10/07/2025

Let's Dance! - Capítulo 23 (Últimas Semanas)

   

 LET'S DANCE! - CAPÍTULO 23 (ÚLTIMAS SEMANAS)

criada e escrita por SINCERIDADE


CENA 01: PRESÍDIO/INT./DIA

CÁSSIO: Elias, por favor… agora fala pra gente, quem foi o mandante do assassinato do meu irmão.

ELIAS: Agora vocês já estão querendo saber demais! 

NINA (direta): Foi uma mulher, não foi? 

ELIAS: Como sabe? 

CÁSSIO (tentando tirar mais coisas da boca de Elias): Então realmente foi uma mulher que mandou matar o meu irmão?

ELIAS: Foi… era uma mulher sedutora, disse que me tiraria daqui o mais rápido possível, mas só ficou na promessa.

NINA (ansiosa): O nome! Eu preciso saber o nome dessa mulher!

ELIAS: Leila. Leila é o nome da mandante. 

INSTRUMENTAL: ED S THEME - IURI CUNHA 

NINA (chocada, lacrimejando): Não pode ser… você tem certeza, Elias? Tem certeza do que tá falando?

ELIAS: Absoluta! Essa mulher me fez promessas, está dizendo até hoje que vai me tirar daqui, mas nunca cumpre o que prometeu.

NINA: Desgraçada… Desgraçada!

CÁSSIO: Calma, Nina. 

NINA: Ela fez tudo de caso pensado… tudo isso pra ficar com a Isabel só pra ela… 

ELIAS: Por favor, não vá contar pra ela o que eu disse aqui pra vocês… Leila vem aqui uma vez por mês me visitar.

NINA: Pode ficar tranquilo, eu não vou contar nada, por enquanto. Assassina… acho que já tá na hora de todo mundo saber a verdadeira face daquela miserável. 

CÁSSIO: Eu acho melhor não. Vamos aguentar a mão mais um pouco, Nina.

NINA: Elias, por favor, se acontecer da polícia te interrogar sobre esse assunto, eu peço que você fale toda a verdade.

ELIAS: Vocês vão denunciar a Leila, é isso?

NINA: Por agora, não. Mas se acontecer… peço que colabore com a gente. 

ELIAS: E eu vou ganhar o que com isso?

CÁSSIO: A sua liberdade. Não é isso que você quer?

ELIAS: É o que eu mais quero.

NINA: Então, por favor, fique ciente de que mais dia ou menos dia, você será chamado pra depor contra a Leila. A cadeia é pouco pra aquela desgraçada. Eu só espero que você não conte nada a ela. 

ELIAS: Não vou contar nada. A minha boca é um túmulo.

CÁSSIO: Ótimo. Se é assim… então já está tudo conversado.

Nina e Cássio se levantam e se retiram do local. Elias ainda sentado na sala de visitas, fica pensativo.

CENA 02: IDEARIUM/INT./DIA

A cena mostra o movimento dentro da empresa, com funcionários circulando a todo momento. Logo depois, cortamos para a sala de Tércio, onde ele organiza alguns papéis e faz alguns telefonemas. 

TÉRCIO: Droga de telefone, isso não funciona nem aqui nem na China! 

Uma funcionária abre a porta educadamente e se aproxima.

FUNCIONÁRIA: Aqui está os relatórios que o senhor pediu, seu Tércio. 

TÉRCIO: Ah, ótimo! Fico feliz com a eficiência de sua parte.

De repente, Tércio começa a se sentir tonto, abaixando a cabeça. A funcionária percebe o mal estar e se preocupa.

INSTRUMENTAL: HANS DRONE - IURI CUNHA

FUNCIONÁRIA: O que tá acontecendo? O senhor tá se sentindo mal?

TÉRCIO (nervoso, tentando manter a compostura): Não… não é nada, apenas uma tontura passageira.

Ele leva a mão à testa e fecha os olhos por um instante, fazendo a funcionária se preocupar mais ainda.

FUNCIONÁRIA: O senhor quer que eu chame alguém? 

TÉRCIO: Já disse que não é nada! Só preciso ficar quieto por um minuto.

