Criado
e Escrito por LUCAS GARCIA
CAPÍTULO 30
CENA 01: Mansão de Hans.
Interior. Manhã.
JÚLIO,
surpreso com a revelação de ISOLDA,
passa a chamar GARDÊNIA.
JÚLIO:
(autoritário) – GARDÊNIA!
Com
apenas um chamado, a governanta prontamente comparece no local, deixando ISOLDA, extremamente desconfortável, as
duas se encaram, frias.
JÚLIO:
- Gardênia, eu quero saber de fato o que foi fazer na casa de Isolda, além de
levar o sapato.
GARDÊNIA,
tufa o peito e sem pestanejar, diz:
GARDÊNIA:
- Fui dar o prêmio que ela merece, o prémio de ordinária! Como pode uma mulher
casada se deitar com você? Qual o interesse dela?
ISOLDA,
fica boquiaberta, JÚLIO, torna-se
incrédulo com aquelas palavras, parecia não ser a mesma pessoa.
JÚLIO:
- Gardênia... como podes... falar coisas tão baixas... eu não esperava algo
assim de você, nossa particularidade não lhe diz respeito e você não pode se
intrometer nisso.
GARDÊNIA:
- Me preocupo com você, não deixarei nenhuma inconivente adentrar a sua vida e
roubar-te, não deixarei!
ISOLDA:
- Não quero nada que é de Hans... se passamos a noite juntos, se sou casada
esse é um problema exclusivamente meu, que não lhe cabe!
GARDÊNIA:
- Certamente me cabe, você é uma aproveitadora, está seduzindo ele, por ser
semelhante a mulher que ele amou, és uma ordinária, ORDINÁRIA!
ISOLDA,
caminha em direção à GARDÊNIA para
esbofeteá-la, mas JÚLIO, prontamente
se põe a frente deles, esbravejando.
JÚLIO:
(aos berros) - CHEGA, as duas!
GARDÊNIA,
se afasta, ISOLDA também, porém com
os olhos marejados.
JÚLIO:
(aos berros) – Gardênia, peço que se
retira, mais tarde teremos uma conversa nós dois.
ISOLDA,
senta-se no sofá, enxuga as lágrimas, mas logo se recompõe, levanta a cabeça. JÚLIO, senta em seu lado.
SONOPLASTIA:
Triste Leve (Mu Carvalho)
JÚLIO:
- Isolda, fique tranquila, me certificarei de que nada do que aconteceu aqui,
saia... seu marido não saberá de nada, eu prometo!
ISOLDA:
(trêmula) – O que fizemos não é
certo... podemos repetir isso!
JÚLIO:
- E você gostou... pois, se não tivesse importado, não teria voltado para tirar
satisfações...
ISOLDA,
desvia o olhar, envergonhada.
JÚLIO:
- Aproveito e quero deixar um convite, de ir comigo para o circo, esta noite,
será muito importante.
ISOLDA:
- Estou maluco? O que as pessoas dirão?
JÚLIO:
- Fique tranquila, eu já deixarei seu bilhete comprado, você não precisa
sentar-se comigo..., mas, gostaria de ter sua presença, te vê-la esta noite...
será bom, é uma distração saudável, o que acha?
ISOLDA:
- Não sei... meu marido pode achar estranho sair a noite sozinha.
JÚLIO:
- E ontem? Você não saiu? Diga a ele para ir junto... eu não me importo, só
gostaria de vê-la, de vê-la sorrir... promete que vai?
ISOLDA:
- Não posso prometer, tentarei convencê-lo em me levar, mas agradeço o convite!
ISOLDA,
levanta-se, JÚLIO, agarra o braço
dela e beija carinhosamente, ela bambeia, e corre para a saída, ele abre um
sorriso estonteante.
CENA
02: Biblioteca. Interior. Manhã.
ABNER,
adentra a biblioteca, logo em seguida, ISOLDA,
adentra, surpreendendo-o, entre as prateleiras, os dois entreolham-se.
