SABORES EM GUERRA CAP. 08
Elenco:
Marcello Melo Jr.
Renato Góes
Marina Ruy Barbosa
Christiane Torloni
Deo Garcez
Maria Padilha
Danilo Mesquita
Sérgio Malheiros
Participação Especial:
Joana Fomm
Tony Ramos
Miguel Falabella
Alejandro Claveaux
Nicolas está andando e tomando um sorvete. Ele avista de longe e reconhece Cássio.
Nicolas - Cássio?
Cássio/Eric olha para trás
A imagem congela em Nicolas, ao som de uma trilha incidental.
ABERTURA: https://youtu.be/xCaDw2521gg?si=sN4rjD-jVddB-T0g
Cena 01: Avenida/Tarde ensolarada
Nicolas - Cássio, é você?
Cássio o avista, e começa a correr, e Nicolas juntamente corre atrás dele. Nicolas persegue Cássio, que sempre consegue despistá-lo. Chega um momento da perseguição, que Cássio consegue se esconder, e ele o perde de vista. A cena dura 1min com uma trilha de aventura. Nicolas vira para trás e da de cara com Milena, porém não a reconhece.
Nicolas - Vem cá, menina, você não olha por onde anda?
Milena - Nicolas?
Nicolas - Como você sabe meu nome?
Milena - Sou Milena! Milena, a filha da Gilda.
Nicolas - Milena? Milena é você mesmo? Meu Deus, quase não a reconheci. Você cresceu, também né, quase vinte anos que não te vejo.
Milena - Eu tinha visto seu pai essa semana.
Nicolas - Nosso pai, esqueceu que ele também é seu pai?
Milena - Não, não me esqueci. É porque realmente é difícil me acostumar novamente com essa ideia.
Nicolas - Imagino. Mas iai, como está a sua mãe?
Milena - Bem. Ou pelo menos acho que sim, vamos em casa, você está com cara de que está cansado.
Nicolas - Ah, porque você não sabe a loucura que aconteceu.
Milena - O que aconteceu?
Nicolas - Tem um irmão meu, que faleceu recentemente. Mas eu juro que o vi aqui perto, e o pior, eu quase alcancei ele.
Milena - Bom, o sol está escaldante hoje. Deve ter visto uma alucinação. Já almoçou?
Nicolas - Tomei um sorvete.
Milena - Sorvete não é almoço. Vamos almoçar em casa, os restaurante de SP estão caríssimos.
Nicolas - Soube do restaurante que vai abrir agora, ali na Vila Souto?
Milena - Não, não soube. Será que estão pegando gente lá?
Nicolas - Com certeza, nesse episódio eles geralmente estão contratando. Mas não liberaram nenhum cartaz ainda, vai que você é a primeira.
Milena - Nossa, tomara. Já cansei de levar portada na cara, sabe que eu fui em um restaurante buscar emprego, e o cara me tratou super mal?
Nicolas - Me conte onde foi que eu meto na mão nesse infeliz.
Milena - Não precisa, não precisa. Eu joguei uma jarra de suco na cara dele, já está tudo acertado.
Nicolas - Fez bem. Esse pessoal acha que pode mandar nos outros só por ser patrão. Ah mas se eu souber quem é esse infeliz, ele iria conhecer a força do meu braço.
Milena - Vamos almoçar, porque irritado assim, deve ser fome.
Cena 02: Casa de Fábio/Tarde ensolarada.
Fábio - Brincadeira né vó? Hospital?
Silvana - Hospital, isso mesmo. Hospital. Ah, como sofro, como sofro! Imagine, o infeliz chega com um prato com amendoim. Agora veja, amendoim.
Fábio - Mas ele não sabia que você era alérgica a amendoim.
Silvana - O prato até bonito, um purê de amendoim, nunca tinha visto.
Fábio - Um prato chiquíssimo.
Silvana - Um prato chiquíssimo que quase me levou pra cova.
Fábio - Que isso vó, bata nessa boca. Se a senhora morrer, eu morro. Já não basta vovô ter falecido. Não tenho mais ninguém a não ser a senhora
Silvana - Têm, claro que tem. A sua mãe.
Fábio - Não fale nessa infeliz.
Silvana - Não fale assim.
Fábio - Me abandonou, vó, me abandonou. Uma mulher que abandona seu próprio filho não deve ser considerada gente.
Silvana - Vai que ela teve um motivo.
Fábio - Eu sei que ela era sua filha, é normal querer defender.
Silvana - Minha filha?
Fábio - Ué, ela não era sua filha?
Silvana - Que filha? Ah! Filha, sim sim ela era minha filha, claro. A Olga.
Fábio - Mas não era Luiza?
Silvana - Olga Luiza. Seu avô era péssimo com nomes.
Fábio - Olha, vou dar uma passadinha no restaurante. A noite estou aqui.
Silvana - Vá, pode ir. Meu Deus, quase que eu conto a bomba.
ESTAMOS APRESENTANDO/VOLTAMOS A APRESENTAR
Cena 03: Casa de Gilda/Tarde
Gilda - Mas que prazer enorme de te ver, Nícolas. Está um homem muito bonito, viu?
Nicolas - Obrigado. A senhora também está linda, quanto mais o tempo passa, mais linda fica.
Gilda - Obrigado, são seus olhos.
Nicolas - Meus olhos sabem admirar uma mulher bonita, uma mulher atraente e uma mulher fenomenal. Um encanto.
