Bodas de ano novo lacretv, FELIZ ANO NOVO

Bodas de ano novo lacretv

Apresentação:

Emanu- Boa noite meus lindos, lindas e lindes hoje comemoramos a chegada de mais um ano

Larice- E é claro, ano novo, novidades novas 

Emanu- Agora teremos três horários com tramas inéditas e a reprise das tramas passadas da lacretv 

Larice- E terá novelas como A flor da pele, Terra Vermelha, Nove Meses, Amor roceiro, e mais

Emanu- Com vocês agora o elenco da lacretv 

todos bate palmas e Larice e Emanu sentam na mesa 

Sinceridade- Gente eu desejo que 2025 seja um lindo ano em nossas vidas, que a paz de Cristo nos una ainda mais (Sinceridade levanta e fica com a taça)

todos bate palmas 

Fafá- Que a união e o amor em 2025 seje mais 

todos bate palmas 

Freddie- Que temos novelas incríveis, amores incríveis e menos besteiras 

todos batem palmas 

Kaique- A esperança é a última que morre, por isso, 2025 eu vou estar mais próximo de Deus e todos nós estejamos 

todos batem palmas e falam amém 

Novelex- Que 2025 possamos realizar aquilo que ficamos com muita vontade de viver, porque todo dia há uma esperança e vitória no nosso mundo 

todos bate palmas 

Tony- Eu quero amor, dinheiro, saúde e fé em Deus sempre, que 2025 agente tenha saúde e fé, Deus nos abençoe 

Todos bate palmas 

João Noveleiro- Muita gente diz que eu escrevo novelas românticas, em 2025 tenhamos um mundo romântico, onde o amor prevaleça e o ódio não exista 

todos bate palmas 

Enice- Eu sumir muito do blog mas eu voltei e como diz Roberto Carlos eu voltei para ficar, 2025 a paz a gente que irá fazer 

todos bate palmas 

João Matheus- A gente bate punheta, então 2025 possamos bater e se esbarrar com o amor, feliz 2025

todos bate palmas 

Fic- Eu quase não apareco no blog, mas eu desejo saúde e fé em Deus agora neste ano, muito obrigado por tudo 

todos bate palmas 

Sujiro- Que 2025 seja iluminado, o amor vence a maldade não faz bem a ninguém, pode vim 2025 estamos aqui, feliz 2025

todos bate palmas 

Mat- Eu não tenho muitas palavras mas eu quero bençãos, novos autores e que a lacretv seja e sempre será essa linda emissora, feliz 2025 e os sonhos possamos viver

todos bate palmas 

Paulinho- Feliz 2025 eu sumir mas eu desejo desculpas a todos que eu não agradei, me desculpem por favor, 2025 é aqui 

todos bate palmas 

Tedinho- Só gratidão e gratidão é eterno, então eterno viver esse momento junto com todos autores da lacretv, muito obrigado gente, feliz 2025 e só Deus nos abençoe 

Todos bate palmas 

Unknown- Loucuras acontece, amores vai e vão, mas a felicidade fica e em 2025 vamos sorrir porque sorrir é o melhor jeito de ser feliz, feliz 2025 ano novo 

todos bate palmas 

Vitor- Viver e não ter a vergonha de ser feliz, o show agora é novo e show novo, público novo, adeus o velho ano e feliz o novo que começa, feliz ano novo que 2025 sejamos mais gratos conosco mesmo 

todos bate palmas 

Wintor- Feliz ano novo glrinha, mais um ano chega, felicidades e beijos sempre, senhor muito obrigado, obrigado senhor, que a lacretv tenha sucesso e o senhor abençoe, obrigado feliz ano novo 

Todos bate palmas 

Lucas- E por fim né gente, eu queria dizer que eu gosto muito de vocês e feliz ano novo que possamos ser bons amigos, amigos de fé sempre, feliz ano novo 

Todos bate palmas 

Emanu- Feliz ano novo gente que 2025 temos Deus conosco e sempre, obrigado Deus por tudo e que a lacretv cresça, feliz ano novo 

todos bate palmas 

Larice- E como fundadora da emissora, eu agradeço a todos vocês, de coração e gratidão, muito obrigado gente, feliz ano novo e que 2025 é nosso 

Todos bate palmas 

Todos tiram foto e andam 

Larice e Emanu- Solta o Dom DJ 

Música:

VAMOS ESQUECER DE VEZ 

O QUE NÃO FOI BOM PRA NÓS 

HOJE RECOMEÇA 

NESSA LINDA FESTA 

DE AMOR, PAZ E UNIÃO 

VAMOS DAR UM TCHAU FELIZ 

A ESSE ANO QUE SE VAI 

NASCE UM NOVO DIA

CHEIO DE ALEGRIA 

FELIZ ANO NOVOOOOOOOOO

Todos bate palmas e se abraçam 

Feliz 2025 que Deus abençoe sempre todos nós

Paraíso Virtuoso - Capítulo 22 (31/12/2024)

PARAÍSO VIRTUOSO - CAPÍTULO 22

WEB-NOVELA DE SINCERIDADE 

CENA 01: BAR/INT./TARDE 

O instrumental "Oud Oud - Pedro Guedes, Rafael Langoni" entra em cena.

MARCELA: Até agora vocês não me disseram onde querem chegar. Quem são vocês? O que querem aqui?

ÁLVARO: Calma. Meu nome é Álvaro, o dela é Doralice. Qual o seu?

MARCELA: Marcela. 

DORALICE: Marcela, a gente precisa ter uma conversa séria com você. Eu prometo que vai ser rápido.

Focamos em Marcela, que olha para eles, desconfiada. No próximo take, eles estão no fundo da lanchonete e Álvaro e Doralice já contaram a ela o que foram fazer até lá.

MARCELA: Então quer dizer que você é filho do Fausto González? O homem que matou o meu pai? 

DORALICE: Fausto? 

ÁLVARO: É. Ninguém sabe dessa história, mas sim, o nome verdadeiro do meu pai é Fausto. Ele trocou a identidade assim que chegou em Santa Aurora pra não ser pego pela polícia. Agora ele se chama Vicente.

MARCELA: Monstro… só eu e minha mãe sabemos o tanto que a gente sofreu esses anos todos com a ausência do meu pai. Meu pai era um homem de bem, trabalhador… Lutou muito pra construir esse bar aqui. Depois que ele se foi, a gente até pensou em fechar o estabelecimento, mas como não tinha outra renda, decidimos continuar. Se meu pai estivesse aqui, eu tenho certeza que ele estaria muito orgulhoso de mim e da minha mãe.

ÁLVARO: Eu me lembro como se fosse ontem do dia em que meu pai cometeu aquela loucura.

MARCELA: Eu também, eu tava aqui. Presenciei tudo, e infelizmente, não pude fazer nada. A minha vontade era de fazer com ele, igual ele fez com o meu pai, sabe?

DORALICE: Não é só você que tem esse sentimento, Marcela. Há uns quinze anos, Vicente também matou toda a minha família. Minha mãe, meu pai, meus irmãos, todos foram levados por um maldito incêndio causado por ele.

MARCELA: Meu Deus… quanta crueldade.

DORALICE (lacrimejando): Por sorte, eu não tava dentro de casa, mas assim que eu cheguei, me deparei com ele e o Jerônimo, filho dele, colocando fogo na minha casa. E pra piorar, depois eles me colocaram dentro de um caminhão e o Vicente abusou de mim. E depois, me largaram numa estrada deserta bem longe da cidade. Por sorte fui achada por um caminhoneiro que passava por ali e ele me levou pro Rio de Janeiro. Agora eu voltei com outro nome, comprei a fazenda que era dele e o próximo passo da minha vingança tá perto de acontecer.

MARCELA: Gente? Que história… eu tô chocada com a monstruosidade deste homem. Alguém tem que parar esse maldito.

DORALICE: A gente veio até aqui, Marcela, pra te fazer uma proposta.

MARCELA: Proposta? 

ÁLVARO: Olha, a Doralice quer colocar o meu pai atrás das grades, mas pra isso a gente precisa de provas. E ocê, Marcela, é o que a gente precisava.

MARCELA: Eu? Mas eu iria fazer o que de relevante nessa história, gente?

DORALICE: Além de você me ajudar nessa vingança, você pode servir de testemunha pra uma futura condenação do Vicente no tribunal.

MARCELA: Ai, gente, vocês não acham que tão se apressando demais, não? Ninguém nem tem provas contra ele e já estão pensando em tribunal…

DORALICE: Vem com a gente pra Santa Aurora, Marcela. Olha, eu prometo que sem casa você não vai ficar. Pro Vicente não desconfiar de nada, eu alugo uma casa pra você na cidade e você mora lá. 

