Paraíso Virtuoso - Capítulo 24 (03/01/2025)

     

PARAÍSO VIRTUOSO - CAPÍTULO 24 (ÚLTIMAS SEMANAS)
WEB-NOVELA DE SINCERIDADE 

c a p í t u l o   e s p e c i a l

CENA 01: MANSÃO/EXT./NOITE

O instrumental “O Pesadelo de Ana J - Iuri Cunha“ dá som a cena. Um burburinho começa a se espalhar entre os convidados, a maioria visivelmente chocada com a revelação. Natália permanece no palco e, com um tom de deboche, chama Doralice para ir até lá.

NATÁLIA: Arregou, Doralice? Enquanto você não aparecer, eu não saio desse palco.

VICENTE (olhando de longe): Isso não pode ser verdade… 

A câmera foca em Doralice caminhando pelo exterior da mansão, passando entre os convidados espalhados pelo jardim, com uma expressão de fúria. Natália a observa se aproximar, com um olhar provocador.

NATÁLIA: Olha só, apareceu a margarida! Essa mulher é uma falsa, minha gente! É uma mulher sem coração, que quer acabar com a minha família a todo custo. Podem ter certeza que ela não é esse doce que vocês estão acostumados a ver. Ela é um monstro! Uma pessoa que age pelas costas, que vai comendo pelas beiradas, uma intrusa!

DORALICE (arranca o microfone da mão de Natália e a pega pelo braço): QUEM VOCÊ PENSA QUE É? Olha só o show que você tá dando. A cidade inteira praticamente está aqui.

NATÁLIA: É bom que eles saibam o quanto você é baixa. Cê acha mesmo que eu ia deixar barato, Doralice? Você roubou o meu marido de mim. Você roubou o meu marido e acabou com o meu casamento, sua vagabunda!

DORALICE: O Álvaro não tem mais nada com você, ele já te deixou bem claro que o casamento de vocês já acabou!

NATÁLIA: Seu Vicente! Peço que apareça e suba nesse palco, já que essa história pertence a você também. (Olha para Doralice) Eu quero ver você se enrolando toda pra se explicar nesse palco, Doralice. Toda a humilhação que você passar, vai ser merecida.

DORALICE (tentando impedir): Natália, por favor… pensa bem no que você vai fazer.

Nesse instante, Vicente chega até o palco e fica cara a cara com a mocinha.

VICENTE: É verdade isso que a Natália fal0u? Então quer dizer que ocê na verdade é a Doralice? Não pode ser, a Doralice morreu naquele incêndio…

Sem reação, Doralice encara Vicente em silêncio. Nesse momento, jornalistas já se aglomeram no local, e uma enxurrada de flashes das câmeras ilumina os personagens no palco.

VICENTE (alterado): Me responde, menina. Ocê é ou não é a Doralice? 

Ainda encarando Vicente, os olhos de Doralice começam a se encher de lágrimas. 

DORALICE (lacrimejando, porém firme): Sou eu. Sou eu mesma, Vicente. Sou eu, a Doralice. Aquela Doralice que você deixou naquela estrada deserta pra morrer, lembra?

Ao ouvir isso, Vicente empalidece e engole seco.

VICENTE: Desgraçada… ocê me enganou esse tempo todo com essa história de Laís Ribeiro… tudo isso pra que, hein? Pra acabar…

DORALICE (interrompendo, com raiva): CALA A BOCA! CALA ESSA BOCA QUE AGORA QUEM VAI FALAR SOU EU!

Nesse momento, Doralice, com uma expressão de determinação, desvia o olhar de Vicente e se volta para os convidados, que a observam atentos. Respirando fundo, ela se prepara para fazer um comunicado.

DORALICE (firme, porém com lágrima nos olhos): É verdade isso que a Natália acabou de dizer. Meu nome não é Laís Ribeiro coisa nenhuma.

ÁLVARO (vendo de longe): Meu Deus, não acredito que a Doralice vai fazer uma loucura dessas.

O instrumental “Candida Tensa - Iuri Cunha“ entra em cena.

DORALICE: Meu nome é Doralice, sim. Doralice Dourado. E eu voltei pra essa fazenda pra fazer justiça, pra acertar as contas com esse homem que está agora na minha frente. (Apontando para Vicente) Esse homem é um monstro, pessoal. Vicente González é a pior pessoa que eu já conheci em toda minha vida, junto com o filho, Jerônimo, que graças a Deus já está atrás das grades. Esse demônio em forma de gente acabou com a minha vida anos atrás.