ABNER:
(alegre) – Isolda, fico feliz em vê-la...
acreditei que voltaria para a biblioteca antes... mas, fico feliz em revê-la!
ISOLDA:
(preocupada) – Abner, estou perdida!
ISOLDA,
abraça carinhosamente o homem, que retribui o carinho.
ABNER:
- Estou aqui para o que precisar!
ISOLDA,
afasta-se, olha fixamente para ele.
ISOLDA:
(preocupada) – Eu cometi um erro!
ABNER,
tira um pedaço de papel do bolso.
ABNER:
- Antes de dizer, gostaria de entregar um poema que fiz a você! E gostaria de
fazer um convite, hoje à noite teremos um sarau, gostaria que comparecesse...
proclamarei esse poema, o poema que fiz para você, inclusive tem seu nome,
Isolda!
Os
olhos de ISOLDA, lacrimejam, ela
pega o papel e guarda na bolsa, encara o homem novamente.
ISOLDA:
- Obrigado pelo carinho Abner, prezo muito por sua amizade!
ABNER:
(surpreso) – Amizade?
ISOLDA:
(surpresa) – Sim, nossa amizade!
ABNER:
- (surpreso) – Achei que tínhamos
algo a mais... aquele beijo, não significa nada para você?
ISOLDA:
- Aquele beijo foi um incidente, algo não planejado, não pensado!
ABNER:
(entristecido) – Poxa... eu pensei
muito naquilo, pensei piamente que você estava expressando algum sentimento por
mim... poxa... estou surpreso.
ABNER,
limpa a lágrima de tristeza que escorre de seu rosto.
ISOLDA:
- Abner, por favor... não nutre um sentimento irreal, só somos amigos...
acredito que aquele beijo foi algo extremo... o pior aconteceu com Hans, nós
transamos!
ABNER,
dá alguns passos para trás, arrasado, boquiaberto, outras lágrimas escorrem de
seu rosto.
ISOLDA:
(preocupada) – Estou perdida,
acredito que Hans também está nutrindo um sentimento por mim... estou me
sentindo culpada, enojada... preciso conversar desabafar, estou me sentindo
encurralada! A Gardênia me deu um tapa e pediu para me afastar dele, dizendo
que estou interessada no patrimônio... Abner, meu marido não pode descobrir
isso, ele me mata! O que eu faço.
ABNER:
(lacrimejando) – SOME DA MINHA
FRENTE!
ABNER,
desvia da mulher, e caminha para outro ambiente, esbravejando, enquanto, ISOLDA, coloca mão na boca e passa a
chorar copiosamente.
CENA 03: Igreja Matriz.
Interior. Manhã.
BERENICE,
caminha em direção ao confessionário, senta-se na cadeira, LUÍS MIGUEL, achega-se próximo a ela.
LUÍS MIGUEL:
- Moça, me perdoe, não aches que sou inconveniente, seu perfume me remete a
tantas coisas boa... toda vez que passa ao meu lado eu sinto algo diferente.
BERENICE,
levanta-se.
BERENICE:
- Não se preocupe... é minha mãe que implica com tudo, ela exige tantas coisas,
inclusive esse véu, mas as vezes me sufoca.
BERENICE,
lentamente retira o véu do rosto, revelando sua face para LUÍS MIGUEL, o coroinha, por sua vez, arregala os olhos para ela,
admirando instantemente sua feição.
SONOPLASTIA: ALIANÇA (Tribalistas)
BERENICE:
- Essa sou eu, prazer, Berenice!
BERENICE,
estende a mão, o coroinha, rapidamente a beija, esboçando um semblante de
sublimidade.
BERENICE:
- Sabe, acho você muito engraçado, gentil, e vejo que faz tudo aqui com amor!
LUÍS MIGUEL:
(emocionado) – Ah, grato... eu costumo
amar muito, tudo que faço... tudo que me entregam... eu.... eu... (INTERROMPIDO).
