10 de ago. de 2024

Insensata Paixão - Capítulo 12 (10/08/2024)

 


Insensata Paixão - Capítulo 12               Último Capítulo.

14 anos






Gusmão entra na casa e dá de cara com Samantha e Marcos, Samantha larga o gravador na mesa.


Gusmão: Filha de uma mãe, como você sabia?


Samantha: Sabia do que? Da senha? Do dinheiro? Ou desse gravador?


Gusmão: Me dê isso aqui, Samantha.


Samantha: Fica na tua, não tenta nada que é melhor pra você. Veio sozinho, é?


Gusmão pensa em Dafne do lado de fora.


Gusmão: É claro.


Samantha: E veio fazer o que aqui?


Gusmão: Vamo com calma, essa aqui é a minha casa, tu tá me roubando e ainda me pergunta o que eu to fazendo aqui?


Gusmão vai pra cima de Samantha e Marcos tira uma arma da cintura.


Marcos: Quietinho na tua, vai andando.


Gusmão obedece Marcos.


Samantha: Tu acha que me engana? Tu veio atrás disso aqui, não foi?


Ela pega o gravador e mostra pra ele.


Samantha: Fala logo, quem veio com você?


Gusmão: Ninguém, eu já disse.


Do lado de fora Dafne estranha a demora e vai ver o que tá acontecendo, se aproximando da casa ela percebe a voz da Samantha e se esconde, ela puxa o celular e liga pra polícia.


Samantha: Marcos, cuida dele aí, vou lá fora conferir.


Samantha puxa sua arma e se dirige até a porta, Dafne do lado de fora vê e dá a volta na casa.

Samantha também dá a volta na casa seguindo Dafne sem saber.

Dafne sem saída pula o muro com ajuda das pedras e entra pelos fundos, ela fica à espreita, mas escondida.

Samantha entra na casa novamente.


Samantha: Tá limpo, não tem ninguém no carro.


Marcos: O que a gente vai fazer com ele?


Samantha: Vamos dar um fim, né. Tirar ele daqui o mais depressa possível.


Gusmão: Não faz isso Samantha, lembra dos nossos encontros, nossa parceria, a gente nasceu um pro outro.


Samantha: Foi você quem acabou com tudo, se bandeou pro lado da Dafne que eu sei e ainda me deixou sem um tostão.


Gusmão: Natural, eu tava com ódio de tu, mas eu te amo, fazer o que? Volta pra mim e eu prometo que te coloco do meu lado novamente.


Samantha fica na dúvida.


Marcos: Tu não vai cair nesse papo não, né?

Tá na cara que ele tá te enganando, Samantha.


Gusmão: Fomos feitos um pro outro, a dupla perfeita. 


Marcos: Sai fora, rapaz, a dupla perfeita tá aqui, desde muito tempo, até antes de você a gente se amava.


Samantha: Calem a boca, seus idiotas. Eu não acredito em uma palavra que tu disse, Gusmão, mas acho que podemos entrar em um acordo.

Marcos, pega o dinheiro.


Samantha dá uma brecha e Gusmão ataca ela, os dois caem no chão e Gusmão pega a arma, ele se levanta e faz Samantha de refém.


Gusmão: Agora quem manda aqui sou eu, solta a tua arma. SOLTA!


Marcos deixa a arma no chão e chuta ela pra frente.


Gusmão: Pega a mala de dinheiro e traga ela até aqui. VAI AGORA!


Marcos traz a mala de dinheiro e coloca na frente de Gusmão.


Gusmão: Agora pra finalizar, não posso deixar em branco.


Gusmão beija Samantha lentamente e com força.

Marcos fica com ódio daquilo e se arrisca a pegar a arma, mas Gusmão percebe de canto de olho e atira na cabeça dele.


Samantha: NAAAAAAAOOOOOOO! DESGRAÇADO, MALDITO!


Samantha cai no corpo de Marcos.


Gusmão: Agora você. Anda, reza pra subir, vai.


Samantha:  Você não tem coragem.


Gusmão: Se ajoelha, vai.


Samantha se ajoelha.

Gusmão conta até três e quando vai atirar a arma falha, ela aproveita e pega a arma no chão e atira no pescoço de Gusmão.


Samantha: Vai pro inferno, tu não rezou.


Dafne desesperada, abre um pouco a porta do armário em que estava escondida e vê os corpos no chão.

Samantha pega a mala, cata algumas notas que caíram no chão e pega o gravador.

Dafne sai do armário, passa em frente ao local de guardar tacos, pega um e bate na cabeça de Samantha que cai e joga a arma longe.


Samantha: De onde você surgiu, ratazana?


Dafne: Fica quietinha aí. Tá vendo isso aqui? Vai vir comigo, é agora que eu te coloco na cadeia.


Samantha: Eu pago pra ver isso.