Enquanto ela fala, os convidados conversam entre si.

CARMEM (olhando de longe): Jesus, Maria, José! Isso só pode ser um pesadelo. Doralice viva… eu nunca imaginei uma coisa dessas.

SILVINHA (falando para Sidney): Isso tá melhor que o filme do Pelé. 

DORALICE: Vicente, junto com o filho, Jerônimo, colocaram fogo na minha casa! Minha mãe, meu pai e meus irmãos, que estavam lá, todos morreram naquele incêndio.

Os convidados se chocam ainda mais, e os flashes das câmeras dos jornalistas se intensificam.

VICENTE: Isso é mentira! Eu não sei do que essa mulher tá falando. Ela é uma louca que chegou pra acabar com a vida de todo mundo dessa cidade, não acreditem nela.

DORALICE (tentando se conter): Monstro, dissimulado, falso…  Eu te odeio tanto, Vicente… eu te odeio com todas as minhas forças. (Pausa, se vira para os convidados novamente) Esse homem abusou de mim! Eu, que tinha saído pra tomar um ar fora da minha casa, flagrei ele junto com o filho colocando fogo em toda a parte e quando eles viram que eu estava pra fora, imediatamente me colocaram pra dentro do caminhão e me levaram pra bem longe.

VICENTE: Para de falar bobagem…

DORALICE: Vicente abusou de mim e, depois, me deixou naquela estrada deserta pra morte. Se não fosse um caminheiro, eu teria morrido lá de fome, sede e de dor. Mas agora eu voltei. Voltei e quero fazer justiça! A minha família não vai mais voltar, mas eu quero que, seja lá onde eles estiverem, fiquem sabendo que meu legado agora é me vingar desse homem maldito que fez tanto mal pra gente… Ele que se diz um homem de bem, de família conservadora brasileira, faz várias atrocidades sem que ninguém veja. Eu não tenho provas, ainda, de que ele matou a minha família, mas eu vou conseguir. E quando eu conseguir, Vicente, eu quero ver você apodrecendo numa cela e passando por tudo o que eu passei naquele caminhão.

VICENTE: Para com esse show! Ocê não tá falando nada com nada, tudo aí que ocê falou é mentira. (Se vira para os convidados) Cês vão memo acreditar nessa mulher? 

DORALICE: A única prova que eu tenho agora, nesse momento, é de que o Vicente, além de ser um assassino, é um traidor. 

Doralice assobia com os dedos na boca, fazendo um sinal para que a pessoa mostre todas as fotos de Vicente com Morgana no telão.

MORGANA (fazendo um drama exagerado): Ai, é agora… e se eu for linchada aqui? Senhor… o que eu faço? Cavar um buraco no chão e entrar seria a solução.

VICENTE (para Doralice): O que é que ocê vai fazer? 

Doralice não diz nada, apenas olha para Vicente com uma expressão sarcástica, como se estivesse prestes a ganhar uma batalha. Imediatamente, aparece no telão, a foto de Vicente e Morgana abraçados na cama do motel. 

VICENTE (apavorado): Que palhaçada é essa? Onde ocê conseguiu essas fotos, o que é isso?

Todos os convidados presentes ficam em choque. A câmera alterna entre vários personagens, destacando Vicente e Carmem, que, boquiaberta, rapidamente se dirige ao palco, tomada pela fúria.

CARMEM (enquanto passa pelos convidados, apontando para Doralice): SUA VACA, OCÊ TÁ FAZENDO ISSO PRA ACABAR COM MEU CASAMENTO, SUA SIRIGAITA! ISSO AÍ É MONTAGEM, EU TENHO CERTEZA.

Nesse instante, Morgana surge atrás de Carmem.

MORGANA: Não é montagem, não!

Carmem se vira rapidamente para Morgana, e Vicente arregala os olhos.

MORGANA: Eu e o teu maridinho somos amantes sim, sua galinha pálida. Aceita que dói menos, meu amor! 

CARMEM: Sua vaca! Eu vou acabar com ocê, sua piranha de quinta!

Nesse instante, Carmem parte pra cima de Morgana e lhe dá dois tapas na cara. Logo depois, ela gruda no pescoço da rival e elas caem no chão. Para apartar a briga, Vicente se aproxima, mas acaba sendo atingido por Carmem, que também lhe dá vários tapas na cara e um chute nas partes íntimas.