BERENICE:
- Não me diga mais nada, eu só quero fazer algo que não faça a muito tempo!
BERENICE,
dá um selinho no rapaz, ele arregala os olhos, envergonhado, ela sorri.
BERENICE:
- Bobinho, sempre quis fazer isso com um coroinha... até onde sei, vocês não
podem se juntar com uma mulher, deve ser triste, não acha? Enfim... meu forte
nunca foi ir à igreja, apesar de ser convicta da minha fé... minha mãe é mais
exigente.
LUÍS MIGUEL:
(voz embargada) – Eu... não esperava
por isso, você é mais do que eu imaginava!
BERENICE,
sorri, coloca mão no ombro do rapaz, e o encara.
BERENICE:
- Então, agora que já beijou uma menina, continuará sendo um coroinha? Não vai
se confessar? – gargalhadas –
bobinho!
JOCASTA,
aparece instantaneamente, BERENICE,
arregala os olhos, se afasta do rapaz e prontamente coloca o véu.
JOCASTA:
(aos berros) – O QUE SIGNIFICA ISSO?
JOCASTA,
violentamente, empurra LUÍS MIGUEL,
que se desequilibra e esbarrasse no chão, enquanto, pega a filha pelo braço e
arrasta-a pelo corredor da igreja.
CENA 04: Casarão de
Herculano. Interior. Manhã.
MARCO PAULO,
fecha a porta do guarda-roupa, de repente, GIULIA abre a porta de seu quarto,
assustando-o.
GIULIA:
- Com licença, você é o Marco, não é? Pai da Isolda?
MARCO PAULO:
- (desconfiado) – Sim, eu sou pai de
Isolda e de Berenice... casado com Jocasta!
GIULIA:
- Ah... que bacana, só perguntei, pois Herculano, falou muito bem de todos
vocês, e confesso que estou gostando da casa, ah, de vocês, principalmente.
GIULIA,
adentra o quarto e passa a observar.
GIULIA:
- Vim, para ajudar vocês, então, o que precisar, só me chamar, não quero ficar
avulsa, estou aqui de favor, mas eu estou à disposição!
MARCO PAULO: (desconfiado) – Certo, fico contente com isso, obrigado... agora, se
não se importar, gostaria de me banhar, poderia se retirar?
GIULIA:
(envergonhada) – Claro, me perdoe,
com licença!
No
mesmo momento, os dois escutam berros no andar debaixo, e se olham.
CENA 05: Casarão de
Herculano. Sala de estar. Interior. Manhã.
JOCASTA,
tira o véu de BERENICE e a joga no
sofá.
JOCASTA:
(aos berros) – Sua profana! Eu disse
que não era para tirar o véu na igreja de forma alguma! E ainda tem a audácia
de se mostrar para o coroinha, sua sem vergonha!
BERENICE:
(irritada) – E qual o problema? Você
quem me obrigou a ir, que me obrigou a usar? Qual o problema? Não sou obrigada
a fazer suas vontades, tão logo alcançarei a maior idade e serei livre de você,
LIVRE!
JOCASTA,
esbofeteia BERENICE, que grita.
MARCO PAULO,
desce apressado a escada.
MARCO PAULO: (irritado) – Jocasta, o que está acontecendo?
JOCASTA:
(aos berros) – Pergunte a sua filha,
que fez algo horroroso na igreja!
BERENICE,
levanta-se e enfrenta a mulher.
BERENICE:
(afrontosa) - Sabe o que foi o
melhor, eu beijei o coroinha, eu beijei o Luís Miguel!
JOCASTA,
esbofeteia novamente BERENICE, que
desaba no sofá, MARCO PAULO, corre
acudir a filha e afastar JOCASTA
dela.
GIULIA,
desce a escada e observa a cena, incrédula.
JOCASTA:
(surpresa) – E quem é essa? O que
faz nesta casa?
GIULIA,
não responde, e decide subir a escada.
MARCO PAULO,
abraça BERENICE, que chora
copiosamente.
