Criado
e Escrito por LUCAS GARCIA
CAPÍTULO 15
Cena 01: Mansão de Hans. Sala de Estar. Interior.
Noite
ABNER
e alguns homens conseguem ater as chamas e a fumaça misteriosamente se desfaz,
sem muito esforço.
PADRE ELVIS:
(nervoso) – Acalmem-se todos!
DONATO
e YOLANDA são levantados por outras
pessoas, ele nota que sua mão estava ralada, enquanto ela, percebe que seu
vestido estava rasgado atrás.
DONATO:
(trêmulo) – É melhor você ir, não
quero que fique à mostra neste lugar, podem gerar comentário.
YOLANDA:
(irritada) – E eu estou me
preocupando com o que as pessoas dizem? Não, quero mesmo é mostrar meu corpo!
DONATO:
(irritado) – Ande, vá embora, agora!
YOLANDA,
mesmo contrariada, obedece ao homem, sai apressada do local, com as mãos atrás,
a fim de tapar o rasgo no vestido.
AUGUSTO
e MARICOTA levam CLARA para a cozinha, ela aparentava
estar muito atordoada.
Cena 02: Casarão de
Herculano. Cozinha. Interior. Noite.
HERCULANO
desde até a cozinha, MARCO PAULO
estava sentado à mesa tomando sopa de legumes, estava sério, não esboçava um
pingo de sorriso.
HERCULANO:
(sonolento) – Sei que não estamos
muito alinhamos nesses últimos tempos, porém, creio que minha decisão pode
mudar os ventos nestas casas.
MARCO PAULO:
- Não se preocupe, independentemente de sua decisão, eu e minha família não
estorvaremos você, quando conseguir me posicionar na sociedade, tudo irá mudar.
HERCULANO
senta-se à mesa, encara o sogro.
HERCULANO:
(preocupado) – Marco, você me deu a
oportunidade de trabalhar na tecelagem, fiz tudo com muito empenho, desconfias
de mim? Pois, Jocasta tem inventado mentiras ao meu respeito.
MARCO PAULO:
(desconfiado) – Não se preocupe
Herculano, se é mentira o que ela está dizendo, tão breve as palavras dela
serão desfeitas.
HERCULANO:
(preocupado) – Sim, não tenho
dúvidas que isso acontecerá, estou com minha consciência limpa!
MARCO PAULO,
pega o guardanapo, limpa a boca, deixa o prato, retira-se de imediato do local.
HERCULANO:
(preocupado) – Marco Paulo está
muito estranho, Jocasta já teve tem implantado coisas na cabeça dele, vou ter
que driblar os dois ao mesmo tempo.
HERCULANO
levanta-se vira-se em direção à porta e depara-se com JOCASTA encostada no batente, olhando ardilosamente para ele.
JOCASTA:
(incisiva) – Está sussurrando algo
que preciso saber? Andas muito preocupado Herculano... gostaria de conversar?
HERCULANO:
- Era só o que meu faltava, dar-lhe confianças! Nunca, nunca!
HERCULANO
apressa-se, JOCASTA senta-se a mesa,
olha para o prato em que MARCO PAULO
se alimentava.
JOCASTA:
(incisiva) – Calma, eu vou descobrir
o que você esconde Herculano, você conseguirá esconder por muito tempo, não
vai!
JOCASTA
é tomada por um acesso de raiva, joga o prato no chão, espatifando-se.
Cena 03: Mansão de Hans.
Sala de Estar. Interior. Noite.
PADRE ELVIS
sobe no tablado, bate palmas, para chamar a atenção de todos.
PADRE ELVIS:
(aos berros) – Queridos,
aproximem-se todos, não acabou o jantar, quero um minuto da atenção de todos.
Aos
poucos os convidados iam se acalmando, aproximando novamente do local onde
estava o Padre. JÚLIO, por sua vez,
coloca-se ao lado dele, esboçando um semblante perdido, descrente do que estava
acontecendo.