Milena - Sem querer atrapalhar a conversa de vocês já atrapalhando, Nicolas me disse que no restaurante que vai abrir agora lá na Vila Souto está contratando pessoas, vou lá me candidatar.
Gilda - Ótimo minha filha, ótimo. Finalmente tirou aquela ideia imbecil da cabeça.
Milena - Mãe, pelo amor de Deus.
Nicolas - Bem, só vim trazer Milena em casa, até mais ver.
Gilda - Como assim vai sair sem almoçar? De maneira alguma, você vai comer.
Nicolas - Não é preciso.
Gilda - É preciso sim.
Cena 04: Restaurante de Cássio/Tarde
Luca - Um emprego?
Milena - Isso. Eu soube que já já vão começar a contratar pessoas para trabalhar aqui. Olha, eu sei fazer de tudo, quanto a isso não tenha problemas.
Luca - Ótimo, ótimo. Já vamos fazer a entrevista. Porém, sabendo que faremos um período de três meses sem ser CLT e após isso, assinaremos a carteira, ok?
Milena - Ótimo, ótimo.
Cena 05: Casa de Gilda/Noite
Milena - Passei mãe, fui aprovada!!!
Gilda - Que bom minha filha, que já arranjou um emprego.
Milena - O restaurante vai inaugurar daqui há uma semana, devemos estar preparadas para a inauguração!
Cena 06: Restaurante de Cássio/Noite
Cássio/Eric - Iai, já contratou pessoas?
Luca - Entrevistei 15, porém só três foram aprovadas.
Cássio/Eric - Bom, então… quais os nomes?
Luca - Ah, já vou dizer. Foram esses: Cristina Rocha, Lorena Montenegro e Milena Coutinho…
Cássio - Milena Coutinho?
Luca - Isso, Milena Coutinho.
Cássio - Tem foto dessa menina? Só pra ver se é mesmo quem imagino que seja.
Luca - Aqui. Estava na foto de perfil dela
Cássio - Meu Deus, é ela! por essa não esperava.
Luca - O que houve? Não era para contratar? Eu posso mandar embora agora.
Cássio/Eric - Não, não mande. Estamos precisando de funcionários, logo se demitimos nos dará mais trabalho… ela foi aquela moça que te contei, que encontrei na rua. Se ela me ver, ela vai descobrir que a minha morte é uma farsa.
Luca - Eu falei, eu falei que isso não daria certo. Agora ficará mais difícil.
Cássio/Eric - Não ficará, não ficará. Acho que, com a boina e as roupas talvez ficarei mais irreconhecível.
Luca - E o rosto? As roupas podemos mudar, mas e o rosto?
Cássio/Eric - Você tem razão, você tem razão… já sei! Bigodes, posso colocar aqueles bigodes postiços, pelo menos até o meu de verdade crescer.
Luca - Bigodes?
Cássio/Eric - Isso, bigodes. E também, posso cortar o cabelo.
Luca - Mas que loucura é essa? Será que você não viu no cerco que você entrou?
Cássio/Eric - Eu já sei, eu já sei o cerco que eu entrei. O problema é que não dá pra sair agora.
Luca - Pois bem, o que você pensa em fazer?
Cássio/Eric - Como o que penso em fazer? O bigode, as roupas, o cabelo…
Luca - Mas pra quem te conhece, isso é suficiente?
Cássio/Eric - O que você quer que eu faça? É o que eu posso fazer momentaneamente.
Luca - Bom, quem vai se ferrar é você…
Cássio/Eric - Que belo consolo viu
Luca - Oh, o que você quer que eu faça?
Cássio/Eric - Vamos acabar com essa conversa logo. Eu sei o que fiz e as medidas que tomarei. A questão é, a inauguração é na próxima semana, e você tem que adiantar nas contratações, viu?
Luca - Estou a todo vapor.
Cássio/Eric - Isso mesmo, vamos trabalhar. Vou me dar uma nova cara. Temporariamente, aquele Cássio morreu.
Luca - Bata na madeira.
Cássio/Eric - Sabe o que mais me entristece? Quando eu lembro que meu pai não vai poder ver a inauguração do meu restaurante. O sonho dele era que eu pudesse cumprir esse meu desejo. Você lembra dele, né?
Luca - Claro, o seu Beto.
Cássio/Eric - Saudades do meu velho, sabe? Valorize o seu pai viu, porque que só quem já perdeu sabe, o quanto dói não ter mais do lado.
Cena 07: Casa de Margarete/Tarde
Margarete - Sabe, Cristina. Essa casa está tão vazia… as vezes a minha vontade é vendê-la e ir para um apartamento pequeno.
Cristina - Verdade. Essa casa é tão grande pra só eu e a senhora.
Margarete - Estou pensando em colocar à venda. Essas casas geralmente são muito difíceis de vender, porque valem uma fortuna.
Cristina - Senhora, alguém tocou o interfone, posso abrir?
Margarete - Quem deve ser? Eu não esperava visitas hoje.
Cristina - Não deve ser o entregador?
Margarete - Mas eu não comprei nada, quem comprava geralmente era o Cássio… (ela lembra do filho e se cala, de emoção)
Cristina - Calma, Patroa, eu vou ver quem é.
(Ela vai abrir o portão e grita à distância)
Cristina - Patroa, é um senhor chamado Miguel!
Margarete - Miguel? Como assim Miguel?
Miguel - Exatamente, querida. Saudades de mim?
Encerramento ao som do tema de abertura

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