8 de ago. de 2024

Insensata Paixão - Capítulo 11 (08/08/2024)

  


Insensata Paixão - Capítulo 11               Penúltimo Capítulo

14 anos






Lydia: Do que essa menina tá falando, Alan?


Alan: Eu não faço ideia, mãe. O que é isso?


Dafne vai andando e para em frente a Lydia.


Dafne: Não reconhece? Tem certeza?


Déa preocupada vai até Dafne e Lydia.


Déa: Para com isso, tudo bem você voltar em busca da sua justiça, mas isso não tem nada a ver com a gente.


Delegado: Eu não estou entendendo, da Dafne. Você nos chamou aqui pra que exatamente?


Déa: Não faz isso, você vai se arrepender.


Dafne: Uma pena, dona Déa. É disso aqui, delegado.


Dafne entrega os documentos na mão dele.


Dafne: Como o senhor está vendo, são duas certidões de nascimento verdadeiras e um documento com as assinaturas de Lydia Ferrari Lima e de Déa Augusta Silva, o documento é um acordo entre elas feito em 1985, claro que tem outro documento desse, porém não tive acesso.


Alan: E o que isso quer dizer?


Lydia: Você não tem esse direito, por favor, não.


Delegado: Acho melhor a senhora confessar de uma vez.


Déa sussurra:


Déa: Se você abrir a boca eu te mato.


Lydia a ponto de explodir se irrita.


Lydia: CHEGA! EU CANSEI. Acabou, eu não aguento mais essa situação, eu fui chantageada por anos e anos, eu confesso.


Lydia fica frente a frente com Gusmão e Alan.


Lydia: Eu descobri que não podia ter filhos no início do casamento, mesmo estando recém casada com o pai de vocês, relação com ele ficou estremecida, abalada, como se dependêssemos de filhos pra sermos felizes. Eu cansada daquelas cobranças fui atrás de uma solução, adotar uma criança era super difícil naquela época, e não só por isso, mas ele era super preconceituoso, nunca iria aceitar um filho adotado.

Então eu fingi estar grávida, nesse meio tempo ele nunca me tocou, fui atrás de Déa, eu tinha um parceiro fora do casamento, ele me ajudou em tudo, ele sabia da Déa por ser vizinho dela, eu fui atrás e comprei vocês, assinei a papelada, fiz certidões falsas, eu sempre escolhia o momento oportuno para “dar a luz” as crianças, sem vocês hoje eu não seria essa madame, talvez meu casamento teria acabado a muito tempo.


Diva: Você enganou o meu irmão, sua vigarista.


Diva parte pra cima de Lydia, bate na cara dela, mas é retirada pelos policiais.


Lydia: Vocês devem compreender os meus motivos, eu sempre amei vocês dois como se fossem meus, como se tivessem pertencido ao meu corpo.


Dafne: Você cometeu um crime, quer dizer, dois crimes né, um por ter comprado uma criança e o outro por ter tirado um filho de uma mãe.


Déa: Já que a merda tá sendo lançada no ventilador dessa maneira, vou falar tudo, sabe de quem vocês são filhos? Da tia dela aí.


Dafne: O que?


Déa: Os bebês que a tua tia achava que estavam mortos, não eram dela, eram bebês que tinham morrido, colocamos eles no lugar, isso tudo com a ajuda do teu tio.


Dafne: O Fabrício, marido da minha tia? 


Lydia: Era ele o meu amante, ele quem me ajudou.


Déa: E tudo por dinheiro.


Delegado: Bom, com essa confissão não tem como negar, as duas estão presas por tráfico de menores.


Lydia: Eu nunca trafiquei, só comprei.


Delegado: Me ajuda aí, senhora.


O delegado e o policial algemam Déa e Lydia.


Lydia: EU AMO VOCÊS, POR FAVOR NÃO ME ABANDONEM.

Elas são levadas em câmera lenta ao carro de polícia.

Alan abraça Gusmão.



Diva: Ei, Pires, eu sinto muito pela Samantha, se eu puder ajudar.


Pires: Obrigado, a senhora sempre foi muito gentil comigo.