Samantha enfrenta Dafne, bate na cara dela, as duas caem no chão e Samantha enforca Dafne, mas ela pega um vaso pequeno do lado e bate na cabeça de Samantha.

Dafne corre, pega o gravador e subindo as escadas Samantha puxa o pé dela e a faz rolar da escada.

Samantha ouve a sirene da policia, pega a arma no chão e sobe pro segundo andar depressa, Dafne vai atrás.

Samantha vai para o terraço da mansão.

As duas lá em cima se enfrentam.


Samantha: Você não vai conseguir de novo, não vai!


Dafne: Conseguir o que? Até agora, eu devo admitir, você venceu todas.


Samantha: Mas não venci a morte, você voltou pra acabar comigo, já não basta a tua mãe ter destruído a minha família.


Dafne: Do que você tá falando? 


Samantha: Ah, não sabe? Vou contar do início. Minha avó vendeu a minha mãe pro meu pai, esse homem pagou bem e se deitou com ela, nessa relação ela engravidou de mim, mas o desgraçado não quis assumir a filha e minha avó ficou do lado dele, os dois faziam pressão pra ela tirar a criança. 

Logo ele foi embora e uns meses depois a tua mãe se muda pra casa da tua tia, grávida, e sabe quem era o pai dessa criança? O meu pai. Ele assumiu você e te deu todo carinho, e em contrapartida a isso minha mãe entrou numa depressão severa, não comia direito, tudo culpa da tua mãe.


Dafne: Nós somos irmãs?


Samantha: Éramos.


Samantha vai para atirar em Dafne quando a polícia surge na escada, ela se desespera e mira na polícia que atira no peito dela. 

Samantha cai pra trás no mar e é levada pelas ondas.


Dafne: Não, nãaaaaaaaoooo.


Dafne cai de joelhos, os policiais ajudam ela.


Eles descem e encontram o gravador, Dafne ouve e descobre tudo de ruim que Déa fazia com ela e com a mãe.

Dafne volta pro Rio com os policiais.


Alguns dias depois.


Todos estão no julgamento de Déa

Cena de Julgamento


Interior do Tribunal:


Um ambiente solene. A ré, uma mulher idosa de aparência frágil, está sentada no banco dos réus. De um lado, o advogado de defesa, Sr. Ricardo Martins, se prepara para seu discurso. Do outro, a promotora, Dra. Carolina Souza, já está em posição, pronta para iniciar a acusação. O juiz, Dr. Antônio Farias, observa tudo atentamente.


A Promotora Dra. Carolina Souza: 

Se levantando e se dirigindo ao júri com firmeza.


Carolina: Senhoras e senhores do júri, estamos aqui para julgar crimes hediondos cometidos por esta mulher. Ela é acusada de ter vendido bebês indefesos, seres humanos que ela tratou como mercadoria. Além disso, como se isso não fosse o bastante, ela é acusada de ter abusado e torturado de sua própria neta, uma criança, alguém que deveria ter recebido seu amor e proteção. Essas ações são de uma crueldade indescritível e não podem ser justificadas sob qualquer circunstância.


Pausa para deixar o peso das palavras reverberar.


Carolina: A promotoria apresentou evidências claras e irrefutáveis: testemunhas, documentos e o testemunho da própria vítima em um gravador, que suportou um fardo inimaginável. Estes crimes não podem ser ignorados. Pedimos que a justiça seja feita, e que a ré receba a pena máxima permitida pela lei.


Advogado de Defesa Sr. Ricardo Martins:

Se levantando com um tom calmo e comedido.


Ricardo: Excelentíssimo Senhor Juiz, senhoras e senhores do júri, ninguém aqui questiona a gravidade das acusações. Contudo, é dever da defesa lembrar que a ré é uma idosa, debilitada e com problemas de saúde. Ela já está pagando por seus erros com a deterioração de sua saúde e o isolamento social. Há provas que mostram que ela não estava em pleno controle de suas faculdades mentais durante a realização dos crimes.


Pausa, olhando para o júri com um olhar de compaixão.


Ricardo: Esta mulher, ao longo de sua vida, foi uma trabalhadora, uma mãe e uma avó. Sim, ela cometeu erros graves, mas a defesa pede que o júri considere a possibilidade de que, no fundo, ela é mais uma vítima de suas próprias circunstâncias. Pedimos clemência na aplicação da pena, levando em consideração sua idade avançada e a fragilidade de sua saúde.


Juiz Dr. Antônio Farias:

O juiz olha para a ré, para o júri e para os advogados antes de falar com autoridade.


Juiz: Este tribunal levou em consideração todos os argumentos apresentados. Os crimes pelos quais a ré foi acusada são de uma gravidade extrema, e o tribunal não pode ignorar o impacto devastador que suas ações tiveram nas vidas de vítimas inocentes.


Faz uma pausa, olhando diretamente para a ré.


