O Que Os Olhos Não Vêem - Teaser


Vitória (Camila Queiroz) está correndo feliz num campo com flores, até que o tempo começa a fechar e ela para de correr e fica olhando fixamente para uma porta, com um olhar sério, ela segue lentamente até essa porta. Ela abre a porta está tudo escuro, ela entra e vê uma fonte, ela fica observando a fonte por alguns segundos até que a porta se fecha com agressividade, ela se assusta, até que ela percebe que tem várias portas naquela sala e tenta correr até elas, porém quando ela chega perto da porta elas se fecham com agressividade, até que ela desiste e senta no chão, até que ela vê uma sombra, a sombra chega bem perto dela, e é uma mulher idêntica a Vitória, a mulher sorri maliciosamente e pega uma faca e dá facadas em Vitória. Ela veste a roupa de Vitória e coloca a sua roupa em Vitória, assim, ela sai da sala, enquanto isso, Vitória está a observando na porta, com um olhar calculista, a câmera se aproxima cada vez mais nos olhos de Vitória, até que chega no fundo dos olhos dela e a logo da novela aparece. Enquanto isso voz de Vitória fala:

— Os segredos se escondem atrás das aparências

               dia 13 estreia:




Paraíso Virtuoso - Capítulo 26 (06/01/2025)


 PARAÍSO VIRTUOSO - CAPÍTULO 26 (ÚLTIMOS CAPÍTULOS)
WEB-NOVELA DE SINCERIDADE 

CENA 01: PENITENCIÁRIA/INT./DIA

Jerônimo está na cela, sentado no chão e pensativo. Um policial o chama e diz a ele que tem alguém lhe esperando na sala de visitas. O instrumental ”Gara - Eduardo Queiroz" entra em cena e segue até o fim da cena 3.

JERÔNIMO: Será que é minha mãe? 

No próximo take, Doralice está sentada na cadeira da sala de visitas, esperando Jerônimo. Ao chegar, ele paralisa e engole seco ao ver a moça.

JERÔNIMO (com voz trêmula): Doralice? Tá fazendo o que aqui?

DORALICE: Ah, então já te contaram a verdade? A gente precisa ter uma conversa séria, Jerônimo. Cê não acha?

JERÔNIMO: O que é que ocê quer aqui? Veio rir da minha desgraça, é?

DORALICE: Era isso que eu poderia fazer. Poderia tá aqui me rolando no chão e rindo da tua cara, Jerônimo. 

JERÔNIMO: Fala logo, e cai fora!

DORALICE: Você acha que eu me esqueci do que você e seu pai fizeram comigo no passado?

JERÔNIMO: Doralice, eu…

DORALICE (interrompendo, firme): CALA A BOCA! Cala a boca que quem vai falar aqui sou eu. (Pausa) Jerônimo, eu não entendo o motivo daquela barbaridade toda. Do seu pai, já era de se esperar, já que ele era doente por mim e tinha inveja do meu pai. Mas você? Eu nunca te fiz mal algum.

JERÔNIMO: Eu não quero falar sobre esse assunto. Ocê já conseguiu o que queria, não já? Então agora cê pode ir embora.

DORALICE: Não. Enquanto eu não saber o motivo que te levou a cometer aquela loucura, eu não vou sair daqui.

CENA 02: CASA DOS GONZÁLEZ/INT./DIA

Natália está na sala, quando a campainha toca. Ela se levanta e vai atender. 

NATÁLIA (irritada): Mas que palhaçada é essa?

A câmera foca em Silvinha, que carrega duas malas nas mãos. A filha de Marluce entra na casa com uma expressão de deboche, enquanto Natália, desacreditada, a olha boquiaberta.

SILVINHA (sarcástica): Cansei de ficar naquela pensão. Eu até poderia ficar lá, sabe? Mas aí eu pensei: poxa, minha vida podia dar uma guinada de uma hora pra outra, né? Menina, aí eu me lembrei que agora eu tenho ocê nas minhas mãos, acredita? 

NATÁLIA: Pera aí… cê tá insinuando o que com isso?

SILVINHA: Ué, eu te ajudei a separar a ricaça da donzela Álvara, e agora, nada mais justo do que você me dar um lar, cê não acha? Eu, que sou uma mera prostituta, não faço mal a ninguém…

NATÁLIA: Desgraçada! Maldita hora em que eu te contratei pra fazer aquela maldita armação! Bem que dizem por aí que você não vale nada.

SILVINHA: Pelo visto, eu valho bem mais do que ocê, queridinha. Bom, vou subir e colocar minhas coisas no seu quarto. A partir de hoje, ocê vai dormir no quarto de hóspedes.

NATÁLIA (desacreditada): Como é que é? Isso só pode ser brincadeira. Olha aqui, o Álvaro, ele vai voltar a morar nessa casa, e o meu quarto, também é dele.

SILVINHA: Ele que se vire. Ou ocê dorme onde eu tô mandando, ou eu vou jajá na delegacia contar tudo o que eu sei.

Silvinha dá as costas e sobe as escadas, deixando Natália possessa. Minutos depois, Silvinha desce as escadas novamente.  

SILVINHA: Vou dar uma voltinha na cidade. Quando eu voltar, eu quero o café da tarde prontinho. Tá me ouvindo? 

Silvinha se retira e, Natália, furiosa, arremessa um vaso de flores contra a porta.

CENA 03: PENITENCIÁRIA/INT./DIA

DORALICE (lacrimejando): Pera aí… então quer dizer que o Vicente praticamente te obrigou a cometer aquele crime?

JERÔNIMO (chorando): Foi. É muito difícil pra mim dizer isso, Doralice, mas foi. Por mais que ele seja meu pai, eu não concordo nada, nada com tudo isso que ele fez. Me perdoa, Doralice. Me perdoa por tudo isso que eu causei na sua vida. Naquele momento, eu… eu tava fora de mim, eu queria agradar o meu pai. Queria que ele me aprovasse como filho, sabe? Mas não adiantou de nada, ele sempre preferiu o Álvaro.

DORALICE: Jerônimo, se você se arrepende mesmo, então me ajuda. Me ajuda a colocar o seu pai atrás das grades.

JERÔNIMO: Cê ficou louca? Se eu fizer isso, eu também paro atrás das grades. Eu fui cúmplice dessa barbaridade.

DORALICE: Jerônimo, se você entregar o seu pai, você pega bem menos anos de cadeia do que ele. 

JERÔNIMO: Não sei… meu pai iria me odiar. 

DORALICE: Olha, eu sei muito bem que você andou abusando da Rita. Se você tá aqui, fui eu sim que colaborei pra isso. Eu voltei pra me vingar, Jerônimo. Cê acha mesmo que eu iria deixar barato tudo isso que vocês fizeram com a minha família? Se você se diz tão arrependido, deveria sim me ajudar a colocar o monstro do teu pai na cadeia. 

JERÔNIMO: Volta aqui amanhã, e eu te dou a resposta.

CENA 04: RUAS DE SANTA AURORA/DIA

Silvinha anda pelas ruas até que Marluce a vê de longe e decide chamá-la.

MARLUCE ( ergue a mão e grita): Silvinha!

Silvinha se vira, surpresa.

SILVINHA: Mãe?

No próximo take, as duas estão sentadas em um restaurante da cidade, frente a frente.

MARLUCE (emocionada): Ôh, minha filha… eu senti tanto a sua falta, cê não tem ideia, Silvinha.

SILVINHA: É aquele ditado: a pessoa só dá valor depois que perde. Olha mãe, eu não vou fingir que nada aconteceu. Eu fiquei bastante decepcionada com a senhora depois de tudo aquilo. Tudo bem, eu errei, mas a senhora me botou pra fora de casa como se eu fosse um pedaço de merda. 

MARLUCE: Me perdoa, Silvinha. Me perdoa. Só Deus sabe o quanto eu sofri sentindo a sua falta naquela casa, filha.

SILVINHA: Eu posso até te perdoar, mas pra aquela casa eu não volto mais.

MARLUCE: Tudo bem, só de ocê tá falando comigo, eu fico feliz. E ocê, tá morando aonde?

SILVINHA: Eu fiquei vários dias morando numa pensão mequetrefe aqui na cidade, mas agora me mudei pra fazenda. Sabe aquela fazenda daquela ricaça, que perdeu o marido? Então, eu tô lá.

MARLUCE: Ocê morando numa fazenda? Na fazenda da Doralice?

SILVINHA: Se eu te contar o motivo… ué, não entendi o espanto, mãe. A senhora falou o nome da ricaça com um tom estranho…

MARLUCE: Filha… eu acho que já tá na hora de ocê saber da verdade.

SILVINHA: Verdade? Que verdade, mãe? Enlouqueceu?

MARLUCE (lacrimejando): Filha… eu sempre te disse que seu pai morreu quando ocê era ainda bebê, né? Eu cheguei a inventar um nome pra ele, para que ocê nunca soubesse da verdade.

SILVINHA: Eu não tô entendendo, mãe. Eu cresci a vida toda sem meu pai, acreditando sim que ele tinha morrido. Essa não e a verdade?

MARLUCE: Não, Sílvia. Eu inventei toda essa história. 

SILVINHA: Como é que é?

MARLUCE: Seu pai morreu sim, mas foi muitos anos depois, ocê já era uma adulta.

SILVINHA (lacrimejando): E por que a senhora mentiu pra mim esse tempo todo, mãe? Eu sempre sonhei em ter um pai na minha vida. Na escola eu cheguei a sofrer  bullying por causa isso, a senhora tem ideia? 

O instrumental “Non Chiaro - Guilherme Rios” entra em cena.

MARLUCE: Filha, o seu pai… ele tinha outra família, a gente teve uma história linda de amor na juventude mas, depois, ele me abandonou. Me abandonou e se casou com outra mulher, teve até outros filhos… enfim, ele nem sabia que eu tinha ficado grávida dele.