JOCASTA:
- E quanto a você, está de castigo, não sairá dessa casa, em hipótese alguma,
sua sem vergonha! Profana!
JOCASTA,
pega o véu da filha, rasga-o e pisa.
CENA 06: Casa de Augusto.
Cozinha. Interior. Tarde.
AUGUSTO,
coloca ervas dentro de um tacho, despeja água, e alguns cogumelos.
AUGUSTO:
- É hora de tomar seus comprimidos Clara!
CORTA PARA:
CLARA
estava deitada na cama, estava fraca, com os lábios secos, AUGUSTO, destranca a porta e entra.
AUGUSTO:
- Clara, levanta-se, trouxe alguns comprimidos para você.
CLARA,
com muita dificuldade, tenta ajeitar-se na cama, o marido entrega o copo e
alguns comprimidos, ela toma, e volta a deitar, AUGUSTO, observa-a.
CENA 07: Rua. Exterior.
Tarde.
EULÁLIA,
uma mulher elegante de meia idade, e seu filho, o culto PÉRICLES, andam pelas ruas, com malas nas mãos.
EULÁLIA:
- Espero que seu pai tenha deixado a estadia da pensão paga, ele disse que não
seria bom dormirmos no contêiner do circo, disse que está apertado demais para
nós.
PÉRICLES:
- Mamãe, é verdade, o circo está crescendo, nós que não participamos dos
espetáculos, acho melhor, não ficarmos mesmo, para não atrapalhar a preparação
deles.
EULÁLIA:
- É isso mesmo, mas enfim, chegamos em Vale das Rosas, a única pessoa que
conheço nesta cidade é o Magno... inclusive, o Garcia fez questão de sumir com
ele, já faz alguns prólogos que não aparece.
EULÁLIA,
pisca para a câmera, quebrando a quarta parede.
PÉRICLES:
- Como assim mamãe?
EULÁLIA:
- Esquece filho, para bom leitor, meia fala basta!
EULÁLIA,
sorri para o filho, passa a mão em seu rosto.
EULÁLIA:
- Magno é um artista, muito reconhecido no país todo... mas, agora, voltando
sobre a estadia, será que é essa a pensão?
EULÁLIA
e PÉRICLES, param em frente da
pensão, colocam as malas no chão, olham um para o outro, de repente uma mulher
aparece.
MULHER:
- Eulália? Esposa do palhaço Pitoco?
EULÁLIA:
- Eu mesma, mesmíssima!
MULHER:
- Que bom, então, chegaram no lugar certo, o Pitoco já deixou pago a estadia de
vocês, espero que aproveitem!
EULÁLIA
e PÉRICLES, pegam suas malas e
adentram a pensão.
CENA 08: Pensão.
Corredor. Interior.
ABNER,
sobe a escada da pensão com os olhos marejados, olhando para o chão, ao chegar
no corredor, sem querer, acaba esbarrando em PÉRICLES.
PÉRICLES:
- Moço, me perdoe!
PÉRICLES,
repara no semblante entristecido de ABNER,
fica incomodado, ao mesmo tempo que sente algo diferente. O homem não responde
e vai para seu quarto.
CENA 09: Casarão de
Herculano. Quarto. Interior. Tarde.
ISOLDA,
estava sentada na cama, pensativa, entristecido, coagida, então, ela decide
tomar um banho, deixa sua bolsa aberta, encima da cama.
A
janela do quarto estava aberta, um vento forte bate e faz com que o bilhete (escrito por ABNER) seja lançado para a cama. Nesse instante, HERCULANO, entra no quarto, tira o
paletó.
HERCULANO:
- Isolda, cheguei!
HERCULANO,
repara que a porta do banheiro estava fechada, bem como, nota um bilhete na
cama, prontamente pega e passa a ler, estarrecido.
