22 de jul. de 2024

Insensata Paixão - Capítulo 01 22/07/2024

 



Insensata Paixão - Capítulo 01

14 anos

Rio de Janeiro - 2005


Chica está prestes a sair com Dafne para o arraiá que terá  na praça do bairro.


Teresa: Não sei se eu devia deixar você sair, não fez o que eu pedi ainda.


Dafne: Ai mãe, quando eu chegar eu faço, vai ser rápido.


Chica: Deixa a menina se divertir um pouco, ela mal sai de casa, fica estudando o dia todo com a cara enfiada nos livros.


Teresa fica relutante, mas cede e deixa a filha sair.


Teresa: Tudo bem, mas vê se não demora, porque eu não quero filha minha aí pelo morro até tarde, e minha irmã, tu cuida direito dela.


Dafne: Ai mãe, do jeito que tu fala, não parece que eu faço dezoito anos mês que vem!


Teresa: Tá vendo como tá mal criada, é menina…


Chica: Tá bom, fica tranquila que eu cuido direitinho da criança.


Chica ri


Teresa: É né, vai rindo, vai.


Um tempo depois o pai de Dafne, César, chega em casa.


César: Ué,  cadê o povo?


Teresa: Saíram, foram pro arraiá da praça.


César: E tu não foi por que?


Teresa: Por que eu tava te esperando, vamo aproveitar que estamos sozinhos, você mesmo tinha pedido uma chance, lembra?


César: É muita sorte pra um dia só.


César tira a camisa e começa a beijar Alice, eles deitam no sofá e se beijam, até que um barulho vem do lado de fora, como se fossem passos.


Teresa: César… César, espera. Para, César. Parece que tem alguém ali fora.


César: Deve ser alguém passando na rua, se liga nisso não.


Alice vê uma sombra se aproximando da porta.


Teresa: ALI, CÉSAR!


Abertura.

https://youtu.be/9_C2gEpIhiA?si=zMyoOQxSbFAQJkjZ


O bandido invade a casa, arromba a porta e atira em César que já tinha se levantado junto de Teresa.

Ele tenta se proteger e proteger sua mulher, caindo no chão, mas era inevitável. O rapaz dá três tiros em César e dois em Teresa, que morre no peito dele.

O bandido de máscara, sai correndo e derrubando os vasos de planta pelo caminho.


Chica voltando com Dafne vê aquela cena e se desespera, ela corre para ver se tem alguém bem, mas era tarde demais.

Samantha chega na hora desesperada, mas solta um sorriso escondido no olhar.

Dafne se desespera e quebra as coisas, ela chora no peito da mãe e do pai.

Samantha olha com desprezo pra cena.


Chica: Meu Deus, como isso pode acontecer? Sua mãe é uma mulher correta e teu pai, eu nunca soube de nenhum envolvimento  dele com nada errado.


Samantha se abaixa e abraça Dafne que fica desolada.


Samantha: Não fica assim, minha amiga! 


Dafne: E tu quer que eu fique como, Samantha?


No outro dia o velório acontece, Dafne e Chica estão recebendo os convidados.

Samantha está ao lado de sua avó, exalando um ar de superioridade.


Imagens mostram o Rio de Janeiro ao som de um samba.

O tempo passa.


Junho de 2012


Dafne: Vamos tia, já to atrasada! A senhora sabe que eu tenho que preparar tudo hoje pra amanhã.


Chica: Saiu mesmo aquela chance?


Dafne: Saiu, e vou agarrar com unhas e dentes, quero ver se eu não passo nessa entrevista.


Dafne deixa a tia na loja e vai para o estúdio de design de moda.


Ela chega e é parabenizada por suas amigas Samantha e Lia.


Lia: Hmm, parabéns pra nossa futura design de modas e estilista de uma das maiores empresas do Rio, se não, do Brasil.


Samantha dá um sorriso sem graça e fica aflita.

Dafne anda junto delas e chega em sua mesa.

Ela pega uma pasta que está guardada na gaveta com chaves e tira seus desenhos para fora.


Dafne: São com eles, minhas pedras preciosas, meu tesouro! Ele viu algumas fotos dos desenhos e ficou fascinado com meu talento, disse que amanhã mesmo vai se encontrar comigo no La Chef para eu mostrar os desenhos. Que sorte!


Lia: Sorte mesmo, tá? Um homem como o Gusmão, dono da Arazzo, reconhecendo teu talento assim.


Samantha: Realmente, isso é pra poucas.


Dafne: Que isso gente, quem me dera.


Lia: Quem sabe assim ele não se interessa por você.


Dafne: Aí eu já acho que é sonhar demais. HAHAHA.


O tempo passa e a tarde chega.

Todo mundo aproveita para tomar o café da tarde.

Samantha entra no banheiro e espera todos saírem, ela vai até a mesa de Dafne, pega o molho de chaves que está junto com a chave do carro dela, aproveita que ela deixou na mesa e abre a gaveta.

Ela procura pela pasta e encontra. Ela vê se os desenhos estão lá e os colocam em sua bolsa. Ela fecha a gaveta e a tranca. Ela chega no pessoal que está na cozinha disfarçadamente.


Léo: Demorou, hein.


Samantha: Uma dor de barriga infernal, alguém aí tem remédio pra isso?


Dafne: Eu tenho amiga, tá na bolsa, vamos lá buscar. 

Toma, pode ficar com o restante da cartela.


Samantha: Ai, obrigada, vai me salvar demais, como sempre né.


No outro dia, Samantha avisa para Dafne que está passando muito mal e não vai poder ir.

Ela coloca seu melhor vestido, vai até a porta do prédio e toma um táxi.


Dafne abre a gaveta no estúdio e não encontra seus desenhos. Ela se desespera e fica nervosa.


Enquanto isso, Samantha chega no restaurante, tira os óculos escuros e encara Gusmão.


Ela pensa: Vai ser a oportunidade da minha vida.

E sorri.


O capítulo se encerra com tecidos se cruzando na tela e um som de máquina fotográfica.



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