Traída - Capítulo 34

 




Traída, a Vingança da Doutora Ásia – Capítulo 34

Web Novela

Autor: Lucas Gustavo

Capítulo escrito por Sujiro Kimimame

Faixa das 21h

 

[🔴LIVRE PARA TODOS OS PÚBLICOS🔴]

 

Cena 01 (Clínica/Quarto de Gretchen/Tarde)

Ásia balança a cabeça, processando a informação.

ÁSIA: Você acha mesmo que a Europa toparia me ajudar? Ela me detestava.

GRETCHEN: Agora que você está separada do dr. Oceânia e que ele é detento no presídio que ela trabalha, talvez ela possa te ajudar, mô. Acho que você deveria fazer uma visita para ela. O que você tem a perder?

ÁSIA: Se alguém tem algo a perder, com certeza não sou eu! Eu vou lá e vai ser agora!

Cena 02 (Presídio/Sala de Europa/Tarde)

O ambiente é sombrio, com luzes fluorescentes que piscam ocasionalmente. Ásia entra na sala de Europa, que está sentada em uma mesa metálica, organizando documentos. O clima é frio, e o barulho de portas de ferro batendo ecoa pelos corredores. Europa levanta o olhar com um sorriso malicioso ao ver Ásia.

EUROPA: Olha só quem apareceu... Não esperava te ver tão cedo, Ásia. Ou melhor... dra. Ásia Pirokademais.

Ásia caminha até a frente da mesa, seus saltos ecoando pelo chão de concreto.

ÁSIA: A vida tem suas ironias, não é? Quem diria que um dia estaríamos assim frente a frente. E que você acabaria aqui, cuidando dos restos da sociedade.

Europa sorri, inclinando-se para frente.

EUROPA: Eu cuido de quem merece. Senta.

Ásia se senta.

EUROPA: Aceita um café?

ÁSIA: Aceito saber o que você queria comigo ligando pra clínica.

EUROPA: Apenas conversar.

ÁSIA: Bem... estou disposta a conversar com você agora! Sobre o Oceânia. Você estava certa, Europa. Desde o início. Ele realmente me botou um par de chifres na cabeça assim como ele fez com você quando se casou comigo. Ele me traiu com a África Siriracha, minha ex-melhor amiga.

EUROPA: Homens... É, eu fiquei sabendo que os dois foram transferidos para cá. Saiu em todos os telejornais e no bluesky não se fala de outra coisa. Eu realmente lamento muito que ele tenha feito isso com você, Ásia.

ÁSIA: Não vamos lamentar nada. Vamos agir. É pra isso que eu estou aqui.

EUROPA: Aonde você quer chegar?

ÁSIA: Quero te propor uma aliança. Eu estou me vingando do Oceânia e da África. Já que agora você é diretora desse presídio nós podemos unir forças contra esses dois.

EUROPA: rindo Ah, o Oceânia... Sempre foi um homem complicado, não é? Ele sempre achava que poderia ter tudo. Mas no fim, olha só onde ele foi parar. Eu me alio a você sim, amor. Pode me dizer exatamente o que você quer que aconteça com esses cretinos.

Ásia sorri de lado, mantendo o olhar fixo em Europa.

Cena 03 (Presídio/Cela de Oceânia/Tarde)

A cela de Oceânia é pequena e suja, as paredes marcadas por rabiscos e sujeira. Ele está sentado no canto, o rosto abatido, tentando não chamar atenção. O ambiente é pesado, o som de conversas e risadas se misturando ao cheiro de mofo. Um grupo de detentos se aproxima, liderado por CAVALO, que observa Oceânia com um sorriso cruel.

CAVALO: E aí, Oceânia... Tava sabendo que andaram mexendo no teu equipamento?

Os outros detentos riem, enquanto Oceânia permanece em silêncio, sem levantar o olhar.

CAVALO: Não vai falar nada, cara? Deve ser difícil, né? Nem mijar em pé você pode mais.

Oceânia se mexe inquieto, mas não reage. Os detentos se aproximam mais, cercando-o.

DETENTO 1: Vai falar que perdeu as bolas e ficou quietinho, é?

DETENTO 2: Acho que ele tá com vergonha, mano. Agora é só metade do homem que era.