MARCELA: Ah, mas e meu serviço aqui? Minha vida tá toda aqui nessa cidade.

DORALICE: Eu prometo que vai ser por pouco tempo. É só até a gente pegar esse crápula do Vicente e colocar ele na cadeia.

MARCELA: Tá… se é por pouco tempo, eu vou.

DORALICE: Jura?! Nossa, você não imagina o quanto eu fico feliz por isso.

MARCELA: Mas cês tem certeza que isso vai dar certo?

ÁLVARO: Claro, Marcela. Pode confiar.

DORALICE: Olha, mas por favor, não procure o Vicente enquanto eu não te falar nada, hein? Eu quero que você dê as caras só quando a gente tiver as provas em mãos e quando chegar o dia do julgamento. Agora se você quiser ficar aqui e esperar, o direito é seu.

MARCELA: Não. Eu vou. Eu prometo que não vou fazer nada enquanto vocês não mandarem. 

DORALICE: Ótimo.

Dias se passam ao som de “Assim os Dias Passarão - Almir Sater, Renato Teixeira”. 

CENA 02: MANSÃO/INT./DIA.

DORALICE: Ritinha, eu quero que essa festa de réveillon aqui na fazenda seja um sucesso. Já mandei o convite pra todo mundo da cidade.

RITA: Com certeza, vai dar o que falar, dona Laís.

DORALICE: Até agora você não me disse o motivo de ter saído da casa dos González. Tem certeza que saiu só porque você tá grávida?

RITA (com lágrimas nos olhos): Ah, pois é… então… 

DORALICE: Pode falar, Ritinha. O que você falar aqui, vai ficar aqui.

RITA: O Jerônimo… esse filho é dele.

DORALICE: Do Jerônimo? Vocês tinham um caso?

RITA: Não… o Jerônimo, ele… ele abusou de mim, me feriu. Ele é um monstro, um monstro da pior espécie.

DORALICE: Meu Deus… eu tô chocada. Porque você não me disse isso antes?

RITA: Resolvi deixar pra lá, dona Laís. Mas eu sinto que aqui eu tô segura.

DORALICE: Você não quer ir até a delegacia? 

RITA: E vai adiantar o que? Ele mesmo me disse que se eu fosse na polícia, ele iria acabar com a minha vida.

DORALICE: Não vai. Ele não vai fazer nada. Qualquer coisa eu tô aqui pra te ajudar. Por favor, Rita, faz o que eu tô te falando, vai até a delegacia denunciar o Jerônimo. Eu te garanto que você não vai se arrepender.

Focamos em Rita, que fica pensativa.

CENA 03: CASA DE MARLUCE/INT./DIA

O instrumental "Come Ti Amo - Guilherme Rios" entra em cena. Marluce está sentada no sofá, segurando uma velha caixa de fotos. Ela tira algumas fotos e começa a folheá-las lentamente: Foto de Silvinha criança, sorrindo em uma festa de aniversário. Silvinha adolescente, ao lado de Marluce, abraçadas. Silvinha adulta, com um semblante sério. Marluce olha fixamente para uma das fotos, e seus olhos começam a encher de lágrimas. Aos poucos, o choro se torna mais intenso. Ela segura a foto contra o peito, como se quisesse abraçar a filha.

MARLUCE (chorando): Minha filha... Onde foi que eu errei?

CENA 04: MOTEL/INT./DIA

Vicente e Morgana estão deitados na cama, abraçados, enquanto conversam descontraidamente.

MORGANA: E aí, vai na festa que a Laís tá organizando? Ou vai arranjar alguma desculpa tipo “tô gripado” pra não ir?

VICENTE (com um suspiro): Não queria ir nessa frescura, mas parece que não tenho outra escolha. 

MORGANA: Frescura? Bebê, eu já tô lá! Vou botar meu lookinho, fazer stories e curtir horrores! 

CENA 05: CASA DOS GONZÁLEZ/INT./DIA

No quarto, Natália caminha de um lado para o outro, com expressão inquieta. Ela para, pensa por um instante, e sorri. O instrumental "Gara - Eduardo Queiroz" entra em cena.

NATÁLIA: Claro! Essa festa é a minha grande chance de desmascarar a Doralice na frente de todo mundo. (ela ri, com deboche) Quero acabar com a festinha dessa desgraçada.

Neste instante, Natália ouve o som de uma viatura se aproximando. Assustada, ela desce apressada as escadas. Ao chegar no andar de baixo, ela se depara com Jerônimo sendo algemado por dois policiais, enquanto Carmem, desesperada, tenta impedir que o filho seja levado.

CARMEM (gritando): Soltem o Jerônimo! Meu filho não fez nada! 

POLICIAL: Isso a gente vai esclarecer na delegacia. Seu filho está sendo preso por estupro e tentativa de feminicídio

CARMEM (assutada): O QUE? Quem fez uma barbaridade com meu filho? Quem é a vagabunda que fez essa denuncia?

POLICIAL: Rita das Dores. Foi ela quem fez a denuncia.

Nesse instante, Carmem desmaia. Jerônimo, com semblante tenso, é colocado no camburão sem dizer uma palavra. O veículo parte. Do outro lado, Doralice observa tudo à distância, com um sorriso frio e satisfeito. A câmera se aproxima lentamente dela.

DORALICE (para si mesma): Não precisei mover uma palha pra me vingar desse desgraçado. Hoje foi você, Jerônimo. O próximo é o seu pai.

CONGELAMENTO EM DORALICE.

A novela encerra seu 22° capítulo ao som de “It's My Life - Bon Jovi”.

Tente Outra Vez Cap. 27 (31/12/2024)

 TENTE OUTRA VEZ CAP. 27 (31/12/2024)

Cena 01: Delegacia/Manhã: Pedro está frente a frente com Viviana. O tema dos dois toca (Mirrous) e os dois dialogam:

Pedro - Viviana, eu preciso me acertar com você.

Viviana - Mas o que você está fazendo aqui? Não acha que já estragou demais a minha vida não? Não basta já ter me feito perder o casamento? 

Pedro - Eu preciso falar com você. Você precisa entender o meu lado.

Viviana - Que lado? O lado do vencedor? Porque é isso que eu estou vendo, o lado do vencedor. Por favor, me deixa em paz.

Pedro - Eu não posso te deixar em paz enquanto eu não tiver paz. Viviana, eu te amo! Eu te amo mais que tudo!

Viviana - Mentira! Ainda é muita afronta alguém do seu porte vir aqui se humilhar desse jeito. Você pode se espernear, falar como quiser. A mim não dirá nada.

Pedro - Eu sei que errei quando deixei você e a Helena a sós. Mas eu mandava dinheiro todo o mês.

Viviana - Aquela mixaria que mal dava pra comprar o leite. Pedro, você parou no tempo, completamente no tempo. Não estamos mais há 25 anos atrás. Estamos na atualidade. A vida andou, a fila andou pra nós dois. Já não basta eu estar presa aqui e você aí fora não?

Pedro - Pois eu queria falar justamente sobre isso. Eu fiquei sabendo sobre o que aconteceu, e não podia deixar de vir aqui.

Viviana - Tripudiar sobre o meu sofrimento. Clássico de você.

Pedro - Eu vim te tirar daqui.

Viviana - Me tirar daqui? Eu ouvi direito?

Pedro - Ouviu corretamente. Eu vim te tirar daqui. Contratei um dos melhores advogados do Rio, e ele já está dando entrada no processo. Ainda hoje você sai daqui.

Viviana - Você não está blefando?

Pedro - Você já me viu blefar alguma vez?

Viviana - Muitas…

Pedro - Mas dessa vez é verdade. Viviana, eu quero reparar o erro que eu cometi com você e com a Helena. Pode acreditar que agora eu vou ajudar vocês, eu até ajudei a Helena pra ela trabalhar como modelo. Eu sei que não dá pra corrigir o passado, mas eu consigo corrigir o presente. Eu só peço que você acredite em mim, pelo menos uma vez na vida você acredite em mim.

(Close em Viviana)

Cenas do Rio de Janeiro ao som de Wake Me UP Before You Go-Go 

Cena 02: Apartamento de Roberto/Manhã. Roberto acaba de acordar, e encontra uma carta debaixo da porta. Ele vai pegar a carta e lê. A câmera mostra a carta escrita:

Saia imediatamente desse caso, se não vai sobrar pra você.

Cervejaria Goffmann/Manhã. Cena com Renato e Roberto.

Renato - Eles te escreveram isso?

Roberto - Sim. Eles já estão sabendo o nosso plano, agora como?

