RIOS DA RAZÃO CAP. 024
Cena 01 (Casa de Fabrício/Tarde)
Jardel - Elisa? Mas o que você está fazendo aqui? Não acreditem em nada do que ela disser?
Fabrício - E você ainda tem coragem de voltar aqui? Seu mercenário! Miserável
“Fabrício da um soco em Jardel e ele cai de costa”
Jardel - Mas o que significa isso?
Téo - Vou aproveitar a deixa, e descontar uns bons anos né Jardel..
“Téo também dá um soco em Jardel e ele cambalhota no chão “
Jardel - Mas eu quero saber o que é isso? O que significa isso?
Téo - E você ainda pergunta? Acabou Jardel, acabou sua farsa, todos aqui sabem o que você fez.
Jardel - O que eu fiz? Mas o que eu fiz?
Téo - Agora ficou com amnésia? Agora está se fazendo de idiota não é mesmo? Vamos ver se você se lembra do superfaturamento das rendas da empresa, que você desviava um valor para sua conta a partir dos boletos da empresa. Da mesma forma, que foi você quem contratou um mecânico de barcos, para sabotar o barco que o Fabrício iria viajar naquele dia? Que inclusive o demitiu um dia antes da viagem? Ou também, dessa traição cafajeste que você fez com a Luana, inclusive fazendo desse dinheiro que você desviava para viajar para Cancún… é sério mesmo que você esqueceu tudo isso, Jardel?
Jardel - Mas que calúnia é essa? Você não vai acreditar em uma prostituta como essa?
Elisa - Olha como você fala comigo, seu demônio!
Jardel - Você também não tem como provar desses desvios, não tem como provar absolutamente nada!
Téo - Não tenho? E essas gravações aqui? Do Júlio, o responsável pelo galpão onde você colocou aquele rapaz, ou esse aqui do César, seu comparsa nesta sua falcatrua?
Abertura/ Voltamos a apresentar
Jardel - O César gravou algo contra mim? Que canalha!
Téo - Vai querer ouvir? Eu coloco
Jardel - Eu não tenho medo algum
Téo - Pois muito bem, vamos ouvir esse áudio do Júlio
Áudio de Júlio = O Jardel havia contratado um homem para cuidar da manutenção dos barcos né, só que o problema é que o homem não foi que chegou a ser contratado, não virou carteira assinada. Ele passou uma semana aqui, não deixou endereço, não deixou o telefone, não deixou nem sequer o nome. Na verdade, a gente nem se quer conversava com ele né, ele evitava a gente. E dentro de uma semana depois de ter sido contratado ele some, e nem tinha dito que ele havia sido demitido e ele nunca mais voltou. Foi o que eu achei bastante estranho, já que geralmente quem faz as contratações é o próprio Fabrício, e segundo aqui ninguém entra em uma semana e sai na outra.
Téo - Ou melhor, e esse do César aqui = Pelo amor de Deus não contem para ele que eu gravei esse áudio, mas realmente ele transferia sempre uma quantia em dinheiro dentro dos débitos da empresa, ou seja, sempre que ele iria pagar uma conta ele pegava um valor de 20% para poder depositar em sua conta. Claro que 5% desse dinheiro vinha para mim, mas todo o restante ia para conta dele, mas no início eu não queria fazer, mas aparentemente pareceu ser um envolvimento bem interessante, mas eu confesso que foi só durante aquele pouco tempo, depois eu parei de me envolver e hoje eu nem sequer recebo mais nada pelo que eu fiz.
Jardel - Gente, não acreditem nisso, é coisa de computador!
Luana - Coisa de computador coisissima nenhuma! Você é um miserável, você não vale nada! E agora quem não quer mais casar sou eu!
“Ela joga as alianças nele”
Jardel - Pois deixa eu te dizer uma coisa, ninguém te suporta! Ninguém te aguenta! Você é insuportável! Qualquer pessoa que ficou com você até hoje, é porque você tinha algo para oferecer! Você pode até não ser feia, mas é uma verdadeira insuportável!
“Luana sobe chorando e Fabricio vai em direção a Jardel”
Fabricio - Não fale isso de minha filha!
Ernesto - Mas que bagunça é essa? Ah, Jardel, só podia ser você. Eu sabia que você não prestava, sempre falei isso. Mas nem vou gastar meu latim com você, vou é arrumar minhas malas.
“Afastado, Téo liga para o Detetive “
Téo - Beto? Venha para a casa de Fabrício, aqui é esta o maior TiTiTi!
Detetive - Eu? Eu mesmo não. Eu já estou cansado do bafafá dessa família. Não já desvendei o caso? O que mais quero aí?
Téo - Você não sabe quem está aqui
Detetive - Quem?
Téo - A Elisa
“No mesmo instante ele ouve batidas na porta e Téo abre”
Detetive - Vim ver o bafafá, você não imagina o quanto eu estava ansioso por esse momento.
Téo - Sei
Fabricio - Pois você irá devolver esse dinheiro, e desparecer da minha casa! Eu estou mandando!
Jardel - Não seja por isso, é um favor que você me faz! E eu não quero mais essa porcaria de dinheiro, não se preocupe que eu providencio. Até nunca mais infeliz!
“Jardel sai da casa e caminha pelo quintal, e ele olha pra trás”
Jardel - Mas o que é isso? Calma, espera vamos conversar!
“Um barulho de tiro soa, pássaros voam das árvores. No mesmo instante, Jardel cai no chão morto e o sangue escorre por seu peito. A arma cai, e a sombra do mandante some.
”
Encerramento ao som de um instrumental tenso.
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