10/06/2025

Teia de Sedução - Capítulo 07

 



“TEIA DE SEDUÇÃO”

Novela criada e escrita por 

Susu Saint Clair

Capítulo 07


CENA 01: CASA DE VOLNEY - SALA - MANHà


Gisela e Jaqueline se encaram, cada uma com uma energia pesada. Dá pra sentir o ranço de longe.


RAÍ: Eita, não sabia que tinha gente aqui.


GISELA: Já estou de saída. Só passei pra ver o Volney.


RAÍ: E a sua sobrinha, como é que tá?


GISELA: Ela vai sobreviver. Teu enteado não foi o primeiro nem vai ser o último namoradinho a botar um chifre na cabeça dela.


JAQUELINE: (com uma voz cheia de veneno) Deve ser de família essa fama.


GISELA: O que você disse?


JAQUELINE: Quer que eu desenhe?


Gisela olha pra ela com uma cara de nojo.


ESTELA: (dá uma risadinha sem graça) Vocês duas se conhecem?


GISELA: Jaqueline era minha funcionária. Deve tá mordida porque eu mandei ela pra rua!


ESTELA: (olha pra Jaqueline) Cê trabalhava na Bergmann Privé?


GISELA: Trabalhava. E era péssima, viu?


JAQUELINE: Ah, mas pra homem na cama eu sou nota dez. E você, Gisela? É boa assim pro teu macho?


Gisela arregala os olhos, indignada. Raí segura o riso com força.


GISELA: Que ousadia é essa?


JAQUELINE: Ué, não sou mais sua funcionária, então falo na sua cara o que sempre pensei de você: mal amada e mal comida!


ESTELA: (chocada) Jaqueline! Que é isso?


JAQUELINE: (continua, ignorando Estela) Sua cachorra! Some daqui! Sua cachorra!


Ela agarra o braço de Gisela com raiva.


GISELA: Me larga! (se solta) Olha aqui, se você encostar um dedo em mim eu te processo!


JAQUELINE: ENFIA ESSE PROCESSO NO TEU RABO, SUA VAGABUNDA! (empurra Gisela pra fora) Vai embora! Some da minha frente! Sua rameira!


Jaqueline bate a porta na cara de Gisela. Estela tá passada, olhando tudo. Raí começa a dar gargalhada.


ESTELA: Você ficou doida de vez? Botar uma visita minha pra fora da minha casa? Quem você pensa que é? (olha pro Raí) E você vai ficar aí rindo? Fala alguma coisa!


RAÍ: (morrendo de rir) Não dá...


Ele continua rindo sem parar.


JAQUELINE: Isso é pouco perto do que essa vadia e a família desgraçada dela merecem. Essa cachorra. Olha só, viu?! Seu filho deu sorte de não namorar com a sobrinha dessa gente. Essa gentalha não presta pra nada.


Raí continua rindo sem parar. 


ESTELA: (super desconfortável) Ai, gente...


CENA 02: CARRO DE GISELA - MANHÃ


Gisela entra em seu carro e fica pensativa com as mãos no volante. Ela liga o carro e dá a partida. 


CENA 03: CASA DE VOLNEY - SALA - MANHÃ


Jaqueline está tomando um cafézinho de boa com Raí e Estela.


ESTELA: Então você quer se vingar da Gisela só porque ela te demitiu? Ah, Jaqueline, fala sério, isso não tem cabimento.


JAQUELINE: Estela, eu tenho todo o direito de odiar aquela mulher. Só eu sei o que eu passei trabalhando pra ela. Pergunta pra Susane que ela vai te contar a cobra que a Gisela é!


ESTELA: Engraçado que a Susane nunca me falou muito do trabalho dela, sabia? Pra ser sincera, ela nunca gostou de tocar no assunto, mesmo sabendo da minha admiração pelas peças da loja.


Nesse momento, Volney aparece cambaleando no corredor, ainda com a cabeça enfaixada e sem camisa. Os três ficam surpresos.