Renato - Não já teve a morte daquele menino? O negócio está sério. Precisamos ser mais cautelosos.

Roberto - E a moça que nós iríamos colocar na casa de Túlia? Ela já foi escolhida?

Renato - A Luísa que cuidaria disso. Aí só conversando com ela…

Roberto - Mudando um pouco de assunto, me contaram que sua ex foi presa, é verdade?

Renato - Nem me lembre disso… essa mulher só me traz tragédia, não é possível.

Roberto - Você vai deixar ela lá?

Renato - Ela que mofe naquela cadeia. Eu até queira tirar, mas a Luísa não deixou.

Roberto - Mulher tirana, marido banana…

Renato - O que disse?

Roberto - Nada não… bom, vamos voltar ao assunto da carta.

Renato - O que você pretende fazer?

Roberto - Eu queria aguardar passar esse casamento da Cassia e do Júlio, porque como os dois vão viajar vai ficar meio desfocado, e o Júlio havia prometido espionar aqui dentro da empresa.

Renato - Você tocou em um ponto importante. O casamento deles é dentro de cinco dias, teremos que aguardar.

Passagem de tempo de cinco dias. Toca só pra o Vento. A cena mostra a nova casa de Laura e Daniel.

Daniel - O que achou da nossa casa?

Laura - Um barato. Seu pai foi muito bom com a gente.

Daniel - Ele, diferente da minha mãe, é mais tranquilo.

Laura - Hoje é o casamento do meu pai, você vai né?

Daniel - Claro que vou. Só vou precisar passar rapidinho em uma loja, estou conseguindo um emprego, o meu diploma de administração vai servir pra alguma coisa.

Laura - Vai lá. 

Cena 03: Casa de Cássia/Tarde. Luísa ajuda Cássia a se arrumar.

Luísa - Você está linda, amiga. A noiva mais linda que já vi.

Cássia - Não minta pra mim, Luísa. Eu estou tão simples. Também, optamos pelo casamento somente no cívil.

Luísa - É na simplicidade que mora a beleza.

Cássia - Fico muito feliz de você estar me ajudando. É muita generosidade.

Luísa - Eu que fico grata. Não tem coisa melhor do que ajudar os amigos, acredite. Bom, já está na hora. Eu te desejo toda sorte do mundo (as duas se abraçam)

Cena 04: Casa de Helena/Tarde.

Helena - Desculpa eu não ter te atendido direito naquela vez. Mas eu peço que você resuma o que você queria dizer porque eu tenho um casamento dentro de uma hora.

Heitor - Eu queria que você me ajudasse com a Gabi. Eu sei, que só nos vimos uma vez, naquela ocasião. Mas eu não sei, algo naquela menina me atraiu. Algo que nunca aconteceu comigo.

Helena - Então você quer que eu sirva de cupido?

Heitor - Não é bem cupido, mas de amiga.

Helena - Mas eu não sou amiga dela. Olha, eu acho que você está confundindo. Eu sou irmã daquela moça, a Flávia, que discutiu com ela. Bem, a minha irmã agora está com problemas de memória, por causa de um acidente que ela sofreu. Você imagina que ela não consegue lembrar de absolutamente ninguém? Na verdade, ela lembra de uma pessoa só, o Victor, que era namorado dela. Ele inclusive estava lá no restaurante.

Heitor - Eu acho que me lembro… ele não estava com a Gabi?

Helena - Isso. Ela só consegue lembrar dele.

Heitor - Isso deve estar ligado ao fator emocional, você sabe né?

Helena - Me explique mais.

Heitor - Bom, eu não entendo bem disso, meu pai que trabalhava nessa área, ele poderia falar melhor. Mas as pessoas elas guardam na memória pessoas e momentos que mais lhe causaram impactos… então, pessoas que amaram, momentos felizes ou tristes… pelo que você me explicou, a Flávia só consegue lembrar do namorado dela. Provavelmente um fator emocional está envolvido. Helena, eu já sei! Como eu não pensei logo nisso.

Helena - No que?

Heitor - Será que a Gabi não seria uma das chaves que ajudaria a sua irmã a se lembrar de tudo? Porque veja bem, se ela esteve presente em seus últimos momentos antes do acidente, provável que há um fator emocional envolvido nisso.

Helena - Mas se fosse assim, ela não lembraria dos pais?

Heitor - Bom, as memórias também podem ser bloqueadas. Tipo, momentos de sofrimento. Poderíamos tentar convencer a Gabi a nos ajudar com tudo isso. Isso não só me aproximaria dela, como também resolveria essa questão da memória.

Helena - Você teve uma boa ideia. Isso, uma grande ideia. Olha, o pai dela vai se casar hoje. Será no fórum, você pode aparecer lá. Lá pode ser um ótimo lugar pra você conversar.

Heitor - Gostaria, mas hoje não posso, tenho uma gravação pra poder fazer as 16h. Mas podemos marcar um outro encontro, não?

Helena - É possível. Me dê seu contato.

(Ele escreve seu contato)

Helena - Perfeito. Assim que me organizar eu entro em contato. Agora eu preciso ir, mas a sua ideia é fabulosa.

Cena 05: Fórum/Tarde. Todos estão reunidos em frente a sala, e a mestre se cerimônia convida todos.

Mestre: Júlio e Cássia?

(Todos entram. Começa a tocar Chuva de Prata - Gal Costa, enquanto é realizado a cerimônia. A mestre de cerimônia realiza os procedimentos, e no final os dois se beijam. Todos aplaudem)

Renato - Agora está na hora da surpresa.

Júlio - Surpresa?

Cássia - Meu Deus, você não fizeram isso.

Luísa - Claro que fizemos. Por algum acaso deixaríamos em branco?

Corte para o aeroporto.

Renato - Eu conversei com um amigo meu, dono de um hotel lá em Paris, já está tudo certo. Tenham uma boa viagem.

Luísa - Aproveitem muito. Sejam felizes.

Helena - Não esqueçam de mandar fotos.

Laura - Tchau Tio!

Gabi - Cuidarei bem da casa.

Júlio - Tchau, meus amores!

(Laura se aproxima de Cássia) - Cuida bem dele.

Cássia - Pode deixar!

Eles vão embora, e todos se despedem. O capítulo se encerram com um close em Cássia e Julio. Encerra ao som de Chuva de Prata.

Feliz 2025 🎉🎉🎉

Serras do Amor - Capitulo 02 Reprise

 Capítulo 02

Cena 01: Estação de trem
Ana - Então papai, e o meu abraço?
Ana e Geovane se abraçam rapidamente.
Luíza - Que saudade minha irmã. Desde que saiu daqui perdi minha companheira de confidências. Quero que me conte tudo!
Ana - Claro minha irmã!
Florência - Minha filha, não sabe como senti sua falta, sua presença é muito importante.
Ana - Oh mamãe, a senhora também me fez muita falta.
Todos vão para o carro e vão direto para a fazenda.
Cena 02: Fazenda Águas Lindas
Ana - Papai, precisamos de ter uma conversa muito séria e de total interesse seu.
Geovane - Venha, vamos conversar no escritório.
Ana - Vou direto ao assunto. Sei que me mandou para a capital pois descobri o que você fez, não é papai? Esse seu passado sombrio deve te atormentar, o senhor deve temer muito que alguém descubra e acabe com seu prestígio e a sua tão bem estruturada carreira política.
Geovane - O que quer Ana, vai contar para sua mãe? Para todos da fazenda? Para todos da cidade? Bom, se quiser acabar com a vida de seu pai, vá em frente!
Abertura
https://youtube.com/shorts/...

Ana - HAHAHA, isso não me interessa, afinal de contas, tudo que for seu será meu. Eu tenho esse segredo bem guardado, mas tenho condições a serem impostas.
- A primeira é que eu não quero que o senhor se intrometa mais na minha vida, não quero mais que controle meus modos de pensar e de viver. Quero também que coloque tudo no meu nome, a fábrica, as terras, a fazenda e a maior parte da herança.
Geovane - Você não pode fazer isso comigo Ana. Sua irmã e sua mãe também tem direitos.
Ana - É isso ou nada feito. Se não cumprir esquecerei que é meu pai e conto tudo. Não irei me importar com mais nada. Talvez seria até mais fácil ficar com tudo.
Geovane dá um soco na mesa e fica inconformado, mas aceita já que não tem outra opção.
Cena 03: Estação de Trem
O jovem Antônio chega na cidade de Natividade.
Antônio caminha pela rua de pedra e encontra a pensão das primas Josefina e Clementina, ele bate à porta mas ninguém responde, ele adentra a pensão e encontra as duas dormindo nos sofás e roncando. Ele faz um barulho e assusta elas.
Clementina - O que o senhor quer?
Antônio - Vi que aqui é uma pensão, gostaria de um quarto.
Josefina - Clementina, corra, tire as roupas do varal pois vai chover.
Antônio - Na verdade está um sol de queimar os piolhos lá fora.
Josefina - Você quer uma vaga na pensão? Finalmente alguém que quer uma vaga na pensão! Pois a vaga é sua, até porque temos todos os quartos sobrando.
Antônio solta um sorriso largo e o capítulo se encerra focando no rosto dele.
ENCERRAMENTO

A Vingança de Gabriela episódio 7

Episódio 7

Cena extra (Gabriela vê Amora desmaida 

Gabriela: Amora, acorda Amora, eu acho ela morreu....)

