3 de nov. de 2024

(Domingos Lacre) Viviana - Capítulo 02 (03|11|2024) SEGUNDO CAPÍTULO



 Segundo Capítulo de Viviana no ar! No capítulo anterior, Viviana se mudou para Praia Grande. Onde conheceu Júlinho. E desde então, foi amor a primeira vista. Sua mãe matriculou em uma escola pública do bairro. Viviana só não contava que Júlinho estudava nessa mesma escola!

Fiquem agora com o capítulo de hoje.


LACRE.

Boa noite, senhoras e senhores. Vocês pediram, e a web emissora TV Lacre, produtora de webnovelas feitas com amor e dedicação, tem o prazer de apresentar a vocês Viviana, obra original da escritora cubana Inés Rodena, transmitida nas rádios nos anos 60. Viviana é protagonizada pela lindíssima atriz e modelo nacional Vittória Seixas. Atendendo à solicitação do público, segue o próximo capítulo de Viviana.


Cena 01 (Escola Antônio Luiz Barros/Corredor/Manhã)

(Júlinho está andando pelo corredor. Ele avista Viviana e Viviana avista ele, eles caminham um até o outro. Eles se olham e sorriem.)

VIVIANA (VOZ): E eu me encontrei com o Julinho novamente... Eu nem tinha imaginado que eu ia estudar na mesma escola que ele! Borboletas voavam pelo meu estômago... Ai! Realmente inacreditável.

(Júlinho fica incrédulo ao ver Viviana)

JÚLINHO: Não acredito! É você? A menina que eu conheci na praia? Inacreditável!

*INSTRUMENTAL ON*



(Viviana fica envergonhada.)

VIVIANA (ENVERGONHADA): E você é o mesmo garoto que eu vi na praia?

JÚLINHO: Mas é claro que sim, *sorri* eu mudei muito para você estar duvidando assim?

VIVIANA (ENVERGONHADA): Não...

(Eles se olham)

*INSTRUMENTAL OFF*

*INSTRUMENTAL ON*

(Um alto falante na escola, avisa que a aula já irá começar e Viviana vai até sua sala.)

*INSTRUMENTAL OFF*

Cena 02 (Escola Antônio Luiz Barros/Sala de Aula/Manhã)

*INSTRUMENTAL ON*

(Viviana entra na sala de aula onde tem vários alunos conversando. Ela olha para eles. Ela caminha até uma cadeira para se sentar. Ela se senta e começa a organizar seus materiais. Todos olham para ela indiferente. Ela não entende o motivo. Ela fica confusa.)

PROFESSOR: Bom dia, alunos vamos começar a aula. Abram o livro de geografia de vocês na página 123, paragrafo 3.

*INSTRUMENTAL OFF*

(Todos continuam olhando para Viviana. Viviana se sente desconfortável com os olhares. Mas os alunos logo desviam a atenção e começam a abrir seus livros. Viviana se sente estranha.)

PROFESSOR: Vamos começar a aula. Uma curiosidade interessante é que o ponto mais baixo da Terra, em terra firme, é a Depressão do Mar Morto, localizada na fronteira entre Israel, Jordânia e Cisjordânia. O nível da superfície do Mar Morto está a cerca de 430 metros abaixo do nível do mar! Além disso, a alta salinidade do mar (cerca de 10 vezes mais salgado que o oceano) permite que as pessoas flutuem facilmente, sem esforço.

(Júlinho chega na sala atrasado.)

JÚLINHO: Me desculpa professor! Só deu para eu chegar agora!

PROFESSOR: Júlinho, se sente agora! Ou se não irei levá-lo a diretoria pelo atraso.

(Ele vai em direção a sua cadeira e encontra Viviana.)

JÚLINHO: Ora se não é a menina que eu encontrei na praia.

MENINO: Essa esquisita é sua namorada Júlinho?

VIVIANA: Ei! Eu não sou esquisita.

MENINA: Então porque está de calça? Aqui quase ninguém usa, é bem raro... Só os homens usam, e nem sempre!

VIVIANA: Porque sim ora...

JÚLINHO: Seu estilo é lindo...

(Cena continua. Beatriz, Délia e Eloísa entram na sala em um grupo, andando de maneira sincronizada, com cabeças erguidas e um ar de superioridade. O barulho das cadeiras sendo empurradas dá a entender que todos olham para elas com uma mistura de expectativa e respeito. Viviana finge não perceber e mantém os olhos no seu material.)

PROFESSOR: Certo, vamos continuar. Quem gostaria de ler o próximo parágrafo?

(Os alunos evitam levantar a mão. Viviana levanta a mão hesitante.)