ESTELA: Ai, meu amor! Por que você saiu da cama?


VOLNEY: Acordei com uma gritaria danada, não consegui dormir mais.


JAQUELINE: Ai, meu Deus! A culpa foi toda minha. Desculpa.


ESTELA: Volta pra cama, filho. Você precisa descansar.


VOLNEY: (se jogando no sofá) Não dá pra ficar deitado, mãe. O campeonato de surf tá chegando, preciso ir pra praia treinar.


ESTELA: Que praia, menino? Você caiu da escada, passou a noite toda no hospital, você tem que dormir!


VOLNEY: Mãe, pega um suco pra mim, rapidinho? Por favor?


Estela olha pra ele com uma cara de quem não tá acreditando. Raí se levanta e leva Estela para cozinha, meio que empurrando ela de leve. Jaqueline e Volney ficam sozinhos na sala.


JAQUELINE: Tá se sentindo melhor agora?


VOLNEY: (suspira, colocando a mão no rosto) Tô preocupado com o campeonato, sabia? Me dediquei tanto pra isso.


JAQUELINE: Quando que vai ser esse campeonato?


VOLNEY: Daqui a umas duas semanas.


JAQUELINE: Mas até lá você já vai estar zerado, pode apostar.


VOLNEY: Será mesmo? Tô meio inseguro.


JAQUELINE: (toca a mão dele com carinho) Vai sim. Confia.


Os dois se olham, um clima rolando no ar.


CENA 04: CARRO DE GISELA - MANHÃ


Gisela dirige, até que pára numa sinaleira. Ela fica pensativa. 


TRANSIÇÃO PARA FLASHBACK – JARDINS DA MANSÃO VON BERGMANN – MANHÃ


30 anos atrás. O sol da manhã beija as copas das árvores e reflete nos gramados impecáveis. Gisela, com 16 anos, linda, leve e cheia de vida, corre descalça pelo jardim, rindo alto. Usa um vestido branco simples que voa com o vento. Felipe, com 19, charmoso e determinado, vem logo atrás, sorrindo, os olhos brilhando.


FELIPE: (correndo atrás dela) Gisela, para! Eu vou te pegar!


GISELA: (rindo) Eu duvido!


Ele corre mais rápido e a alcança, agarrando-a pela cintura. Os dois caem sobre a grama, rindo juntos. Felipe fica por cima, apoiado nos cotovelos, com o rosto bem próximo ao dela. O riso vai dando lugar a um silêncio cheio de desejo.


FELIPE: (baixo, ofegante) Você é linda. Sabia?


GISELA: (sorrindo, olhando nos olhos dele) E você é atrevido!


FELIPE: Não consigo ficar longe de você, Gisela. Quando cê sorri... parece que o mundo some.


Ela toca o rosto dele, carinhosa.


GISELA: Eu queria que a gente ficasse assim pra sempre. Sem ninguém dizendo o que a gente pode ou não pode fazer.


FELIPE: Um dia vai ser só eu e você. Prometo.


Ele a beija. Um beijo apaixonado, cheio de inocência e desejo. 


FIM DO FLASHBACK – VOLTA PARA O CARRO DELA


Gisela em transe, abalada. Barulhos de buzina incessantes. O sinal já abriu. Ela dá a partida.


CENA 05: CASA DE VOLNEY - COZINHA - MANHÃ


Raí e Estela tão na cozinha, trocando ideia.


RAÍ: Aquela história da Gisela vir ver o Volney era verdade mesmo ou ela tava inventando?


ESTELA: Não sei, Raí. Ela começou a falar da fofoca do beijo, aí a gente começou a falar do Afonso. Ela ficou curiosa que vocês dois são tipo meio-irmãos, sabe? Perguntou o nome do pai do Afonso e, quando eu falei, ela ficou esquisita.


RAÍ: Esquisita como assim?


ESTELA: Sei lá, ficou meio séria de repente, levantou e disse que ia embora, assim, do nada. Foi bem na hora que você e Jaqueline chegaram.


