CENA 01: MANSÃO FIGUEIRA/EXT./MANHÃ
CONTINUAÇÃO IMEDIATA DA ÚLTIMA CENA DO CAPÍTULO ANTERIOR.
INSTRUMENTAL: INEVITÁVEL - EDUARDO QUEIROZ, GUILHERME RIOS
LEILA: Era só o que me faltava… uma empregadinha de merda querendo me encurralar. Tá achando que é quem?
DALVINHA: Eu sou a pessoa que pode acabar com o seu reinado, dona Leila. Se não me der o que eu quero, toda essa sua arrogância, toda essa sua soberba vai acabar assim que a senhora for parar atrás das grades!
LEILA: Já disse que não tenho essa grana, inferno!
DALVINHA: Eu nunca pensei que a senhora fosse esse lixo de ser humano… que dó do Chico e da Cecília, gente… fez tudo isso porque, hein?
LEILA: Não interessa! Eu não vou ficar te dando satisfação do que eu faço ou deixo de fazer.
DALVINHA: Então eu vou ser obrigada a contar tudo pra todos, inclusive pra polícia.
Dalvinha se vira, prestes a voltar para dentro da mansão, quando Leila pega em seu braço.
LEILA (ofegante, desesperada): Não, Dalvinha! Vamos fazer o seguinte: mais tarde eu vou pedir ao Teófilo que te leve até um lugar para se encontrar comigo.
DALVINHA: E quem me garante que você não vai tentar nada comigo?
LEILA: Eu tô falando sério! É pegar ou largar. E, por favor, desapareça do mapa depois que pegar essa grana.
Dalvinha não responde. Apenas se vira em silêncio e segue em direção à parte interna da casa. Ao fundo, a câmera foca em Ivani, que observou e escutou toda a conversa, sem ser notada. Leila fica imóvel no jardim, ainda furiosa com o que acabou de acontecer. Em seguida, Tércio, que voltava do enterro de Chico, se aproxima, abalado.
LEILA: E aí, como foi o velório do Chico?
TÉRCIO (tristonho): Muito comovente, o Chico era uma pessoa de muitos amigos… até agora não estou acreditando na tragédia que aconteceu…
LEILA: E a família?
TÉRCIO: Estão todos desolados com o acontecimento. A filha mais nova e esposa exigem uma investigação completa no carro.
LEILA: Mas essa gente sempre arruma um motivo pra querer arrancar a grana dos patrões, hein? Foi uma fatalidade, um acidente…
TÉRCIO: Será mesmo? O certo agora é esperar o laudo pericial.
Leila fica tensa, exalando preocupação.
TÉRCIO: E a Cecília, tem mais notícias?
LEILA: Não… mas ela deve estar estável, meu amor. Notícias ruins chegam rápido.
CENA 02: HOSPITAL DA UNIÃO/INT./MANHÃ
INSTRUMENTAL: CONFLITOS - NANI PEREIRA
Cecília já está na Unidade de Terapia Intensiva, desacordada. Ela está entubada, imóvel, mas parece um pouco mais estável.
MÉDICO (para a enfermeira): Ela foi forte. Respondeu bem à estabilização. Vamos seguir monitorando aqui mesmo por enquanto.
ENFERMEIRA: E se piorar?
MÉDICO: Pra ser sincero, acho que o pior já passou… agora ela já está sendo devidamente medicada. Se bem que, ela vai ter que ficar em coma por uns bons dias, ou até meses…
Ele dá mais uma olhada em Cecília e sai discretamente. A enfermeira ajeita os lençóis com cuidado, e se retira, indo até outro paciente. A câmera foca em Cecília e se aproxima dela, que continua imóvel e em coma.
CENA 03: CASA DE LEANDRO/INT./MANHÃ
Leandro se encontra deitado de bruços em sua cama, pensativo e com os olhos cheios de lágrimas. Paulina entra sem fazer nenhum barulho e se aproxima, sentando-se na beira da cama.
PAULINA: Leandro, você está nesse quarto desde que voltou do plantão… não acha melhor sair um pouco, comer alguma coisa?