Mostramos a visão de Tércio, que está completamente turva e distorcida. Ele se levanta, mas cambaleia e se desequilibra, caindo no chão. A funcionária começa a gritar por ajuda e outros funcionários vão até lá, socorrendo o empresário as pressas, que delira. 

FUNCIONÁRIA: E agora? Vamos levar ele pro hospital?

TÉRCIO (atordoado, fraco): Pra casa… quero ir pra casa…

Dois funcionários apoiam em Tércio, indo em direção ao seu carro. 

CENA 03: DELEGACIA/INT./DIA

Após aguardar uns bons minutos, Leandro e Lurdinha são chamados até a sala do delegado. Eles entram e se acomodam, enquanto o delegado termina de revisar alguns papéis.

DELEGADO: E então, no que posso ajudá-los?

LEANDRO: É, então… eu soube que o senhor que tá cuidando do caso do carro da mansão Figueira, que se acidentou há alguns dias e deixou duas vítimas, uma delas fatal.

DELEGADO: Prossiga.

LURDINHA: Delegado, já se passaram uns bons dias desde que o acidente aconteceu e, eu imagino que o laudo preliminar já deve ter saído. A gente gostaria de saber o que ele diz.

DELEGADO: E vocês são o que das vítimas? São parentes? 

LURDINHA (se enrola): Não… eu sou…

DELEGADO: Olha, eu sinto muito, mas o laudo só pode ser entregue a um familiar.

LURDINHA: É… eu entendo, delegado, mas a gente só quer saber o que de fato aconteceu… estamos muito preocupados. Ele aqui, o Leandro, ele é namorado da Cecília, e eu sou uma grande amiga, quase uma irmã. 

DELEGADO: Eu entendo a preocupação, mas infelizmente o inquérito não permite.

LURDINHA (insistindo): Por favor… a gente só quer saber a verdade, delegado. A Cecília só tem um parente aqui no Rio, que é o pai, mas ele tá mais preocupado com a empresa dele do que com ela. Já eu, estou com ela desde a infância.

DELEGADO (olha para os dois, pensativo): Olha… eu não devia… mas… 

Ele se levanta, vai até o armário, pega uma pasta, abre e retira o documento. 

DELEGADO: Lembrando que isso aqui é um laudo preliminar. Pode ser que mude, mas… (entregando a folha) Segundo os peritos, o sistema dos freios do carro foi cortado, provavelmente com um objeto cortante como tesoura, ou até uma faca de cozinha. Resumindo, não foi acidente. O carro foi sabotado.

LEANDRO (engolindo seco, olhando para Lurdinha): Então… quer dizer que as nossas suspeitas não eram só suspeitas… alguém tentou matar a Cecília.

DELEGADO: Olha, não digam a ninguém que tiveram acesso a esse documento, pelo menos por enquanto.  

LURDINHA: Claro. 

Cortamos para a rua, onde Lurdinha e Leandro acabam de entrar no carro do filho de Ubaldo, ainda chocados com a revelação.

LURDINHA (chocada): Será quem teve essa coragem? 

LEANDRO (convicto): Só pode ter sido ela, Lurdinha. A Isabel. Não tem outra pessoa no mundo que faria mal a Cecília assim, de graça.

LURDINHA: Meu Deus do céu… e agora, vamos fazer o que com essa informação?

LURDINHA: A gente vai lá, ué. Na mansão.

LURDINHA: Você ficou louco? O delegado disse que não podemos contar isso pra ninguém!

LEANDRO: Eu tenho que saber da boca da própria Isabel, Lurdinha! Eu quero que ela admita que foi ela quem cortou os freios do carro.

Close em Leandro, com o olhar firme e decidido, intercalando com Lurdinha, aflita.

CENA 04: MANSÃO FIGUEIRA/INT./DIA

Leila está se arrumando para sair diante do espelho, quando Isabel entra em seu quarto. 

ISABEL: Vai sair de novo? 

LEILA: Vou… marquei uma sessão de limpeza de pele naquela clínica que sempre vamos.

ISABEL: E não me chamou porquê?

LEILA: Estou com pressa, Isabel. 

ISABEL: Tô achando o seu comportamento bem esquisito de uns dias pra cá… tá tudo bem?

