André beber sozinho.


CENA 06 - (HOTEL/EXT./NOITE):

Jorge tenta entrar no hotel onde está Felipe está hospedado, mas é barrado na entrada pelo segurança.

JORGE: Oh meu amigo, eu preciso falar com Felipe, é meu filho. 

SEGURANÇA: Desculpa senhor, mas o seu Felipe não autorizou a sua entrada.

JORGE: Mas como assim não?

SEGURANÇA: Ele mesmo mandou avisar que se o senhor aparecesse aqui, era pra eu dispensar.

JORGE: Mas o que esse moleque tá pensando que eu sou? 

JORGE (mordendo a língua de ódio): Tudo bem, diga pra esse imbecil, que eu não vou deixar barato essa brincadeirinha dele. 


CENA 07 - (MANSÃO DOS VENTURINI/INT./NOITE):

O tempo vai passando, e André está completamente bêbado, praticamente inconsiente, Giovanna o acompanha até um quarto. Ao entrar no quarto, André deita na cama de sono, ela começa a tirar a roupa de André.

GIOVANNA (no ouvido de André): Eu sei que você quer.

ANDRÉ (bêbado): Não... Eu não quero. 

GIOVANNA (tirando o vestido): Ah mais quer sim.


Corta para:

Felipe, já ciente de que os dois estão juntos no quarto. Vai contar a Simone. 

FELIPE (com lágrimas no rosto): Simone!

SIMONE: O que aconteceu, Felipe? Você tá chorando?

FELIPE (alterado): Sabia que aquela vagabunda da Giovanna, tá na cama com o meu primo! Seu noivo! 

SIMONE: Como é que é, Felipe? Que loucura é essa? 

FELIPE: Os dois tavam se agarrando e entrando dentro de um quarto no quintal! Dois traíras desgraçados!

SIMONE (nervosa): Não pode ser! O André não faria isso comigo!

FELIPE: Vai lá ver com o seus próprios olhos!

A cena transita pra Giovanna agarrada em André, quase inconsciente. Simone abre a porta do quarto:


SIMONE: Vocês me dão nojo!

ANDRÉ (sem entender): Simone? O que tá acontecendo aqui?

SIMONE: O que tá acontecendo aqui? SEU DESGRAÇADO! MALDITO!

GIOVANNA (colocando a roupa): Ai amiga, me desculpa, mas eu não pude resistir...

SIMONE: Cala essa boca, sua vadia!

ANDRÉ: Mas que droga tá acontecendo aqui?

GIOVANNA (na diração de Simone): Epa, epa, querida vamo com calma, tá achando que você tá falando com quem! Não tenho culpa se você não conseguiu segurar seu macho meu amorzinho! Agora vai bater ponto na sua lojinha pra vender roupa e fazer em chapinha em macaco!

* Simone dá um tapa em Giovanna, fazendo ela cair no chão.

SIMONE: Sua vagabunda! 

* Simone dá outra tapa.

SIMONE: Piranha!

* Outro tapa.

SIMONE: Você vai ver a chapa que eu vou dar nessa sua cara, sua cadela desgraçada!

* Outro tapa!


CONGELAMENTO EM SIMONE.

A novela encerra seu décimo terceiro com um instrumental eletrizante.

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