Insensata Paixão - Capítulo 01
14 anos
Rio de Janeiro - 2005
Chica está prestes a sair com Dafne para o arraiá que terá na praça do bairro.
Teresa: Não sei se eu devia deixar você sair, não fez o que eu pedi ainda.
Dafne: Ai mãe, quando eu chegar eu faço, vai ser rápido.
Chica: Deixa a menina se divertir um pouco, ela mal sai de casa, fica estudando o dia todo com a cara enfiada nos livros.
Teresa fica relutante, mas cede e deixa a filha sair.
Teresa: Tudo bem, mas vê se não demora, porque eu não quero filha minha aí pelo morro até tarde, e minha irmã, tu cuida direito dela.
Dafne: Ai mãe, do jeito que tu fala, não parece que eu faço dezoito anos mês que vem!
Teresa: Tá vendo como tá mal criada, é menina…
Chica: Tá bom, fica tranquila que eu cuido direitinho da criança.
Chica ri
Teresa: É né, vai rindo, vai.
Um tempo depois o pai de Dafne, César, chega em casa.
César: Ué, cadê o povo?
Teresa: Saíram, foram pro arraiá da praça.
César: E tu não foi por que?
Teresa: Por que eu tava te esperando, vamo aproveitar que estamos sozinhos, você mesmo tinha pedido uma chance, lembra?
César: É muita sorte pra um dia só.
César tira a camisa e começa a beijar Alice, eles deitam no sofá e se beijam, até que um barulho vem do lado de fora, como se fossem passos.
Teresa: César… César, espera. Para, César. Parece que tem alguém ali fora.
César: Deve ser alguém passando na rua, se liga nisso não.
Alice vê uma sombra se aproximando da porta.
Teresa: ALI, CÉSAR!
Abertura.
https://youtu.be/9_C2gEpIhiA?si=zMyoOQxSbFAQJkjZ
O bandido invade a casa, arromba a porta e atira em César que já tinha se levantado junto de Teresa.
Ele tenta se proteger e proteger sua mulher, caindo no chão, mas era inevitável. O rapaz dá três tiros em César e dois em Teresa, que morre no peito dele.
O bandido de máscara, sai correndo e derrubando os vasos de planta pelo caminho.
Chica voltando com Dafne vê aquela cena e se desespera, ela corre para ver se tem alguém bem, mas era tarde demais.
Samantha chega na hora desesperada, mas solta um sorriso escondido no olhar.
Dafne se desespera e quebra as coisas, ela chora no peito da mãe e do pai.
Samantha olha com desprezo pra cena.
Chica: Meu Deus, como isso pode acontecer? Sua mãe é uma mulher correta e teu pai, eu nunca soube de nenhum envolvimento dele com nada errado.
Samantha se abaixa e abraça Dafne que fica desolada.
Samantha: Não fica assim, minha amiga!
Dafne: E tu quer que eu fique como, Samantha?
No outro dia o velório acontece, Dafne e Chica estão recebendo os convidados.
Samantha está ao lado de sua avó, exalando um ar de superioridade.
Imagens mostram o Rio de Janeiro ao som de um samba.
O tempo passa.
Junho de 2012
Dafne: Vamos tia, já to atrasada! A senhora sabe que eu tenho que preparar tudo hoje pra amanhã.
Chica: Saiu mesmo aquela chance?
Dafne: Saiu, e vou agarrar com unhas e dentes, quero ver se eu não passo nessa entrevista.
Dafne deixa a tia na loja e vai para o estúdio de design de moda.
Ela chega e é parabenizada por suas amigas Samantha e Lia.
Lia: Hmm, parabéns pra nossa futura design de modas e estilista de uma das maiores empresas do Rio, se não, do Brasil.
Samantha dá um sorriso sem graça e fica aflita.
Dafne anda junto delas e chega em sua mesa.
Ela pega uma pasta que está guardada na gaveta com chaves e tira seus desenhos para fora.
Dafne: São com eles, minhas pedras preciosas, meu tesouro! Ele viu algumas fotos dos desenhos e ficou fascinado com meu talento, disse que amanhã mesmo vai se encontrar comigo no La Chef para eu mostrar os desenhos. Que sorte!
Lia: Sorte mesmo, tá? Um homem como o Gusmão, dono da Arazzo, reconhecendo teu talento assim.
Samantha: Realmente, isso é pra poucas.
Dafne: Que isso gente, quem me dera.
Lia: Quem sabe assim ele não se interessa por você.
Dafne: Aí eu já acho que é sonhar demais. HAHAHA.
O tempo passa e a tarde chega.
Todo mundo aproveita para tomar o café da tarde.
Samantha entra no banheiro e espera todos saírem, ela vai até a mesa de Dafne, pega o molho de chaves que está junto com a chave do carro dela, aproveita que ela deixou na mesa e abre a gaveta.
Ela procura pela pasta e encontra. Ela vê se os desenhos estão lá e os colocam em sua bolsa. Ela fecha a gaveta e a tranca. Ela chega no pessoal que está na cozinha disfarçadamente.
Léo: Demorou, hein.
Samantha: Uma dor de barriga infernal, alguém aí tem remédio pra isso?
Dafne: Eu tenho amiga, tá na bolsa, vamos lá buscar.
Toma, pode ficar com o restante da cartela.
Samantha: Ai, obrigada, vai me salvar demais, como sempre né.
No outro dia, Samantha avisa para Dafne que está passando muito mal e não vai poder ir.
Ela coloca seu melhor vestido, vai até a porta do prédio e toma um táxi.
Dafne abre a gaveta no estúdio e não encontra seus desenhos. Ela se desespera e fica nervosa.
Enquanto isso, Samantha chega no restaurante, tira os óculos escuros e encara Gusmão.
Ela pensa: Vai ser a oportunidade da minha vida.
E sorri.
O capítulo se encerra com tecidos se cruzando na tela e um som de máquina fotográfica.
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