SILVINHA: E quem é esse homem, mãe? Ele era daqui?

MARLUCE (com lágrimas nos olhos): Era. Seu pai era o Martinho, Silvinha. O Martinho que morreu no tal incêndio.

SILVINHA (impactada): Como é que é? A senhora tá me dizendo que… não é possível… se eu sou filha do Martinho, então a ricaça… ela é minha irmã?

Focamos em Silvinha, intercalando com a mãe.

CONGELAMENTO EM SILVINHA.

A novela encerra seu 26° capítulo ao som do instrumental “Non Chiaro - Guilherme Rios”.



Tente Outra Vez Cap. 32 (06/01/2025)

 TENTE OUTRA VEZ CAP. 32 (06/01/2025)



Cena 01: Debate político. Um clima tenso se instaura no ambiente, com a fala de Cássia sobre o dossiê do partido.

Yoná - Público que me ouve nesse momento, ela está blefando. Não há qualquer dossiê sobre o meu partido. Meu partido é um partido limpo, correto.

Cássia - Não é isso que este dossiê diz. Mas não vou apresentá-lo agora. Vamos dialogar primeiro?


Cena 02: Na cena, Roberto segue o carro de Fausto, e ele para em uma casa. Ele desce do carro e entra, com autorização do segurança. Roberto tenta entrar mas é barrado.

Roberto - Porque está me barrando?

Segurança - Você não está autorizado a entrar. 

Roberto - Como não? Isso aqui não é um local público?

Segurança - Porém está barrado, senhor.

Roberto - Eu não posso aceitar isso. Eu vou chamar a polícia.

Segurança - Você não chamar coisíssima nenhuma (ele coloca uma arma na cabeça do Roberto)

Roberto - Calma, colega. Não é bem assim que fazemos as coisas.

Segurança - Então você vai pegar o seu carrinho, e vai pra bem longe daqui.

Roberto - E se eu não for?

Segurança - Aí eu aperto o gatilho.

Roberto - É um bom motivo… até mais

(Ele sai, pega o carro e dirige. Porém, ele vai para o fundo da casa)

Roberto - Eu sei que aqui tem como subir. Agora como vou entrar? Já sei, o telhado! Isso me lembra alguma coisa… ah, deve ser coisas da minha cabeça. Siga-me os bons.

(Ele começa a subir pela árvore que havia ao lado da casa. Ele chega até cima do telhado, porém o telhado desaba)

Segurança - Mas que barulho é esse? Vou averiguar.

(Dentro da casa no andar de cima)

Roberto - Eu não tenho mais coluna pra entrar assim na casa de ninguém…

Segurança gritando - Quem está aí?

Roberto - Nossa! Preciso me esconder (ele entra em um armário antigo. O segurança aparece.

Segurança - Quem está aí? Anda, apareça! Eu acho que não tem ninguém aqui… 

(Ele sai. Roberto sai do armário dando várias tosses)

Roberto - O preço que se deve pagar… vamos lá!

(Roberto sai do quarto, desce as escadas e consegue esconder atrás de um móvel e escutar a conversa do grupo, neles estão reunidos: Túlia, Fausto, Wagner, Gilson e um homem que só se pode ver os pés. Roberto cochicha)

Roberto - Eu sabia! Sabia que ela estava no meio! Vou gravar detalhe por detalhe.


Apresentadora - Vamos discutir assuntos como de costume, que são de conhecimento de todos. O sorteio foi realizado e a Cássia responderá primeiro. A pergunta é sobre saúde pública.

Cássia - Boa noite a todos. O tema é bem abrangente, mas no meu período de governo a população será a verdadeira prioridade. Eu e a população estamos cansados do sucateamento da saúde pública, da falta de investimento em algo que nós, pagadores de impostos, necessitamos diariamente. Então, aquele que me ouvem, saibam que a saúde será a prioridade do nosso governo.

Apresentadora - Yoná está com a palavra.

Yoná - Boa noite a todos os presentes e aqueles que nos assistem pela TV e internet. Bom, como é de conhecimento, nosso partido já tem grande fama de priorizar a saúde. Como exemplo, a cidade de Roda Alta, no interior do Rio, a saúde avançou em 90%. Com Crisópolis não será diferente, a saúde será nossa prioridade, nosso dever como governantes será de tornar os direitos da população sejam respeitados.

Cássia - Mas é muita cara de pau.

Yoná - Não estou entendendo.

Cássia - Não está? Está bem… vamos dar seguimento





Cena de Roberto na casa.

Roberto - Eu não acredito! Não acredito no que estou ouvindo. 

Segurança - O assunto está bom?

Roberto - Cabuloso! Você não imagina como está bom.

Segurança - Eu acho que o senhor não deveria estar aqui.

Roberto - Não deveria, mas eu despistei o asno daquele segurança. Coisa mais fácil do mundo…

(Ele vê com quem está falando e muda o posicionamento)

Eu não estou falando do senhor não, estou falando de outro segurança que também parece um asno…

(Ele coloca a arma na cabeça do Roberto)

Roberto - Calma, Calma, Calma. Vamos tomar um cafezinho?

Segurança - Você vai tomar café no inferno!

Roberto - Olha a polícia!

Segurança - Onde?

(Ele vira e não vê mais Roberto)

Segurança - Para onde ele foi? Volte aqui! (Ele corre atrás) Roberto sai de debaixo da mesa e sai de fininho.


Cena do debate


Yoná - Senhora apresentadora, eu realmente não entendo o que a colega tanto interrompe o debate. Com papéis sem qualquer fidelidade, autenticidade.

Cássia - Oh, amiga, você não imagina o quão autêntico é esse dossiê. Mas vamos aguardar a hora certa?

Yoná - Eu não quero esperar hora nenhuma. Me mostre esse papel.

Cássia - Aguarde até o final.

Yoná - Pois eu não vou aguardar coisíssima nenhuma (ela puxa o envelope e começa a rasgar tudo.) pronto, agora mostre o dossiê.

Cássia - Não se preocupe, eu tenho tudo digitalizado. Você acha que em pleno século XIX, com tanta tecnologia. Mas sabe, Yoná? Eu ia distribuir cópias do dossiê para que o público lesse. Mas sabe o que é melhor? Que agora eu vou compartilhar esse arquivo com todos vocês, para que vocês possam ler e tirar as suas próprias conclusões.

Yoná - Você está blefando.

Cássia - Não estou. E para ver… (Cassia publica o arquivo, e todos lêem. Após ler, todos se revoltam contra Yoná e vão pra cima dela)

Yoná - Mas o que é isso? O que vocês estão fazendo? Saiam daqui!

Cássia - É o povo, Yoná. O povo que quer ver verdade, quer ver originalidade. Vote em Cássia Toledo, 60!


Imagens noturnas ao som de True. Cena na casa de Helena, noite 


Cena 04: Casa de Helena/Noite.

Helena - Meu pai, quanto tempo. Por onde você andava esses dias?

Pedro - Trabalhando, minha filha. Trabalhando muito. Mas saiba que não aguentava mais um minuto longe de você. Mas muita coisa mudou, em poucas semanas. Você ficou sabendo que a Viviana foi presa?

Helena - Claro que soube. Bom, não adiantava eu fazer alguma coisa porque eu só fiquei sabendo depois. Mas eu fiquei sabendo sim. Mas na verdade, ela já está fora da cadeia.

Pedro - Claro, eu que tirei.

Helena - No duro?

Pedro -Claro! Eu já estraguei a vida de vocês demais, eu precisava reparar de alguma forma. Com sua mãe, soltar da prisão. Com você, aquele emprego, etc…

Helena - Peraí, Peraí! Emprego?

(Clima tenso se instaura no ambiente)

Pedro - Emprego? Eu falei emprego?

Helena - Falou, falou de emprego. O que o senhor tem a ver com meu novo emprego?

Pedro - Eu já disse que não fale isso.

Helena - Pai, não adianta. Eu ouvi o que o senhor disse, eu não sou surda. Me diga logo se uma vez, o que o senhor tem a ver com meu emprego?

Pedro - Está bem… não adianta esconder por muito tempo, né? Fui eu que te arranjei o emprego de modelo pra você.

Helena - Eu não acredito… e me escondeu isso esse tempo todo?

Pedro - Era pro bem, filha.

Helena - Eu não quero mais saber de nada. Fora daqui!

Pedro - Mas minha filha…

Helena - Fora daqui!

Pedro - Está bem. Eu entendo sua raiva, e em respeito a ela, eu vou sair.

(Pedro sai, Helena se senta na cadeira e começa se lamentar. 


Cena 05: Apartamento de Luísa/Noite. Ao som de Dia de Domingo, Luísa está sentada no sofá, chorando. Mostram flashbacks dela com o Renato, até que alguém começa a jogar coisas na janela. Ela vai abrir a janela e vê, Vinícius e uma multidão segurando um cartaz escrito: Volta pra mim.

Luísa - Mas o que é isso?

Vinícius - É uma homenagem pra você, meu amor! Volta pra mim! Eu prometo que será tudo diferente!

Luísa - Vá te catar! (Ela bate a janela, e a sinfonia acaba.)

Vinícius - Luísa! Luísa! Apareça! 

Luísa - Aqui oh (ela pega um balde de água e joga em todos)





Cenas do Rio de Janeiro, ao som de True. A câmera vai para o hospital.


Cena 06: Hospital) Manhã. Daniel chega correndo atrás de Laura e pergunta a enfermeira.

Daniel - Onde está a Laura?

Enfermeira - Ela já recebeu alta e saiu hoje cedo.

Daniel - E como você não me avisa?

Enfermeira - Já tem mais de 2h que ela saiu. Ela não foi pra casa?