CENA 06: MANSÃO DOS PASSARELLI - JARDINS - MANHÃ


Afonso está no celular, falando com o Raí.


AFONSO: Cê tem certeza?


RAÍ: Foi o que a Estela me falou, pô. Te liguei porque achei que era importante você saber o que tava rolando.


AFONSO: Entendi. A Jaqueline ainda tá aí?


RAÍ: Tá sim. E o Volney já se entrosou com ela.


AFONSO: Beleza! Preciso desligar aqui, depois a gente se fala.


Ele desliga o celular. Celina aparece vindo de dentro da mansão, vestida pra fazer exercício: tênis, legging e uma blusinha leve.


CELINA: Ai, meu anjo, tava te procurando! Vim avisar que tô indo pro pilates. Já falei com a Neide sobre o almoço.


AFONSO: Beleza, vó. Antes de você ir, queria te perguntar uma coisa.


CELINA: Claro, meu amor. Fala.


AFONSO: Antes dos meus pais se conhecerem, ele, meu avô e a tia Cláudia moravam lá na casa dos von Bergmann, né?


Celina fica com uma expressão séria no rosto.


AFONSO: Meu pai e a Gisela von Bergmann... eles tiveram alguma coisa? Algum tipo de ligação?


Celina trava, sem saber o que responder. 


CENA 07: CASA DE VOLNEY - QUARTO DELE - MANHÃ


Volney mostra um troféu para Jaqueline, todo orgulhoso.


VOLNEY: Esse aqui eu ganhei num campeonato quando eu tinha uns dezesseis anos.


JAQUELINE: (pega o troféu na mão) Nossa! Que lindo, Volney! Parabéns!


Volney sorri, agradecido, pega o troféu de volta e coloca de novo na prateleira.


JAQUELINE: Cê nunca pensou em sair um pouco daqui, não? Tipo, ir pro mundo, sabe? Cê não tem uns sonhos mais ambiciosos?


VOLNEY: Ah, sonhar eu sonho. Mas viver só de sonho não dá, né, Jaqueline?


JAQUELINE: É... Nada nessa vida é fácil, isso eu sei bem. Mas você é um cara esforçado. Deu pra ver quando você insistiu em ir pra praia mesmo todo quebrado.


Ele dá uma risada fraca.


VOLNEY: Só você pra me animar. (se sentando na cama) Tô me sentindo um lixo.


Jaqueline senta do lado dele, solidária.


VOLNEY: Eu fiz tudo errado, Jaque. Perdi o Afonso... Magoei a Sabrine... (olha pra ela, com a voz baixa) Parece que eu sempre estrago tudo!


Jaqueline olha para ele com um olhar de pena. Eles ficam se olhando por um tempinho, um clima meio estranho no ar. De repente, ela toca no rosto dele e o beija. Logo em seguida, os dois se afastam, meio sem graça.


JAQUELINE: Desculpa... (se levanta, meio atordoada) Sei lá o que deu na minha cabeça.


VOLNEY: (levanta também e segura o braço dela de leve) Ei, calma aí.


JAQUELINE: Preciso ir embora.


VOLNEY: Já? Mas agora que tava ficando legal...


JAQUELINE: É, tenho um monte de coisa pra fazer e você precisa descansar. Já te importunei demais.


VOLNEY: (sorri de canto) Gostei que você veio. Aparece mais vezes.


Jaqueline faz um carinho no rosto dele e dá um beijo na bochecha. Logo depois, sai do quarto. Volney fica sozinho, olhando pro nada.


CENA 08: MANSÃO DOS PASSARELLI - PISCINA - MANHÃ


Afonso e Celina estão sentados numa mesa perto da piscina, batendo um papo.


AFONSO: A Jaqueline me contou tudo, vó. Que a tia Cláudia trabalhava de empregada na casa dos von Bergmann. Meu avô era motorista deles, certo? Mas e o meu pai?