CARMEM: CACHORRO! ACABOU, VICENTE. EU NÃO QUERO MAIS SABER DE VOCÊ, EU VOU EMBORA DAQUELA CASA!

VICENTE: Amor, isso aí é armação da Doralice, não tá vendo? Ela quer acabar…

Antes que ele termine de falar, Carmem lhe dá outro tapa na cara. Nesse instante, Álvaro sobe até o palco e pega o microfone.

ÁLVARO: Acabou! Acabou a festa! Vai todo mundo pra casa agora, antes que eu chame a polícia. Acabou! 

DORALICE (olhando para Vicente): Acabou, Vicente. Sua vida daqui pra frente vai virar um inferno. O que falta agora são as provas que te incriminam. 

VICENTE (olhando nos olhos dela): Eu vou acabar com a tua raça, desgraçada.

Os convidados vão se retirando aos poucos. Os jornalistas se aproximam de Doralice, mas ela não aceita dar entrevista. Em outro take, Natália está indo embora, mas Doralice a avista e a segue, determinada.

DORALICE: Natália!

NATÁLIA (se vira para ela): Fala.

DORALICE: Cê achou mesmo que ia sair como a protagonista dessa festa, né? Eu virei o jogo, querida.

NATÁLIA: Pois aguarde que ele ainda não acabou. Vai ter volta.

Natália deixa Doralice e segue andando, que olha para a rival com seriedade.

CENA 02: CASA DOS GONZÁLEZ/INT./NOITE

A família chega em casa. Vicente está furioso e anda de um lado para o outro, visivelmente inquieto.

VICENTE (falando sozinho): Desgraçada… eu te odeio, Doralice. Eu te odeio. Se ocê acha que vai vencer, tá muito enganada. Eu vou acabar com a tua raça, vou fazer o que eu deveria ter feito aquele dia. 

Nesse exato momento, Carmem aparece e se aproxima do marido.

CARMEM: Eu vou arrumar as minhas malas e vou embora dessa casa agora. 

VICENTE: Não. Não, meu amorzinho, por favor… Aquilo lá é armação da Doralice, ocê não viu?

CARMEM: Eu só não te dou outro tapa agora, Vicente, porque minha mão já tá toda dolorida. Acabou. 

VICENTE: E ocê vai jogar todos esses anos de casamento no lixo, é?

CARMEM: Vou. 

Ela deixa o marido na sala e segue em direção ao quarto, onde arruma suas malas. No próximo take, ela desce as escadas com as malas feitas e Vicente tenta impedir, mas ela o deixa falando sozinho e vai para o exterior da casa, onde um táxi já está lhe esperando. Vicente surta e chora, tentando impedir a mulher de ir, mas não adianta. Ao ouvir os gritos, Natália se aproxima e leva o ex-sogro para dentro, onde lhe dá um copo d'água.

NATÁLIA: Toma aqui uma água, seu Vicente. Olha, eu tenho certeza que dona Carmem vai voltar, isso aí é fogo de palha.

VICENTE: No fim, só sobrou nós dois nessa casa. Por falar nisso, cadê o Álvaro?

NATÁLIA: Ué, deve tá na casa da Doralice. Esqueceu que eles já estavam juntos?

VICENTE: Será que ele já sabia a verdade?

NATÁLIA: Infelizmente, eu tô achando que sim.

VICENTE: E como ocê ficou sabendo que Laís na verdade é Doralice, hein?

NATÁLIA: Seu Vicente… é uma longa história. Mas foi o ex-marido dela que me contou, antes de morrer. Enfim, eu e ele estávamos com ódio da aproximação dela com o seu filho, e nos tornamos cúmplices. Pena que o destino foi tão trágico. Me desculpa por ter falado aquilo pra todo mundo, eu não sabia que ia virar aquele caos. Pelo visto, aquela desgraçada já tinha as cartas na manga.

VICENTE: Será como ela descobriu o meu caso com a Morgana? Quase ninguém sabia.

NATÁLIA: Será que a Morgana foi usada por ela?

VICENTE: Ela não faria isso comigo. Morgana me adora. (Pausa) Só sei que isso não vai ficar assim. Depois de toda essa humilhação que eu passei, a Doralice vai sofrer o dobro. Eu vou acabar com a raça dessa desgraçada.