PROFESSOR: Viviana, por favor.

(Viviana começa a ler em voz baixa, tentando ignorar os sussurros ao seu redor. Beatriz faz uma expressão de deboche e se inclina para cochichar com Délia.)

BEATRIZ (em um tom de voz alto o suficiente para todos ouvirem): Nossa, e ainda por cima lê com essa voz de passarinho… (ri)

DÉLIA: É, e com essa calça horrorosa, parece que pegou emprestada do pai, né? (Délia cobre a boca enquanto ri.)

ELOÍSA: Meu Deus, quem que usa isso para ir a escola?

(Viviana para de ler e abaixa o livro, sentindo o rosto esquentar de vergonha. Beatriz se aproxima da mesa dela com um olhar de desprezo.)

BEATRIZ: Que bizarrice é essa? Parabéns... Pelo mau gosto ridículo! (Ela olha para os lados, rindo, esperando que mais pessoas acompanhem a risada.) Onde você comprou, num brechó de quinta?

(Viviana não consegue responder. A sala fica em silêncio, e Júlinho se levanta lentamente de sua cadeira, parecendo incomodado.)

JÚLINHO: Sabe, Beatriz… (caminha até ela com um semblante sério) eu até ia ficar quieto, mas você não consegue, né? Precisa sempre colocar alguém pra baixo pra se sentir melhor.

(Beatriz se vira para ele com uma sobrancelha erguida, sem esconder a irritação por ser interrompida.)

BEATRIZ: Qual é, Júlinho? Só estou sendo honesta. Se ela quer andar por aí parecendo um espantalho, é problema dela… (sorri de forma cínica)

JÚLINHO: Ridículo é você achar que tem o direito de julgar o estilo dos outros como se fosse perfeita. (faz uma pausa e respira fundo) E quer saber? Eu não namoro com pessoas venenosas e arrogantes como você.

(Beatriz, que estava prestes a responder, fecha a boca abruptamente, chocada com as palavras dele. Ela cruza os braços e franze a testa, tentando manter a pose.)

BEATRIZ: Mas, Júlinho—

JÚLINHO: (interrompe) Já chega. (ele se vira para Viviana) E você não deve nada a ninguém, entendeu? (sorri para ela) Continue sendo você mesma.

(Júlinho sai da sala, deixando um silêncio tenso para trás. Beatriz bufa de raiva, apertando os punhos.)

BEATRIZ: (sussurra furiosa para Délia e Eloísa) Ele vai se arrepender de ter me desafiado.

(Délia e Eloísa trocam olhares apreensivos. Viviana, ainda nervosa, respira fundo e tenta se concentrar novamente em seu livro, enquanto Beatriz finge recuperar sua compostura e se senta, mas claramente não esqueceu o ocorrido)

Cena 03 (Escola Antônio Luiz Barros/Corredor/Manhã)

(A cena corta e Viviana agora está no corredor comendo a merenda. Ela observa a todos da escola. De repente Júlia 'Giovana Alparone' e Vitinho aparecem.)

JÚLIA: Ooiiii!

VIVIANA: Oi.

JÚLIA: Como vai? Eu me chamo Júlia!

VIVIANA: E eu Viviana...

JÚLIA: A gente sabe disso, você é da mesma sala que a gente!

(Apesar de estar com vontade de fazer amizades, Viviana se mantém tímida e firme.)

VITINHO: E eu me chamo Vitinho.

(Eles se olham sem ter o que falar.)

JÚLIA: De onde você é?

VIVIANA: De São Paulo... Me mudei para cá ontem... Eu não sei porque meus pais insistiram na mudança... Não entendi mesmo...

JÚLIA: Você não gostou de Praia Grande?

VIVIANA: Não é isso, é que... Eu já estava acostumada com São Paulo sabe... Aí...

JÚLIA: Entendo, mas você vai gostar de Praia Grande, é uma cidade muito boa e tem vários pontos turísticos incríveis. E cá entre nós: eu acho melhor que São Paulo!

(Ela solta uma risada contagiante)

VIVIANA: É... Quem sabe eu esteja errada e Praia Grande me surpreenda mais que São Paulo!

JÚLIA: Você nasceu aqui?

VIVIANA: Sim

JÚLIA: Brasileira brasileira?

VIVIANA: Sim...

VITINHO:  Júlia mulher, que raio de pergunta é essa? Desse jeito a menina vai começar a se afastar da gente *ri*

(Viviana continua calada)

VITINHO: Mas diz aí mulher, como anda tua vida amorosa? É BV? Já pegasse vários bofes? Tem alguma IST?