LEANDRO: Foi culpa minha. Tudo isso foi culpa minha!
PAULINA: Culpa de que? Eu não estou entendendo.
LEANDRO: O casamento, o acidente da Cecília... Tudo, tudo é culpa minha. Eu só queria poder voltar atrás, e fazer tudo diferente.
PAULINA: Não acha que é tarde demais para pensar assim?
LEANDRO: E se a Cecília morrer, Paulina? Se a Cecília morrer a culpa é minha. Eu sou culpado por tudo isso estar acontecendo. Eu sou um infeliz mesmo, um desgraçado!
Ele começa a se bater, com raiva.
PAULINA: Eu acho que se bater e se lamentar não vai ajudar muito. Sabe o que isso diz? Que você é um completo irresponsável. Só tem idade, porque a cabeça é de uma criança completamente irresponsável. Isso por acaso é atitude de um homem? Lamentar?
LEANDRO (com voz de choro): E o que é que você quer que eu faça?
PAULINA: Seja homem, pelo menos uma vez em sua vida. Tome uma atitude de um homem! Um homem não fica aí se lamentando, ele vai e age. E sabe o que é mais? Ele sabe assumir suas próprias tolices.
LEANDRO: Eu pensei que você fosse me ajudar.
PAULINA: E eu estou te ajudando. Fazendo você cair em si, Leandro. Um homem de verdade não larga a própria mulher no altar, e muito menos põe a vida de outra pessoa em risco. E se lamentar não vai ajudar nem um pouquinho. Você tem que tomar uma postura completamente diferente do que a que você está tomando agora. E outra, nem tem porque se sentir culpado por uma coisa que você não fez. A Cecília está naquele estado porque foi um acidente, uma tragédia que ninguém imaginava…
LEANDRO: Eu não quero perder o meu amor, Paulina… eu pensei que fosse só uma paixão de adolescente, uma aventura… mas não. Eu amo a Cecília, amo de verdade!
PAULINA: Então reza, reza para que ela saía dessa o mais rápido possível.
CENA 04: PRESÍDIO/MANHÃ
A cena mostra Nina e Cássio descendo de um táxi e se encarando brevemente antes de caminhar rumo à entrada. Há um clima de tensão. Nina está aflita.
CÁSSIO (olhando em volta, baixo): Não esperava voltar aqui tão cedo…
NINA: Nem eu esperava pisar aqui. Mas se esse for o único jeito de saber a verdade sobre a morte do meu pai… a gente vai até o fim.
Eles entram. No saguão, atrás de um vidro, um agente faz anotações em um livro. Ao vê-los, levanta os olhos com indiferença.
AGENTE DA RECEPÇÃO: Bom dia. Em que posso ajudar?
CÁSSIO: Estamos procurando por informações sobre um preso que morreu aqui há cerca de vinte e cinco anos. O nome dele era Élcio. Élcio de Souza Pereira.
AGENTE DA RECEPÇÃO (seco): O senhor está com algum documento? Tem algum grau de parentesco?
NINA: Eu sou a filha dele. Na época, disseram que ele morreu de pneumonia.
AGENTE DA RECEPÇÃO (folheando uma prancheta): Lamento, mas os arquivos dessa época já foram todos enviados para o setor de documentação do Estado. E mesmo assim… morte natural de detento é arquivada sem investigação formal.
CÁSSIO: Creio eu que não foi uma morte natural. Dizem que foi pneumonia, mas não tem laudo, nem nada. Queremos saber quem era o responsável pelo presídio na época… o diretor.
AGENTE DA RECEPÇÃO: O diretor daquela época se aposentou. Vicente Medeiros. Ele não trabalha mais com o sistema penitenciário.
Antes que Cássio insista, um agente mais velho passa pelo corredor. Ele diminui o passo ao ouvir o nome "Élcio" e fica observando, depois se aproxima com cautela.
AGENTE MAIS VELHO (AMARÍLIO): Perdão… eu escutei o nome do detento. Élcio de Souza Pereira, é isso mesmo?