NATÁLIA: Eu odeio tanto aquela mulherzinha… eu também não vou deixar barato ela ter roubado o Álvaro de mim. Álvaro tem que voltar pra mim, e eu vou acabar com a alegria daqueles dois.

VICENTE: Vamos se unir, Natália. Já que a gente só tem um ao outro agora, vamos se unir contra a Doralice.

Nesse instante, a campainha toca, interrompendo a conversa deles. Natália vai atender e se depara com Silvinha.

SILVINHA: Desculpa incomodar. É que eu tô apertadíssima pra ir no banheiro, será que eu posso usar o seu?

NATÁLIA: Claro. É só ir reto e virar a direita.

SILVINHA: Obrigada, docinho. Licença.

Silvinha segue em direção ao banheiro e deixa Natália pensativa.

NATÁLIA: Silvinha, Silvinha… cê vai ser a solução dos meus problemas.

CENA 03: CASA DOS GONZÁLEZ/INT./NOITE 

Silvinha está sentada na cama de Natália, enquanto a vilã se olha no espelho. O instrumental “Atentado - Eduardo Queiroz” entra em cena.

SILVINHA: Como é que é? Ocê quer que eu te ajude a separar o Álvaro da ricaça?

NATÁLIA (se vira para ela): Silvinha, eu sei que você anda muito mal falada na cidade agora, depois que sua mãe te expulsou de casa… A Doralice flagrando você com o Álvaro na cama seria o ápice, já que ela iria achar que ele te contratou. 

SILVINHA: Sei não, madame. Eu tô correndo de encrenca.

NATÁLIA: Eu te garanto que você não vai se arrepender. Eu dou a quantia que você quiser.

SILVINHA: Hum, vou pensar. (Pausa) Mas não sei, não. Eu sei muito bem que ocê é chave de cadeia, lindinha.

NATÁLIA: Eu?

SILVINHA: Florzinha… eu sei muito bem que foi ocê quem deu cabo do marido da ricaça. E não adianta tentar fingir, que eu tenho fontes exclusivas que me contaram.

NATÁLIA: Como é que é? Olha a barbaridade que você tá falando! Quer saber? Eu não quero mais que você me ajude coisa nenhuma, pode ir embora da minha casa!

SILVINHA (cruza as pernas): Não, não. Agora eu tô decidida a te ajudar, neném. Querida, eu não vou fazer nada com você além de te chantagear. E não adianta ocê tentar me matar que, como eu já disse, eu tenho fontes exclusivas que me protegem. Agora, ocê tá nas minhas mãos, madame.

NATÁLIA: Inferno! Maldita hora que você entrou na minha casa!

SILVINHA: Vai falar logo o plano ou vai querer que eu vá até a polícia contar tudo?

Um dia se passa ao som do instrumental citado acima e são mostradas imagens de Santa Aurora. 

CENA 04: MOTEL/INT./DIA

Vicente está no quarto do motel, impaciente e aparentemente está esperando alguém. Minutos depois, Morgana entra pela porta e ele vai até ela para abraçá-la, mas a moça se esquiva. O instrumental “Oud Oud - Pedro Guedes, Rafael Langoni” entra em cena.

VICENTE: Ué, Morgana, não entendi porque ocê fez isso. Tá chateada com o que aconteceu ontem?

MORGANA: Chateada por que, meu bem? (Pausa) Vicente… ocê que se acha tão esperto, ainda não percebeu? 

VICENTE: Tá falando do que?

MORGANA: Que eu ajudei a Doralice a exibir aquelas fotos no telão, meu amor.

VICENTE: Como é que é?

MORGANA: Isso mesmo. Cê não lembra que eu tirei umas fotos nossas naquele dia? Então, era pra isso.

VICENTE: Não é possível que eu tô ouvindo isso. Que isso, é um complô contra mim? 

MORGANA: Velho nojento. Eu ficava com ocê por causa do teu dinheiro. Nunca te amei! Agora que ocê não tem mais nada, eu tô fora. Acabou, Vicente. Eu sou prostituta, mas eu tenho meus valores.

VICENTE (se altera): ENTÃO SAI DAQUI, SUA VAGABUNDA. SAI! NÃO QUERO NUNCA MAIS TE VER NA MINHA FRENTE!

MORGANA: Eu vou, com todo o prazer.
 
Natália se retira, batendo a porta com força, deixando Vicente sozinho no quarto. O vilão surta, em um acesso de raiva, e quebra o espelho do teto.