Daniel - Não, claro que não. Meu Deus, onde ela foi?


Cena 07: Apartamento de Túlia/Manhã.

Yoná - Um fiasco, Túlia, um fiasco. Essa eleição está por um fio.

(Lucia escuta ao fundo)

Túlia - Não se esquente. Sabe o mal que acontecerá a ela caso ganhe.

(Laura entra pela porta se aproxima de Túlia)

Túlia - Mas o que você faz aqui?

(Laura da um grande tapa em Túlia)

Túlia - Mas será possível?

Laura - Você conseguiu o que quis. Eu não aguento mais, eu não aguento mais! Pode falar pro Daniel, que ele pode voltar pra casa da mamãe, porque pra lá eu não volto mais.

(Laura sai, e Tulia põe um sorriso no rosto)

Yoná - Sorrindo? Depois de um tapão desses?

Túlia - Porque aconteceu o que eu queria. O que eu tanto queria!


Cena 08: Casa de Renato/Manhã. Cássia, Júlio, Renato e Roberto conversam.

Renato - Então reúnam aqui. As gravações, Fotos, documentos.

Júlio - Temos muita coisa. Isso aqui é acervo pra um documentário.

Roberto - Vocês vão ver, após as eleições nós vamos fazer a denuncia.

Cássia - As eleições já são depois de amanhã. Que o melhor vença!


Ao som de Só pra o Vento, mostra todo mundo realizando o voto, muitas pessoas votando e comemorando a votação.


Cena 09: Clínica particular/Noite.

Enfermeira - Você recebeu alta, Flávia. Você já pode ir. Vai querer que eu ligue para seus pais?

Flavia - Ainda não. Eu vou fazer uma surpresa.


(Todos reunidos na casa de Renato: Cássia, Miriam, Lucia, Júlio, Helena, Roberto e nesse momento chega alguém)

Luísa - Boa noite. Posso entrar?

Cássia - Claro que pode, não é Renato?

Miriam - Eu não sei não…

Renato - Claro que pode. Independente de não estarmos mais juntos, ainda estamos juntos nessa.

Júlio - Silêncio! Vai sair agora o resultado 

Som da televisão: Com 50,7% dos votos, Cássia Toledo é a nova prefeita de Crisópolis.

(Todos comemoram, e toca Time After Time. Abrem champagne, vinho, dançam e tudo mais.


Sombra de um homem - Podem soltar os bandidos…


 (A câmera corta pra Flávia andando na rua pela noite, indo pra casa, até que recebe um balaço no lado do tronco. Ela cai no chão, e o capítulo encerra ao som da trilha tensa)
















A Melindrosa,Cap 16 - 06/01/2025

 A Melindrosa 




Capítulo 16

Abertura 



1929


Cena 1- Manhã.Casa de Joaquina.Sala de estar.


As três mulheres estão paradas,sem saber como reagir.Luísa espera por respostas.Anastacia e Joaquina não sabem o que responder.


Luísa- Então? Não vão me responder?.


Joaquina- Essa senhora… É… É uma antiga conhecida minha,uma velha amiga.


Anastácia encara sua irmã,surpreendida com a mentira.


Anastácia- Me chamo Anastácia,prazer em conhecê-la.Você deve ser a filha da Antônia?.


Luísa- Sim,eu mesma.


Anastácia- Eu já estava de saída.O recado que tinha que dar,já está dado.Com licença Joaquina e Luísa.


Anastácia sai da casa.Luísa coloca sua avó contra a parede.


Luísa- Explique-se vovó.


Joaquina- Não tenho nada que explicar.Eu hein.Me conta como foi lá na festa ? Conheceu a família do seu namorado?.


Luísa- Hummm.Já está tentando mudar de assunto ?.


Joaquina- Vai me contando logo,estou ansiosa.


Luísa e sua avó sentam-se sob o sofá e começam a conversar com o som abafado.


Cena 2- Residência Gaspar Cavalcante.Sala de jantar.


Luzia e Nestor estão tomando café da manhã.Nestor lê seu jornal.


Nestor- Eu sabia,olha só isso,que absurdo.Já saiu no jornal.Olha esse título “Filha de famoso empresário do ramo têxtil exibe-se com ousadia em suas vestes e rouba a atenção na festa da primeira dama”. E ainda tem fotografias dela.Meu Deus.O que será de nossa família? E nosso neto ? Onde está a cabeça de Ana Lúcia ?.


Luzia- Deixa eu ver isso.


Nestor repassa o jornal para sua esposa,que lê rapidamente o jornal e vê as fotografias onde estão destacadas imagens de Ana Lúcia vestida com extravagância.


Luzia- Meu Deus do céu.O que será da nossa filha?.


Nestor- Deveríamos tê-la mandado para um internato naquela época que ela se envolveu com aquele Osvaldo.


Luzia põe o jornal ao lado da mesa.Uma empregada entra na sala de jantar com um recado para Luzia.


A empregada- Dona Luzia,tem um rapaz aí fora que quer falar com a senhora.


Luzia- Ah sim,diga que já vou.


A empregada sai do cômodo.


Nestor- Um rapaz ? Quem é esse homem?.


Luzia- Depois te conto,tenho que ir logo.


Luzia sai do cômodo.


Cena 3- Fundos da residência Gaspar Cavalcante.


Luzia conversa baixo com o homem.


Luzia- E aí? Conseguiu o que eu pedi? Seguiu elas?.


O homem- Sim,consegui.(Tira um bilhete com o endereço e entrega a luzia). Aí está.


Luzia confere o endereço.


O homem- E o meu pagamento?.


Luzia- Já estava esperando por você.Aqui está ( ela tira um bolo de dinheiro dos seios e dá para ele).Agora vá logo e não volte,nem diga a ninguém sobre esse assunto.


O homem sai alegre com o dinheiro.


Cena 4-Empresa Gaspar Cavalcante.Setor de produção.


Diego está trabalhando quando seu superior o atrapalha sem querer e acaba causando um desastre.Várias linhas saem das rasteiras,e os funcionários correm para tentar parar as máquinas.


Diego (exaltado)- Olha só o que você fez.Deu tudo errado.Por acaso não olha para onde anda ?.


O superior começa a gritar com ele.


O superior- Como é ? Você acha mesmo que vai levantar a voz para mim ? Quem você pensa que é ? Me respeite.Tinha que ser um… Vocês sempre agem assim,por isso não conseguem nada.


Diego percebe o racismo nas palavras do homem e não deixa barato.


Diego- Me chama do que ia chamar.Fala se tem coragem.Seu covarde.Acha que pode despejar seu ódio em cima de mim só por causa da posição que ocupa.Eu não vou ficar calado vendo o senhor ser racista comigo.RACISTA ! RACISTA!.


O superior dá um tapa fortíssimo na cara de Diego.


O superior- Está despedido.Saia já agora.


Diego o encara fixamente.E reage.Diego dá um soco no homem,logo depois defere três murros na face do homem,que também reage,empurrando ele,os dois homens caem no chão trocando murros,socos,e tapas.Os funcionários observam a cena.Até que alguns funcionários decidem apartar a briga.


Cena 5- Ruas de São Paulo.


Diego anda pelas ruas,chorando após ter sido demitido.Até que Ana Lúcia,que estava indo a empresa,o vê.


Ana Lúcia- Ei ! Diego ! Sou eu,Ana Lúcia.


Ele para,ela vai até ele.


Ana Lúcia- Está bem ? Porque está chorando ?.


Diego- Acabei de ser demitido.


Ana Lúcia- Meu Deus.Mas porquê?.


Diego- Porque não permite um racista despejar seu ódio sobre mim e ficar por isso mesmo.


Ana Lúcia- Meu Deus.Eu sinto muito.E agora ?.


Diego- Agora eu vou tentar procurar outro emprego.


Ana Lúcia- E sua família? Nós nunca conversamos sobre.


Diego- Ah sim.Eu sou da Bahia,meus pais já morreram e eu vim buscar uma oportunidade aqui.


Ana Lúcia- Ah sim,meus pêsames.


Diego- Tudo bem.


Ana Lúcia- Éhhh… Quer trabalhar na minha casa ?.


Diego- Oi?.


Ana Lúcia- Sim.Digo,óbvio que você não vai ter um trabalho a sua altura,até porque você merece muito mais.Mas pode trabalhar como jardineiro.


Diego- Aceito.Otimo.Quando começo?.


Ana Lúcia- Quando quiser.


Diego- Agora você é minha patroa,tem que dizer quando começo.


Ana Lúcia- Amanhã mesmo então.Ainda se lembra do endereço não?.


Diego- Sim.Pode deixar.


Ambos ficam sorridentes.De repente,Ana Lúcia abraça Diego.


Ana Lúcia- Não sei o que aconteceu,mas você está certo em reagir.Você é um homem maravilhoso.Nunca permita que ninguém grite ou te desrespeite !.


Diego- Obrigado pelas palavras… Patroa.


Cena 6-Ruas de São Paulo.


Cleo anda na companhia de Joaquina.


Cleo- Aquela velha me paga.


Joaquina- Mas você não sabe o nome da velha que te humilhou?.


Cleo- Não.Do nada ela veio e me pisou como se eu fosse uma barata.


Joaquina- Talvez seja mesmo… (cleo a encara incrédula). Mas não precisa levar para o coração.Me dê uma descrição dela.


Cleo- Então,ela é alta,loira,olhos azuis,muito bem vestida,usa joias caríssimas.


Joaquina- É a esposa de Nestor,seu amante.


Cleo- Como você sabe ?.


Joaquina- Porque eu a conheço de outros carnavais.


Cleo- De onde ?.


Joaquina- Eu a conheço,só isso que você precisa saber.


Cleo- Então… Mas você sabe de mais alguma coisa?.