JÚLIA: Vitinho! Isso é pergunta que se faça? Tá sendo muito específico e invasivo!

VIVIANA: O que é BV?

*INSTRUMENTAL ON*

VITINHO: Tu não sabe o que é BV?

(Viviana balança a cabeça negativamente.)

VITINHO: Você vive numa caverna menina?

*INSTRUMENTAL OFF*

(Um clima começa a pesar. E os três se olham.)

*INSTRUMENTAL ON*

 Cena 04 (Casa de Viviana/Sala de Jantar/Início de Noite)

(De noite, Consuelo, Viviana e Diogo jantam em sua casa.)

*INSTRUMENTAL OFF*

CONSUELO: O que achou do seu primeiro dia de aula?

VIVIANA: Ah, legal...

DIOGO: Não conheceu novas amizades? E algum amor quem sabe?

(Um silêncio paira a mesa. E Viviana pensa no momento em que Júlinho a reencontrou na escola.)

*INSTRUMENTAL ON*



👩🌊FLASHBACK🌊👩

JÚLINHO: Ora se não é a menina que eu encontrei na praia.

MENINO: Essa esquisita é sua namorada Júlinho?

VIVIANA: Ei! Eu não sou esquisita.

MENINA: Então porque está de calça? Aqui quase ninguém usa, é bem raro... Só os homens usam, e nem sempre!

VIVIANA: Porque sim ora...

JÚLINHO: Seu estilo é lindo...

👩🌊FIM DO FLASHBACK🌊👩

Cena 06 (Casa de Júlinho/Sala/Início de Noite)

(Na casa de Julinho. Júlinho e seu pai estão deitados em umas redes que há na sala prontos para dormirem. Júlinho não para de pensar em Viviana.)

ERICK: No que está pensando filho?

JÚLINHO: Naquelq garota que eu conheci na praia ontem. Pai

ERICK: Oi.

JÚLINHO: Quando a gente está apaixonado, a gente faz o que?

(Erick se impressiona com a pergunta do filho. Cena continua na sala da casa de Júlinho. A luz é suave, iluminando apenas parcialmente a sala, criando um ambiente calmo. Erick balança suavemente na rede enquanto Júlinho olha para o teto, ainda preso em seus pensamentos.)

ERICK: (sorri levemente, mas sem virar o rosto para o filho) O que a gente faz? (dá uma leve risada) Isso depende, meu filho… Depende da pessoa e do que o coração da gente está dizendo.

(Júlinho se ajeita na rede, claramente inquieto, e vira o rosto para o pai.)

JÚLINHO: Como assim, pai?

ERICK: (olha para o teto, pensativo) Quando a gente tá apaixonado, o coração começa a bater mais rápido perto daquela pessoa… (pausa) Às vezes, a gente quer impressionar, às vezes só quer estar por perto. E muitas vezes, a gente fica sem saber o que fazer.

(Júlinho reflete sobre as palavras do pai e se lembra dos olhares de Viviana na sala de aula.)

JÚLINHO: E quando parece que essa pessoa precisa da gente, mas não sabe como pedir?

(Erick olha para o filho, notando a seriedade na voz dele.)

ERICK: Filho, se você sente que essa garota precisa de alguém que a escute, que a entenda… então a coisa mais simples que você pode fazer é ser esse alguém. (pausa) Nem sempre as pessoas sabem dizer o que estão sentindo, às vezes precisam de um amigo, antes de qualquer coisa.

JÚLINHO: (refletindo) Acho que ela é diferente, sabe? Todo mundo fica olhando pra ela como se ela fosse de outro mundo…

ERICK: (dá um sorriso) E quem sabe isso não seja exatamente o que faz dela alguém especial? Ser diferente não é um problema, é um presente. O difícil é fazer os outros entenderem isso.

(Júlinho balança a cabeça, absorvendo as palavras do pai. Ele respira fundo e fecha os olhos, como se finalmente encontrasse uma resposta para sua confusão.)

JÚLINHO: Talvez eu só queira que ela se sinta… parte de alguma coisa, sabe?

ERICK: (com um olhar suave) Então, você já sabe o que fazer. Ser gentil é mais poderoso do que a gente imagina. Se essa garota é importante para você, então mostre que ela não está sozinha.

(Júlinho sorri, um sorriso tímido, mas sincero.)

JÚLINHO: Valeu, pai… Acho que vou tentar.

ERICK: (balança a cabeça, satisfeito) Vai com calma, Júlinho… Não precisa resolver tudo de uma vez. Às vezes, as coisas boas levam tempo.