Cena 01 (continuação da cena anterior)

Paola entra no banheiro 

Paola- Amora tá tudo bem 

Amora- Aí Paola o pior aconteceu amiga a Gabriela tá aqui 

Paola- Ahhhh eu já ouvir essa história 

Amora- Miga me acorda desse pesadelo 

Paola- Aí amiga infelizmente é realidade 

Amora- O que eu faço senhor 

Paola- Não deixe ela te deixar assim, vem comigo vem 

Amora pega na mão de Paola 

Cena 02 (Festa)

Gabriela- Quanto tempo Atilo 

Atilo- O que você faz aqui 

Gabriela- Aí Atilo dps do ensino fundamental e médio eu conheci a Amora e o nosso destino não foi tão bom 

Atilo- Aí eu devo imaginar então você tá se vingando dela 

Gabriela- É a vingança de Gabriela 

Atilo- Gabi, tem uma coisa que eu quero te falar 

Gabriela- Fala Atilo 

Atilo- Eu quero muito te ter por perto 

Gabriela- Eu também 

abraços 

Afrodite vê e fala 

Afrodite- Quem é esse gente?

Cena 03 (Casa de Gabriela)

Nuno- Luciana 

Luciana tá lendo um livro e para

Luciana- O que foi Nuno 

Nuno- Eu tô preocupado com nossa família 

Luciana- Novidades?

Nuno- Desde do sumiço da minha mãe, eu sinto que a nossa família tá em guerra sabe 

Luciana- Nuno os tempos são outros, temos que saber quem faz tudo isso, é a gente 

Nuno- Não, não é a gente 

Luciana- Fica bem 

Cena 04 (Casa de Giselle)

Victor toca a campainha 

Giselle- Já vai 

Giselle abre a porta 

Giselle- O que você faz aqui 

Victor- Você precisa de alguém 

Giselle- Nunca mais você falou comigo, deu alguma coisa, precisa de dinheiro 

Victor- Eu sei de tudo e em breve a casa vai cair Giselle 

Giselle- Cair? já caiu

Victor- A Gabriela é uma pedra no nosso sapato 

Giselle- Nem me fala quando eu ouço o nome Gabriela vem o meu pior lado 

Victor- Temos que fazer o fizermos com o Anderson 

Giselle- Não, isso não 

Victor- Fica bem Gisele (não vou ficar)

Cena 05 (Festa)

Gingo- Tava com ela 

Paola- A Amora precisa se divertir 

Gingo- É Amora, eu não sei o teu problema mas isso já passa 

Amora- Obrigado gente 

Cena 06 (Na porta de casa de Amora)

Dom Japan aparece 

Afrodite- Japan 

Afrodite se aproxima 

Afrodite- Japan o que você faz aqui 

Dom Japan- Vim atrás de você 

Afrodite- Se a Gabi descobrir que eu tô com você ela me mata 

Dom Japan- Eu vim atrás de você e da Gabi 

Afrodite- A Gabi não tem nada a ver 

Dom Japan- Só vem comigo

Afrodite- Não pensa em fazer isso 

Dom Japan- Eu vou fazer uma proposta, eu pago um advogado e a Gabi bota a Giselle na prisão 

Afrodite- Giselle? quem é Giselle (eu já ouvir o nome dela)

Dom Japan- Ela torrou o dinheiro da Gabriela quando ela te conheceu e a filha da Gabriela a Luciana sabe muito bem disso 

Afrodite- A Luciana eu sei quem é 

Dom Japan- Então a gente tem nas mãos uma prisão, a Gabriela passa pra frente e Giselle da um passo pra trás 

Afrodite- E a Amora quando ela anda pra trás 

Dom Japan- Vamos estragar a festa 

Afrodite- Estragar a festa 

Dom Japan- Simmm

ABERTURA DE A VINGANÇA DE GABRIELA

Cena 07 (Festa)

Gabriela está tomando um skin e Afrodite se aproxima 

Afrodite- Gabi eu trouxe uma pessoa 

Gabriela- Uma pessoa mas as mesmas pessoas que eu conheço, você também conhece? É A Luciana 

Afrodite- Não 

Gabriela olha Dom Japan 

Gabriela- O que você tá fazendo aqui 

Dom Japan- Gabriela me escuta 

Gabriela- Fala 

Dom Japan- Eu tenho aqui nesse pen drive as fotos do dia que o Anderson foi morto e posso te pagar um advogado pra botar a Cuselle na prisão 

Gabriela- Botar a Giselle na prisão, essa ideia é perfeita 

Dom Japan- E eu vou chamar a polícia e o Victor vai agora ser preso, ele chegou agora da casa de Giselle (eu soube porque eu implantei um chip nele)

Gabriela- Ok 

Gabriela se afasta dos dois, tira a música que tá tocando e bota as fotos e pega o microfone 

Gabriela (microfone)- Boa noite a todos e todas, essa festa não tá linda (durante a fala todos falam tá), Pse né, pra quem não me conhece eu sou Gabriela e tô mostrando isso pra vocês para dizer que o Victor o irmão da organizadora do evento a Amora, ele matou o meu ex amor (todos se chocam)

Amora- O que que essa patife tá dizendo 

Gabriela- Pse ele matou o meu ex amor 

Gabriela mostra o vídeo e Amora sai correndo, Amora chega e quebra o computador e Dom Japan exibe uma imagem dela 

Amora- Você quer acabar com a minha festa 

Gabriela- Olha ela, lá vem ela, Amora a que causa, a que chama atenção, a AMORAAAAAAAA

Amora- O que você tá dizendo é tudo mentira 

Gabriela- Tudo verdade até porque o Anderson morreu e foi seu irmão que matou 

Bofetadas entre Gabriela e Amora começa 

Jaime-Aí mds 

Dom Japan- Vai Gabriela (todos gritam vai Gabriela, vai Amora)

Paola chega e diz 

Paola- Parou, que isso gente, parecendo mlk de rua 

Amora- Fora daqui Gabriela, eu vou chamar a polícia 

Dom Japan- Não precisa chamar 

Polícia chega 

Victor- Finalmente, policiais por favor levem esses três aqui 

Polícias- Não viemos levar esses três e sim você, você tá preso pela morte do Anderson 

Amora- NÃO, NÃO, são eles que tem que ser presos 

Gabriela- Adeus Victor você caiu do cavalo, aí gente essa festa tá um saco, eu já enjoei, tá chata isso aqui (bem chatissima) vamos embora 

Gabriela, Dom Japan e Afrodite sai 

Amora- ISSO NÃO VAI FICAR ASSIM GABRIELA, NÃO VAIIIIIIII

Cena 08 (Amanhece/ casa de Gabriela)

Luciana- Preso, o irmão da loirinha da shoope foi preso 

Dom Japan- Sim e a Gabi desmascarou ele 

Gabriela- Agora o meu foco é Giselle, mas a Amora tá no nosso pé ainda, algo me diz que alguém do nosso lado vai passar pro lado oposto 

Afrodite- E porque esse alguém faria isso 

Gabriela- Não sei Afrodite, mas o novo tá por vim, temos que nos preparar, só foi o começo 

Gabriela sai da mesa 

Nuno- Essa vingança tá que tá viu 

Cena 09 (Casa de Giselle)

Giselle- Preso, o Victor foi preso?