Joaquina- Deixe eu ver se me lembro.


Cleo- Bota essa memória pra funcionar velha.


Joaquina- Ah sim.Ela tem um filho seboso,maldito,porco,imundo…


Ela é interrompida por Cleo.


Cleo- Nossa,mas você não gosta dele mesmo hein.


Joaquina- Não mesmo.Ela tem uma filha muito bonitinha também.


Cleo- Hummm.Tenho que pensar em como me vingar dela.O que ela me fez não vai ficar assim.


Joaquina- Faz aquilo que eu já te disse…


Cleo- Aquilo o quê?.


Joaquina- Mas você é burra assim ou se faz ?.


Cleo- Que mal humor.Fala que eu não me lembro.


Joaquina- Inventa que está grávida e arranca uma boa pensão do velho.


Cleo- Boa ideia.


Cleo e Joaquina soltam um sorriso irônico.


Cena 7-Residência Gaspar Cavalcante.Quarto de Fernando.


Fernando está lendo alguns documentos,quando se lembra de algo que lhe inquieta.


Fernando- Preciso falar com mamãe.


Ele sai do quarto e vai atrás de sua mãe.

Luzia está lendo um livro no escritório,Fernando interrompe a leitura de sua mãe.


Fernando- Mamãe,precisamos conversar.


Luzia- Tem que ser agora ?.


Fernando- Sim.


Luzia- Tudo bem.


Luzia fecha o livro.


Fernando- É sobre aquilo.


Luzia- Aquilo o quê?. Não me diga que é…


Luzia se dá conta do assunto que seu filho quer conversar.


Fernando- Sempre me senti mal com isso e nunca concordei,você me manipulou mamãe.


Luzia- Eu nunca iria permitir que aquela mulherzinha se intrometesse na nossa família.Tudo o que eu fiz foi para o seu bem.


Fernando- Mamãe eu não quero discutir sobre se deveria ou não ter feito o que fez.Mas preciso saber o que aconteceu com ela e o meu filho?.


Luzia- Antônia morreu no parto,e a bebê também.


Fernando se entristece.


Fernando- E você sempre escondeu isso de mim por todos esses anos ? Porquê? Era meu direito saber o que aconteceu.


Luzia- Meu filho,naquela época estávamos todos muito entristecidos,a Ana Lúcia tinha acabado de se casar e todo o furacão que ela tinha causado nessa época ainda estava muito recente na nossa família.E você… Desde que se envolveu com ela nos causou muita preocupação,não sabíamos o que fazer.Até você vir com essa história de que ela estava grávida.Então escondemos isso de seu pai,e eu fui atrás da mãe da moça,e fizemos um acordo de que eu mandaria uma soma em dinheiro para ela todo mês.Mas a criança não vingou,e quando ela deu a luz,você estava viajando,se lembra que nós inventamos uma doença para você enquanto eu cuidava de tudo aqui? Pois então.


Fernando (chorando)- Você não tinha direito.Você me tirou esse direito.


Luzia- Mas meu filho,você estava mais assustado que cachorro perdido em uma floresta.Eu quem tive que me encarregar de tudo,e você concordou.


Fernando- Mas você como minha mãe tinha que ter me contado que meu filho e a mãe morreram.E a avó do bebê? Como ficou ? Como está?.


Luzia- Então… Eu não tive mais contato com ela desde então.


Fernando- Me diga o nome dela já que você investigou e descobriu tudo sobre ela.


Luzia- Isso eu não digo.Não falo de maneira nenhuma.E já tá na hora de você superar tudo isso.Esqueça de uma vez por todas.Por Deus,quase vinte anos dessa história toda.


Luzia vai sair da sala,mas Fernando a segura pelo braço,os dois se encaram.


Fernando- Eu vou descobrir sobre a mãe dela,e vou atrás dela,com a sua ajuda ou não.


Luzia- Faça o que quiser.


Cena 8- Passam-se Alguns dias.Ao som de “Ainda bem-Marisa Monte” são mostradas cenas de Diego cuidando do jardim enquanto é observado por Ana Lúcia.Sebastião e Cleo andando de mãos dadas.Joaquina admirando um retrato da filha.


Cena 9- Em uma praça.


Cleo está na companhia de Nestor,ambos estão sentados em um banco.


Cleo- Eu tenho algo muito sério pra te contar.


Nestor- Fala logo que você está me deixando nervoso.


Cleo- Eu estou grávida.

Musica de tensão ao fundo,Nestor encara Cleo sem saber se acredita na mentira.




Serras do Amor - Capítulo 06 - Reprise

 



CAPÍTULO 06

Lena se levanta rapidamente.

Lena - Não, não posso, não quero. Saia daqui!
Pra mim isso está enterrado à sete palmos do chão, não quero voltar à esse passado, retornar à essas lembranças me faz sofrer. Por favor!

Lena começa a chorar.

Ana - Calma, por favor, não queria despertar lembranças ruins a você, por favor peço desculpas. Mas é que a senhora é a única pessoa que pode contar tudo, fazer justiça.

Lena - Por favor, agora não. Peço que vá embora, por gentileza.

Ana - Tudo bem. Mas ainda não terminamos.

ABERTURA
https://youtube.com/shorts/...

Cena 02
Geovane está lendo seu jornal.

Florência chega com Luíza.

Florência - Minha filha, que bom que gostou, mas terá que se dedicar a essas aula.

Luíza - Claro minha mãe, vou fazer valer a pena, pode ter certeza.
Papai, eu vou começar a fazer aulas de pintura, o que o senhor acha?

Tudo se permanece em silêncio.

Florência - Não vai responder sua filha, Geovane?

Geovane - Quero que calem a boca, não tem mais paz para ler um jornal nesse lugar. Duas maritacas que não param de gritar nos meus ouvidos. Vou sair, volto mais tarde.

Ana chega na hora.

Ana - O senhor não vai a lugar algum, preciso falar com o senhor.
Gancho.
ENCERRAMENTO

Paraíso Virtuoso - Capítulo 25 (04/01/2025)


PARAÍSO VIRTUOSO - CAPÍTULO 25 (ÚLTIMAS SEMANAS)
WEB-NOVELA DE SINCERIDADE 

CENA 01: CASA DOS GONZÁLEZ/EXT./DIA

Doralice estaciona seu carro em frente a casa dos González e desce dele. Ela segue em direção ao interior da casa e, ao chegar lá, começa a chamar Álvaro, preocupada. Ninguém a responde, e então, ela decide subir a escada. Ao passar pelo corredor, ela vê que a porta do quarto dele está aberta, e decide entrar. Ela entra e se choca ao ver seu amado deitado ao lado de Silvinha. O instrumental “Atentado - Eduardo Queiroz” entra em cena.

DORALICE (com lágrimas nos olhos): Álvaro? 

Após ninguém respondê-la, ela se aproxima da cama e começa a sacudir Álvaro, para que ele acorde. Segundos depois, Álvaro acorda e, Silvinha, que está ao lado dele, finge acordar também.

ÁLVARO (atordoado): O que é isso? Meu Deus, o que que tá acontecendo?

DORALICE (irritada): Eu que te pergunto, Álvaro. Que burra! Que burra eu fui de acreditar nessa sua historinha de amor, nesse conto de fadas fajuto.

ÁLVARO: Eu nem conheço essa mulher que tá do meu lado. A Natália… ela insistiu pra mim almoçar junto com ela, e eu fui. Depois eu não me lembro de mais nada.

SILVINHA: Bom, deixa eu ir. Amei o nosso encontro.

DORALICE (para Silvinha): Foi a Natália que armou isso tudo?

SILVINHA: Que Natália o que? Florzinha, o Álvaro veio até aqui pra se encontrar comigo. Agora se ele anda colocando chifres na sua cabeça, aí o problema já não é meu.

ÁLVARO: Isso é mentira. Doralice, cê não tá vendo que isso é uma armação? Como cê chegou até aqui?

DORALICE: Ué, você me mandou uma mensagem falando tava passando mal e que era pra eu te levar até a minha casa.

ÁLVARO: Como é que é? Eu não me lembro de ter feito isso.

DORALICE: Silvinha, você tem certeza que não foi uma armação da Natália? Olha, se ela tá te usando pra tentar me separar do Álvaro, eu dou um preço bem maior pra você falar a verdade.

Silvinha fica pensativa por um instante.

SILVINHA: Vai me dar o que?

DORALICE: O que você quiser. É só falar.

SILVINHA: Tá… eu confesso. Foi a jacaroa que me mandou fazer o serviço, sim.

DORALICE: Desgraçada… e você aceitou por quê?

SILVINHA: Ué… ela me ofereceu uma boa quantia de dinheiro, e eu aceitei.

ÁLVARO: Natália passou de todos os limites agora. Cadê ela? Eu vou confrontar ela agora. Quero saber o porque ela tá fazendo tudo isso.

DORALICE (andando de um lado para o outro): Não… você não vai fazer nada. Silvinha, se a Natália perguntar alguma coisa pra você, diz a ela que o plano deu certo.

ÁLVARO: Como assim?

DORALICE: É isso. Deixa ela achar que o plano dela deu certo e que eu terminei tudo com você, Álvaro. Deixa ela cavar a própria cova. Se é guerra que ela quer, é guerra que ela vai ter. 

CENA 02: RESTAURANTE/INT./DIA

Após Marcela abordar Vicente na rua, eles foram para um restaurante de Santa Aurora e estão almoçando. 

VICENTE: Até agora ocê não disse o que quer comigo. Afinal, quem é ocê? (Pausa) Nem sei porque aceitei almoçar com uma desconhecida.

MARCELA: Você não me conhece, mas eu te conheço, Vicente. Sou nova na cidade, cheguei faz poucos dias.

VICENTE: Tá, e o que é que eu tenho a ver com isso? 

