Paraíso Virtuoso - Capítulo 19 (27/12/2024)


PARAÍSO VIRTUOSO - CAPÍTULO 19
WEB-NOVELA DE SINCERIDADE 

CENA 01: HOSPITAL/INT./NOITE 

Doralice se desespera e Álvaro a abraça. O instrumental “O Lago - Alexandre de Faria” entra em cena.

DORALICE (chorando): Não pode ser… o que eu vou fazer agora sem o André? Isso só pode ser uma brincadeira de mau gosto. Me fala que é mentira, doutor.

MÉDICO: Olha, fizemos de tudo. Infelizmente é verdade, seu marido não resistiu. Eu sinto muito… te desejo forças nesse momento.

Álvaro leva Doralice até a cadeira e pega uma água para ela se acalmar. Ela chora muito e soluça.

ÁLVARO: Calma. A partir de agora ocê tem que ser forte, Doralice. Eu entendo que o André teve junto com ocê esses anos todos, mas agora o que resta é ocê lembrar dos bons momentos que teve junto dele. 

DORALICE (chorando): Como eu vou fazer agora? Quem sempre esteve à frente dos negócios da fazenda era ele. Era o André que me ajudava a tocar Pedra Valente. 

ÁLVARO: Pera aí. Agora ocê tá pensando mais em você do que nele. Calma, eu tô aqui, Doralice. Ocê vai poder contar comigo sempre, eu já disse que vou te ajudar.

DORALICE: A culpa é minha. Eu que pedi pra ele ir até a capital acertar a compra de um produto. Se não fosse por isso, nada disso teria acontecido.

ÁLVARO: Ocê não tem culpa nenhuma. Foi uma fatalidade, um acidente. Ninguém teve culpa de nada…

Álvaro abraça Doralice com força, tentando acalma-la, enquanto ela continua a chorar bastante.

CENA 02: CASA DE MARLUCE/INT./NOITE

O instrumental “Mental Disturbing - Iuri Cunha” entra em cena.

SILVINHA: Foi ela, né? Foi a Morgana que tirou essas fotos e veio aqui fazer a tua mente. Foi ela, eu tenho certeza.

MARLUCE: Não importa! Não importa se foi fulano ou se foi sicrano que tirou essas fotos, Silvinha. O que importa é que agora eu vi que ocê é uma pecadora, uma prostituta, uma quenga! Eu que sempre te eduquei, nunca deixei faltar nada aqui em casa. Ocê sempre teve tudo. Tudo! Ocê me deu uma facada nas costas, Silvinha. Meu Deus, como eu fui burra… fui burra de acreditar naquela história de hospital.

SILVINHA: Quer saber? Eu sou prostituta memo, e daí? A senhora tá sendo uma ingrata, mãe. Porque ultimamente quem não tava deixando faltar nada aqui em casa, era eu. Se entrava dinheiro nessa casa, era o meu, o que eu consigo fazer com os meus programas.

MARLUCE:  Ocê se fez de santa, de serva de Deus mas na verdade é uma diaba, uma pecadora. Isso eu jamais vou perdoar. Que Deus te perdoe, minha filha. Porque eu não vou! Arruma tuas coisas e vai embora dessa casa, eu não quero mais te ver na minha frente.

SILVINHA: Eu vou! Eu vou com todo o prazer. Sabe por que? Porque gente como a senhora merece ficar sozinha. Eu errei sim, confesso. Errei em mentir pra senhora falando que trabalhava como enfermeira, menti sim. Te peço perdão. Mas era a única forma que eu achei em esconder isso da senhora.

MARLUCE: Nunca teve talento, né? Nunca sequer estudou direito, quem dirá fazer uma faculdade de enfermagem e trabalhar num hospital. Ocê é uma messalina igual a Morgana, Silvinha. A partir de hoje ocê pode tirar meu nome dos teus documentos que eu não quero mais ser chamada de mãe. Eu não tenho mais filha, acabou! Vai embora daqui agora! 

Sem dizer nada, Silvinha vai apressada para seu quarto e arruma suas coisas.  No outro take, ela está passando pela sala arrastando duas malas.

SILVINHA: Tomara que a senhora se arrependa pro resto da tua vida pelo o que tá fazendo comigo! Porque eu tô indo, e não volto nunca mais.

Ela sai e bate a porta com força, deixando Marluce chorando na sala.

CENA 03: CASA DOS GONZÁLEZ/INT./NOITE

Natália está em seu quarto. Ela pega o celular e faz uma ligação.

NATÁLIA: Amor? E aí, como está o André? (Pausa) Morreu? Como assim, morreu? (Pausa) Meu Deus, que tragédia… Tchau, tô te esperando aqui.

Natália desliga a ligação e pula da cama, indo em direção ao espelho.

NATÁLIA (falando sozinha): A R R A S O U! Você nunca decepciona, Natália. Agora sim, me livrei do André de vez e meu segredinho continua bem guardado.

amanhece.

CENA 04: CEMITÉRIO/DIA

O instrumental “Non Chiaro - Guilherme Rios” entra em cena. O dia é chuvoso. O corpo de André é velado no cemitério de Santa Aurora. Várias pessoas estão presentes. Focamos em Doralice, que veste uma roupa preta. Ela chora desesperadamente enquanto está debruçada sobre o caixão do marido. Em outro take, o caixão é carregado enquanto as pessoas caminham logo atrás. A cena escurece.

dias depois…

CENA 05: CASA DOS GONZÁLEZ/INT./MANHà

Vicente, Carmem, Natália, Jerônimo e Álvaro estão sentados à mesa, almoçando.

CARMEM: Ritinha tá me fazendo uma falta… agora tá sobrando tudo pra mim.

JERÔNIMO: Será onde ela se meteu? Não deixou nenhum recado, nem nada?

CARMEM: Não. Ela teve uns enjôos uns dias atrás e eu falei pra ela “Ó, Ritinha, a gente pode fazer o teste de farmácia, se quiser eu mesma compro e a gente faz aqui” aí ela fez, disse que deu negativo e depois evaporou, foi com mala e tudo.

VICENTE: Mas será que ela tá grávida e não quis te contar nada?

CARMEM: Tenho certeza que sim, viu. 

JERÔNIMO: Pode deixar, mãe. Eu vou atrás dela, fica tranquila.

CARMEM: Bom, depois vou fazer uma visitinha pra Laís. Tadinha, ficou viúva tão jovem…

VICENTE: Foi uma fatalidade sem tamanho mesmo. 

ÁLVARO: Natália, eu preciso conversar com ocê. Eu vou subir e te espero no quarto.

Álvaro se levanta e se retira. Focamos em Natália, que fica desconfiada.

CENA 06: CASA DOS GONZÁLEZ/INT./DIA

Álvaro já está em seu quarto, esperando Natália. Ele caminha de um lado para o outro, visivelmente tenso. Segundos depois, ela entra no cômodo. O instrumental “Sad Gamba - Alexandre de Faria” entra em cena.

NATÁLIA: O que foi, amor? Você me chamou e eu vim. O que você tem de tão importante pra me falar?

ÁLVARO: Natália, eu vou ser bem direto com você. (dá um leve suspiro) Eu... Eu quero me divorciar.

NATÁLIA (surpresa e irritada): Como é que é? Que história é essa?

ÁLVARO: É isso mesmo que ocê ouviu. Pra mim não dá mais. Eu quero me separar de você. 

Focamos em Natália, intercalando com Álvaro.

CONGELAMENTO EM NATÁLIA.

A novela encerra seu 19° capítulo ao som de “Nuvem de Lágrimas - César Menotti & Fabiano” (Tema de abertura).







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