JÚLIO:
- Padre, achas que é uma boa hora para o discurso, podemos adiar alguns
minutos, a orquestra volta a tocar.
PADRE ELVIS:
- Não meu filho, é melhor fazer aqui, senão, outra coisa pode nos atrapalhar!
No
mesmo instante, SULAMITA, toda
provocativa, olhar cintilante, adentra a mansão, passa por alguns convidados,
derruba a bandeja que um serviçal carregava, cheio de empadas, ainda, atravessa
a frente de algumas pessoas e aproxima-se do Padre e do anfitrião.
SULAMITA:
(confiante) – Eu tenho algo a dizer,
é de interesse de todos, principalmente seu, senhor Hans!
PADRE ELVIS:
- Oras, você por aqui? Não fostes a igreja se confessar? Pois, então, volte
amanhã que poderá contar seu pecado!
SULAMITA,
destemida, sobe no tablado e se põe ao meio do PADRE e de JÚLIO,
assovia, chamando a atenção de todos.
SULAMITA:
(aos berros) – Esta noite, eu tenho
algo a dizer, na presença de todos, afirmo que sei quem matou Olívia, o
assassino está em nosso meio!
JÚLIO:
(assustado) – O que? Padre, do que
essa mulher está falando?
PADRE ELVIS,
incrédulo, sorrateiramente desce do tablado e se aproxima dos coroinhas, SULAMITA vira-se para JÚLIO e olha fixamente para ele.
SULAMITA:
- Senhor Hans, eu sei quem matou sua esposa, a justiça precisa ser feita, Abner
é o culpado, ele precisa ser punido!
Os
convidados barbarizados, esboçam sonoridades de espanto, lamúria, susto. JÚLIO, por sua vez, fica irritado.
JÚLIO:
(aos berros) – Por qual motivo está
se aproveitando da situação, peço-te que saia imediatamente da minha casa!
SULAMITA:
(confiante) – Não, senhor Hans, não
estou me aproveitando de forma que estou lhe ajudando, Abner – apontando para ele – é o culpado.
ABNER,
deixa sua bebida cair ao chão, os convidados o encara, o homem fica furioso,
aproxima-se do tablado.
ABNER:
(nervoso) – Quem és tu? Mal lhe
conheço, como levantas falso testemunho ao meu respeito?
JÚLIO:
(nervoso) – Orquestra, por favor,
podem tocar!
JÚLIO
delicadamente pega no braço de SULAMITA,
acena com a cabeça para ABNER que os
segue, vão até o escritório, AUGUSTO
que voltara a sala, segue-os.
Cena 04: Mansão de Hans.
Escritório. Interior. Noite.
JÚLIO,
estava com as duas mãos na cabeça, olhando SULAMITA,
que se encontrava sentada em uma poltrona, plena, semblante firme e vigoroso,
enquanto ABNER fuzilava a mulher,
apenas com o olhar.
JÚLIO:
(nervoso) – Então, Sulamita, não
sabemos quem é vossa pessoa, tão pouco seja do nosso interesse, só gostaríamos
que esclarecesse essa acusação que fizeste contra Abner, meu amigo e meu
empregado.
ABNER:
(afoito) – Essa noite só pode ser um
pesadelo! Como em fração de segundos, apago um incêndio e me aparece outro!
Ande, explique!
SULAMITA,
põe-se de pé, e aponta o dedo na cara de ABNER.
SULAMITA:
(irritada) – Olha aqui seu mestiço,
seu negro! Como ousas a me dar ordens? Somente dirija a palavra a mim quando eu
solicitar! Caso contrário, apenas Hans terá o direito de me fazer perguntas.
ABNER permanece
incrédulo com aquelas palavras, ameaça proferir algumas palavras, mas AUGUSTO intervém.
AUGUSTO:
(nervoso) – Abner, ela está certa, é
preferível se manter calado, Hans é quem manda nesta casa.