Figurante- Sim, parece que uma moça botou o barraco lá 

Giselle- É a Gabriela, ela tá me deixando louca 

Figurante- Então se prepara filha 

Giselle- Vou me preparar bastante 

Cena 10 (Casa de Gabriela)

Gabriela olha o xadrez 

Gabriela joga o bispo pra diagonal 

Gabriela- Aqui tá eu, o Dom Japan desse lado, a Afrodite também, a Luciana também, o Nuno também mas eu não vejo a asmim, será que a Iasmim é essa daqui, então se essa for Iasmim eu vou ficar de olho nela e no restaurante 

Afrodite chega 

Gabriela- Aí que susto Afrodite

Afrodite- Desculpa eu vi você conversando 

Gabriela - Era um momento particular, Afrodite, aqui tem um tabuleiro de xadrez e olha só essa tabuleiro de xadrez, algo me diz que a pessoa que vai nos apunhalar pelas costas é a Iasmim e depois vai voltar o cão arrependido 

Afrodite- Nossa porque será que a Iasmim faria isso com a gente 

Gabriela- Aí Afrodite nem eu sei 

Gabriela sai 

Afrodite- Iasmim vai mesmo trair a gente 

Cena 11 (Casa dos ativistas)

Naná- A festa deu muito errado 

Jaime- Pelo menos eu encontrei a Gabriela 

Naná- Eu ia falar sobre isso, ela falou o nome de um tal Anderson 

Jaime- Eu tenho chances com ela 

Naná- Será 

Jaime- Tenho ss gente 

Cena 12 (Cozinha do restaurante)

Iasmim abre a caixa 

Iasmim- Nossa que lindo 

Iasmim vê foto da tia e no bilhete 

Bilhete: Alô eu sei quem matou a sua tia, mas eu preciso que você encontre pessoalmente, ass: A

Iasmim: Quem será mds

Paraíso Virtuoso - Capítulo 21 (30/12/2024)

 PARAÍSO VIRTUOSO - CAPÍTULO 21

WEB-NOVELA DE SINCERIDADE 

CENA 01: CASA DOS GONZÁLEZ/INT./DIA

O instrumental “Sad Gamba - Alexandre de Faria” entra em cena.

NATÁLIA: Ofélia, sinceramente… eu tô achando que a idade não tá te fazendo muito bem. Porque além de ser insuportável, agora tá ficando uma velha gagá e maluca. De onde você tirou isso, hein? O André morreu porque sofreu um acidente…

OFÉLIA (interrompendo): Um acidente causado por você. Natália… o André sabia muito bem do teu segredinho. 

NATÁLIA (disfarçando): Sabia?

OFÉLIA: Mas é uma anta mesmo, hein? Queridinha… aquela nossa briga no celeiro foi vista pelo André, ele provavelmente ouviu tudo e te chantageou depois.

NATÁLIA (mentindo): O André nem me falou nada sobre isso. E outra, Como que você ficou sabendo que ele sabia do meu segredo?

OFÉLIA: Ah, aí ocê já tá querendo saber demais. Natália, não adianta ocê tentar me enganar. Agora eu já sei de tudo. Foi ocê quem matou o marido da Laís.

NATÁLIA: Cê tá caducando, Ofélia. Eu não matei ninguém! Pouco me importa se o André sabia de alguma coisa, ele não me disse nada. E mesmo que dissesse, eu jamais teria a coragem de matar alguém. Você é uma louca, uma gagá que tenta acabar com a minha vida a todo custo.

OFÉLIA: Eu acabar com a tua vida? Ocê própria já tá fazendo isso. (Pausa) Aproveita a tua vidinha de princesa nessa casa, Natália. Aproveita que um dia ela vai acabar, e esse dia tá chegando.

NATÁLIA (furiosa): Sua vagabunda! Sua cobra! SAI DAQUI! SAI DAQUI AGORA! EU NÃO QUERO TE VER NA MINHA FRENTE NUNCA MAIS, EU TE ODEIO, OFÉLIA! ODEIO!

Natália arremessa objetos contra Ofélia, que se retira do quarto com um sorriso cínico, mandando beijinhos para a vilã. Tomada pelo ódio, Natália continua jogando objetos contra a porta até que, exausta, desaba em lágrimas.

CENA 02: PENSÃO DE SANTA AURORA/INT./DIA

Após ser expulsa de casa, Silvinha está morando em uma pensão em Santa Aurora. Deitada na cama, o olhar fixo no teto, ela é tomada pelas lembranças do momento em que sua mãe a colocou para fora, e as lágrimas começam a escorrer por seu rosto.

SILVINHA (chorando): Tudo culpa daquela vaca falsificada… (enxugando as lágrimas) Mas isso não vai ficar assim. Ocê vai ter o que merece, Morgana.

CENA 03: CASA DOS GONZÁLEZ/INT./DIA

Natália está deitada na cama, chorando, quando ouve uma batida na porta

NATÁLIA (secando as lágrimas, tentando disfarçar): Pode entrar.

Carmem abre a porta e entra no quarto. Ela observa Natália por um instante, percebendo imediatamente que algo está errado.

CARMEM: Ocê tá chorando? Ôh, meu bem, o que aconteceu? Foi a Ofélia que te ofendeu, foi? Vem cá, deita aqui no meu colo.

NATÁLIA (mentindo): Não foi a Ofélia, não, dona Carmem. 

CARMEM: O que foi então, filhinha?

NATÁLIA: Seu filho. O Álvaro quer se separar de mim, dona Carmem. Ele já falou até em divórcio.

CARMEM (surpresa): Como é que é? O Álvaro quer se separar de você? Meu filho endoidou de vez, é?

NATÁLIA: E a senhora vai se assustar ainda mais quando eu dizer o motivo.

CARMEM: Não vai me dizer que…

NATÁLIA: É. É ela, dona Carmem. É a Laís que tá fazendo a cabeça do seu filho. Ainda mais agora que o maridinho dela morreu. Eu odeio aquela mulher, odeio com todas as minhas forças. A minha vontade era pegar a cara daquela mulherzinha e esfregar no asfalto...

CARMEM (interrompendo): Calma. Violência não!

NATÁLIA:  Desculpa, dona Carmem, é que…

CARMEM: Olha, filhinha, se o meu filho tiver se metendo com essa mulher mesmo, eu posso te ajudar a separar os dois.

NATÁLIA: A senhora faria isso por mim?

CARMEM: Claro. Pra mim, ocê é a minha única nora, e sempre vai ser. Nenhuma outra rapariga vai tomar o seu lugar, Natália. Jamais! 

NATÁLIA: Sabe, dona Carmem... é melhor deixar pra lá. Se é isso que ele quer, que fique com ela. Deixa o Álvaro e a Laís viverem juntos. Mas uma coisa é certa: eu não vou deixar esses dois em paz.

CARMEM: Se precisar de mim, eu tô aqui, filhinha. (Pausa) Acredita que a Ritinha foi trabalhar lá na casa da naja?

NATÁLIA: A Rita? Meu Deus… como assim?

Elas conversam sobre o assunto e a câmera se afasta.

CENA 04: CASA DOS GONZÁLEZ/EXT./DIA

VICENTE: Viajar com a Laís? 

ÁLVARO (mentindo): É, ela vai precisar ir até São Paulo retirar o nome do André da papelada da fazenda e me pediu pra ir junto. 

VICENTE: E que dia ocês vão?

ÁLVARO: Amanhã. 

VICENTE: Álvaro…Eu não gostando nada, nada dessa tua aproximação com essa Laís aí. Pra mim, essa mulher chegou pra trazer o caos pra essa fazenda.

ÁLVARO: Isso é coisa da tua cabeça, pai. Laís é uma pessoa boa, jamais faria mal a ninguém.

VICENTE: Tá apaixonado nela?

ÁLVARO (disfarçando): Eu? Não. Olha, meu pai, eu não aguento mais esse casamento com a Natália. Já falei pra ela que vou me divorciar e não quero nem saber.

VICENTE: Divorciar? Ocê ficou louco?

ÁLVARO: Não. Já faz tempo que meu casamento com a Natália já morreu, agora só falta enterrar. Assim que eu chegar de viagem, já vou direto no advogado pra dar entrada nos papéis.

VICENTE: É por causa dela, né? Agora que o André faleceu, o teu caminho tá livre.

ÁLVARO: Não. Não tem nada a ver com a Laís, já disse. Eu quero me separar porque eu tô cansado mesmo. Natália é uma pessoa difícil, que só pensa em si própria. 

VICENTE: Eu sou completamente contra essa separação. Mas se é isso que ocê quer, não posso te obrigar a ficar sendo infeliz pro resto da tua vida.

ÁLVARO: Bom, eu vou subir e jajá vou contar pra Natália sobre a minha viagem com a Laís. 

Álvaro segue para o interior da casa. Ao chegar no quarto, pede a Carmem que saia, pois deseja ficar a sós com Natália. Carmem obedece e deixa o local. Então, Álvaro revela à esposa que irá viajar com Laís para São Paulo. Aparentemente, Natália aceita a notícia com tranquilidade. No entanto, assim que ele sai do quarto, ela tem um surto. Tomada pela raiva e chorando, desfere vários tapas seguidos contra o colchão.