MARCELA (enquanto acaba de dar um gole na taça de vinho): Eu vim de Minas Gerais, Vicente. Sei que você também veio de lá, não veio? 

VICENTE: Como que ocê sabe disso? Não vai me dizer que ocê é amiga da maldita da Doralice e tá tramando contra mim.

MARCELA: Digamos que, eu e Doralice, a gente sofre a mesma dor.

VICENTE: Sabia. Sabia que aquela desgraçada tava por trás disso. O que é que ocê quer comigo? 

MARCELA: Assim como a Doralice, eu vim atrás de justiça, Vicente. 

VICENTE (sem entender): Eu não tô entendendo do que cê tá falando, dá licença que eu vou embora. 

Vicente ameaça se levantar.

MARCELA: Lembra do Santiago? 

O instrumental “Levadinha - João Paulo Mendonça” entra em cena.

MARCELA: Eu sou a filha dele, Vicente. Eu me lembro muito bem quando você matou o meu pai. Fugiu por que? Ficou com medinho de ir parar atrás das grades? Pois agora é melhor ter mesmo, que enquanto eu não te colocar na cadeia, eu não vou sossegar.

VICENTE (com voz trêmula): Pera aí… ocê tá me dizendo que é filha do Santiago? O dono do bar?

MARCELA: Sou. Eu sou a filha que cresceu sem um pai, que chorou noites e noites sentindo a falta dele. Tudo isso por causa de uma briga idiota naquele bar.

VICENTE: Olha, eu sinto muito… eu não sei o que se passou pela minha cabeça naquele dia.

MARCELA: Sabe! Sabe sim, e sabe muito bem. Você tinha inveja do meu pai, assim como tinha inveja do pai da Doralice. Eu cresci com o desejo de achar o assassino do meu pai, e cá estamos.

VICENTE: Como que a Doralice te achou? 

MARCELA: E você acha mesmo que eu vou te contar? Olha, Vicente, eu não quero mais ficar de conversinha fiada com você, não. O que eu quero agora é justiça. Quero você atrás das grades, pagando pelos crimes que cometeu.

VICENTE: Quanto ocê quer? Fala. Fala o seu preço e eu te dou o que você quiser.

MARCELA: Babaca. Tá achando que o dinheiro vale mais do que meu pai? 

VICENTE: Eu posso mudar a sua vida, menina. Olha, faz assim, eu vou deixar meu contato com ocê e se ocê quiser, é só me ligar. Pensa com carinho.

Vicente pede uma caneta com um papel para o garçom, e anota seu número, entregando para Marcela. Ele se retira do local e deixa a moça pensativa.

CENA 03: PENITENCIÁRIA/INT./DIA

Vicente se encontra na sala de visitas, esperando por Jerônimo. Logo depois, o filho entra no local acompanhado de um policial e abraça o pai. No próximo take, Vicente já contou a ele sobre tudo o que aconteceu nos últimos dias.

JERÔNIMO: Eu não tô acreditando que a Doralice sobreviveu naquela estrada deserta… que burro eu fui de aceitar me juntar a você nesse plano, meu pai.

VICENTE: Agora não é hora de vim me confrontar, Jerônimo. O que a gente pode fazer agora é tentar nos livrar daquela desgraçada. Pior que agora me apareceu outra encrenca. Lembra do Santiago, lá de Esperança?

JERÔNIMO: Claro. A gente veio pra cá pro senhor fugir da polícia. Mas o que que tem? Essa história já tem anos.

VICENTE: Pois é, mas agora a filha dele apareceu. Apareceu e veio me atormentar. E sabe quem tá por trás disso? A maldita da Doralice.

JERÔNIMO: Pai, e se a Doralice conseguir provar que a gente assassinou a família dela? Querendo ou não, a gente realmente cometeu essa barbaridade.

VICENTE: Eu não vou deixar isso acontecer. Essa desgraçada vai se arrepender de ter voltado dos quinto dos infernos.

JERÔNIMO: Mas e a filha desse homem? Vai fazer o que com ela? Pai, o cerco tá se fechando. Se a Doralice te expôs na frente de todo mundo, é porque ela não tá pra brincadeira. 

VICENTE: Eu não sei, meu filho. Mas eu vou dar um jeito. E eu vou te tirar daqui, pode escrever. Mas antes, eu preciso dar um fim nessa Marcela.

CENA 04: CELEIRO/INT./DIA

Silvinha está no celeiro, aparentemente está esperando alguém. Segundos depois, Natália aparece. O instrumental “Atentado - Eduardo Queiroz” entra em cena.

NATÁLIA: E aí, o plano deu certo?

SILVINHA: Deus mais que certo, docinho. A ricaça virou uma arara com o teu ex-maridinho e terminou tudo com ele, bem na minha frente.

NATÁLIA (sorrindo): Ótimo.

SILVINHA: Mas e aí, cadê o meu dinheiro? Tá achando que eu faço serviço de graça, é? Olha que eu conto pra polícia sobre o seu segredinho.

Natália retira um envelope de sua bolsa e entrega para Silvinha, que confere.

SILVINHA: Hum, espero que não seja dinheiro falsificado. 

NATÁLIA: Agora deixa eu ir, que ninguém pode ver a gente. 

Natália vira as costas e sai, Silvinha a olha com expressão debochada.

SILVINHA: Coitada… tá se achando a última bolacha da prateleira.

Ao sair do celeiro, Natália se depara com Doralice e ela se encaram.

NATÁLIA: Que que é, hein? Vai ficar me olhando agora? 

DORALICE: Não tô com cabeça pra brigar agora, Natália. Eu acabei de ter uma discussão seríssima com o Álvaro e a gente terminou.

NATÁLIA: Terminou? Como assim, terminou? O namoreco de vocês mal começou.

DORALICE: Eu flagrei ele na cama com outra. Bom, eu não quero mais ver o Álvaro na minha frente. Você que faça bom aproveito.

NATÁLIA: Com todo o prazer, queridinha.

CENA 05: MANSÃO/INT./DIA

ÁLVARO: Então ela acreditou mesmo que a gente se separou?

DORALICE: Pelo o que parece, sim, ela acreditou. Mas é bom que ela acredite mesmo, Álvaro. Eu quero ver a Natália cavando a própria cova dela.

ÁLVARO: Se o arrependimento matasse, eu já teria morrido a tanto tempo por ter me casado com ela. Finalmente o divórcio vai sair, e eu posso me ver livre da Natália. Mas agora eu não vou poder me mudar pra cá, vou ter que ficar lá pra sustentar essa história.

DORALICE: E eu preciso investigar a morte do André. Pode até ter sido um acidente, mas eu sinto que tem algo de errado nessa história, sabe. Mas antes, eu preciso botar o teu pai na cadeia. (Pausa) Bom, tô de saída.

ÁLVARO: O que que cê vai fazer? 

Horas depois…

CENA 06: PENITENCIÁRIA/INT./DIA

Jerônimo está na cela, sentado no chão e pensativo. Um policial o chama e diz a ele que tem alguém lhe esperando na sala de visitas.

JERÔNIMO: Será que é minha mãe? 

No próximo take, Doralice está sentada na cadeira da sala de visitas, esperando Jerônimo. Ao chegar, ele paralisa e engole seco ao ver a moça.

JERÔNIMO (com voz trêmula): Doralice? Tá fazendo o que aqui?

DORALICE: Ah, então já te contaram a verdade? A gente precisa ter uma conversa séria, Jerônimo. Cê não acha?

CONGELAMENTO EM JERÔNIMO.

A novela encerra seu 25° capítulo ao som de “Illusion - Dua Lipa”





 


Tente Outra Vez Cap 31 (04/01/2025)

TENTE OUTRA VEZ CAP. 31 (04/01/2025)



Cena 01: Casa de Júlio/Tarde. Júlio ouve o áudio deixado pelo bandido, e se vê assustado. Cássia grita de longe.

Cássia - Amor! Quem era?

Júlio - O que?

Cássia - As ligações? Quem era?

Júlio - Ahh… amor, era… era cobrança. Aquelas de São Paulo. Você sabe, elas ligam sempre em horário comercial.

Cássia - Ah… tudo bem.

(Júlio fica preocupado)

Júlio - Meu Deus, eu pensei que isso já tivesse acabado. 

(Ele vai em direção ao quarto, pega a maleta, abre. Cássia aparece)

Cássia - Amor? Está tudo bem?

(Júlio fecha a maleta imediatamente)

Júlio - Está tudo ótimo. 

Cássia - O que aconteceu? Você está pálido.

Júlio - Eu? Pálido? Deve ser a pressão.

Cássia - Você está me escondendo algo?

Júlio - Não, eu não estou escondendo nada…

Cássia - Aquelas ligações…

Júlio - Eram cobranças.

Cássia - E porque você está nervoso? Você não é assim, Júlio, eu te conheço.

Júlio - Eu já falei que não está acontecendo nada.

Cássia - A é? Então me entregue seu celular.

Júlio - Eu não vou fazer isso.

Cássia - Me entregue o seu celular.

(Júlio se conforma, e entrega. Cássia pega o celular, e vê o contato do bandido. Ela ouve o áudio na frente de Júlio)

Cássia - Então não estava acontecendo nada? Júlio, você acabou de me demonstrar a maior falta de confiança que um homem poderia ter.

Júlio - Cássia, eu posso explicar.

Cássia - Pode? Pode me explicar? Então me explica. Já não basta ter me escondido a maleta de dinheiro, já não basta ter me escondido que pagou toda a estadia da Flávia na clínica, o que mais você quer me esconder?

Júlio - Eu não estava te escondendo.

Cássia - Então o que você estava fazendo?