Juiz: O argumento da defesa sobre a idade e a saúde da ré foi considerado, mas esses fatores não justificam ou diminuem os crimes cometidos. A venda de bebês e o abuso sexual são crimes que exigem punição severa. No entanto, o tribunal reconhece a necessidade de uma pena proporcional à gravidade dos crimes e às condições da ré.


Juiz: A sentença deste tribunal é de quatro anos de reclusão pelo crime de venda de bebês. Além disso, considerando a gravidade e a natureza contínua do abuso sexual contra sua neta, adiciono mais quatro anos à sua pena. Portanto, a ré foi condenada a um total de oito anos de reclusão em regime fechado.


O juiz bate o martelo, encerrando a sessão.


Juiz: Que a justiça tenha sido feita.


Dafne comemora abraçando Ana.


Todos no tribunal vaiam dona Déa.


Déa: DESGRAÇADA! Eu vou sair daqui e vou acabar com a tua vida, Dafne, me aguarde.


Dafne: Ela está me ameaçando? Mas que safada essa velha.


Apartamento de Ana:


Alan: E aí, como foi?


Dafne: A Déa foi condenada, vai pagar por tudo que fez contra a Samantha e a filha, tomara que apodreça lá.


Alan tristonho.


Alan: Amanhã eu vou visitar a Lydia, vocês não veem problema nisso, né?


Chica: Claro que não, meu amor. Vá mesmo, veja como ela está.


Alguns dias depois.


Um incêndio inicia na prisão de Déa, todos ficam desesperados, as carcereiras correm para tirarem as detentas das celas.

Uma rebelião começa, as detentas começam a atacar as carcereiras.


Paula: Vem, dona Déa, corre.


Déa: Eu não consigo, minhas pernas estão doendo.


Um caos se instaura naquela parte da prisão, uma detenta esfaqueia dona Déa que cai no chão gemendo de dor.


Déa: AAAHHHHH.


De repente todo mundo passa por cima dela pisoteando a velha e ela morre ali mesmo massacrada.


Empresa:


Alan é o novo chefe da Arazzo e ao lado dele Dafne como braço direito e estilista.

Ana é fotógrafa dos eventos da empresa e faz o maior sucesso.


Ana e Dafne se casam e vão passar a lua de mel no norte da Itália e na Suíça.


Ana: Olha que lindo, meu amor.


Dafne: Eu sou fascinada pela moda daqui, Milão é a capital da moda.


As duas encontram Regina que estava no mesmo hotel delas.


Dafne: Oi, Regina. Como vai?


Regina: Meninas! Que saudade de vocês. Tão fazendo o que aqui?


Ana: Estamos em lua de mel.


Regina: Ai que delícia. Será que vocês aceitam ir no meu quarto? Vamos tomar um chocolate quente.


Dafne: Claro, vamos.


As três chegam no quarto e Regina coloca uma música, um clima surge e elas se envolvem.


Dafne: Acho que vou preferir um vinho.


Ana: Eu também.


Regina: Bom, então vamos ao vinho.


As três começam a beber e a se envolver e começam a se abraçar e se beijar.


Regina: Sabia que desde o Brasil eu nunca esqueci vocês?


Dafne: A gente também não.


As três vão pra cama, Ana tira a calcinha de Regina enquanto Dafne tira o sutiã.

Elas aproveitam a noite no quarto do hotel.


No Brasil em São Paulo:


Revista O Fuxico:


Neiva Pereira: É um prazer recebê-lo aqui, Alan.


Alan: O prazer é todo meu.


Neiva: Uma pena a Dafne não poder comparecer.


Alan: Pois é, ela está em lua de mel com a mulher, a nossa principal fotógrafa, Ana Cavalcanti.


Neiva: A melhor fase do casamento é essa, hahaha.


Neiva: Confesso que adoro as coleções e as tendências que vocês lançam, são um arraso, arraso e Arazzo. Hahaha.


A entrevista continua.


Numa praia distante do estado do Rio de Janeiro:


As ondas vão e vem ao som de California, vemos uma moça com o chapéu no rosto tomando sol na cadeira de praia, até que um garçom serve um suco, ela tira o chapéu e os óculos e vemos que é Samantha, ela toma o suco pelo canudo e pisca pra câmera.


FIM.



Elenco (Uma parte):


(Camila Queiroz) como Dafne



(Alinne Moraes) como Samantha

 


(Aline Dias) como Ana



(Ícaro Silva) como Gusmão 



(Sérgio Malheiros) como Alan



(Irene Ravache) como Déa



(Louise Cardoso) como Chica



(Elisa Lucinda) como Lydia

 


(Tatiana Tibúrcio) como Diva



(Anderson Tomazini) como Pires 



(Rômulo Estrela) como Marcos



(Alessandra Negrini) como Regina 





Participação Especial 

(Claudia Raia) como Neiva Pereira 













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