Nina o encara. Confirma balançando a cabeça.
NINA: Conhecia ele?
AMARÍLIO: Eu trabalhava aqui naquela época. Era novato, mas lembro bem do dia em que ele morreu. Foi tudo muito... estranho. Até hoje esse caso não sai da minha cabeça.
CÁSSIO: Como assim, “estranho”?
AMARÍLIO (nervoso): Olha… não devia falar sobre isso aqui. Mas se querem mesmo respostas, falem com Vicente Medeiros. Ele era o diretor na época em que esse caso aconteceu e sabe de tudo, muito mais do que eu. Ele mora em Teresópolis hoje.
Ele tira um papel do bolso, escreve o endereço com rapidez, dobra e entrega discretamente a Cássio.
AMARÍLIO: Espero ter ajudado.
Cássio guarda o papel. Eles trocam um olhar firme antes de saírem.
NINA: Muito obrigada, espero que eu encontre as respostas que procuro.
Eles saem. Amarílio observa, tenso, como se temesse ter dito demais.
CENA 05: CASA/INT./MANHÃ
INSTRUMENTAL: DENSIDADE - EDUARDO QUEIROZ
Nina e Cássio já estão na casa de Vicente, sentados diante do ex-diretor do presídio. A conversa já iniciou há alguns minutos.
NINA: Então quer dizer que não foi pneumonia mesmo?
VICENTE: Não. Élcio faleceu após ser atacado por um detento que simulou uma rebelião no presídio.
CÁSSIO: Simulou? Então quer dizer que o meu irmão sempre foi o alvo desse homem?
VICENTE: Pois é. Mas sabe o que é estranho? É que eles nunca tiveram nenhum atrito, nenhuma rusga. No depoimento do rapaz, ele disse que a morte do parente de vocês foi encomendada, mas ele nunca sustentou essa versão.
CÁSSIO: Sim, eu me lembro deste boato, de que a morte do meu irmão foi encomendada por uma mulher… mas logo depois, o tal Elias mudou o depoimento dele.
VICENTE: Mudou. Ele mudou tudo, como se estivesse escondendo alguém.
NINA: E esse homem, ele tá onde? A gente precisa ir atrás dele.
VICENTE: Bom, pelo o que eu saiba, ele ainda continua preso. Sua pena deve estar quase sendo totalmente cumprida.
CÁSSIO: Nina, não podemos demorar pra ir até esse homem. Precisamos conversar com ele o quanto antes.
NINA: Claro, claro.
HORAS DEPOIS…
CENA 06: HOSPITAL DA UNIÃO/INT./DIA
Ubaldo está lendo alguns exames de seus pacientes, e em seguida Ivani entra eufórica pela porta.
IVANI: Boa tarde, Dr. Ubaldo.
UBALDO (surpreso) Ivani?! Que grata surpresa a sua presença. O que os bons ventos lhe trazem? E a gravidez, como está?
IVANI: Eu não vim para falar sobre isso. O assunto que me trouxe aqui é de extrema seriedade.
INSTRUMENTAL: TENSION - EDUARDO QUEIROZ, GUILHERME RIOS
UBALDO: Agora eu fiquei preocupado. O que foi que aconteceu?
IVANI: Eu tenho certeza que o senhor vai acreditar em mim, até porque o senhor é mais entendido das coisas do que eu. Não sei se sabe, mas eu estou trabalhando na mansão Figueira agora, e bem, a dona Leila, Dr, a dona Leila está matando o Tércio aos poucos!
UBALDO (chocado, sem acreditar): O que? Mas o que você está falando, Ivani? Enlouqueceu?
IVANI: A dona Leila está envenenando o Tércio. Eu vi, eu vi com os meus próprios olhos.
UBALDO: Explique isso direito.