CELINA: O Felipe não trabalhava lá, não. Ele morava num quartinho nos fundos, junto com seu avô e sua tia. Mas, pelo que eu sei, ele e a Gisela tiveram um namorico antes dele conhecer sua mãe.


AFONSO: E por que terminou?


CELINA: Ah, meu filho, essa parte eu já não sei te dizer. Acho que essas coisas você devia perguntar direto pro seu pai! Olha, vou pro meu pilates, senão vou me atrasar.


Ela se levanta e sai andando.


CENA 09: CASA DE JAQUELINE - QUARTO - MANHÃ


Cláudia entra no antigo quarto de Jaqueline e olha as coisas da filha, saudosa. Ela passa a mão na cama. 


CORTA para ela abrindo o armário. Ela vê o mesmo vazio, sem roupas. Ela abre as gavetas. Encontra alguns documentos. Tira um por um de dentro da gaveta até achar uma carteira de trabalho.


CLÁUDIA: Ué, essa menina esqueceu isso aqui?! 


Ela abre a carteira de trabalho de Jaqueline, folheia as páginas até chegar na última e encontrar escrito: 


Anotações Gerais – Contrato de Trabalho


Empregador: Bergmann Privé Confecções S/A

CGC/CPF/CEI: 05.123.456/0001-78

Endereço: Rua das Acácias, nº 320 – Zona Industrial

Município: Pedra do Forte 

Esp. do Estabelecimento: Fabricação e Comércio de Moda de Luxo

Cargo: Vendedora

Data de Admissão: 12/08/2024

Registro Nº: 00627

Remuneração Especificada: R$ 2.150,00 (dois mil cento e cinquenta reais)

Data de Saída: 02/06/2025


Ela se choca ao ver a informação.


CENA 10: BERGMANN PRIVÉ - ANTE-SALA DIRETORIA - MANHÃ


Susane trabalha na sua mesa. José Carlos aparece.


JOSÉ CARLOS: Oi, Susane. A Gisela tá aí dentro?


SUSANE: Não senhor. Ela saiu e acabou de ligar dizendo que não volta mais hoje.


JOSÉ CARLOS: Tá, obrigado! 


Ele sai. Susane continua trabalhando.


CENA 11: BERGMANN PRIVÉ - SALA DE JOSÉ CARLOS - MANHÃ


José Carlos ao celular com Jaqueline.


JOSÉ CARLOS: E aí, te pego onde hoje à noite?


JAQUELINE: No lugar de sempre. 


JOSÉ CARLOS: Mas você não tinha se demitido?


JAQUELINE: Fiz as pazes com meu chefe. 


JOSÉ CARLOS: Safadinha. Hoje eu te pego lá, mas vou te levar pra outro lugar.


JAQUELINE: Ah é? Pra onde?


JOSÉ CARLOS: Segredo. A gente se vê de noite. Gostosa!


Ele desliga. 


CENA 12: MANSÃO DOS PASSARELLI - SALA DE ESTAR - TARDE


Felipe e Nadine tão discutindo com Afonso.


FELIPE: Dona Celina passou de todos os limites! Ela não tinha o direito de te contar uma coisa dessas!


AFONSO: Ela nem queria falar, pai. Fui eu que fiquei insistindo!


FELIPE: E por que a Gisela foi perguntar de você pra Estela, hein?


AFONSO: Por causa da notícia que eu mandei vazar.


NADINE: (com uma careta de confusão) Notícia? Que notícia?


AFONSO: Eu e o Volney estávamos juntos esse tempo todo. Desde que a gente se conheceu. Aí descobri que ele tava comigo e com a Sabrine, que é sobrinha da Gisela. Mandei a Jéssica botar uma nota falando que ela era corna, que ele tava comigo e com ela, geral ficou sabendo. A Gisela foi lá na casa da Estela pra fazer perguntas sobre mim e foi isso.


Felipe e Nadine se olham, completamente chocados com a revelação.


