23 de jul. de 2024

Insensata Paixão - Capítulo 02 23/07/2024

 



Insensata Paixão - Capítulo 02

14 anos



Samantha entra no restaurante desfilando e se aproxima de Gusmão.


Samantha: Oi, tudo bem? Você é o Gusmão?


Gusmão se levanta da cadeira e cumprimenta Samantha.


Gusmão: Como vai? Sente-se por favor. Bom, sou eu mesmo, você quem é?


Samantha: Prazer, Gusmão. Meu nome é Samantha, os desenhos que você viu pelas fotos são meus.


Gusmão: Seus? Mas não era Dafne o teu nome? Inclusive, me desculpe se eu for indelicado, mas você tá diferente da foto.


Samantha: É porque na verdade houve um grande erro, não quero entrar em detalhes, mas esses desenhos me pertencem, inclusive pode ver que a assinatura é minha.


Gusmão: Bom, já que é assim então vamos para o que interessa? Eu tô com pressa.


Samantha: Ah claro.


Samantha tira a pasta da bolsa e mostra os desenhos para Gusmão que fica fascinado.


Gusmão: Eu já tinha visto alguns pelas fotos, porém você realmente é muito talentosa, fora do comum. Merece essa chance que eu estou dando. 


Samantha sorri.


Gusmão: Bom, vamos até a Arezzo, tenho que mostrar os desenhos pro restante do pessoal e caso sejam aprovados, você já começa amanhã.


Samantha: Amanhã?


Gusmão: Claro! Temos desfiles próximos, precisamos de você.


Samantha demonstra preocupação e aflição.



Abertura.

https://youtu.be/9_C2gEpIhiA?si=zMyoOQxSbFAQJkjZ


Dafne desesperada procura pelos desenhos.


Dafne: Eles estavam aqui! Quem pegou os desenhos? Alguém pegou, e só pode ser um de vocês.


Lia: Se acalme, Dafne. Nem todo mundo sabia que você guardava esses desenhos aí.


Dafne: Na verdade só você e Samantha sabiam.


Dafne fica atordoada sem saber o que fazer.


Dafne: Será que Samantha teve coragem? Eu não creio, ela está passando mal, não foi ela.

E se não foi Samantha, foi você!


Lia: Agora vai me acusar assim, sem provas. Uma pena não ter câmera de segurança aqui dentro. Não tem embasamento algum essa sua acusação.


Dafne: Claro que tem, você e Samantha somente sabiam do local que eu escondia, Samantha não está…


Lia: Isso não impede de alguma outra pessoa ouvir e acabar se aproveitando dessa oportunidade.


Dafne: Ah eu tô confusa, sem acreditar nisso ainda. Me desculpa, por favor.


Dafne pega na mão de Lia.


Lia: Tá, só que da próxima vez vê se não deposite sua confusão em algo sério, porque isso é sério.


Lia sai andando.


Samantha chega com Gusmão na empresa e fica fascinada por tudo. Ela entra desfilando e com ar de superioridade, age como se fosse dona de tudo aquilo.

Gusmão convoca a reunião e mostra os desenhos.


Silvia: Não via tamanho talento assim desde que entrei aqui, e olha que são quase dezoito anos. Você criou esses modelos sozinha? Tem inspiração, é claro. Traços aqui do famoso Vicenzzo Baricelli, mas se inspirar não é crime.


Samantha: Sim. Eu gosto muito das obras dele, são traços, formas, cores únicas e diferentes, e além do mais acho que combinam bastante com a cultura brasileira, com o povo brasileiro, ele se inspira no verão italiano, eu me inspiro no brasileiro.


Silvia: Vejo que leva bem a sério isso, está de parabéns.


Samantha sorri com muito orgulho.

A reunião se encerra e Gusmão oferece uma carona a Samantha que aceita.

Eles entram no carro.


Gusmão: Então, onde você mora?


Samantha: Na Tijuca.


Gusmão: Tijuca? Morei lá antes de minha mãe se casar com meu pai,  um bairro que fez minha infância.


Samantha: É um bom bairro, mas não penso ficar por muito tempo lá não, penso em ir pra zona sul.


Gusmão: Ambiciosa… Isso é bom.


Samantha e Gusmão se olham, ela demonstra interesse.


Gusmão: Você é muito bonita, sabia? Já pensou em ser modelo? É alta, tem um jeito de andar diferente.


Samantha: Ah, eu me interesso por esse universo, mas ser modelo, isso eu queria quando criança, era meu sonho!


Gusmão: E desistiu? Sendo linda assim.


Samantha e Gusmão se encaram e ele coloca uma música no som do carro. Um clima começa a surgir e ele para o carro  no semáforo.

A chance aparece e Samantha se aproxima dele e lhe dá um beijo, eles ficam se beijando até o semáforo abrir.

Os carros buzinam e eles percebem, Samantha vira pro lado e solta um sorriso. 

Eles chegam na Tijuca, Gusmão para o carro.


Gusmão: Você é muito interessante, sabia?


Samantha: E você beija muito bem.


Gusmão aproveita e beija ela novamente que retribui. Ele dá o cartão com o número.


Gusmão: Você já tem, mas não custa nada mais um, né?

Samantha agradece e sai do carro.

Ela entra no prédio.

Sua avó observa tudo pela janela e fica curiosa.


Déa: Quem era no carrão?


Samantha: Que velha curiosa e intrometida hein, vai costurar vovó, me erra, fica o dia inteiro nessa janela.


Déa: Nossa, não posso perguntar uma coisinha boba dessas não?


Samantha: Você quer fazer fuxico, velha idiota. Mas como tô de bom humor, eu digo.


Déa se interessa e sorri.


Samantha: Não é da tua conta, velha enxerida.


Déa fica decepcionada e revoltada.


Dafne sai do trabalho revoltada. Ela pega o carro no estacionamento em frente  ao prédio e sai correndo. Ela acaba esbarrando em Alan que cai no chão.


Dafne sai do carro e fica assustada.


O capítulo se encerra com tecidos se cruzando na tela e um som de máquina fotográfica.



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