Tente Outra Vez Cap. 006 - 30/11/2024

 TENTE OUTRA VEZ - CAPÍTULO 006 (30/11/24)



Elenco:

Thiago Lacerda - Renato

Letícia Colin - Luísa 

Diogo Almeida - Júlio 

Giovanna Antonelli - Cássia 

Isadora Cruz - Helena

Elizabeth Savalla - Miriam

Taís Araújo - Viviana

Débora Bloch - Túlia 

Marcello Novaes - Wagner

Danilo Mesquita - Victor

André Marques - Vinícius 

Clara Moneke - Laura

Klara Castanho - Flávia 

Alexandre Borges - Pedro Morello 


Participação especial:

Alexandre Nero - Delegado Gustavo

Murilo Benício - Rogério 

Enrique Diaz - Homem Misterioso 



Cena 01: Ilha/Manhã. Continuação da cena do capítulo anterior, em que Helena está presa em um buraco gritando por socorro. A chuva inicia.


Helena - Ah, não. Chovendo logo agora? Era só o que me faltava. (Aos berros) Ei! Júlio! Renato! Alguém! (Com voz de choro) alguém me ajuda…


Do outro lado da ilha, a continuação do beijo de Renato e Luisa.


Renato - Luísa, Luísa. Vamos parar. Acho que já deu disso tudo.

Luísa - O que? Você está me rejeitando?

Renato - Eu e você somos casados com pessoas completamente distintas… e ainda por cima resolveu chover. 

Luísa - Você armou isso tudo. Claro, só podia ser você pra tentar arrancar um beijo meu.

Renato - Eu? Você que veio pra cima de mim. Se depender de mim, eu esqueço tudo o que aconteceu aqui.

Luísa - Digo o mesmo… e não se aproxime de mim.


Luísa se levanta e sai.


Renato - Vai, vai maluca. Era só o que me faltava, não se aproxime de mim… que situação…


(A voz da Helena ecoando) - Alguém me ajuda!!


Renato - Eu conheço essa voz. É a voz da Helena.


Renato se levanta da areia e corre em direção à mata da ilha. Ele corre pela chuva ao som de uma trilha tensa se guiando pela voz de Helena.


Renato - Helena, continue gritando para eu te alcançar! 


(Voz da Helena ecoando) - Renato! Eu estou aqui! Venha atrás de mim.


Renato - Calma que eu estou chegando! 


Renato segue correndo pela mata ao som de uma trilha tensa. Ele encontra o buraco.


Renato - Finalmente te achei. O que aconteceu, o que você está fazendo aí?

Helena - Me tira daqui. Não me aguento de dor.

Renato - Espere aí, que eu vou buscar mais ajuda. Não sai daí!

Helena - Como se eu tivesse outra escolha.


Renato segue correndo em direção ao acampamento. Ele corre por meio da mata e chega até o local onde Júlio, Cassia e Luísa estão.

Renato (ofegante) - Júlio! Júlio.

Júlio - Calma, Renato. Espera, respira e depois fala. Respira, aí você diz. O que teve?

Renato - A Helena, caiu em um buraco.

Cássia - A Helena? Meu Deus, e porque você não fez nada?

Renato - Porque não tinha condições de tirar sozinho. Vim buscar ajuda.

Júlio - Fez bem, fez muito bem. Eu vou lá agora.

Cássia - Eu vou com você. Eu acho que eu posso ajudar. Você não vem, Luísa? Luísa, me responda!

Luísa - Onde esse homem for, eu não vou.

Cássia - Homem? Que homem?

Renato - Ela está falando de mim. Por mim, deixa ela sozinha, a Helena precisa da gente.

Júlio - Vamos, antes que o pior aconteça.


Os três vão correndo em direção ao local onde Helena está 


Luísa - Isso, me deixem sozinha. Esqueçam de mim! Ou vocês acham que eu tenho medo de chuva?


Um raio aparece no céu causando grande barulho, e Luisa se assusta.


Luísa - Ah, meu Deus, tomara que não demorem!


Uma trilha sonora tensa toca enquanto a câmera mostra Cassia, Júlio e Renato correndo pela mata. Eles chegam ao local.


Júlio - Helena, não se preocupe, já vamos te tirar daí!

Cássia - Vamos adiantar, porque a chuva pode atrapalhar.

Renato - A Cassia tem razão. A chuva pode fazer a terra derrapar e atrapalhar tudo.

Júlio - Não se preocupe, já está tudo sobre controle. Me dêem suas roupas.

Cássia - O que?

Júlio - Me deem suas roupas. Vou fazer uma corda dando nós nas nossas roupas.

