CAPÍTULO 31
CENA 01: Biblioteca.
Interior. Noite
Ao
terminar de proclamar o poema, ABNER,
respira fundo, encurva-se, o público, aplaude. HERCULANO, põe em pés, com o semblante enfurecido, aproxima-se do
tablado, todos estranham.
HERCULANO:
(cínico) – Parabéns mulato, só errou
o nome da mulher, não é Isaura, é ISOLDA!
ABNER,
arregala os olhos para o homem, os dois se encaram, atônitos.
HERCULANO:
(cínico) – Então, é com você que
Isolda anda se encontrando? Os livros testemunharam seus beijos?
ABNER,
fica trêmulo, sem respostas, HERCULANO,
sobe no tablado e fica frente a frente com ele, o clima fica tenso, as pessoas
que ali estavam ficam uma cochichando com a outra.
ABNER: (amedrontado)
– Olha, não sei do que o senhor está falando... com licença!
HERCULANO:
(nervoso) – Pense bem seu marginal,
poderá se retratar agora, confesse!
ABNER:
- Não sei do que o senhor está falando, não tenho nada a me retratar!
HERCULANO,
tomado por uma ira descomunal, desfere um soco na barriga de ABNER, ao sentir o dor, o homem se
curva, e depois leva outro soco no queixo, despencando ao chão.
As
pessoas ficam barbarizadas com a atitude, alguns homens correm acudir ABNER, enquanto HERCULANO retira-se livre e calmamente da biblioteca.
CENA 02: Casarão de
Herculano. Sala de Estar. Interior. Noite
ISOLDA
e GIULIA, pegam suas respectivas
bolsas.
ISOLDA:
- Giulia, está com tudo, acredito que podemos ir, certo?
GIULIA:
- Sim, Isolda... confesso que estou muito feliz com o convite!
JOCASTA,
desce sorrateiramente a escada e passa a encarar ambas.
JOCASTA:
- Ora ora... a recém-chegada já está de segredinhos com a pata-choca, podes me
dizer onde vão?
ISOLDA:
- Iremos ao circo Jocasta, rir da vida... rir... coisas que certa pessoa não
tem capacidade de fazer, já que só torcem pelo mal.
De
repente a porta do casarão se abre, HERCULANO,
entra.
HERCULANO:
(grosseiro) – Isolda, antes de ir,
preciso conversar com você... preciso saber quem é Abner!
ISOLDA
paralisa, suas pernas bambeiam.
Nenhum comentário:
Postar um comentário