(A câmera se afasta lentamente, mostrando Júlinho e seu pai deitados nas redes, com o som suave de grilos ao fundo. Júlinho fecha os olhos, mas agora sua expressão é mais tranquila, como se tivesse tomado uma decisão.)

*INSTRUMENTAL OFF*

Cena 06 (Escola Antônio Luiz Barros/Corredor/Manhã)

(Viviana caminha pelo corredor da escola. Ela dá de cara com Júlinho.)

*TRILHA SONORA ON*

JÚLINHO: Bom dia.

VIVIANA: Bom dia.

JÚLINHO: Cê é daqui?

VIVIANA: Sou de São Paulo 

JÚLINHO: Ah, eu sou daqui. Todo mundo aqui me conhece. Quer que eu carregue sua mochila?

VIVIANA: Não precisa...

(Ele ignora a recusa dela e carrega sua mochila mesmo assim.)

JÚLINHO: Porque você se mudou para cá?

VIVIANA: Na verdade, eu não sei bem o motivo... Meus pais nunca me falaram...

JÚLINHO: Ah entendi, então você caiu aqui de paraquedas?

(Um silêncio constragedor se forma.)

JÚLINHO: Você tinha muitos amigos em São Paulo?

VIVIANA: Sinceramente, eu não tinha muitos.... Mas... Era o bastante para me fazer feliz...

JÚLINHO: Você... Já namorou?

*TRILHA SONORA ON*

(Viviana balança a cabeça negativamente. Outro silêncio se forma. De repente, Júlinho taca um beijão em Viviana, ela tenta ceder mas ela não resiste.)

JÚLINHO (ALEGRE): O que você achou

(Viviana fica sem palavras)

VIVIANA: Isso foi... Foi...

(Antes de dizer, ela corre até a sala. E faz ele relembrar do encontro deles na praia)

VIVIANA (VOZ): E a partir daí, tudo começou a fluir... Eu nem sabia onde enfiar meu coração, que parecia querer saltar do peito! Era algo novo para mim — aquele primeiro sentimento de tudo... Eu não sabia como lidar, mas estava começando a me apaixonar, e ele também. Tudo aconteceu tão depressa que, em apenas 15 dias de namoro, decidimos nos casar.

Cena 07 (Praia/Início da Tarde)

(O sol já começa a se inclinar no céu, refletindo tons de dourado na areia da praia. A brisa é suave e o som das ondas quebra o silêncio. Uma pequena cerimônia está montada, com flores brancas e fitas de cetim se movendo com o vento. Há poucas cadeiras, apenas para os mais próximos, e um arco rústico decorado, de frente para o mar. 

Viviana, usando a sua calça wide leg, longa, jeans, caminha descalça pela areia. Seu cabelo está solto, com pequenas flores brancas entrelaçadas. Seu olhar é de emoção, mas seus passos são firmes, seguros. Júlinho, de terno branco e sem gravata, espera ao lado do celebrante, tentando conter um sorriso que insiste em escapar.)

VIVIANA (VOZ): “E ali estava eu, caminhando em direção ao homem que, em tão pouco tempo, havia transformado tudo… Eu me sentia leve, como se estivesse vivendo um sonho."

(Viviana para em frente a Júlinho. Eles trocam um olhar profundo, quase como se apenas eles dois estivessem ali. O celebrante sorri com carinho e começa a falar.)

CELEBRANTE: Estamos aqui reunidos para testemunhar a união de Viviana e Júlinho… (olha para ambos) O amor de vocês floresceu rápido, mas, às vezes, a vida nos surpreende com encontros inesperados. Hoje, celebramos essa surpresa que se tornou um laço forte, construído na confiança e na simplicidade.

(Júlinho segura as mãos de Viviana com cuidado, e ela sorri, um sorriso tímido, mas cheio de amor.)

CELEBRANTE: Júlinho, deseja compartilhar seus votos?

(Júlinho respira fundo, como se buscasse coragem.)

JÚLINHO: (olhando nos olhos de Viviana) Viviana, desde o dia em que te vi na praia, percebi que você era diferente de todos. Sua gentileza, seu jeito de enxergar o mundo... Eu sabia que queria você ao meu lado. (sorri levemente) E, mesmo que tenha sido tudo tão rápido, eu sinto que conheço você há uma vida inteira. Prometo te apoiar, te entender e caminhar ao seu lado em todas as marés da vida.

(Viviana, com lágrimas nos olhos, aperta as mãos de Júlinho.)

CELEBRANTE: Viviana, quer compartilhar seus votos?

(Viviana respira fundo, com uma emoção evidente em sua voz.)