Cássia - Mas eu não vou ficar despida na frente de vocês dois. 

Renato - A gente precisa tirar a Helena daqui. Vai ali atrás da árvore e joga a roupa aqui. 

Júlio - Vamos ser rápidos. A chuva está aumentando.

Cássia - Está bem, está bem, eu faço isso. Mas saiba que é só por causa da Helena.

Helena falando de dentro do buraco - Vocês ainda estão aí?

Júlio - Estamos! Não se movimente muito.


A cena corta e mostra o Julio dando um nó com todas as roupas. Ele joga, a Helena se segura e escala o buraco. Júlio carrega a Helena, e a coloca sentada no chão.


Júlio - Pronto, pronto. Já está tudo bem agora.

Helena - Eu não sei como te agradecer. Você foi muito legal comigo.

Júlio - Não fiz mais que a minha obrigação. Agora vamos nos vestir, e irmos para o acampamento.

 

A cena corta e mostra todos dentro do acampamento. 


Júlio - Helena, você ainda não nos contou. Como você parou naquele buraco?

Helena - Olha, não achem que estou louca. Mas eu vi, eu tenho certeza. Até conversei com ele.

Renato - Peraí. Conversar com quem?

Helena - Com um homem misterioso. 


A trilha tensa toca novamente, e Cássia, Luísa e Júlio se olham nervosos.





Renato - Homem? Expliquem essa história direito.

Júlio - Você falou, que viu um homem, Helena?

Helena - Foi, foi. Mas juro que não estou mentindo. Era um homem com roupas bem praianas, mas estava bem vestido. Cabelo penteado, perfumado. Mas ele saiu do meio do nada, e começou a falar muitas coisas sobre a minha vida. Coisas que não tinha contado pra quase ninguém.

Renato - Olha Helena, delirar é normal depois de dias comendo coco e bebendo água de rio.

Cássia - Mas ela não está mentindo não. Eu também, nos primeiros dias aqui na ilha, vi um homem. Com essas mesmas descrições que ela disse. E ele também falou muito da minha vida. Só que eu fiquei com tanto medo, que achei que fosse alguma alucinação da minha cabeça.

Júlio - Ela realmente não está mentindo… eu também vi esse homem.

Renato - Mas o que é que está acontecendo com vocês? Não, porque não é possível. Vocês não estão falando coisa com coisa.

Luísa - Escute aqui, Renato, você não chamei a gente de maluco não.

Renato - A gente? Você também viu esse tal “homem mistério”?

Luísa - Vi… vi sim.

Renato - Aí, ó. Sabe o que é isso? É o que a gente está comendo aqui, o frio que estamos passando, as condições degradantes que estamos vivendo. Você vê como isso está fazendo mal? É coco de manhã, coco de tarde, coco de noite! Eu não aguento mais ver coco na minha frente.

Júlio - Renato, entenda uma coisa. Ninguém está louco aqui não, estamos bem conscientes. E a maior prova é que nós quatro vimos o mesmo homem.

Renato - A é? E por que eu não vi ainda?

Júlio - Aí eu não sei…

Renato - Então pronto! Pelo visto estou sendo o único sã aqui nesse lugar.

Cássia - Olha Renato, assim você nos ofende.

Renato - Quer dizer que falar a verdade agora é forma de ofender? Era só o que me faltava…

Júlio - Eu acho melhor nós descansarmos, a Helena está muito nervosa e precisa descansar.

Luísa - Júlio, pare de tentar apaziguar uma coisa que não tem condições. Não está vendo que esse homem está debochando da gente?

Renato - Oh, agora o debochado sou eu… agora me conte, o que foi que esse “Homem Misterioso” disse para vocês?

Cássia - Ele dizia que se fizéssemos a vontade dele, ele nos tiraria daqui …

Renato - Mas que vontade é essa?

Cássia - Ele não disse…

Renato - Ah, aí oh. Não tem coisa com coisa… 

Luísa - Quer saber, Renato? Esqueça, esqueça tudo isso que falamos. Se for ros zombar…

Helena - Ah, gente, parem de discutir. Eu quero dormir! 

Júlio - Aí, gente. Vamos deixar a menina dormir aqui.

Renato - Pois agora eu quero conhecer esse homem. Não, porque se todos vocês encontraram aqui nessa ilha, é porque ele está aqui, não?

Júlio - Renato, esquece isso.

Renato - Não! Eu quero encontrar esse cara e dizer umas boas pra ele.


Uma trilha tensa toca em cena. Há uma transição, e agora mostra uma cena na delegacia. Estão na cena: Rogério, Viviana, Miriam, Laura e Vinícius, além de Dr. Gustavo, o delegado.