ABNER:
(nervoso) – O que? Está dizendo que
essa mulher está certa em suas palavras? Que mundo vives Augusto?
AUGUSTO:
(nervoso) – No mundo real, no mundo
em que pessoas como você precisam ficar em silêncio!
JÚLIO:
(aos berros) – CALEM! CALEM! Deixe
Sulamita falar!
AUGUSTO
e ABNER se encaram, nervosos,
aflitos, irritados.
SULAMITA:
(impondo-se) – Abner matou Olívia
naquela fatídica manhã, eu o vi, entrando na floricultura, logo depois escutei
alguns tiros! Eu moro em uma pensão, na mesma rua da floricultura, sei do que
estou falando!
ABNER
se aproxima dela, em lágrimas.
ABNER:
(voz embargada) – Mentirosa, como
podes inventar tanta mentira ao meu respeito? Eu nunca vi sua face pelas ruas
desta cidade, você está inventando!
SULAMITA:
(confiante) – Podes não querer
aceitar o que falo, porém, é a verdade! Hans – virando-se para ele – precisa voltar a investigar a morte de
Olívia, todas as provas convergem para Abner, ele é perigoso!
JÚLIO:
(nervoso) – Quem te pagou para dizer
essas coisas?
SULAMITA
dá alguns passos para trás, sente um arrepio na espinha.
SULAMITA:
(trêmula) – Não estou sendo paga, eu
sei do que falo, eu sei – pegando a
bolsa na poltrona – se quiseres, desacredite, mas se investigar, saberá a
verdade!
ABNER:
(aos berros) – MENTIROSA, irei
denunciá-la!
SULAMITA,
apressadamente retira-se da sala, deixando os três homens pensativos. De
repente, a porta se abre, DONATO,
entra com um sorriso malicioso.
DONATO:
(sarcástico) – Caro Hans, esse
banquete está saindo melhor que a encomenda, se fosse em meu clube, com certeza
essa festa ficaria ainda mais instigante – gargalhadas
– porém, não posso negar, sabes bem fazer um evento de respeito!
AUGUSTO:
(irritado) – Abutre, saia daqui!
DONATO:
(sarcástico) – Oras Augusto, não me
tratas assim? Somos tão amigos!
JÚLIO:
(incisivo) – Saiam, irei conversar
com Donato, quero trocar algumas palavras com ele.
ABNER
sem pestanejar, se retira da sala, AUGUSTO
passa por DONATO, que sorri de forma
sarcástica ao advogado.
DONATO
e JÚLIO se encaram, sentam-se à mesa
do escritório, criando-se um clima beligerante.
Cena 05: Mansão de Hans.
Jardim. Exterior. Noite.
Alguns
convidados já caminhavam para a saída da mansão, SULAMITA anda apressada, ao chegar próximo ao chafariz, esbarra em GARDÊNIA, que segura com firmeza seus braços
e arregala os olhos.
GARDÊNIA:
(nervosa) – Eu bem ouvi o que dissestes
naquela sala, você acusou Abner de ter matado Olívia – apertando o braço da outra – não importa quem tenha feito isso, não
abra a boca para reviver esse assunto, está me entendendo?
SULAMITA
fica aflita, tenta se soltar, mas a governanta prendia seus braços com muita
força.
SULAMITA:
(assustada) – Senhora, me solta – balançando-se – está me machucando!
GARDÊNIA:
(nervosa) – Peço que suma, não volte
aqui, tudo que gira em torno desse acontecimento está tirando a paz de todos
nós, não aceitarei Hans padecer por conta disso, não mesmo!
SULAMITA:
(assustada) – A senhora está devendo
algo? Se não tem o que temer, não precisa se preocupar... agora me solta!
GARDÊNIA
solta os braços de SULAMITA, a
primeira corre em direção ao portão, enquanto a governanta, a observa de longe,
com um semblante maquiavélico.