CENA 05: CASA DE MARLUCE/INT./DIA

Marluce está sentada no sofá, assistindo um telejornal local na TV.

APRESENTADORA DO TELEJORNAL: Confusão em Santa Aurora. A dona da fazenda Pedra Valente, Laís Ribeiro, na verdade, se chama Doralice Dourado. É, a mulher diz que voltou para se vingar de Vicente González, o ex-dono da fazenda. Ela afirma que ele assassinou sua família no passado. Esse caso já foi noticiado aqui em maio de 2009, onde o fazendeiro Martinho Dourado e sua família morreram num incêndio, na sua própria casa.

Ao ouvir o nome de Martinho, a expressão de Marluce muda e ela fica tensa.

MARLUCE: Martinho? Então quer dizer que a dona da fazenda é filha do Martinho Dourado… não, não pode ser..

Ela se levanta e começa a andar de um lado para o outro, visivelmente preocupada.

CENA 05: RUA/DIA

Vicente está na porta de uma casa, batendo palmas. Logo em seguida, Carmem sai para o exterior e, ao ver o ex-marido, se irrita imediatamente.

CARMEM: O que ocê quer aqui? Já disse que não quero nunca mais te ver na minha frente, seu maldito.

VICENTE: Carmenzinha, vamo conversar. Por favor… deixa eu entrar.

CARMEM: JÁ DISSE QUE NÃO!

Carmem fecha o portão na cara de Vicente, que, irritado, se afasta e começa a andar. Logo atrás, Marcela o avista e, no impulso, decide abordá-lo.

MARCELA: Vicente!

Ele para e se vira para ela.

VICENTE: Quem é ocê?

CENA 06: CASA DOS GONZÁLEZ/INT./DIA

Natália está sentada no sofá, mexendo no celular. De repente, Álvaro aparece pela porta da sala.

NATÁLIA: Álvaro? Achei que não viesse mais aqui.

ÁLVARO: Eu vim aqui buscar minhas coisas. Eu tô indo me mudar pra casa da Doralice.

NATÁLIA: Acho incrível a forma como essa mulherzinha te manipula.

ÁLVARO: Natália, eu não tô com cabeça pra discutir agora.

NATÁLIA: Álvaro… eu preparei um almoço e não quero comer sozinha. Por favor, me faz companhia. É a última vez, depois te deixo em paz.

ÁLVARO: Natália, a Doralice tá me esperando…

NATÁLIA (Insistindo): Por favor, vai ser rápido.

No próximo take, Álvaro e Natália já estão acabando de almoçar. De repente, Álvaro começa a se sentir mal, sem saber que Natália colocou “boa noite cinderela” em seu suco. O instrumental “Levadinha - João Paulo Mendonça“ entra em cena e segue até o fim do capítulo.

NATÁLIA: O que foi, tá passando mal?

ÁLVARO: Não sei, do nada me veio um sono… 

NATÁLIA (pega ele pelo braço): Vem, eu vou te levar até o quarto e lá você tira um cochilo. Cê não pode sair assim nesse estado.

Natália apoia Álvaro e o conduz para o quarto. Ao chegarem lá, ela tira toda a roupa dele, deixando-o apenas de cueca. Ela o deita na cama e, logo depois, chama Silvinha para se deitar com ele. 

NATÁLIA: Pronto. Agora eu vou mandar uma mensagem pra Doralice no celular dele, como se ele estivesse passando muito mal e precisasse que ela o levasse de carro.

SILVINHA: Será que isso vai dar certo, flor?

Natália pega o celular de Álvaro e começa a digitar a mensagem. Ao enviar, ela coloca o celular dele no bolso do ex-marido.

NATÁLIA: Pronto. Vou sair daqui, antes que ela chegue e desconfie de alguma coisa. Por favor, Silvinha, finja que está dormindo. 

SILVINHA: Claro, querida. 

CENA 07: CASA DOS GONZÁLEZ/EXT./DIA

Doralice estaciona seu carro em frente a casa dos González e desce dele. Ela segue em direção ao interior da casa e, ao chegar lá, começa a chamar Álvaro, preocupada. Ninguém a responde, e então, ela decide subir a escada. Ao passar pelo corredor, ela vê que a porta do quarto dele está aberta, e decide entrar. Ela entra e se choca ao ver seu amado deitado ao lado de Silvinha.

CONGELAMENTO EM DORALICE.

A novela encerra seu 24° capítulo ao som de “Oh My God - Adele”.




 



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