IVANI: O meu patrão não está nada bem. E eu vi, eu vi a dona Leila colocando um pozinho branco no suco que ele bebe, e não foi só uma vez. O senhor precisa fazer alguma coisa, porque nem ele está acreditando em mim. Eu já falei pra ele e ele diz que é coisa da minha cabeça. O senhor precisa fazer alguma coisa para salvar a vida dele. Ele está delirando muito, tendo alucinações, queda de pressão…
UBALDO: Calma, Ivani, calma. Eu sei que você está preocupada com o Tércio, mas isso não passa de uma confusão. Eu tenho certeza que a Leila não está fazendo nada demais para o Tércio. A Leila não faria uma coisa dessas.
IVANI: Não acredito que nem o senhor acredite. Agora vou passar de mentirosa.
UBALDO: Não pense nisso. Mas eu preciso falar que isso que você está dizendo não condiz com a realidade. Você deve ter se enganado, não seria alguma vitamina, um adoçante?
IVANI: Sinceramente, eu desisto. Eu tentei, mas ninguém em mim. Agora se alguma coisa acontecer com o Tércio, não digam que eu não avisei!
Ela sai furiosa e bate a porta, com força.
Ubaldo: Calma, Ivani. Calma, vamos conversar! Isso não pode ser verdade... A Leila envenenando o Tércio?
CENA 07: SHOPPING/INT./DIA
A cena mostra Leandro e Lurdinha sentados em uma mesa e comendo alguma coisa.
LURDINHA (ansiosa): Até agora não me falou o motivo de ter me chamado até aqui. É sobre a Cecília? Você tem alguma notícia dela?
LEANDRO: Bom, como estou de folga hoje, perguntei a um amigo médico sobre o estado de saúde dela, e ele me disse que ela está estável. Porém, o coma é dado como certo.
LURDINHA (desanimada): Tadinha da minha amiga, não merecia isso…
LEANDRO: Lurdinha, eu te chamei até aqui pra falar justamente desse acidente.
LURDINHA: O que foi? Descobriu alguma coisa?
LEANDRO: Não, mas eu desconfio. Lurdinha, você não achou estranha a forma como tudo aconteceu?
LURDINHA: Como assim?
LEANDRO: O Chico andava com aquele carro da mansão todos os dias e nunca aconteceu nada. Daí aconteceu o casamento fracassado, a descoberta do meu caso com a Cecília e, pimba! O acidente!
LURDINHA: Tá querendo dizer que o carro pode ter sido sabotado? Achei que era só eu que estava pensando nisso...
LEANDRO: Pois é, e se foi mesmo sabotado, só pode ter sido por alguém que tinha motivos pra querer acabar com a Cecília. E essa pessoa só pode ser…
LURDINHA: A Isabel?
LEANDRO: A Isabel.
LURDINHA: Eu até falei isso na cara dela no hospital, mas foi da boca pra fora, enfim… será que ela seria capaz?
LEANDRO: É isso que a gente tem que investigar a partir de agora. Eu quero que você me ajude, Lurdinha. Quero que me ajude a descobrir o que de fato aconteceu.
LURDINHA: Eu estou conhecendo melhor o segurança da mansão, o Teófilo, e acho que ele pode me ajudar.
LEANDRO: Ótimo!
Focamos no rosto de Lurdinha, que está tensa, intercalando com Leandro.
ANOITECE
CENA 08: MANSÃO FIGUEIRA/INT./NOITE
Ivani e Dalvinha estão no quartinho onde dormem. Dalvinha arruma suas malas para ir embora do estado, enquanto Ivani a observa, tensa.
IVANI: Tem certeza que a Leila tá falando a verdade? Eu tenho medo que ela possa fazer algo contra você.
DALVINHA: Fica tranquila, menina. Dona Leila não vai tentar nada, mas se acontecer alguma coisa comigo, pode ter certeza que foi ela.
IVANI: Mas você vai sumir de qualquer jeito, não vai? Se ela fizer alguma coisa com você, ninguém vai saber… Acho melhor você deixar isso quieto, nunca é bom se intrometer em assunto de gente granfina.
DALVINHA: Olha, prometo que telefono assim que estiver com a grana nas minhas mãos. Se eu não telefonar ou não mandar nenhuma carta… é porque deu tudo errado. Mas enfim, essa é a minha chance de mudar de vida! A minha mãe está muito doente e eu quero dar uma vida melhor pra ela, e claro, pra mim também.