SONOPLASTIA: Tenso Stereoflute (Mu Carvalho) -
Instrumental
HERCULANO:
(lendo) – “Querida Isolda, aquele beijo me deixou virado... o meu mundo virou,
nunca beijei lábios tão sedosos. Venha ao meu encontra no sarau! ”
HERCULANO,
coloca o bilhete no bolso.
HERCULANO:
(sussurrando) – Desgraçada!
ISOLDA,
sai do banheiro, enrolada em uma toalha, HERCULANO,
disfarça o sentimento de revolta e tenta beijá-la, que se desvia.
ISOLDA:
- Estou com dor de cabeça!
HERCULANO:
(fingido) – Sem problemas Isolda.
ISOLDA,
senta-se na cama, fecha a bolsa e coloca na escrivaninha, desvia-se para o
marido.
ISOLDA:
- Herculano, o que achas de irmos ao circo hoje?
HERCULANO,
esboça uma gargalhada medonha, e encara a esposa.
HERCULANO:
(cínico) – Não é uma má ideia,
acredito que fará bem à você... mas, certeza que é no circo?
ISOLDA:
- Sim, o circo chegou na cidade, gostaria de ir!
HERCULANO:
(cínico) – Está certo... você vai ao
circo – coloca a mão nos lábios – acompanhada da Giulia, minha prima, quero
ficar em casa, descansando... pode ser?
ISOLDA:
- Com certeza, pode ser!
ISOLDA,
passa algumas loções em sua pele, enquanto o marido, começa a encarar
friamente, com um extremo sentimento de ódio.
CENAS EXTERNAS:
Ao
som de “Voa Bicho” de Milton Nascimento, o anoitecer é
exposto em VALE DAS ROSAS, as ruas
movimentadas, pessoas caminhando, foco total na biblioteca, toda iluminada.
CENA 10: Biblioteca.
Interior. Noite.
Era
a vez de ABNER, se apresentar, ele
estava com trajes formais, ele se aproxima de um tablado e põe-se acima.
ABNER:
- Boa noite a todos, nesta noite, irei apresentar meu poema, ele se chama “ISAURA”!
HERCULANO,
adentra a biblioteca, com um semblante de desdém, começa a observar o público
sentados, o que também faz.
HERCULANO:
(pensamentos) – Hoje descobrirei
quem é o amante de Isolda, vou acabar com raça desse malandro!
SONOPLASTIA: Tenso Stereoflute (Mu Carvalho) - Instrumental
ABNER,
para a exclamar em alto e bom tão, para toda a plateia.
Isaura, os teus lábios são doces como
o mel,
A tua boca é sensível, seus olhos se
encontram,
Se encontram com os meus, os meus que
se encontram com os seus,
Os livros foram testemunhas da nossa
paixão, do nosso beijo.
Isaura, se deste mais um beijo... ah,
deste mais um beijo,
Teu beijo me transforma,
Teu beijo me renova, teu beijo é
único,
Os livros sabem que foi único, foi o
único beijo,
A única boca que beijei, é sua.
Os livros viram o nosso beijo, beijo
doce,
Doce beijo... Isaura, se tu ficares,
Fique, só mais um pouco,
Mesmo que não puder ficar,
Que seja eterno, enquanto puder.
Isaura... Isaura... seu beijo... seu
beijo é doce como mel.
Ao
terminar de proclamar o poema, ABNER,
respira fundo, encurva-se, o público, aplaude. HERCULANO, põe em pés, com o semblante enfurecido, aproxima-se do
tablado, todos estranham.
HERCULANO:
(cínico) – Parabéns mulato, só errou
o nome da mulher, não é Isaura, é ISOLDA!
ABNER,
arregala os olhos para o homem, os dois se encaram, atônitos.
HERCULANO:
(cínico) – Então, é com você que
Isolda anda se encontrando? Os livros testemunharam seus beijos?
ABNER,
fica trêmulo, sem respostas, HERCULANO,
sobe no tablado e fica frente a frente com ele, o clima fica tenso, as pessoas
que ali estavam ficam uma cochichando com a outra.
Encerramento
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