Horas depois…

CENA 05: BORDEL/EXT./NOITE

Silvinha está parada diante da porta do bordel de Ofélia, encarando a fachada do estabelecimento. O instrumental "Gara - Eduardo Queiroz” entra em cena.

SILVINHA: É agora que eu acabo com aquela maldita. Se ela tá achando que vai ficar por isso mesmo, ela tá bem enganada.

Determinada, Silvinha entra no estabelecimento. Assim que cruza a porta, os olhares das pessoas presentes caem sobre ela, carregados de julgamento. Ignorando as expressões de reprovação, Silvinha avança com passos firmes. Ao avistar Ofélia, ela se aproxima.

SILVINHA: Cadê? Cadê a cachorra da Morgana? 

OFÉLIA (surpresa): Silvinha? Ocê aqui no meu bordel? Menina, tive conversando com a Marluce esses dias e ela tá uma fera com ocê.

SILVINHA: É, ela me botou pra fora de casa. Tô até morando numa pensão, acredita? Mas eu não vim aqui pra prosear. Vim procurar a Morgana. Cadê ela?

OFÉLIA: Ela tá no quarto, mas…

SILVINHA (interrompendo): Muito obrigada, dona Ofélia, a senhora me ajudou muito.

Após ser interrompida por Silvinha, Ofélia estranha a situação e, desconfiada, decide ir atrás dela, subindo as escadas apressada. No segundo andar, Silvinha bate incessantemente na porta do quarto de Morgana.

SILVINHA: Ô SUA IMUNDA! SAI DESSE QUARTO AGORA ANTES QUE EU ARROMBE A PORTA! EU VIM ATÉ AQUI PRA TE DAR O QUE OCÊ MERECE, SUA CADELA! (Pausa) EU VOU CONTAR ATÉ TRÊS. UMM, DOOIS…

Nesse momento, Morgana abre a porta do seu quarto.

MORGANA: Olha aqui, se…

Antes que Morgana pudesse terminar de falar, Silvinha parte pra cima dela, lhe dando vários tapas seguidos. Com raiva, ela arremessa Morgana contra a cama e começa a lhe dar puxões de cabelo. Atordoada, Morgana tenta reagir, batendo na cara da rival, mas Silvinha a agarra pelo pescoço e começa a enforcá-la.

SILVINHA (gritando): ISSO AQUI É PELO O QUE OCÊ FEZ COMIGO, SUA VACA!

Silvinha desfere mais tapas no rosto de Morgana, aumentando a violência. Com raiva, ela a joga no chão com força. Ofélia, ouvindo o barulho, se aproxima rapidamente.

OFÉLIA: Ocê ficou louca, Silvinha? Meu bordel não é nenhum ringue, não.

MORGANA (atordoada, olhando pra Silvinha): Sua lixosa! Eu te odeio! 

SILVINHA: Isso é pra ocê aprender que comigo não se mete, Morgana. Por tua culpa, a minha vida virou um inferno do dia pra noite, até em pensão eu tô morando.

MORGANA: Cê devia era morar na sarjeta, sua vagabunda.

SILVINHA: Eu só não dou mais uns tabefes nessa sua cara de dinossauro pré histórico porque ocê não vai aguentar. Mas eu já me aliviei bastante. Boa noite.

Silvinha, sem dizer mais nada, se retira rapidamente. Ofélia, então, se aproxima de Morgana, ajudando-a a se levantar com cuidado e a colocando na cama, visivelmente preocupada com o estado da moça.

OFÉLIA: O que que ocê fez pra ela de tão grave, Morgana?

MORGANA: Meia-noite eu te conto. (Pausa) Olha o que ela fez com o meu rosto, Ofélia! Olha aqui, eu tô parecendo uma ameba.

OFÉLIA: Eu vou lá buscar um gelo pra colocar aí. Ocê se mete em cada uma…

Um dia depois…

O instrumental de "Gara - Eduardo Queiroz” segue tocando, enquanto a câmera mostra imagens de uma cidade fictícia do Sul de Minas Gerais, chamada Esperança. Em seguida, cortamos para o exterior de um bar localizado em uma avenida movimentada. Álvaro e Doralice aparecem, entrando no estabelecimento com passos firmes.

CENA 06: BAR/INT./TARDE

DORALICE (olha ao redor): Tem certeza que é aqui? 

ÁLVARO: Claro. Eu já estive aqui várias vezes com o meu pai. Só não sei se isso aqui ainda pertence a família do Santiago, pelo o que parece virou uma lanchonete.

DORALICE: Então vamos lá perguntar.

Eles caminham até o balcão, onde uma moça rapidamente se prepara para atendê-los. É Marcela (Gabriela Moreyra), filha do homem que Vicente assassinou no passado.

DORALICE: Oi, tudo bem? Eu queria um suco natural de laranja, por favor.

A moça se afasta para preparar o pedido. No próximo corte, ela retorna com o copo de suco e o entrega a Doralice, que bebe um gole.

DORALICE (sorrindo): Caprichou, hein? Parabéns, tá muito bom!

A moça sorri timidamente, visivelmente lisonjeada.

ÁLVARO: Vem cá, esse bar ainda pertence à família do Santiago?

MARCELA: Pertence, sim.

ÁLVARO: Ah, sério?! E como eu faço pra entrar em contato com eles?

MARCELA: Tá falando com a filha dele, moço. O que é que vocês querem com a gente?

A câmera foca em Marcela, alternando com Álvaro e Doralice, que se entreolham.

CONGELAMENTO EM MARCELA.

A novela encerra seu 21° capítulo ao som de “It’s My Life - Bon Jovi” (tema de Doralice)

Tente Outra Vez Cap. 26 (30/12/2024)

 TENTE OUTRA VEZ CAP. 26 (30/12/2024)

Cena 01: Continuação do Capítulo Anterior: Viviana atropela um homem e se desespera. Ela sai do veículo e Luísa a vê.

Luísa - Mas é você, sua desgraçada? Foi você? Você é uma maluca, é?

Viviana - Meu Deus, ele está bem?

(Ela corre até o homem para ver se ele está bem.)

Luísa - Você queria me matar, né? Queria! Queria sim! 

Viviana - Não é isso. Foi um acidente.

Luísa - Acidente coisa nenhuma. Fale, se você for mulher.

Viviana - Ele não está bem. Vou colocar ele no meu carro.

Luísa - Você não vai pra lugar nenhum. Você vai ficar aqui e vai me explicar tudo!

Viviana - Não está vendo que esse homem não está bem?

Homem - Socorro… socorro 

(O homem começa a agonizar e morre)

Viviana - Espera… não se vá. Não se vá, você não pode ir!

Luísa - Você matou o homem. Mas você queria era me matar.

Viviana (começa a chorar) - Não é isso. Não, não, não! Deu tudo errado!

Luísa - Pois saiba que não vai ficar assim. A polícia vai ficar sabendo.

Viviana - Luísa, não faça isso. Você não pode fazer isso comigo.

Luísa - Não posso? Tanto posso que iria fazer.

Viviana - Eu te juro, por favor! Não faça isso. Ela se ajoelha no chão e começa a chorar. A câmera mostra a visão de cima, escurece a tela, voltando já com a Viviana trajada de prisioneira. Ela caminha pelos corredores, chorando, enquanto as prisioneiras gritam e batem nas grades. Ela entra em uma cela, e se senta no chão chorando.

Viviana - Eu não merecia isso, não merecia…

Cena 02: Apartamento de Luísa/Noite. Luísa entra furiosa, jogando a bolsa no sofá. Renato questiona o que ela tem.

Renato - Luísa, você está bem? Porque está assim?

Luísa - Renato, você não acredita no que a Viviana aprontou hoje. 

Renato - A Viviana outra vez…

Luísa - Pare pra me escutar uma vez nessa vida. Ela tentou me atropelar.

Renato - Ah, não, Luísa. Como ela vai tentar te atropelar? A Viviana nem carro tem.

Luísa - Eu não sei de onde ela tirou aquele carro. Mas ela tentou me atropelar sim, eu estou te falando. Graças a Deus não conseguiu, mas o pobre do rapaz que me ajudou que sofreu.

Renato - O que teve esse homem?

Luísa - Foi atropelado. Ela jogou o carro em cima dele. E o homem não resistiu.

Renato - O que você falou, Luísa? Que história é essa?

Luísa - Eu estou te contando! Ela matou um homem, Renato. Essa mulher está maluca, completamente maluca.

Renato - Isso não pode ter acontecido… a Viviana é maluca, mas não é pra tanto.

Luísa - Pois passe a acreditar, essa mulher matou um homem. 

Renato - E onde é que ela está?

Luísa - E onde mais estaria? Na cadeia!

Renato - Na Cadeia? Você chamou a polícia?