Cena 06: Mansão de Hans.
Sala de Estar. Interior. Noite.
GARDÊNIA
retorna para o interior da mansão, estava muito preocupada, cansada ao mesmo
tempo, aquela noite lhe parecia uma eternidade, passa por LUÍS MIGUEL, que a encara com estranheza, logo se apressa e
aproxima-se de MARICOTA.
GARDÊNIA:
(nervosa) – Não vejo a hora desta
festa acabar, quero me deitar, minha cabeça está explodindo.
MARICOTA:
(alegre) – Imagina Dona Gardênia,
isso aqui está bom demais, é tanta coisa acontecendo ao mesmo tempo, é tanta
revelação! É esposa do “seu” Augusto, que se manifesta, é cortina que pega
fogo, é acusação contra Abner, esse circo está bom demais!
GARDÊNIA:
(irritada) – Deixe de ser petulante!
Inconveniente!
GARDÊNIA
se retira e caminha em direção a outro cômodo da mansão, enquanto a empregada
faz cara de deboche e fica reparando nos convidados, em um súbito, SALAZAR aproxima-se dela, comendo
empada e bebendo vinho.
SALAZAR:
(alegre) – Hoje estamos tirando a
barriga da miséria, senhor Hans poderia dar uma festa como essa toda noite!
MARICOTA:
(sarcástica) – Bom para quem? Só se
for para você, se Gardênia me ver comendo, capaz dela obrigar “seu” Júlio
descontar do meu salário, Deus me livre!
Os
dois cochicham mais alguma coisa, quando atenção, volta-se para NÚBIA, que entrava esbelta no casarão,
chamara a atenção de alguns homens, de longe a mulher enxerga SALAZAR, e acena para ele.
SALAZAR:
(amedrontado) – Lá vem ela! Fui!
SALAZAR,
abaixa-se e caminha escondido entre os convidados, rapidamente some do local, MARICOTA fica parada, estranhando a
atitude dele, NÚBIA, por sua vez
aproxima-se dela e a cumprimenta.
NÚBIA:
- Prazer, meu nome é Núbia – cedendo
beijinhos a empregada – acredito que era o Salazar, ou eu vi coisa demais?
MARICOTA:
(curiosa) – Sim, era o Salazar, o
motorista do “seu” Júlio!
NÚBIA:
(rindo) – Sim, eu sei, e você?
MARICOTA,
olha para os lados, ajeita os trajes, estufa o peito e diz:
MARICOTA:
(entonando a voz) – Meu nome é
Gardênia, sou a governanta da casa, ao seu dispor!
NÚBIA:
(sorridente) – Gardênia, prazer em
conhecer – gargalhadas – poxa, você
é tão diferindo do que o Salazar me diz, parece ser tão alegre... enfim, será
que ele volta?
MARICOTA:
(surpresa) – Sei... o Salazar? O que
ele é seu?
NÚBIA:
(alegre) – Ele é o meu marido!
MARICOTA,
leva um susto, quase despenca para trás, dá um grito, os convidados mais
próximos estranham.
MARICOTA:
(surpresa) – Seu marido? Desde quando
aquele homem é casado? Nunca disse que tinha família!
NÚBIA,
desmonta ao ouvir aquelas palavras, seus olhos enchem de lágrimas.
NÚBIA:
(envergonhada) – Nossa, tantos anos
trabalhando com vocês, Salazar nunca disse nada?
MARICOTA
não responde, faz semblante de desentendida e finge ir atender ao pedido de
algum convidado, deixando NÚBIA
desolada, sozinha entre as várias pessoas ao redor.
Cena 07: Mansão de Hans.
Escritório. Interior. Noite.
JÚLIO
e DONATO encaravam-se.
DONATO:
(sarcástico) – Hans, há uma festa
linda acontecendo em sua festa, vamos fazer as pazes e comemorar seu gesto juntos!