Dafne se dirige pra abraçar Alan, mas ele rejeita.


Alan: Agora não, Dafne.


Dafne: Espera! Mas isso não terminou, vocês têm uma mãe.


Alan e Gusmão se olham.


Todos vão até o apartamento de Ana.


Chica: Que gente toda é essa, querida?


Dafne: Tia, senta aqui. A senhora tinha me dito uma vez que já engravidou, não só uma vez, mas como duas e que os bebês tinham morrido no parto.


Chica: Sim, mas não tô entendendo onde tu quer chegar.



Dafne: Seus bebês não morreram, tia. Eles estão vivos, mais perto do que a senhora imagina.


Chica: Impossível, eu vi eles mortos no caixão.


Dafne: É uma longa história isso, mas tudo não passou de uma armação. Alan, Gusmão, venham. São eles, tia, seus filhos.


Chica: O que? Meus filhos?


Chica chorando, abraça eles fortemente.


Chica: Como isso? Me conta essa história.


Dafne: Vou te contar tudo.


Apartamento de Samantha: 


Samantha chega cansada e toda suja.


Samantha: Maldita! Maldita! Desgraçou a minha vida de novo.


O telefone toca.


Samantha: Alô.


Déa: Samantha, eu fui presa, descobriram aquele meu passado.


Samantha: E eu com isso?


Déa: Como assim? Quero que você me ajude a sair daqui, contrate um advogado pra me arrancar desse lugar.


Samantha: Por mim você ficaria aí pra sempre, mas eu vou dar o que tu merece.


Samantha desliga o telefone.


Samantha: Vou tomar um banho.


Samantha toma banho, vai até o quarto de Déa e quebra tudo, ela encontra uma arma e guarda no quarto dela.

Ela vai até a delegacia.


Delegado: Sente-se por favor, Samantha. Acredito que já saiba sobre sua avó, eu sinto muito.


Samantha: Não pedi sua compaixão, delegado. Eu vim aqui porque eu quero testemunhar contra ela no tribunal, quero contar tudo que ela fez.


Delegado: E por que nunca contou nada?


Samantha: O senhor não sabe o quanto ela era horrível, me ameaçava sempre, e no fundo eu tinha amor por ela, então não tinha coragem, mas agora eu tenho que falar tudo que sei.


Delegado: Tudo bem, vou te ajudar nisso.


Samantha: E quanto a minha avó? Vai ficar aqui?


Delegado: Amanhã nós a levaremos para o presídio de mulheres.


Samantha finge chorar.


Samantha: O senhor não imagina o quão difícil está sendo. Muito obrigada por me ajudar, até mais.


Samantha sai da sala do delegado e dá de cara com Pires, ele leva ela para uma sala isolada.


Pires: Agora a gente pode conversar. Eu tô esperando uma explicação.


Samantha: Cê quer mesmo saber? Gusmão quem deu a ideia de me aproveitar de você e do teu dinheiro, eu só executei o plano dele.


Pires: Mas tu é muito vagabunda.


Samantha: E você um idiota. Mas eu tava começando a gostar de você, de verdade mesmo, da tua filha então…


Pires: Não mente pra mim, Samantha.


Samantha: Não tô mentindo, eu tinha até me identificado com a menina, você sabe da minha história. Eu ainda gosto de você, será que não dá pra passar uma borracha nisso tudo?


Pires: Nem se eu fosse maluco, some da minha vida, não me procura mais.


Pires expulsa Samantha da sala que fica furiosa e ele começa a chorar.


Um dia depois.


Samantha vai visitar Déa na cadeia..


Samantha: Olha só pra múmia, tá presa.


Déa: Você debocha, mas daqui uns dias será você.


Samantha: Só vim te avisar que estarei no teu julgamento, e como testemunha.


Déa: A favor de mim, é claro.


Samantha: Aí é que você se engana, vou contar tudo, tudo que você fez, não só comigo, mas com as outras crianças e com minha mãe.


Déa: Você não vai fazer isso comigo.


Samantha se levanta e deixa Déa falando sozinha.