Luísa - E o que mais faria? Chamei a polícia e ela vou presa. O que essa mulher me aprontou não tem nome, Renato. Agora eu poderia estar esticada em um caixão.

Renato - Isso não pode ter acontecido…

Luísa - E mais uma coisa. Se eu souber que você foi lá e tirou aquela mulher da cadeia, você vai se ver comigo, entendeu?

Cena 03: Casa de Eduardo/Noite. Ao som de My Love - Texas, Eduardo acende as velas da mesa. Está organizando tudo pra chegada de Ana para ver o filme. Alguém bate na porta.

Eduardo - Já vai, já vai!. Ana.

Ana - Olá, Eduardo. Não vai me convidar pra entrar?

Eduardo - Claro, pode entrar. O filme e a pipoca já estão prontos.

Ana - Filme?

Eduardo - Claro, você não falou que queria assistir filme aqui em casa?

Ana - Ah… tá bom…

Eduardo - O que foi? Não gostou?

Ana - Não… quer dizer, sim. Só que eu esperava outra coisa.

Eduardo - O que você esperava?

Ana - Isso aqui.

(Ela agarra ele e da um grande beijo. Os dois começam a se agarrar e se jogam no chão)

Cena 04: Casa de Júlio/Noite.

Júlio - Amor, você ja está melhor?

Cássia - Um pouco, um pouco….

Júlio - Eu estava pensando. Os debates já estão próximos, não? Você acha bom viajarmos após nos casarmos?

Cássia - Eu não sei, amor. Podemos ver isso depois?

Júlio - Cássia, desde que ocorreu esse incidente você não tem mais me dado atenção alguma. Tudo que eu falo com você, você vai e destrata. O que está acontecendo?

Cássia - Você sabe o porquê, Renato. Eu estou cansada, cansada com tudo o que está acontecendo na minha vida. Tudo dando errado, e aqueles que estão do meu lado estão sendo prejudicados também. Eu não aguento mais passar por tudo isso, não foi isso que eu pedi a Deus.

Júlio - Mas Cassia, esses problemas acontecem com todo mundo. Todo mundo passa por problemas, dores de cabeça. A questão é como enfrentamos todas essas situações. 

Cássia - Eu estou cansada de enfrentar isso. Eu sei que todo mundo passar por isso, mas ninguém quer que aconteça isso conosco. Eu estou feliz que vamos nos casar, seja no civil, religioso ou até em pensamento. Pode ter festa ou não, viagem ou não, o importante é estarmos juntos. Mas é que realmente agora não dá. Podemos ver isso amanhã?

Júlio - Claro. Então vemos isso amanhã…

Cena 05: Apartamento de Túlia/Noite. Túlia está sentada no sofá, tomando um bom vinho e ouvindo tango. Ela está refletindo e pensa alto.

Túlia - Aquela menina acha que está ganhando o jogo… ela não sabe quem é Túlia Britto. Não sabe o que eu sou capaz de fazer. Ela vai achar que eu vou ter um neto negro, não mesmo. Eu ainda não sei o que vou fazer, mas ela que me aguarde. Ela que me aguarde…

(Wagner entra)

Wagner - Túlia? Conversando sozinha?

Túlia - Voltou cedo?

Wagner - Eu chego esse horário todos os dias…

Túlia - Que pena… poderia chegar mais tarde. 

Wagner - Túlia, não estou entendendo…

Túlia - Você nunca entende. Nunca entende. Wagner, porque você não vai dar uma volta? Espairecer um pouco, depois você volta.

Wagner - Eu estou tão cansado, tudo que queria era ir pra casa. 

Túlia - Então quem vai espairecer sou eu. Tenha uma boa noite.

(Túlia sai pela porta)

Wagner - Essa mulher está enlouquecendo, só pode.

Transição de cena ao som de Asa Morena, amanhecendo e chegando a prisão. Cena com Miriam e Viviana.

Viviana - Ainda bem que você está aqui, dona Miriam.

Miriam - Se pensa que eu vim tirar você daqui, está muito enganada. Você é alguma burra por acaso? O que foi que eu te mandei fazer? Seu cérebro não é capaz de processar um pouquinho de informação?

Viviana - Foi sem querer, eu juro.

Miriam - Você é uma burra , uma tonta! E quer saber de uma coisa? Pra você aprender, você vai ficar aí mofando. Eu não vou perder tempo com gente incompetente como você. Aproveita esse tempo que você está aí, e reflete. Às vezes a burrice passa…

Miriam sai de forma fria. E Viviana se irrita.

Viviana - Miserável! Vagabunda! A culpa é sua! É toda sua! Sua! (Ela começa a bater na grade) A burra fui eu. Eu que fui burra de acreditar em você, sua desgraçada!

(Pedro se aproxima, e Mirrous começa a tocar)

Pedro - Viviana, você está bem?

Viviana - Pedro? O que você está fazendo aqui?

Pedro - Vim pra resolvermos erros do passado.

Mirrous segue tocando, com close em Viviana. O capítulo encerra ao som da música.

A Melindrosa,Cap 11 - 29/12/2024

 A Melindrosa

Capítulo 11

Abertura 

1929

Cena 1- Tarde.Frente da Residência Serra e Dutra Cavalcante.

Mariane e Fernando se olham,encantados um com o outro,surpresos pela forma como se reencontraram.Ao fundo toca “O Gondoleiro do Amor”.

Fernando- Voltei hoje do Rio de Janeiro.

Mariane- Ah é ? Que bom.Eu voltei a alguns dias da Europa.

Fica um silêncio ensurdecedor.

Fernando-... Então,você veio ver minha irmã?.

Mariane- Vim visitá-la,só vou estacionar o carro.

Fernando- Pensei que durante esse anos tinha adquirido alguma educação e tinha parado de se intrometer na vida da minha irmã.

Mariane- oi? Você me respeite.Só não lhe dou um safanão por respeito a Ana Lúcia que não merece ter um irmão mequetrefe como você.

Fernando- Eu ? Mequetrefe? Como ousa ?. Só comprova tudo o que eu ouvi nos últimos anos a seu respeito.Tornou-se uma mulher de má com a vida.Descompensada.Arrogante.

Mariane- Arrogante ? Nunca fui arrogante em minha vida.Sempre tratei todos de igual para igual.O mesmo não posso dizer sobre você e sua família…

Fernando- Não envolva minha família nisso.

Mariane- Mas claro que envolvo.Da mesma forma que eles se envolveram na nossa… Enfim.Sempre fui tratada como se valesse menos,apenas por defender minhas ideias.E você… Sempre foi um covarde.Nunca me defendia dos ataques de seus pais.Covarde.

Fernando- Tá vendo como você é? Já desviou o assunto completamente.Já está se vitimizando como sempre.Por Deus Mariane,é uma adulta e nunca para de relembrar esses tempos.Me supere.

Mariane- Mas é claro que já te superei.Ou você acha o quê? Que eu vou mesmo ficar me rastejando por você? Um menino mimado,sem caráter,covarde,manipulado pelos pais?.Eu quero é um homem de verdade,que eu seja sua prioridade.Algo que você,definitivamente,não sabe e nunca vai saber como fazer.

Fernando sente as palavras de Mariane.

Fernando- A verdade é que você nunca me superou,nem vai conseguir me superar,porque eu sou o único homem que te amou de verdade,e completamente,com todos os seus defeitos.Com o seu gênio forte.Com as suas opiniões controversas.E que mesmo passados todos esses anos,ainda te ama…

Um climão se instaura entre os dois.

Para quebrar o silêncio,Mariane,que já estava com os olhos marejados com a declaração de Fernando,grita:

Mariane- Quer saber ? Você quem estragou tudo.Nós poderíamos muito bem estarmos juntos até hoje.Mas você não quis,preferiu dar ouvidos a sua mamãezinha.Como sempre.Por isso que até hoje você não está com ninguém.Porque sempre se deixa ser manipulado por seus pais.Mesmo sabendo que eles são péssima pessoas.

Fernando também se irrita e dá um chute no carro dela.Ele acaba se machucando.

Fernando- Aiiiiiiiiii,que dor.Que carro miserável.

Mariane- Miserável é você.Nunca mais ouse encostar um dedo no meu carro.

Mariane devolve o chute em Fernando,justamente em suas partes íntimas.Fazendo o homem cair de dor no meio do asfalto.

Fernando- SUA MALUCA.VOCÊ ME PAGA.EU TE ODEIO.

Mariane- ISSO É PARA QUE VOCÊ APRENDA A RESPEITAR UMA DAMA.SEU PATIFE.

Mariane volta ao seu veículo,e arranca com o carro.