LEILA (rindo, para fugir do assunto): Mas que bobagem, Isabel! Eu sou a mesma de sempre, só que agora estou vivendo mais, saindo mais, me cuidando mais… não posso?

ISABEL: Não é isso, é que…

LEILA (interrompendo, se aproximando de Isabel e lhe dando um beijo na testa): Não precisa continuar, eu tô ótima! Jajá estou de volta, viu? 

Leila sai apressada, deixando Isabel sem entender o que está acontecendo. Alguns minutos depois, o carro de Leandro estaciona em frente à mansão Figueira. Leandro e Lurdinha descem do veículo. Leandro toca a campainha descontroladamente. Os seguranças se aproximam.

LURDINHA: Teófilo… quanto tempo! 

TEÓFILO (olhos brilhando): Lurdinha… o que tá fazendo aqui? (olhando para Leandro) Desculpa Leandro, mas o seu Tércio não quer que você entre mais aqui. São ordens.

LURDINHA: Teófilo, por favor, deixa a gente entrar. O Leandro só quer ter uma conversa rápida com a Isabel…

TEÓFILO: E se der problema pra mim depois?

LURDINHA: Fala que fui eu, coloca toda a culpa em mim, mas por favor… deixa a gente entrar.

Teófilo pensa por alguns segundos.

TEÓFILO: Tá bem… Mas só porque é você, Lurdinha. É rápido, hein? Aproveitem que a dona Leila saiu. 

LURDINHA: Muito obrigada, nem sei como agradecer.

Teófilo abre o portão e permite que Leandro e Lurdinha entrem para o jardim. No interior, Isabel folheia uma revista na sala, até que ouve os gritos de Lurdinha.

ISABEL: Mas o que é isso?

Ela vai até a porta, abre e se depara com os dois.

INSTRUMENTAL: TENSION - EDUARDO QUEIROZ, GUILHERME RIOS 

ISABEL: Vocês aqui? Quem deixou vocês entrarem? Meu pai disse que não-

LURDINHA (interrompendo): Pouco me importa o que seu pai disse ou deixou de dizer. Nós viemos até aqui pra falar com você, Isabel. 

ISABEL (cruzando os braços): Eu não tenho nada pra falar com vocês! Principalmente com você, sua pobretona!

LURDINHA: Olha, se eu pudesse… a minha mão já estava na sua cara há tempos.

LEANDRO: Parou, as duas! (pausa) A gente veio por um motivo muito sério, Isabel. Muito sério.

ISABEL: Então fala logo e caiam fora daqui! 

LURDINHA (direta): Confessa que foi você, sua vaca! Confessa que foi você quem cortou os freios do carro em que a Cecília estava.

ISABEL: Como é que é?

LURDINHA: É isso mesmo, e não adianta disfarçar. A gente teve acesso ao laudo preliminar e tudo indica que os freios foram sabotados!

LEANDRO: E a única pessoa que tinha motivos pra tentar acabar com a vida da Cecília, era você, Isabel.

LURDINHA: Confessa agora que você é uma assassina! 

Focamos em Isabel, que arregala os olhos, confusa, intercalando com Leandro e Lurdinha, sérios.

CENA 06: HOSPITAL DA UNIÃO/INT./DIA

INSTRUMENTAL: GLITI - DANIEL FIGUEIREDO 

O movimento no ambiente é constante, com médicos, enfermeiros e pacientes circulando a todo momento pelos corredores. No fim do corredor, uma figura surge com jaleco branco, touca e máscara cirúrgica. É Leila, disfarçada. Ela caminha sorrateiramente até chegar na UTI, onde Cecília está. A câmera foca na mocinha, que ainda está desacordada e entubada. A vilã então se aproxima e fica parada por alguns segundos, encarando Cecília.

LEILA (cruel): Que soninho gostoso, não? Que tal nunca mais acordar? 

Ela se aproxima dos aparelhos e com cuidado, começa a desligar o respirador que mantém Cecília viva. O barulho do ventilador para de repente, e o bip do monitor começa a ficar mais lento. Leila encara Cecília, sorrindo de canto.

LEILA: Morre, praga!

CONGELAMENTO EM LEILA.

A novela encerra seu 23° capítulo ao som do refrão de “Hot Stuff - Donna Summer”.










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