IVANI: E você já sabe onde vai se encontrar com a Leila?
DALVINHA (acabando de arrumar as malas): Ela não quis me dizer, mas prometeu que Teófilo vai me levar até lá.
IVANI: Vou sentir a sua falta…
DALVINHA (entusiasmada): Não se preocupe, assim que eu estiver com o dinheiro, prometo que te mando uma carta contando tudo sobre Paris! Bom, é melhor eu ir antes que me vejam entrando no carro com essas malas.
IVANI (preocupada): Se cuida.
Ivani se aproxima e abraça Dalvinha, que sai com suas malas em mãos. Ao sair para a área externa, Teófilo já está esperando a empregada em seu carro. Mas o que ela não sabe, é que Leila já combinou tudo com ele e com alguns capangas para lhe dar um fim. Na mesa da mansão, Tércio, Isabel e Nina jantam.
TÉRCIO: Cadê a Leila? Ela não vai jantar hoje?
ISABEL: Mamãe saiu de tardezinha e disse que ia visitar uma amiga em Niterói e que voltava só amanhã…
TÉRCIO: Amiga em Niterói? Sua mãe nunca me falou sobre essa amiga.
ISABEL: Deve ter conhecido recentemente…
HORAS DEPOIS…
CENA 09: CASA ABANDONADA/EXT./NOITE
INSTRUMENTAL: DENSIDADE SOTURNA - SACHA AMBACK
Os capangas de Leila, junto com Teófilo, levaram Dalvinha para um cativeiro, onde a amarraram e colocaram uma mordaça em sua boca. Ela acorda atordoada e assustada ao ver Leila na sua frente, maquiavélica. A vilã arranca a mordaça da boca de Dalvinha com força.
DALVINHA (desesperada, gritando): SOCORRO! SOCORRO, ALGUÉM ME AJUDA! SUA LOUCA, QUE LUGAR É ESSE?
LEILA: Esse é o último lugar onde você vai passar pela Terra, Dalvinha… Não quis se fazer de esperta, de afrontosa? Agora aguenta! Você pode gritar o quanto quiser, ninguém vai te escutar.
DALVINHA: NÃO! VOCÊ NÃO PODE FAZER NADA COMIGO!
LEILA (ajoelhando, irônica): Ah, não posso? Porque não, Dalvinha?
DALVINHA (chorando): Eu só quero o dinheiro e ir embora pra sempre! Por favor, dona Leila, me deixa em paz, eu só quero viver a minha vida!
LEILA: Ah, quer viver a sua vida… depois de se intrometer na minha você vem me dizer isso? Você deveria ter ficado caladinha, de boca bem fechada depois do que viu. Agora você vai pagar bem caro por ser mexeriqueira!
A vilã se levanta e vai até o canto da parede, onde está um pedaço de madeira. Ela volta, se aproxima de Dalvinha e ergue a tábua com violência, desferindo sobre a cabeça da empregada, que desmaia imediatamente. Ao ver a cena, Teófilo se aproxima, desesperado.
TEÓFILO: MEU DEUS! A DALVINHA… A SENHORA MATOU A DALVINHA!
Leila olha fixamente para Dalvinha, que está desacordada e se vira para Teófilo, fria.
LEILA: Dê um jeito nela.
No próximo take, a cena mostra os capangas e Teófilo carregando o corpo de Dalvinha para dentro do carro do segurança da mansão Figueira. Ao colocar a empregada lá dentro, Teófilo entra em seguida e dirige até o topo de uma ribanceira. Ele desce e, junto com os outros capangas, começam a fazer força para empurrar o carro para o abismo. Com esforço, eles conseguem. O carro despenca a ladeira, estilhaçando e pegando fogo após chegar no fim da ribanceira. Cortamos para Leila, que surge no topo, olhando a cena de camarote.
CONGELAMENTO EM LEILA.
A novela encerra seu 21° capítulo ao som de "Koop Island Blues - Koop, Ane Brun". (Tema de Leila)
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