Linda Rosa - Capítulo 15

 Linda Rosa

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Capítulo 15 - (03/06/2025) 

CENA 1 - EXT. RUA "BEIJA-FLOR" - DIA

Rafaela pega na mão de Alexandre e respira profundamente.

RAFAELA — Me conte essa história direito.

ALEXANDRE — Eu sempre fui apaixonado por Rosalina. Só que guardei esse amor por muito tempo, e ela conheceu Maicon. Eu fiquei com ciúmes e fui até a casa dele para esfaqueá-lo. Rosalina acordou e pegou em flagrante.

RAFAELA — A Rosalina me avisou.

ALEXANDRE — O que?

RAFAELA — Que você é perigoso. Eu não quis acreditar, a menina até passou mal.

Rafaela se afasta de Alexandre lentamente. Alexandre percebe e se levanta.

ALEXANDRE — Eu estou percebendo você se afastando de mim! Eu não me importo mesmo porque eu tenho muitos amigos por aí que iam continuar comigo.

RAFAELA — Será que eles também não são assassinos? 

ALEXANDRE — Eu não sou assassino! Eu não matei ninguém. E eles também não são assassinos como você diz.

Alexandre sai do local, com movimentos tensos.

CENA 2 - INT. CASA DE MAICON - SALA DE ESTAR - DIA

Cristígia bate na porta e Maicon abre.

CRISTÍGIA — Preciso te contar algo que vai te fazer questionar sobre quem confia para colocar em um cargo importante.

Maicon cerra os olhos, mostrando desconfiança e curiosidade. Cristígia entra e se senta no sofá enquanto Maicon fica em pé.

MAICON — O que você me contará?

CRISTÍGIA — Conhece Frederico?

MAICON — Claro que sim! Coloquei ele no cargo. O que aconteceu?

CRISTÍGIA — É porque ele ficou namorando uma funcionária no escritório.

MAICON — Ele? Terei que demiti-lo porque isso vai contra as regras da empresa.

CRISTÍGIA — Pode demiti-lo porque você estará fazendo o certo.

Cristígia se levanta e sai pela porta. Maicon fica pensativo e se senta no sofá.

CENA 3 - EXT. EMPRESA CENTRAL - DIA

Rosalina sai pela porta da empresa central. Rúbio, que estava passando em frente, a vê e vai em direção a ela. Rúbio chegou lentamente em Rosalina, que se espanta ao ver ele do lado dela.

RÚBIO — Olá!

ROSALINA — Não estou para conversas!

RÚBIO — Queria apenas conversar. Calma, relaxe! Quero conversa do porquê você ter me entregado um buquê com rosas que me dão alergia naquele dia.

ROSALINA — Eu não sabia que você tinha alergia.

RÚBIO — Eu sinto que você sabia! Sua cara não me engana! NÃO MESMO!

ROSALINA — Não grite comigo!

RÚBIO — Mulher assim como você tem que ouvir mesmo!

ROSALINA — Não tem motivo plausível para sua ignorância.

RÚBIO — Aguarde a surpresa. Só aguarde!

Rúbio sai, brutalmente. Rosalina fica pálida.

ROSALINA — Esses dias minha condição vem piorando.

Rosalina fica sem respirar por um instante. Ela pega um comprimido e engole sem água. Rosalina se põe contra a parede, voltando a respirar normalmente lentamente e sua face aparenta estar melhor, mas ainda está pálida. Rosalina caminha em frente.

[DIAS DEPOIS]

CENA 4 - INT. EMPRESA CENTRAL - ESCRITÓRIO - DIA

Maicon e Frederico estão se olhando olho no olho.

MAICON — Eu não esperava isso de você, Frederico.

FREDERICO — Eu não sei do está falando, Maicon.

MAICON — Você não gostaria de me contar algo?

FREDERICO — É o que estou pensando?

MAICON — Sim.

FREDERICO — A Cristígia interpretou tudo errado! Eu apenas estava beijando minha namorada.

MAICON — Mas isso também não pode. Você será suspendido por tempo indeterminado da minha empresa.

Frederico engole em seco.

FREDERICO — Tudo bem. Eu espero esse tempo. Mas aliás, quem ficará no cargo?

MAICON — Ninguém! Aproveitarei e darei um tempo de folga para os funcionários. Então é isso! Boa sorte!

Maicon se levanta elegantemente enquanto Frederico guarda suas coisas. Eles saem pela porta.

CENA 5 - INT. SALA DE INTERROGATÓRIO - DIA

Antônio está sentado na cadeira em frente aos policiais, que estão com o braço na mesa. Lúcia está sentado no sofá ao lado.

ANTÔNIO — Você ficarão apenas me encarando?

POLICIAL — Faremos algumas perguntas. Primeiro: Tem algo a declarar em sua defesa? Você realmente quis falar aquilo?

ANTÔNIO — Não vou mentir. Eu quis falar, sim. E se eu quiser, eu falo novamente.

POLICIAL — Com isso, o que resta é te levar á prisão.

O policial se levanta e leva Antônio para outra sala.

CENA 6 - INT. CASA DE MAICON - DIA

Rosalina está sentada no sofá enquanto Rafaela está deitada, chorando com a cabeça no colo de Rosalina.

RAFAELA (voz de choro) — Não esperava que ele fosse fazer aquilo.

ROSALINA (voz serena) — Relaxa! Me conte a história direito.

RAFAELA — Eu acho que vou morar com você. Eu posso?

ROSALINA — Claro! Mas terá que dormir no quarto das visitas e tenho que pedir permissão a Maicon.

Rafaela para de chorar e um sorriso expande em seu rosto.

RAFAELA — Está certo! Vou aguardar a resposta.

ROSALINA — Fique o dia por aqui para a gente conversar.

RAFAELA — Vou ficar.

Rafaela sorri suavemente.

CENA 7 - INT. PRESÍDIO - CELAS - DIA

Antônio caminha com os policiais e não expande nenhuma emoção. Seu rosto demonstra apatia, como se ele estivesse apenas indo ao banheiro. Eles chegam a cela que ele vai ficar e Antônio entra e encontra outros presidiários. O policial tranca a sela enquanto Antônio se senta chão. Os outros presidiários ficam com expressão de apatia. O ambiente está marcado por forte desconfiança.

ENCERRAMENTO