AFONSO: Eu contratei a Jaqueline pra seduzir o Volney e dar o troco nele, de tudo o que ele fez comigo! 


NADINE: (suspira, balançando a cabeça, incrédula) Meu Deus, Afonso! O que se passa nessa sua cabeça?! (para, como se uma ficha tivesse caído) Espera aí. O Raí tá sabendo dessa história toda?


AFONSO: (solta uma risada amarga) Raí? O Raí tá metido nessa confusão até o pescoço! Foi ele que me contou do lance do Volney com a Sabrine!


NADINE: Meu Senhor...


FELIPE: Eu achava que o Raí era sem juízo, mas você tá me saindo pior que ele!


AFONSO: Mas e aí? Vão mudar de assunto? Por quê que o seu namoro com a Gisela terminou, pai?


NADINE: Felipe, acho melhor você falar logo o que esse menino quer saber. Não tem por que esconder nada dele.


FELIPE: Acontece que eu não quero nem lembrar dessa história! Desde que eu casei com você, Nadine, eu botei na cabeça que ia esquecer essa família maldita pra sempre. Minha irmã sofreu muito com tudo que aconteceu. Meu pai também! E eu não fui diferente!


Nesse momento, Jaqueline desce as escadas.


JAQUELINE: Opa! Tá todo mundo reunido aqui? Que bom!


NADINE: Ainda bem que você apareceu. Explica isso direito. Você vai mesmo dar um perdido no Volney?


JAQUELINE: Vou! Tô sendo paga pra isso. Pergunta pro seu filho! Aliás... pros seus dois filhos. O Raí também tá no meio dessa bagunça.


AFONSO: (olha pra Jaqueline) Já falei pra ela, Jaque. Ela tá na negação total.


NADINE: Afonso, meu filho, por que você não vai viver a sua vida, hein? Esquece esse Volney, segue em frente!


AFONSO: O pai também seguiu em frente com você, mãe, mas hoje não aguenta nem ouvir o nome da Gisela. Eu não sei por que o namoro deles acabou, mas se ele tivesse se vingado em vez de seguir em frente, talvez a consciência dele estivesse mais tranquila.


FELIPE: Se eu não tivesse seguido em frente, você nem estaria aqui agora!


Os dois se encaram, a tensão pairando no ar. A campainha toca, quebrando o clima. Neide vai atender a porta. Cláudia entra na sala.


FELIPE: (completamente surpreso) Cláudia?


JAQUELINE: Que que cê tá fazendo aqui, mãe?


CLÁUDIA: (tira a carteira de trabalho da bolsa) Achei isso nas suas coisas. (joga a carteira pra Jaqueline) Mais uma das suas mentiras, Jaqueline! Você nunca trabalhou na Savana Fashion! Você trabalhava na Bergmann Privé! Como você pôde mentir pra mim, filha?


JAQUELINE: Ah, é? E por que você mentiu pra mim, mãe? Ou melhor, omitiu!


FELIPE: (se aproxima das duas, confuso) Espera aí. (olha pra Jaqueline) Você trabalhava na loja da Gisela?


JAQUELINE: Trabalhava! Porque eu descobri tudo! (vira pra mãe, com raiva) Descobri a verdade que você sempre fez questão de esconder de mim! (olha de um para o outro, alternando entre Felipe e Cláudia) Ou melhor, vocês dois! Porque você sabia, né, tio? Que o Nelson von Bergmann era meu pai?!


Cláudia fica paralisada, em choque total com as palavras da filha. Nadine coloca as mãos na boca, incrédula. 


JAQUELINE: (olha fixamente para Afonso) Foi por isso que o namoro da Gisela com seu pai acabou! Porque o Nelson engravidou minha mãe quando ela era empregada na casa dele e depois deu um chute nela! (volta o olhar para Cláudia e Felipe, acusatória) E aí? Vão negar essa história agora?


Cláudia e Felipe olham para ela, sem saber o que dizer.


CLOSE neles.


CORTA.


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