CAPÍTULO 09
Cena 01
Antônio esbarra com Ana correndo na rua.Ana derruba a bolsa no chão, os dois se agacham para pegar e trocam olhares. Os dois se levantam.
Ana - Me perdoe, eu estava correndo e não te vi. O erro foi meu.
Antônio - Tudo bem, eu também não te vi, estava distraído.
Ana - Obrigada! Prazer, Ana.
Antônio - Ah, desculpe. Prazer, Antônio.
Quer ajuda? Está precisando de algo?Ana - Não, não, muito obrigada, estou melhor.
Os dois seguem o caminho da cada.
Antônio entra na pensão e vai direto ao quarto.
Ele começa a pensar: "Será que essa é a tal Ana? Seria muita coincidência esbarrar na ANA, mas tomara muito que seja ela."ABERTURA
Cena 02
Geovane senta ao lado de Florência na sala.Geovane - Flô, tenho que te falar algo.
Florência - Pode dizer, o que aconteceu? É algo grave?
Geovane - Bem grave, meu bem é que...
Florência - Conte logo homem, está me deixando aflita.
Geovane - Bom, estamos falindo, essa é a verdade. A fábrica não está rendendo mais, tive que demitir diversos funcionários, terei que demitir alguns da fazenda também, e se precisar demitirei Constância.
Florência - Meu Deus então é bastante sério. Mas estamos perdendo tudo mesmo? Tudo, tudo?
Geovane - Não estamos tendo mais lucros, preciso que avise as meninas para que economizem o máximo que puder e que Luíza pare de fazer as aulas de pintura, não poderemos mais pagar.
Florência - Claro! Amanhã mesmo irei com ela cancelar as aulas.
Cena 03
No outro dia.
Florência chega na casa de Elza.Florência - Olá, boa tarde, como vai a senhora dona Lena?
Lena - Olá, vou bem obrigada. Se me dão licença.
Elza - Como vai dona Florência?
Como vai Luíza.Florência - Vamos bem, obrigada. Viemos aqui resolver um assunto muito importante. Luíza não poderá mais fazer as aulas com a senhorita. Acabaram as aulas.
Elza - Acabaram as aulas? Quer dizer, não fará mais as aulas, Luíza?
Florência - Bom, vou ser sincera e espero que você seja discreta, estamos falindo, a minha família precisa economizar, não podemos mais pagar suas aulas.
Elza - Ah, é por isso? Se acalme, eu...
Eu posso dar as aulas de maneira gratuita para sua filha, dona Florência.
Vejo que ela está empenhada e que gostou, não me importo, também não preciso do pagamento, faço por gosto.Florência - Faria isso mesmo?
Elza - Claro!
Florência - Você é abençoada, menina. Que Deus lhe pague em dobro toda generosidade que você emite ao outro, muito obrigada!
Luíza abre um sorriso esplendoroso e abraça muito forte Elza, que fica desajeitada.
As duas se olham e sorriem uma para outra.
ENCERRAMENTO
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