Déa: Volta aqui, Samantha. Você não vai fazer isso, volta aqui!


Samantha sai dali e liga pra Marcos.


Samantha: Escuta aqui, tenho um plano pra nós dois.


Marcos: Fala, minha gostosa.


Samantha: Me encontra com o carro na Avenida das Américas.


Apartamento de Ana:


A campainha toca, Dafne atende.


Dafne: Gusmão?


Gusmão: Decidi te ajudar, quero destruir a Samantha. Eu tenho um gravador na casa de praia, guardei no cofre de lá. 


Dafne: E o que tem no gravador?


Gusmão: Samantha falando sobre o que a avó fazia e confessando tudo que fez contra você. Foi numa conversa entre a gente, ela disse tudo.


Dafne: E o que a gente tá esperando? Vamos lá buscar.


Gusmão: Vamos então.


Samantha se encontra com Marcos.


Marcos: Não entendi por que você me chamou até aqui.


Samantha: Tenho uma alternativa pra gente, vamos fugir do país 

daqui uns dias, mas pra isso precisamos de dinheiro, muito dinheiro e Gusmão tem.


Marcos: Vai arrancar dele como?


Samantha: Ele guarda uma fortuna no cofre da casa de Angra, sei porque já vi, vamos pegar esse dinheiro e sumir do mapa, depois do julgamento da minha vó é claro.


Marcos: Mas tu sabe a senha?


Samantha: Mais ou menos, sei os primeiros números, mas ele guarda a senha nos livros da biblioteca da casa.


Marcos: Tu pretende fazer isso agora?


Samantha: Toca esse carro pra Angra, Marcos.


Eles saem correndo direto pra Angra do Reis.


Dafne e Gusmão também vão pra lá.


Delegacia:


Diva: Oi, tudo bem? O Pires está?


Policial: Pires já foi, minha senhora. Só com ele?


Diva: É, só com ele. O senhor teria o endereço dele? 


Policial: Não posso passar senhora, é confidencial.


O delegado chega.


Delegado: Oi, como vai, dona Diva?


Diva: Vou bem, e o senhor?


Delegado: Vou bem também, como posso ajudar?


Diva: Eu vim atrás do Pires, mas o policial aqui informou que ele já foi pra casa, mas não sei o endereço.



Delegado: Te passo em dois tempos.


Ela pega o endereço e vai na casa de Pires, ele abre a porta de toalha.


Pires: Me perdoa, dona Diva.


Diva: Que isso querido, você está em sua casa. Eu te trouxe esse bolo, queria te pedir perdão em nome da Samantha.


Pires: A senhora não tem que me pedir nada.


Diva: Eu sinto muito, sei como você se sente.


Pires: Agradeço de verdade a sua força, sempre essa pessoa boa.


Diva: Parte pra outra, melhor jeito de esquecer e superar.

Não vai comer?


Pires: Comer?


Diva: Comer o bolo. É de cenoura com cobertura de chocolate, uma delícia.


Pires: Ah sim, vou comer.


Um clima surge entre Diva e Pires, ela se aproxima dele e beija a boca dele, os dois vão pro quarto e ela tira a toalha dele.


Mansão em Angra:


Samantha chega com Marcos, os dois entram na casa com a chave reserva e começam a vasculhar 

a sala de leitura procurando pela senha do cofre.


Samantha: Ali, aquele livro ali deve ter.


Logo chega Dafne com Gusmão, ele pede pra ela esperar do lado de fora no carro e entra na casa.


Samantha: Achei! Mas ele é um idiota mesmo, deixar a senha assim.


Samantha abre o cofre e encontra o dinheiro, ela coloca na sacola, ela percebe o gravador e pega também.


Samantha: Que desgraça é essa?


Ela começa a ouvir e percebe sua voz dizendo sobre a sua avó e sobre o que fez com Dafne, nesse momento Gusmão entra na sala e dá de cara com Samantha e Marcos, ela larga o gravador na mesa.


Um clima de tensão aparece e a câmera foca nas reações de cada um.


O capítulo se encerra com tecidos se cruzando na tela e um som de máquina fotográfica.





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