Julio - Estava te protegendo! Cássia, eu tenho duas sobrinhas pra criar, uma dívida do tamanho do mundo nas minhas costas. Uma maleta desse valor me aparece, gastei uma fortuna com aquela internação, e agora estão me cobrando o valor da maleta. O que você queria que eu fizesse? Do que adianta te compartilhar tudo e você ficar na mira deles também?

Cassia - Porque você é meu marido, e eu sou sua mulher. Estamos aqui pra tudo o que acontecer.

Júlio - Mas eu não quero que você pague por algo que você não fez. Eu já fiz muita burrada nessa vida, eu já coloquei muita gente em risco e agora eu não quero mais fazer o mesmo com você! Porque eu te amo! Amo mais do que a mim mesmo, e você sabe disso.

Cássia - O meu Amor… me dê um abraço!

(Os dois se abraçam e toca Chuva de Prata)

Cássia - Eu me casei com você não foi pra ficar distante, não foi pra esconder nada. Se formos correr riscos, vamos correr juntos, se formos pra ser felizes, seremos felizes juntos! Você vai devolver essa maleta, e toda essa confusão vai acabar. Vamos esperar essa agonia de eleição, porque é muita agonia, é muita dor de cabeça, é muito estresse. Lembra que hoje você vai pra empresa do Renato, pra poder ajudar ele no plano, né?

Júlio - Claro que estou lembrado. Como eu poderia me esquecer?

Cássia - Pois. Agora vá tomar um banho, vá descansar e se arrumar pra poder ir na Goffmann. 

Júlio - Certo, chefia, certo.

(Os dois se abraçam e se beijam. A música segue tocando, com imagens de veleiros nas praias cariocas).


Cena 02: Clínica particular/Tarde. Miriam chega a clínica, conversa com a enfermeira e se depara com alguém.

Miriam - Cheguei o mais rápido que pude.

Enfermeira - Ótimo. Temos uma boa notícia sobre a sua neta, a Flávia.

Miriam - Pois não poupe as palavras, conte-me.

Enfermeira - Ela está recobrando a memória. Já estava chamando os pais, a avó. A memória dela está voltando aos poucos, e isso é algo positivo.

Miriam - Mas essa notícia é fantástica, vou vê-la.

Enfermeira - Mas dona Miriam, só um minutinho. Dona Miriam.

(Miriam entra na sala e vê Viviana)

Viviana - Olha, olha, Miriam… que bom te ver de novo





Miriam - Eu não fico no mesmo lugar que essa louca, tirem-a daqui!

Viviana - Não se faça de besta, você sabe que eu sou mais prioridade aqui do que você.

Miriam - Vê se pode? Você procure o seu lugar, me respeite.

Enfermeira - Senhoras, senhoras, se acalmem. Em respeito a moça, se acalmem.

Miriam - Mas é de muito mal gosto do meu filho ter se casado com uma mulher desse tipo.

Viviana - Desse tipo como, Miriam?

Miriam - Encrenqueira, bagunceira.

Viviana - Melhor do que ser filho de uma solteirona como você! Ninguém te quis, depois da morte do velho, né?

Miriam - Saiba como fala de meu marido!

Viviana - A quem você quer enganar, Miriam? O Renato e eu sabíamos que você já estava fria com o Robert. Já sabíamos até que não dormiam na mesma cama… não seja hipócrita, se o Robert, que Deus o tenha, tivesse uma mulher como eu fui pro Renato, ele estava feliz. Se ele morreu de alguma coisa, com certeza foi se desgosto.

(Miriam da um tapa em Viviana)

Viviana - Eu só não revido, em respeito a minha filha. Já conversei o suficiente com ela, e amanhã o Renato, creio eu, deve leva-la pra casa. 

Miriam - É melhor assim, porque a última pessoa que quero vez, é você! 

Viviana - Que pena, querida. Que pena…

(Viviana sai, e Miriam fica furiosa. Toca Wake Me UP Before You Go-Go, mostrando ruas cariocas. Interior da Goffmann, cena com Renato e Júlio)

Renato - Bom, creio que você já sabe o que vai fazer. Você vai agir como um contratado meu, e vai ouvir as conversas pelas portas. Como é véspera das eleições, muito burburinho deve correr na sala do Wagner, da Túlia. 

Júlio - Renato, me desculpa a sinceridade. Mas é impressão minha, ou você está frio? Seco? Olha, você não é assim. Cadê aquele Renato esnobe? Alegre?

Renato - No quinto dos infernos. Não sei se você sabe, eu estou separado da Luísa.

Júlio - Separado? Não brinca?

Renato - Sem brincadeira nenhuma. O homem que eu sou hoje, eu devo a Luísa. A Luísa me fez mudar bastante como ser humano, como pessoa, coisa que a Viviana nunca fez em anos e anos de casados. Mas ela fez a coisa que eu mais odeio nessa vida.

Júlio - O que?

Renato - Duvidar de mim. Olha, deixa eu te contar uma coisa, você pode me bater, me xingar, me humilhar aqui ajoelhado no milho que eu te perdoo. Mas nunca, nunca nessa vida duvide de mim. É a coisa que eu mais abomino em toda face da terra. É pior que traição, pode ter certeza.

Júlio - Mas isso não é suficiente para separação nenhuma. O certo era vocês dois conversarem… 

Renato - Eu acho que isso não é um assunto para nós dois resolvermos né? Vamos trabalhar?

Júlio - Sim senhor.


All about that bass toca, mostrando a transição da tarde para a noite, indo para a casa de Arthur. Helena foi convidada para o jantar, e ela chega. Na casa de Arthur, tem seus pais Gustavo (Ary Fontoura) e a mãe Judite (Joana Fomm).

Arthur - Boa noite! 

Helena - Desculpa o atraso. É que estava resolvendo algumas coisas.

Arthur - Sem problemas.

(Judite grita ao fundo)

Judite - Arthurzinho, querido! Sua namorada chegou?

Helena - Namorada?

Gustavo - O que, a namorada dele chegou? Oh, minha filha, boa noite, como é que está?

Helena - Eu estou bem, seu?

Gustavo - Gustavo, mas pode me chamar de sogro.

Helena - É o que?

Arthur - Pai, a mãe não desceu ainda.

Judite - Já estou chegando. Oh, minha filha, tudo bom? Meu filho fala muito de você.

Helena - Ah… que legal. Sobrou pra mim.

Judite - Oi?

Helena - É… vocês criam gatos?

Judite - Sim, temos três, você quer ver?

Helena - Sim.

Judite - Então venha.





Cena 03: Goffmann/Noite. Júlio está caminhando pelo corredor da Goffmann, e entra na sala de Túlia.

Júlio - Você não vai pra casa?

Túlia - Olha, olha. Veio me bisbilhotar agora? 

Júlio - É o meu trabalho.

Túlia - Pois saiba que eu estou pouco me lixando pro seu trabalho.

Julio - Não está mais aqui quem falou. Olha, uma barata.

Túlia - Cadê? Onde?

(Júlio coloca um gravador dentro da gaveta)

Júlio - Já passou, foi em direção a porta.

Túlia - Essa porcaria de sala que está entregue as moscas. Amanhã mesmo eu faço uma reclamação.

Júlio - Bom, agora vou precisar ir.

Túlia - Não fará falta… mas quer saber. Já deu o meu tempo. Eu vou sair pois participarei de uma reunião.

Júlio - Reunião… reunião de que?

Túlia - Negócios… vou pegar uma água 

(Júlio coloca o gravador que estava na gaveta dentro de um dos bolsos da bolsa)


Cena 04: Casa de Arthur/Noite.

Judite - Aqui está o jantar. Uma lasanha.

Helena - Está com uma cara ótima.

Gustavo - É feito pra minha nora. Portanto, você será a primeira a comer.

Helena - Nora?

Gustavo - Mas é claro 

Helena - Mas eu não sou nora de ninguém.

Gustavo - Que isso, menina. Não sendo é como se fosse.

Arthur - Pai, não constranja a moça.

Gustavo - Eu estou sendo direto. Você é frouxo e não tem coragem de falar.

Arthur - Meu Deus que vergonha.

Gustavo- Diga ai, minha filha, quantos filhos você quer ter?

Helena - Filhos?

Judite - Isso, é que eu quero muitos netos.

Arthur - Meu Deus, não me matem de vergonha.

Gustavo - Mané vergonha, quer ter logos os cinco né?

Helena - Deus me livre.

Gustavo - Vocês de hoje em dia estão frescos. Minha mãe teve 17 contando comigo.

Helena - Que legal, pra ela.

Arthur - Olha, Helena, vou te servir aqui.

Helena - Obrigada.

Judite - Meu filho, mostra a aliança que você comprou.

Helena - Como é que é.

Judite - Mostra, filho, é tão lindo.

Arthur - Mãe…

Helena - Gente, eu acho que a conversa está boa, mas eu preciso ir.

Judite - Que isso, tá cedo.

Gustavo - Vai agora não. Você nem provou o vinho que eu comprei.

Helena - Eu não bebo…

Gustavo - Gosta de suco?

Helena - Gosto.

Gustavo - Qual?

Helena - Morango.

(Gustavo grita pra emprega) - Filomena! Traz uma jarra de suco de morango.

Helena - Uma jarra?

Gustavo - Pouco né? Traz duas!

(Close em Helena. Transição de cena ao som de Material Girl, indo logo para a noite do dia seguinte. Roberto e Cássia estão nos estúdios da emissora que ocorrerá a transmissão do debate)


Roberto - Você está nervosa?

Cássia - Claro. 

Roberto - Pois eu tenho um presente pra você. 

Cássia - O que?

Roberto - Pegue esse envelope. Agora guarde na bolsa, ele te será muito útil.

Cássia - Obrigada!

Roberto - Agora eu vou pegar uma água pra mim

Cássia - Traga pra mim também.