VIVIANA: Júlinho… (olha para o mar por um breve instante) Eu nem sabia o que era amar de verdade até te conhecer. Com você, aprendi que o amor é simples, é como a brisa suave que nos toca e nos acalma. (sorri, emocionada) Prometo ser sua amiga, sua companheira, e viver todos os nossos dias como se fossem os primeiros.

(Close no rosto emocionado de Júlinho. O celebrante sorri e acena com a cabeça.)

CELEBRANTE: Pela promessa de amor que vocês trocaram e pelo compromisso que assumiram, eu os declaro marido e mulher. Júlinho, pode beijar sua esposa.

(Júlinho sorri e se aproxima de Viviana, tocando seu rosto com delicadeza antes de selar o beijo. A câmera se afasta lentamente, revelando o mar ao fundo e os convidados sorrindo e aplaudindo. As ondas quebram suavemente na praia, em um ritmo harmonioso.)

VIVIANA (VOZ): "Naquele momento, soube que tinha feito a escolha certa… E que, por mais que a vida pudesse ser incerta, o que sentíamos era real."

(Close final nas mãos de Júlinho e Viviana, entrelaçadas, enquanto eles caminham juntos pela areia. A imagem vai desvanecendo à medida que o sol se põe no horizonte.)

Cena 08 (Casa de Viviana/Quarto de Viviana/Início de Tarde)

(Viviana está arrumando suas malas para ir com Júlinho rumo a São Paulo)

Cena 09 (Casa de Viviana/Entrada/Tarde)

(Viviana sai de malas prontas de dentro da casa. Consuelo e Diogo olham com os olhos marejados para a filha.)

CONSUELO (COM OS OLHOS MAREJADOS): Já está pronta meu amor?

VIVIANA: Sim, mãe...

CONSUELO: Pegue, isso é para você!

(Viviana segura o colar que a mãe dela deu a ela.)

VIVIANA: É o colar da Vovó?

CONSUELO: Sim, é o colar da vovó...

(Viviana fixa seu olhar no colar.)

JÚLINHO: Vamos Viviana.

VIVIANA: Obrigado mãe, até breve.

*INSTRUMENTAL ON*


(Elas se abraçam. O pai acena ppara ela com a cabeça e pede para ela voltar logo. Júlinho sobe na moto dele. Viviana sobe na garoupa da mogo. Júlinho liga a moto e ele vão rumo a são paulo.)

Cena 10 (Rodovia dos Imigrantes/Tarde)

*TRILHA SONORA ON*

(Viviana e Júlinho passam por debaixo de um túnel. Quando eles já estão saindo, Júlinho tenta impressionar Viviana acelerando a moto. Ela ri com a astúcia dele.)

*TRILHA SONORA OFF*

Cena 11 (Casa de Viviana e Júlinho/Entrada/Tarde)

(Viviana e Júlinho chegam num bairro humilde e modesto de São Paulo. A casa deles também é humilde. Viviana se sente insegura, e Júlinho percebe isso.)

JÚLINHO: Aconteceu algo?

VIVIANA: Nada meu amor. Está tudo ótimo...

Cena 12 (Casa de Viviana e Júlinho/Sala/Tarde)

(Eles decidem entrar na sala. Eles veem os móveis da casa. Viviana toca no sofá.)

VIVIANA: Parecem ser bons o suficiente.

JÚLINHO: É eu fiz a escolha certa em ter escolhido essa casa! *sorri*

(Viviana se envergonha com o sorriso de Júlinho. Ele começa a se aproximar dela. Ele acaricia o rosto dela.)

JÚLINHO: Porque você... É tão... Tão..

(Ele dá um beijo delicado nela. E ela também. Ele vai para o quarto e Viviana encara a casa como se fosse uma conquista.)

Cena 13 (Casa de Viviana e Júlinho/Entrada/Fim de Noite)

(Viviana está colocando os lixos para fora da casa. Ela sai e coloca eles na lixeira. A câmera avista numa sirueta de um homem com um chapéu e capuz. Ela continua colocando o lixo tranquila enquanto a câmera foca nele. Ela continua despercebida por um momento. Até que ela sente um frio na barriga, olha a sirueta do homem e se assusta. Ela corre de medo pra dentro da casa. A cena escurece.)


Agradecemos, senhoras e senhores, em nome da webemissora TVLacre, produtora das webnovelas feitas com amor, pela sua atenção a este capítulo de Viviana. Convidamos você a assistir ao próximo capítulo, no próximo domingo, nesta mesma hora, neste mesmo blog. 

DIREÇÃO DE CÂMERAS

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