JÚLIO:
(irritado) – Donato, não faço questão
de tê-lo em minha casa, pois nunca nos afeiçoamos, sempre fui contra a suas
tramoias, seus interesses estranhos, tudo em você me cheira mal.
DONATO:
(sarcástico) – E você cheira o que?
Rosas?
JÚLIO:
(irritado) – Não quero muitas
palavras, só peço que me deixe em paz, você está presenciando que não tive uma noite
agradável, o banquete não está ocorrendo da forma que eu desejava, espero que
não use isso para publicar nos jornais de seus amiguinhos.
DONATO:
(sarcástico) – Hans, você fala como
se tivéssemos brigado a poucos dias, e isso não é verdade, nossas diferenças
são de nossa adolescência, juventude, vamos passar uma borracha nisso e sermos
amigos novamente!
JÚLIO:
- Nunca, não quero qualquer tipo de vínculo com você, agora, por favor, saia de
minha sala!
DONATO
se levanta, vira-se para a porta, sorri friamente e diz em alto e bom tom.
DONATO:
(irônico) – Há um casal que se mudou
a pouco tempo em Vale das Rosas, a mulher é idêntica à Olívia, você iria se
surpreender se vesse pessoalmente, posso ajudá-lo nessa empreitada, o que acha?
JÚLIO
tem um breve espasmo, senta-se novamente na cadeira, tenta manter a postura de
firmeza, DONATO vira-se, com mais
ímpeto.
DONATO:
(irônico) – Olívia era tudo para
você não é mesmo? Parece que você era dependente emocional dela, você
encontrava nela um porto seguro, depois que perdeu seus pais, muito jovem, a
esposa fora a que supriu essa lacuna, não é mesmo? Desde jovem, você foi um
bobo apaixonado, brigando com tudo e todos por conta dela – gargalhadas – me lembro!
JÚLIO
deixa lágrimas escorrerem de seu rosto.
JÚLIO:
(voz embargada) – Donato, não sabes
o que diz – limpando o rosto – desde
a nossa juventude, tive que suportar a dor da perda, você não sabe o que é
isso, pois nunca acabou, seu jogo é por poder, é por dinheiro, você não tem
sentimentos, tem interesses, jamais entenderia tudo que passei!
DONATO:
(sarcástico) – Talvez, seja esse o
motivo de nossas diferenças, você é simplesmente um bobo!
DONATO
coloca o chapéu, JÚLIO se levanta,
entristecido.
DONATO:
(enfático) – Nunca fostes meu amigo,
nem faço questão, tenho pena de você, que ainda não se entregou a vida, sempre dependente
de alguém, patético!
DONATO
retira-se do escritório, deixando JÚLIO
profundamente abalado.
Cena 08: Rua. Exterior.
Noite.
SULAMITA
caminhava por uma rua escura, deserta, era sem saída, havia apenas um carro,
estacionado na rotatória, ela caminha aflita, o frio já lhe incomodava.
SULAMITA:
(sussurrando) – Não queria ter feito
aquilo, mas precisava do dinheiro, espero que essa pessoa chegue de pressa,
estou com muito frio!
SULAMITA
entra dentro do carro, no lado do passageiro e aguarda a pessoa misteriosa
chegar.
SULAMITA:
(sussurrando) – Vou pegar esse
dinheiro e vou sumir desta cidade!
De
repente, uma pessoa, vestida com capa preta, botas, luvas e uma máscara que
simulava perfeitamente o rosto de um corvo, aparece, delirante pela rua sem
saída, ao avistar aquela figura medonha, SULAMITA
sente-se coagida.
SULAMITA:
(aos berros) – SOCORRO, o que é
isso? SOCORROOOO!!!
A
pessoa puxa a porta do motorista com muita violência e fecha, pelo lado de
fora, escuta-se os gritos de desespero de SULAMITA.
Encerramento


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