Roberto - Certo. 

(Roberto sai, e logo em seguida um vulto passa por trás de Cássia.)

Fausto - É hoje…

Cássia - Você de novo?

Fausto - Você acha que eu iria sumir assim? Pois agora eu não estou pra brincadeira. Você vai sair daqui agora, não vai participar de debate nenhum.

Cássia - E quem é você pra me impedir?

Fausto - Escute aqui, eu sou…

(O telefone toca, ele atende e sai correndo. Ele passa por Roberto, que traz um copo de água).

Cássia - Roberto, vai atrás dele. Siga para onde ele vai, e me traga informações.

Roberto - Sim. Vou agora mesmo. Mas será que eu consigo alcançá-lo?

Cássia - Vai lá, tenta!

(Roberto da a água e sai correndo. Ele pega um carro e vai atrás de Fausto)

Yoná - Olá, colega.

Cássia - Olá, Yoná

Yoná - Te desejo um bom debate

Cássia - Pena que não posso desejar o mesmo.

(Yoná se constrange)

Yona - Uma pena. Bom, eu vou aqui agora.

Cássia - Vai com Deus. Deixa eu ler isso aqui.


O carro segue o carro de Fausto. Que desce em frente uma pequena casa. Ele sai e entra. O Roberto, que chega depois, fica assombrado com a casa.


Cena 05: Debate/Noite: Apresentadora Célia Menezes (Fernanda Montenegro) apresenta.

Célia - Boa noite a todos. Vamos começar o debate, dessa vez com apenas duas apresentadoras. A Cássia Toledo, e a Yoná Soledade. As regras já são de conhecimento gerais, já conversado com os candidatos. Com a palavra inicial, a Yoná.

Yoná - Boa noite gente. Primeiramente agradeço a todos aqueles que está aqui, assistindo esse lindo debate com a candidata, a Cássia Toledo.

Cássia - Boa noite. Bom, vocês que estão aqui vendo o debate, meus sinceros, obrigada. Bom, antes de começar tudo aquilo que preparei, gostaria de mostrar algo que será fundamental para o seguimento desse debate.

(Ela tira folhas do envelope)

Yoná - Mas o que é isso?

Cássia - São páginas de um dossiê sobre o s

eu partido, nos últimos anos.

(Yoná congela de pálida)

Cássia - Agora, Crisópolis saberá quem é você e a sua cambada de malfeitores.

(Congelamento em Cassia ao som de Material Girl)











 

A Melindrosa,Cap 15 - 04/01/2025

 A Melindrosa 




Capítulo 15 


1929


Cena 1-Salão de festas,mesa da família.


Luzia continua a encarar a namorada de seu neto,Ana Lúcia e Nestor se levantam para cumprimentar sua nora.


Ana Lúcia- Que prazer te conhecer Luísa.


Luísa- O prazer é todo meu.


Sebastião- Tens muito bom gosto meu filho.Como vai Luísa?.


Luísa- Vou muito bem senhor.


Nestor- Boa noite minha filha.Quantos anos tens ?.


Luísa- 19.


Ana Lúcia- Que coincidência.A mesma idade do Benjamin.


Benjamin- As surpresas da vida mamãe.


Nestor dá um toque em Luzia para que ela cumprimente a namorada do neto.


Nestor (sussurrando p/ luzia)- Luzia,pelo amor de Deus,não nos faça passar vergonha,cumprimente a garota.


Luzia- Ah… Quem são seus pais ? Qual o seu sobrenome ?.


Ana Lúcia- Mamãe,que perguntas indiscretas.


Luísa e Benjamin se vêem encurralados.


Benjamin- Os pais dela… Éhh…


Luísa- Minha família vive nos Estados Unidos,eu só vim passar férias.


Benjamin- É,isso mesmo.


Sebastião- Qual seu sobrenome ?.


Luísa- Brown.


Benjamin- Isso mesmo.


Nestor- O que fazem eles ?.


Luísa- Ah,eles… Eles estão vivos.


Nestor- Não minha querida,perguntei com o que eles trabalham.Imagino que sejam empresários ou não?.


Luísa- Eles…


Benjamin- São renomados professores de universidade.


Luzia- E o que ensinam na universidade?.


Luísa- Não sei.


Luzia solta uma risada fraca.


Luzia- Como não sabe meu bem ? São seus pais e você não sabe com o que eles trabalham?.


Benjamin- Eles são professores de medicina.


Luzia- E você? O que faz da vida ?.


Luísa- Eu sou atendente.


Nestor- Atendente ?.


Luísa- Claro,atendente de…


Ela é interrompida por Benjamin.


Benjamin- Atendente não,ela é secretaria de um diretor executivo de uma grande empresa nos Estados Unidos.


Luzia- Ah sim.Mas acho estranho uma menina que vem de uma família rica,como eu suponho,trabalhar,e ainda mais em uma função tão… Básica,mesquinha,perto do talento que aparenta ter.


Ana Lúcia- Não se importe com os comentários de mamãe.Luísa,sinta-se acolhida em nossa família.Estou amando te conhecer.


Luísa solta um sorriso.


Luísa- Obrigada Dona Ana Lúcia.


Ana Lúcia- Não precisa me chamar com essa formalidade não,imagina,que bobagem.


Luzia- Vou ao toalete rapidinho,já volto.


Ana Lúcia- Está bem mamãe? Precisa de alguma ajuda ?.


Luzia- Não,não precisa.


Luísa- São suas regras? Eu tenho uns paninhos aqui que podem ajudar se esse for o caso.


Todos a olham constrangidos.


Luzia- Claro que não.Até porque para nós mulheres,existe algo chamado menopausa.O que certamente lhe foi ensinado na escola.A não ser que as escolas que você frequentou tenham sido muito deficientes no ensino,o que não me surpreenderia,até porque com esse seu comportamento,é a única explicação para tamanha falta de classe,elegância,bons modos e educação.Com licença.


Luzia sai,deixando um climão instaurado na família.


Cena 2- Toalete.


Luzia adentra no banheiro,e abre a torneira,ela aproveita para jogar um pouco d'água em seu rosto.A mulher encara seu reflexo no espelho.


Luzia (pensando)- Como ela pôde? Quem ela pensa que é? Isso não vai ficar assim,não vai mesmo.E esse muleque imbecil,não pensa em nada.


Cleo sai de uma cabine e lava a mão,na torneira ao lado de Luzia.A dama da alta sociedade percebe um detalhe na mulher.Cleo está usando o mesmo colar que a vendedora disse que Nestor havia comprado para ela,entretanto ainda não havia recebido.Luzia constata,que a mulher a seu lado é a amante de seu marido.


Luzia- Com licença fofinha.Com quem é casada ?.


Cleo- Tá falando comigo madame?.


Luzia-.Só tem nós duas aqui.Com quem mais haveria de ser ?.


Cleo- Sou casada com jesus senhora.


Luzia- Ah,então é freira ? Vestida assim,de uma forma tão…


Cleo- Olha aqui hein,eu tô calada,não te fiz nada,você quem está me provocando.Estou vestida como devo,pois sou uma mulher bela,jovem,curvilínea,cheia de vida e líbido,tudo o que você já não é.Engole esse seu veneno,velha bruxa.


Luzia- Como ousa ? Me respeite sua rameira,dama da noite.Você acha mesmo que me afeta com esses palavreados ? Minha querida,você pode até ter um corpo curvilíneo,ser jovem e supostamente bela,até porque beleza é algo subjetivo,mas elegância,classe bons modos e costumes é algo que gente do seu tipo nunca vai ter,sabe porquê? Porque vocês nunca serão que nem nós.Que temos berço,que temos família,que estudamos,que batalhamos pelo que é nosso.Gente como você,até pode crescer e achar que é alguma coisa,mas vocês nunca vão ser nada,porque enquanto vocês não tiverem conhecimento,bons gostos e bons modos,educação,dentre outros requisitos,vocês continuarão sendo um nada.Sabe quando o leite azeda ? É assim que você vai envelhecer.Quanto mais anos se passarem,pior você vai ficar.E quando não se tem elegância,nem classe,como é o seu caso,e pior ainda,vem da ralé,tudo só piora duas vezes mais para vocês.Acostume-se que em 20 anos,talvez nem viva você esteja,enquanto que eu,em 20 anos,com certeza estarei viva,casada,com netos,bisnetos,rica,e com uma imagem inabalável.Sempre estarei acima de você.E estando acima de você,é muito fácil de te esmagar,como uma formiguinha chata,que nos incomoda e nós matamos.


Cleo já está lacrimejando.A melindrosa sai do cômodo chorando.Luzia volta a se encarar no espelho e fala para si mesma.


Luzia- Se com uma quebra de realidade paralela essa qualquerzinha já ficou assim,imagina se… ? (Ela ri ).


Cena 3-Salão de Festas.


Cleo sai do toalete e é vista de longe por Sebastião,que se aproxima.


Sebastião- Cleo? O que está fazendo aqui?.


Cleo (chorando)-Eu ? Vim ser humilhada nesse lugarzinho horroroso.Quer saber ? Não quero mais ficar aqui não,aquela cobra me paga.Maldita.Velha bruxa.


Sebastião- O que? O que aconteceu? Como você entrou aqui ?.


Cleo- Não importa.Pra vocês não importam meus sentimentos.Vocês só me querem no escuro,durante a noite,como um pecado.É isso que eu sou pra vocês.Um pecado inevitável,não passo disso para vocês. (Ela chora ).


Começa a tocar “The other woman-Lana del Rey” 


Sebastião a abraça.


Sebastião- Porque você está chorando ? Me explica.Como posso te ajudar a melhorar ?.


Cleo se esquiva do abraço dele.