Cavalo se inclina, encarando Oceânia nos olhos, provocando-o.

CAVALO: Diz aí, cara... Como vai ser daqui pra frente? Vai se esconder pro resto da vida?

Oceânia tenta se levantar, mas os outros o empurram de volta. As risadas ecoam pela cela, humilhando-o. Cavalo se aproxima dele.

CAVALO: Aqui na área sou conhecido como Cavalo. - ele ri - Quer descobrir o porquê?

OCEÂNIA: Sai daqui...

CAVALO: Aí, galera. Ele falou. – sorri – Vou entender isso como um “sim”, docinho. Bora, Galera. Bora ver se a bucetinha do dr. Oceânia já tá boa pra uso.

Oceânia se desespera, ele levanta tentando “fugir”, mas é pego pelos detentos, que o jogam no beliche de baixo e abaixam sua calça. Todos começam a fazer fila. Cavalo se aproxima.

CAVALO: Adoro uma bucetinha de macho. Faço questão de ser o primeiro.

Câmera dá close na expressão desesperada de Oceânia.

OCEÂNIA: NÃOOOOOOOOOOO.

Cena 04 (Presídio/Pátio/Tarde)

África caminha pelo pátio, tentando se misturar ao ambiente tenso das presidiárias. Ela está inquieta, seus olhos constantemente varrendo o lugar, sentindo o peso do ambiente hostil. De repente, um grupo de mulheres lideradas por BRASA se aproxima, cercando-a como predadoras.

BRASA: Olha só quem resolveu dar as caras... a madame do pedaço.

África para, olhando em volta, tentando manter a calma, mas a tensão é palpável.

ÁFRICA SIRIRACHA: Saiam da minha frente.

Brasa se aproxima com um sorriso venenoso.

BRASA: Você acha que manda aqui, princesa? Aqui dentro, a única lei que vale é a minha.

De repente, Brasa dá um soco violento no rosto de África, que cambaleia para trás. Antes que ela possa reagir, outras presidiárias começam a atacá-la. Ela cai no chão, tentando proteger o rosto, mas os chutes e socos continuam. O som dos golpes misturado com a risada das presidiárias ecoa no pátio.

Cena 05 (Presídio/Enfermaria/Noite)

África está deitada em uma maca, o corpo coberto de hematomas e curativos. Seus olhos estão fechados, mas ela está desperta, lutando contra a dor. O som de passos pelo corredor anuncia a chegada de alguém. A porta se abre e entra um médico.

ÁFRICA SIRIRACHA: Doutor. E meu filho, doutor? Ele tá bem, não tá?

MÉDICO: Sinto muito, África. Mas com a surra que você levou... você acabou tendo um aborto. Infelizmente você perdeu o filho que estava esperando.

De repente, Ásia entra, com um sorriso triunfante.

ÁSIA: Oh... olha a carinha de tristeza dela. Tô sentindo dó, sabia?

África fica chocada ao vê-la.

ÁFRICA SIRIRACHA: O que você tá fazendo aqui?

ÁSIA: Vim visitar uma velha amiga. (para o médico) Pode nos deixar às sós, doutor?

MÉDICO: Claro, dra. Ásia. Com licença. (ele sai)

ÁSIA: É, África. Parece que você teve um dia bem agitado.

África encara Ásia com ódio nos olhos.

ÁFRICA SIRIRACHA: O que você quer comigo, sua demônia? Rir da minha desgraça?

ÁSIA: Não só rir da sua desgraça, mas também dizer que sou responsável por ela.

África franze o cenho, confusa e assustada.

ÁFRICA SIRIRACHA: O quê?

Ásia se aproxima, sua voz baixa e maldosa.

ÁSIA: A surra que você levou hoje foi por ordem minha, querida!

Os olhos de África se arregalam de choque.

ÁFRICA SIRIRACHA: Não... isso não pode ser...

ÁSIA: E eu faço questão de jogar na sua cara que você perdeu seu filho por minha causa. E avisar... que da próxima vez que você mexer com um filho meu de novo, que o pior vai acontecer com você... pode ter certeza! Desgraçada.

(Câmera congela em África que está completamente em choque)

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