Cena 2- Loja de Luxo.

Benjamin e Luísa adentram a loja.A jovem,trajando roupas sensuais e nada comportadas,já chama a atenção.

Luísa- Meu Deus,que loja perfeita.Aqui tem de tudo mesmo ?.

Benjamin- Claro.Tô lhe dizendo.

Uma atendente se aproxima.

A atendente- Meus queridos.Eu não gostaria de lhes dar essa notícia,mas infelizmente,aqui não é lugar para mulheres assim… Como a senhorita,se é que me entende.Devem ter outras lojinhas mais… Que lhes atenderão às suas necessidades melhor.

Benjamin- Eu entendi direito mesmo? Você está me expulsando ?. Você sabe quem eu sou ? Eu sou Benjamin Serra e Dutra Cavalcante.Filho do dono de uma das maiores empreiteiras do país,e neto do dono de uma das maiores fábricas de tecidos do Brasil.Acho que você não gostaria de perder um cliente como a minha pessoa,não é ?.

Luísa- Entendeu queridinha? Agora cala a boca e me atende.

Benjamin acha graça da resposta,enquanto a atendente fica constrangida.Logo Luísa vai com a atendente olhar algumas opções de vestidos e roupas.

Em outro corte,ao som de “Por supuesto” ela volta ao provador.Ela sai do provador usando um vestido branco deslumbrante,na altura do joelho,com rendas por todo o vestido,sem mangas,em baixo é um pouco rodado,tem um leve decote nos seios,mas nada escandaloso.Atrás tem uma pequena abertura,que é coberta por uma capa longa da mesma cor do vestido.Ela também usa luvas,mas agora pretas.

Benjamin- Magnífica.Linda.Bela.Maravilhosa.

Os olhos de Benjamin brilham ao verem Luísa.A jovem se mostra muito sorridente e feliz.

Cena 3-Noite. Ruas de São Paulo.

Ana Lúcia está em um carro de aluguel,indo em direção a casa de sua amiga.Quando passa por um casal,Nestor e Cleo,ambos de sorrisos e de galanteios,ela reconhece seu pai.

Ana Lúcia- Não pode ser.Não.Não.Não.

O motorista percebe e pergunta à mulher o que está acontecendo.

O motorista- Está bem senhora ?.

Ana Lúcia- Siga seu caminho.Comigo está tudo bem.

Cena 4- Residência dos Bittencourt de Andrade.Sala de estar.

Ana Lúcia está acomodada com sua amiga em um sofá.Ela retira de uma bolsa,papeis com a crítica escrita que será lançada no jornal.

Ana Lúcia- Aí está.

Mariane- Ummm,mal vejo a hora de ler.

Ana Lúcia- Eu preciso desabafar amiga.

Mariane- Claro,conta tudo.

Ana Lúcia- Eu… Eu vi meu pai com uma mulher,toda vulgar,andando juntos,sorridentes,de galanteios.Ela deve ser amante dele.Pobre da minha mãe.

Mariane- O QUÊ?.Quem diria,logo ele,o senhor da moral e dos bons costumes.Que não podia permitir que sua filha namorasse com um homem pobre,e nem seu filho com uma mulher liberal,traindo a esposa ?.Nada mais me surpreende vindo dessa sua família… Com respeito a você,é claro.

Ana Lúcia- Sim.Não sei o que fazer.Será que conto a minha mãe?.

Mariane- Não.Primeiro você tem que enfrentar seu pai.

Ana Lúcia- Não sei se tenho forças e coragem.

Mariane- Claro que tem.Com apenas 17 anos você estava batendo de frente com eles,e agora,que já é uma mulher forte,formada,que já passou por poucas e boas,não consegue bater de frente com ele ?.Mas é claro que consegue.Agora é minha vez de desabafar.

Ana Lúcia- Conta.

Mariane- É sobre seu irmão.

Ana Lúcia- Ele me contou da briga de vocês.Já lhe peço desculpas pelo comportamento dele.

Mariane- Lucinha… Depois que eu vi ele novamente,acho que ainda não o superei…

Nosso relacionamento poderia ter dado certo,se ele tivesse se esforçado um pouco mais.

Ana Lúcia-Oh Mari,eu lamento tanto por vocês não terem dado certo.Mas vocês ainda são novos,porque não tentam novamente ?. Dá uma nova chance a ele.

Mariane- Quem tem que vir a mim é ele.Ele quem estragou tudo.

Ana Lúcia- Deixa de ser orgulhosa.Se você ainda tem sentimentos por ele,corre atrás,luta.Se lembra que eram esses os mesmos conselhos que você me dava ?.

Mariane- Sim.Mas segui-los que é difícil.

Ana Lúcia- Oh meu Deus

Ana Lúcia e Mariane se abraçam.

Cena 5- Dia seguinte.Manhã.Residência dos Gaspar Cavalcante.Sala de Estar.

Luzia lê o artigo escrito por sua filha,sem nem imaginar que foi ela quem escreveu.

Luzia- Mas esses comunistas estão cada vez mais presentes na nossa sociedade,que horror.Deveriam ser exterminados.Um absurdo.Nessas horas que sinto falta dos grandes Deodoro da Fonseca e Floriano Peixoto,esses sim não deixariam esse absurdo passar jamais.

Anastácia entra na sala.

Anastácia- Falando sozinha senhora?.

Luzia- Não.Estava falando com o espírito da minha vó.

Anastácia- Ah que pena.Deve de estar precisando que a senhora reze pela alma dela mesmo.

Ambas estão debochando e ironizando a resposta uma da outra.

Luzia- Sai daqui e me deixa sozinha de uma vez,pelo amor de Deus.

Anastácia- Eu só vim lhe trazer esses convites para o baile da Primeira Dama.

Luzia- Ah sim,que ótimo.

Anastácia entrega o convite a sua patroa,e ela lê o convite.

Cena 6- Residência Serra e Dutra Cavalcante.Sala de jantar.

Sebastião,Ana Lúcia e Benjamin estão sentados à mesa tomando café da manhã.

Benjamin- Aproveitando que todos estamos reunidos hoje.Eu quero lhes contar formalmente sobre minha namorada.

Ana Lúcia- Que bom meu filho.Já era hora mesmo de você ter uma namorada.Seus avós ficarão muito felizes.

Benjamin- Sim.Ela se chama Luísa,e está passando uns tempos aqui no Brasil,logo ela volta para a Europa.A família dela é parte europeia,parte americana.

Sebastião- E o que ela está fazendo aqui.Um lugar tão… Como o nosso país?.

Benjamin- Então…(ele fica em uma saia justa) Ela está.Ela veio… ( ele se enrosca na resposta) Ela tem parentes brasileiros e veio aqui aproveitar as férias.Ela também estuda medicina.

Ana Lúcia- Olha,que modernidade.Que bom que estamos avançando.Já era hora mesmo de que uma mulher na nossa família estude e tenha para si uma carreira.

Sebastião- Você e suas ideias tortas,Ana Lucia.

Um climão se instaura no ambiente.Logo,uma funcionária entra no cômodo,com um convite à um baile da Primeira Dama,o mesmo que Luzia,Nestor e Fernando foram convidados.Ela entrega a Sebastião.

A empregada- Chegou de um emissário do Prefeito e da Primeira Dama.

Sebastião- Que interessante. (ele abre o convite e lê em voz alta) “Estimados Sebastião,Ana Lúcia e Benjamin,é com muito gosto que lhes convido para a festa de aniversário de minha esposa,a Primeira Dama,que completa anos nesta sexta-feira,e pretende comemorar em um grande baile,que daremos na noite desse dia.Os aguardo com muito gosto,os receberemos com muito prazer”. Então já sabem o nosso programa para essa sexta-feira.

Ana Lúcia e Benjamin ficam animados.

Benjamin- Então será nesse baile que lhes apresentarei minha namorada.

Cena 7-Empresa Gaspar Cavalcante.Escritório de Nestor.

Ana Lúcia entra na sala,Nestor a recebe.

Nestor- Muito bem.Em que posso ajudá-la minha filha ?.

Ana Lúcia- Em muitas coisas meu querido papai.

Nestor- Quantas vezes vou ter que lhe dizer para não me chamar por papai? Parece que você ainda é uma criancinha.

Ana Lúcia senta-se na cadeira em frente a seu pai.

Ana Lúcia- Vim aqui falar com o senhor sobre um assunto muito sério.

Nestor- E qual seria?.

Ana Lúcia- Porque estava andando à noite com uma mulher vulgar,de mãos dadas trocando galanteios ontem a noite,e quem era ela ?.

Uma música de tensão toca ao fundo.Nestor não sabe como reagir a pergunta da filha.