Cleo- Eu só queria ser amada de verdade.Mas deixa pra lá… Essa sempre foi minha vida, é assim desde sempre,e vou morre sendo isso para vocês,apenas um pedaço de carne,que vocês vêem,acham apetitoso e depois me abandonam quando acham outra que melhor te satisfazem.


Sebastião- EU TE AMO! 


Cleo não acredita no que ouve.Os dois começam a se beijar.Luzia sai do banheiro e os flagra de longe.


Luzia- Mas não pode ser.Se minhas dúvidas estão certas,e se essa mulher for realmente a amante de Nestor… Como ela ainda pode ser amante do marido da minha filha ? Que sirigaita dos infernos.É uma demônia travestida de mulher.


Luzia sai andando furiosa.


Cena 5-Em um canto do salão de festas.


Ana Lúcia chamou seu pai para esse canto para ter uma conversa em particular com ele.


Ana Lúcia- Você se atreveu a trazer sua amante para cá ?.


Nestor- o quê? O que você está dizendo? Está delirando,só pode estar louca.Não a toa se vestiu dessa forma vulgar.


Ana Lúcia- Não tente desviar de assunto.Me responda,qual é o nome da sirigaita? E como ela entrou aqui ?. 


Nestor- Tudo bem.Ela se chama Cleo,e eu não sei como ela conseguiu entrar aqui.


Ana Lúcia- Ah é? Não sabe como ela conseguiu entrar aqui ? Uma rameira dessas,o senhor deveria era ter vergonha de trair minha mãe com essa qualquerzinha,mulher vulgar,baixa,sem classe..


Nestor- Não,já disse que não sei como ela conseguiu entrar aqui.Por Deus,Ana Lúcia,me dê um voto de confiança,eu não tenho mais nada com essa mulher.Sabe como são essas mulheres,deve ter conseguido entrar com ajuda de outro amante dela,só pode ter sido isso.


Ana Lúcia- Tudo bem.Continuo não confiando no senhor.Mas vou deixar passar dessa vez.Mas dê um jeito de nós não nos encontrarmos de novo com ela,porque ela é uma das mulheres mais baixas e sem moral que eu já cruzei.Esbarrei sem querer nela,e ela só faltou me comer viva.


Cena 6-Em outro lugar do salão de festas.


Cleo está andando sozinha,bêbada,até que vê Luísa com Benjamin,e vai até ela.


Cleo- Luluzinha,como vai ? Não sabia que tinha conseguido dar o golpe da barriga.


Benjamin- Não fale assim com ela.


Luísa- Pode deixar comigo.Como você conseguiu entrar aqui Cleo? 


Cleo- Ué,estou como penetra,invasora,ladra,destruidora de lares,como eles nos chamam.E se prepare minha filha que esse aí não dura muito com você.Logo ele vai te deixar para trás.


Luísa- Você já está bêbada.Porque não vai logo embora ?.


Cleo- Porque quero aproveitar o máximo que posso.


Benjamin- É o cúmulo que uma mulherzinha como essas esteja aqui comendo e bebendo de graça,sem ninguém fazer nada.


Cleo- E você vai fazer o quê? Vai me expulsar bonitinho? Se toca chupador de prego.Pega um litro de vidro e enfia no…


Luísa a interrompe.


Luísa- Cleo ! Olha como fala.


Cleo- Você também? Eu hein,hoje tá todo mundo chato.


Luísa- Eu te ajudo a ir para casa.


Cleo- Não quero.Eu posso ir sozinha.Me deixa que eu não sou criança.


Benjamin- Um instante,dá onde vocês se conhecem ?.


Cleo- Ué,do cabaré da madame tabacão.Vai dizer que não sabia que sua princesinha gosta de brincar com uns bons pepinos e umas bananas ?. E ela é das mais requisitadas hein,cuidado que essa aí é gulosa !. ( Ri bem alto).


Luísa e Benjamin saem,deixando a mulher sozinha.


Cena 7-Centro do Salão de Festas.


Algumas mulheres da alta sociedade,incluindo Ana Lúcia,Luísa,e a Primeira Dama,estão reunidas em uma roda,dançando várias músicas e charleston.Alguns homens as observam envergonhados,jornalistas registram o momento.O resto dos convidados estão sentados em suas mesas,sendo alguns deles Nestor,Luzia,Sebastião,e Benjamin,que observam tudo atentamente.


Na rodinha são distribuídos cigarros.Maria Isabel e Luísa não rejeitam.


Ana Lúcia- Uma moça tão jovem como você Luísa,e já fuma ? Como os tempos mudaram.


Luísa- Deveria experimentar sogrinha,é uma delícia.


Ana Lúcia- Será ?.


Maria Isabel- Vai Ana Lúcia,depois que você se acostuma é uma delícia.


Ana Lúcia- Tá,eu vou querer.


O garçom oferece o cigarro para ela,e acende o isqueiro,logo ela começa a fumar.Ela tosse e se engasga.


Ana Lúcia- Ui,já tô arrependida,credo.A fumaça vem para dentro.


Primeira Dama- Continua que você vai gostar.


Ana Lúcia volta a fumar,as outras mulheres também fumam,enquanto jornalistas registram a cena.


Cena 8- Horas depois,a festa já está quase se encerrando.Alguns convidados já estão se retirando.Ana Lúcia está bêbada pela primeira vez na vida,Luzia e Nestor mortos de vergonha com o comportamento da filha.Sebastião tenta controlar a mulher.


Luzia- Acho que já deu,vamos logo embora antes que seja tarde demais.


Nestor- Também acho.


Luzia- Só tenho que me despedir da primeira dama.Vem comigo Ana Lúcia?.


Ana Lúcia (bêbada)- Eu ? Deus me livre,vai que você me joga na carrocinha.Nãooooooooooo,eu ainda quero dançar,beber e fumar.Nem está tão tarde assim.


Sebastião- Mas já deu nossa hora,é melhor irmos embora.Cadê o Benjamin?.


Luzia- Deve estar com a namoradinha.


Luzia se retira.Ao andar procurando pela primeira dama,ela percebe Luísa conversando com Cleo.A dama para e se esconde para tentar ver a situação.Cleo está sentada no chão chorando e bebendo uma tequila,enquanto Luísa tenta convencê-la a ir embora.


Luísa- Vamos logo Cleo.


Luzia (de longe e falando baixo)- Então a cachorra se chama Cleo.


Cleo- Não vou emboraaaaaaa.Eu não vou emboraaaaaaa.Eu vou ficar até o final.Porque eu mereço.Damas da noite como nós merecem ser respeitadas tanto quanto essas madames riquinhas,essas dondocas ridículas.


Luísa- Vamos logo,eu te levo pra casa,eu te ajudo.


Luzia (de longe e falando baixinho)- Tenho que dar um jeito de seguir essa rameira.


Luísa e Cleo saem juntas,um rapaz que trabalhava durante o baile passa por Luzia e ela o para.


Luzia- Eu mocinho,vem cá.Eu preciso de uma ajuda sua.Claro bem remunerada.


O rapaz- Fala logo.


Luiza- Então.(Aponta para Luísa e Cleo) Tá vendo essas duas mulheres? Bonitas não? Mas são damas da noite,siraigaitas.Eu preciso que você as siga e me passe o endereço delas.


O rapaz- Como eu vou segui-las ? Não tenho carro.


Luzia- Eu tenho um dinheirinho aqui para você pagar um carro de aluguel.Mas nem pense em me enganar rapazinho.


O rapaz- Tudo bem.Mas quanto eu vou receber por esse serviço ?.


Luzia- Amanhã vá na minha casa que a gente combina e eu lhe pago.


O rapaz- Então certo.Qual o seu endereço?.


A câmera se afasta e o som da conversa entre os personagens fica abafado.


Cena 9-No dia seguinte.Manhã.Casa de Joaquina.Sala de estar.


Joaquina está bebendo um chá andando pela sua sala,apontando alguns defeitos,falando consigo mesma.A companhia toca.Logo a empregada vai atender,e Anastácia entra.A empregada fecha a porta e se retira.


Anastácia- Bom dia Joaquina.


Joaquina- Um dia que começa com sua visita nunca é um bom dia minha querida.Mas o que lhe traz aqui ?. Não me diga que vai se libertar daquela casa pela primeira vez na sua vida?.


Anastácia- Não mesmo.O que eu tenho para conversar com você é muito mais importante.


Joaquina- Fala.


Anastácia- Eu queria saber se você está por trás da tentativa de assassinato contra Fernando?.


Joaquina- Eu ? Porque logo eu ? Uma implicância comigo.Eu hein.Me deixa em paz.


Anastácia- Não,enquanto você não me responder.


Joaquina- Não.Não fiz nada contra esse seboso maldito.


Anastácia- Deixe meu menino em paz.Se você se meter com ele,eu não respondo por mim.


Joaquina- Você não vai vir a minha casa e me ameaçar dessa forma.Nunca mais se atreva a vir me ameaçar em meu lar.Ouviu bem ? Eu não tenho medo nem de você nem de ninguém.


Anastácia- A não ser da Luzia não é?.


Joaquina- Da Luzia ? (Ela ri) Imagina.Porque eu teria medo dela ? Não tem nem lógica.


Anastácia- Você sabe bem o porquê.


Joaquina- Queridinha,se alguma de nós três cair,as outras caem também.Estamos unidas.


Luísa entra na sala,ela acabou de acordar e ouviu uma parte da conversa.Uma música de tensão começa a tocar.


Luísa- Quem é ela vovó? Porque estão exaltadas ? Eu ouvi uma parte da conversa.Estão unidas em quê? E quem é a terceira mulher a quem a senhora se referiu?.


Anastácia encara a sobrinha neta surpresa,Joaquina encara sua neta e logo depois as irmãs se olham sem saber como agir.








Postagem em destaque

O Que Os Olhos Não Vêem - Teaser