Gustavo - Bom, com as denúncias feitas dos desaparecidos, e até agora só temos como confirmados no desaparecimento seis pessoas, o caso irá avançar muito.

Rogério - Dr. delegado, um questionamento.

Gustavo - Pois diga, seu Rogério.

Rogério - Porque essa demora com este caso. Minha mulher desapareceu já faz duas semanas, e só agora estou vendo os senhores se movimentarem pra algo.

Vinícius - O senhor aqui tem razão. Porque essa demora toda?

Gustavo - Porque eu não tinha quase nenhuma informação sobre o caso. Além disso, consegui marcar uma conversa hoje com Caio Ventura, o organizador do evento. Através dele, vamos conseguir ter mais informações e prosseguir no caso. 

Miriam - E eu espero que logo. Porque não aguento mais tanta demora.

Gustavo - Assim esperamos. Bom, com o tempo eu mantenho vocês informados de tudo.

Viviana - Ótimo.


Todos começam a se retirar da sala, e logo em seguida entra em cena, o Pedro Morello (Alexandre Borges), afobado, atrás do delegado.


Pedro - Cadê, mas cadê o delegado.

Gustavo - O que gostaria, senhor?

Pedro - Delegado, cadê a minha filha?

Gustavo - Mas que filha, senhor?

Pedro - A Helena Morello, a minha filha.


Viviana olha para trás e vê Pedro. Ela fica espantada. Pedro também olha, e fica espantado.


Pedro - Vivi? Vivi é você?


Close em Viviana, nervosa e constrangida pela situação com a situação 





Miriam - Quem é essa homem, Viviana?

Pedro - Vivi, não está me reconhecendo?


Viviana começa a ter náuseas e tonturas, e desmaia.


Cena 02: Casa de Renato/Manhã. Flávia atende o telefonema de Miriam.

Flávia - Está bem, vó. Eu vou organizar a cama dela.

Victor - O que aconteceu?

Flávia - A mãe. Teve um desmaio lá na delegacia, e está vindo.

Victor - Que estranho..

Flávia - Minha mãe é uma emocionada, isso sim.

Victor - Vem cá, tudo isso não tem a ver com o caso lá do desaparecimento do seu pai. Você não parece tão preocupada.

Flávia - Meu pai não se importa comigo, Victor. Nem comigo e nem com aquilo que realmente me dá interesse. Quando eu falei que queria trabalhar, ele faltou me zombar na frente da empresa toda. Aí eu falei que já tinha arranjado emprego, só pra ver qual seria a reação dele. Ele não se importa comigo, nunca se importou e nunca vai se importar…


Cena 03: Casa de Túlia/Manhã 

Túlia - Sabe, querido. Não tem a nova namorada do Daniel, a Laura?

Wagner - Tem sim, o que tem ela?

Túlia - O que acha de fazermos um jantar, convida a família dela, a alta sociedade. Se ela vai ser minha nora, precisa ser conhecida.

Wagner - Não precisa se precipitar, vai que ele quer um tempo?

Túlia - Tempo? Meu filho é um homem de palavra. Se ele disse que gosta da moça, é porque ele quer a moça. Qual o problema dele assimi-la em público? Não foi assim com a gente?

Wagner - Mas isso já tem muitos anos. 

Túlia - Eu sou clássica, Wagner, classica. Gosto das coisas tradicionais, da forma como elas são. Não vejo problema nenhum em apresenta-la para toda a sociedade carioca. Uma festa de gala, com muita música, muita gente importante, e principalmente, a alegria do meu filho.

Wagner - Você sabe se é isso o que ele quer?

Túlia - Nem tudo é como a gente quer, Wagner. Nem tudo. Mas ele vai me agradecer, e como vai me agradecer. Já vou começar os preparativos, você sabe como sou adiantada, não é? O que acha de ser no próximo sábado?

Wagner - Próximo sábado? Muito cedo.

Túlia - Como assim cedo? É o tempo ideal. Você vai ver, meu filho vai amar.


Transição de cena ao som de “Só pra o Vento” - Ritche para a noite na ilha. Todos estão dormindo e Renato se levanta. Ele sai da gruta, passeia um pouco pela areia do mar, e se senta na areia para olhar o mar. Ele percebe uma sombra de um homem, e ele olha rapidamente para trás e se levanta.


Renato - Ora Ora, quem está aqui. Finalmente vamos conversar.


Close no rosto de Renato, e encerramento ao som de “Nem Luxo, Nem Luxo” - Rita Lee.








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